Social
Aulas de boxe leva esporte e inclusão social a bairros de Salvador
As aulas acontecem há dois anos, às terças, quintas e sábados, na praça do final linha do Alto do Cabrito, às 18h

Iniciativas de ‘responsabilidade social’ podem ser tomadas não só por empresas, mas também por cidadãos comuns e têm potencial de fazer grande diferença no ambiente em que elas acontecem. Um exemplo disso é o projeto social ‘Sonhar é Viver’, coordenado pelo professor de boxe Ailton Viana que traz a juventude para perto do esporte, afastando-os da criminalidade. Ele ministra aulas gratuitas para 40 jovens e crianças, na região do Subúrbio de Salvador, no bairro do Lobato. Professor Ito, como é conhecido na comunidade, conta que tudo começou com o sonho de apresentar, aos jovens da região, o esporte como uma oportunidade de crescimento e uma opção ao ócio negativo oferecido pelas ruas.
Sem recursos financeiros, mas contando com a parceria e o apoio dos moradores locais, Ito diz que nas aulas aplica a técnica do boxe baiano. Técnica que já fez muitos campeões nacionais e internacionais, a exemplo de Popó Freitas e de Hebert Conceição, que conquistou uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2021.
“Nós aqui na comunidade fazemos um trabalho voltado para a inclusão de crianças e jovens no mundo esportivo, com o desejo de ajudar na educação e desenvolvimento. Eu fui seis vezes campeão baiano, também fui campeão norte/nordeste na categoria amadora. É essa a expectativa que tenho na vida desses jovens, além de evitar que eles sejam abraçados pelo mundo da criminalidade”, explica.
As aulas acontecem há dois anos, às terças, quintas e sábados, na praça do final linha do Alto do Cabrito, às 18h. Os treinos aprimoram velocidade, equilíbrio e força. Isso somado à garra de melhorar e se tornar um atleta profissional garante bom desempenho aos praticantes, que já colhem resultados na parte física e na vida social.
Para o aprendiz, Luisarque Mendes Filho, que faz parte do projeto, a prática esportiva foi uma oportunidade de aprender o boxe, condicionar o corpo e ainda botar a cabeça em um bom caminho. “Antes aqui na comunidade os meninos brigavam nas ruas por qualquer motivo, hoje ninguém briga mais. Luta aqui só em cima do ringue”, relata.
Conforme o Policial Militar, Ricardo Bruno Santos, um dos apoiadores do ‘Sonhar é Viver’, o objetivo de transformar vidas com bases no respeito à família e cuidado com a vida tem sido alcançado durante o processo. “Estamos fazendo a nossa parte e esperamos que mais jovens se interessem pelo esporte e venham participar”.
Base Comunitária
Em São Caetano, não muito longe do projeto de Ito, a Base Comunitária de Segurança (BCS) realiza um trabalho parecido. No local, crianças e adolescentes assistidos praticam, de segunda a sábado, diversas modalidades de artes marciais como: karatê, aikidô, judô, além de boxe.
Para o comandante da BCS, Tenente Lessa, o número de participantes é expressivo, mesmo em período pós pandemia. A expectativa é que alunos da base continuem se destacando. “Aqui já revelamos campeões baianos, nacionais e um atleta que conquistou o sul-americano no Paraguai. Então podemos preparar novos campeões”, vislumbra o Tenente.
O projeto da BCS de São Caetano é uma realização da Polícia Militar que tem como objetivo impactar a vida comunitária de maneira benéfica e estreitar as relações com os moradores da região. “A nossa preocupação é captar jovens para que eles percebam que o esporte é uma porta, capaz de proporcionar novas oportunidades por caminhos mais saudáveis”, resume o professor de boxe da BCS, Angelito.
Para a moradora do bairro, Adriana Matos, a atividade realizada na base ajudou a melhorar seu condicionamento físico e psicológico. “Há mais ou menos um ano e meio iniciei os treinos de boxe, por causa do sobrepeso, açúcar e pressão alta e, foi também uma das formas que eu encontrei para extravasar a rotina que a pandemia nos impôs”.
Atualmente, cerca de 140 participantes têm acesso às modalidades na BCS. Ainda estão disponíveis vagas para crianças, a partir de cinco anos, jovens e adultos interessados. Para participar é necessário apresentar uma cópia do documento de identidade e comprovante de residência. Em caso de menores de idade é necessário estar acompanhado dos pais ou responsáveis e apresentar comprovante de matrícula escolar e um atestado médico liberando a prática de atividade física.
Social
Pescadoras da Gamboa comercializam mariscos com apoio do Elas à Frente da Pesca
As mulheres, que já atuam na pesca com linha, mergulho e coleta de mariscos, agora estão ampliando seus horizontes

Mulheres da comunidade da Gamboa, em Salvador, participaram de uma feira especial na manhã desta terça-feira (15), promovida no estacionamento da Secretaria das Mulheres do Estado (SPM), no Caminho das Árvores. Elas comercializaram peixes, polvo, camarão e lagosta. A iniciativa é uma das ações do projeto Elas à Frente da Pesca, desenvolvido pela SPM em parceria com a Bahia Pesca.
O projeto Elas à Frente da Pesca tem fortalecido a atuação de pescadoras artesanais da Gamboa, promovendo autonomia econômica, visibilidade e oportunidades de capacitação. As mulheres, que já atuam na pesca com linha, mergulho e coleta de mariscos, agora estão ampliando seus horizontes também como empreendedoras.
A secretária das Mulheres do Estado, Neusa Cadore, falou sobre o impacto transformador do projeto na vida das mulheres. “O Elas à Frente da Pesca busca garantir geração de renda, fortalecer o papel da mulher nas cadeias produtivas do mar e promover o reconhecimento social da força feminina na pesca artesanal”, afirmou.
Denise Veloso foi uma das participantes da feira e integra o projeto. Ela é mergulhadora conhecida na comunidade por sua habilidade na pesca de polvo, lagosta e peixes ornamentais. “Estou gostando muito. É uma experiência nova. A gente da comunidade fica feliz com essa oportunidade. Muita gente nem imagina que tem uma mulher que vive do mergulho. Quando veem, acham interessante, diferente. Outras mulheres também pescam de linha, vendem os peixes na comunidade, nos restaurantes. Às vezes procuramos compradores fora também”, contou Denise.
A comunidade da Gamboa tem forte tradição na pesca artesanal, envolvendo famílias inteiras em atividades que vão da captura ao comércio de pescados. Além de vender para moradores locais e turistas, as pescadoras também fornecem para restaurantes da região. Este é o caso de Verônica Garcia, pescadora há 20 anos e chefe de família com dois filhos adolescentes. Para ela, a experiência do projeto tem sido transformadora. “Para mim está sendo muito importante porque está me dando conhecimento, me fazendo ampliar a visão. Agora posso pescar e também empreender com meu próprio pescado, ganhando um lucro a mais”.
A agente mobilizadora do projeto, Isabel Guedes, acompanha de perto o grupo de mulheres e reforça a importância da ação. “Já realizamos rodas de conversa, feira de saúde com psicóloga, nutricionista, exames oftalmológicos, tudo isso na comunidade da Gamboa. É um trabalho coletivo, feito com carinho e focado no fortalecimento dessas mulheres”.
Sobre o projeto
O Elas à Frente da Pesca é uma iniciativa do Governo do Estado, executado pela SPM e a Bahia Pesca. Com investimento de R$ 600 mil, o projeto beneficia 135 mulheres pescadoras e marisqueiras dos municípios de Salvador, Camamu e Sobradinho, por meio de oficinas, apoio técnico e capacitações voltadas ao empreendedorismo, aos direitos das mulheres e à inclusão socioprodutiva. O projeto oferece, ainda, oficinas de marketing, empreendedorismo, biojoias e temas transversais como dignidade menstrual, saúde e prevenção à violência doméstica.”
Social
Ex-presidente do Sinjorba, Kardé Mourão, morreu neste sábado (29)
A jornalista faleceu aos 65 anos, após batalha contra o câncer

A jornalista Kardelícia Mourão Lopes, 65 anos, morreu neste sábado (29). Segundo o Sindicato do Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba), ela lutava contra um câncer e nos últimos dias “apresentou um quadro severo de reações ao tratamento, após as cirurgias para retirar parte do intestino, bexiga e útero no final do ano passado, informou o Sinjorba. Kardé foi presidente da entidade de 2004 a 2010. Integrou diversas diretorias do Sinjorba e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) como uma militante dedicada à defesa da categoria.
Em publicação nas redes sociais, neste domingo (30), o secretário interino de Comunicação do Estado da Bahia, Luciano Suedde, lamentou a morte da jornalista.
“Kardé, como era carinhosamente chamada, foi uma grande e querida amiga. Ela deixa um legado de coragem, ética e compromisso com a democracia e a liberdade de imprensa. À sua família, amigos e colegas de profissão, expresso minha solidariedade e respeito. Sua ausência será sentida, mas sua trajetória seguirá como inspiração para as novas gerações de comunicadores”, destacou Suedde.
O secretário lembrou da atuação de Kardé à frente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), que presidiu por dois mandatos, e na diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). “Sua atuação sempre foi marcada pela defesa intransigente da valorização profissional e pela luta permanente por condições dignas de trabalho e respeito à legislação trabalhista”.
Ainda na publicação, Luciano elogiou a jornalista na conduta diária no exercício da profissão. “Profissional de referência no jornalismo baiano, reconhecida por sua integridade, dedicação à verdade e empenho constante em qualificar a prática jornalística. Por onde passou, imprimiu uma comunicação comprometida com as lutas sociais e os direitos dos trabalhadores”.
Social
Apae e Shopping Piedade realizam ação de inclusão e valorização das pessoas com síndrome de Down
A conversa interativa com o público acontece às 15h no palco do piso L4

21 de março é o Dia Internacional da Síndrome de Down, uma data de conscientização para promover a inclusão e valorização das pessoas com síndrome de Down. Em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), o Shopping Piedade vai realizar o bate-papo “juntos pela inclusão”, conduzido pelos atores Débora Gil e Victor Hugo, entrevistando a Dra. Helena Pimentel e a professora Ana Beatriz.
A conversa interativa com o público acontece às 15h no palco do piso L4. Na sequência, às 16h, haverá uma apresentação de dança com os alunos da APAE.
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