Internacional
Foguetes foram lançados contra o aeroporto de Cabul
A fumaça pode ser vista subindo acima dos prédios no norte da cidade. Ninguém assumiu a responsabilidade pelo ataque

Vários foguetes foram disparados no aeroporto de Cabul nesta segunda-feira (30), menos de 48 horas antes de os Estados Unidos concluírem a retirada de suas tropas do Afeganistão.
Testemunhas disseram que os foguetes foram lançados de um carro e apontados para o aeroporto na manhã de segunda-feira. Parece que Salim Karwan, um bairro adjacente ao aeroporto, foi atingido em uma das explosões. Ninguém ainda assumiu a responsabilidade pelo ataque.
A fumaça pode ser vista subindo acima dos prédios no norte da cidade, onde o aeroporto internacional Hamid Karzai está localizado, e tiros foram ouvidos após as explosões.
Moradores relataram ter ouvido a ativação do sistema de defesa antimísseis do aeroporto, e fotos nas redes sociais mostraram estilhaços caindo em telhados e na rua, sugerindo que pelo menos um foguete foi interceptado.
Biden estabeleceu um prazo de 31 de agosto para retirar todas as forças dos EUA do Afeganistão, chegando ao fim do conflito militar mais longo de seu país. O Reino Unido, a Otan e todos os outros países ocidentais encerraram suas missões de evacuação no fim de semana.
O principal diplomata da América, o secretário de Estado Antony Blinken, descreveu os últimos dias como “o período mais perigoso em uma missão já extraordinariamente perigosa”.
Na noite de domingo, um drone dos EUA explodiu um veículo em Cabul que transportava “vários homens-bomba” do EI antes que eles pudessem atacar a evacuação militar em andamento no aeroporto de Cabul, disseram autoridades americanas. Foi o segundo ataque aéreo de retaliação que os EUA realizam contra o grupo militante desde o ataque suicida de quinta-feira.
Apesar das negativas iniciais dos EUA de que houve vítimas civis no ataque de domingo, uma autoridade afegã disse que três crianças foram mortas. Autoridades americanas disseram que o veículo atingido estava cheio de explosivos, causando explosões secundárias.
O capitão Bill Urban, porta-voz do comando central dos Estados Unidos, disse: “Estamos confiantes de que atingimos o alvo com sucesso… Estamos avaliando as possibilidades de vítimas civis, embora não tenhamos indicações no momento. Permanecemos vigilantes para potenciais ameaças futuras”.
Até agora, os voos de evacuação dos EUA retiraram mais de 114.000 cidadãos americanos e afegãos do aeroporto de Cabul, mas há temores de que muitos milhares de afegãos vulneráveis que trabalharam para as missões dos EUA e da Otan tenham ficado para trás.
O conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, disse que os EUA não planejam ter uma presença contínua na embaixada após a retirada final das tropas. Mas ele prometeu que os EUA “garantirão que haja passagem segura para qualquer cidadão americano, qualquer residente permanente legal” após terça-feira, bem como para “aqueles afegãos que nos ajudaram”.
O Departamento de Estado dos EUA divulgou no domingo um comunicado assinado por cerca de 100 países, além da Otan e da União Europeia, dizendo ter recebido “garantias” do Taleban de que as pessoas com documentos de viagem ainda poderiam deixar o país.
O Taleban disse que permitirá a viagem normal depois que a retirada dos EUA for concluída na terça-feira e eles assumirem o controle do aeroporto.
Internacional
Vaticano confirma morte do papa por AVC e colapso cardiovascular
A Santa Sé ainda não divulgou detalhes sobre as cerimônias fúnebres nem sobre os próximos passos com relação à sucessão papal

Um boletim médico oficial divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Vaticano informa que o papa Francisco foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), seguido por coma e colapso cardiovascular irreversível.
O relatório de óbito é assinado pelo professor Andrea Arcangeli, diretor da Direção de Saúde e Higiene do Estado da Cidade do Vaticano. A morte foi constatada por meio de registro eletrocardiotanatográfico, método que identifica o momento exato da parada cardíaca (7h35 no horário local; 2h35 no horário de Brasília).
O documento também informa que o papa apresentava histórico clínico de insuficiência respiratória aguda, pneumonia multimicrobiana bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão arterial e diabetes tipo 2.
“Declaro que as causas da morte, segundo meu conhecimento e consciência, são aquelas indicadas acima”, afirmou Arcangeli no relatório.
A Santa Sé ainda não divulgou detalhes sobre as cerimônias fúnebres nem sobre os próximos passos do Vaticano com relação à sucessão papal.
Fonte: Agência Brasil
Internacional
Papa Francisco morre aos 88 anos, nesta segunda (21)
Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, na Argentina, Francisco foi o primeiro papa latino-americano da história

Morre o Papa Francisco, aos 88 anos. O anúncio foi dado, com pesar, da Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, por Sua Eminêcia, o cardeal Farrell, com as seguintes palavras:
“Queridos irmãos e irmãs, com profunda tristeza devo anunciar a morte de nosso Santo Padre Francisco. Às 7h35 desta manhã (2h35 horário de Brasília), o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja.
Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados.
Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino.”
Neste domingo (20), o Pontífice apareceu na sacada da Basílica de São Pedro para a mensagem de Páscoa Urbi et Orbi, deixando sua última mensagem para a Igreja e o mundo.
Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, na Argentina, Francisco foi o primeiro papa latino-americano da história. Ele também foi o primeiro pontífice da era moderna a assumir o papado após a renúncia do seu antecessor e, ainda, o primeiro jesuíta no posto.
Internacional
Trump toma posse com discurso protecionista e de combate à imigração ilegal
O presidente dos EUA reafirmou a intenção de retomar o Canal do Panamá reiterou que o Golfo do México passará a se chamar Golfo da América

Por cerca de 30 minutos, Donald Trump fez nesta segunda-feira (20) seu primeiro discurso como novo presidente dos Estados Unidos. Ele reafirmou a intenção de retomar o Canal do Panamá e de combater a imigração ilegal no país, em especial a partir da fronteira com o México. O Golfo do México, reiterou Trump, passará a se chamar Golfo da América.
O presidente afirmou que declarará emergência nacional de energia, de forma a retomar, em larga escala, a produção de fontes não sustentáveis, em especial petróleo e gás, para garantir as reservas estratégicas do país, bem como a disponibilização de energia para as indústrias norte-americanas. E prometeu também revogar obrigações de cunho ambientalista em favor de veículos elétricos, de forma a manter o compromisso com as montadoras de veículos com motores à combustão.
Trump voltou a afirmar que, para proteger os trabalhadores americanos, pretende tributar produtos com origem em outros países. Reiterou alguns de seus posicionamentos contrários à chamada ideologia de gênero, dizendo que “há apenas dois gêneros: o masculino e o feminino”, e que porá “fim à política de tentar fazer engenharia social da raça e do gênero, promovendo uma sociedade que será baseada no mérito, sem enxergar a cor”.
Imigração ilegal
“Toda entrada ilegal será imediatamente impedida, e iniciaremos processo de devolução de milhões de imigrantes ilegais a seus países de origem. Restabeleceremos a política do ‘fique no México’ e porei em prática a lei de prender e deportar. Tropas serão enviadas para o sul para dificultar a entrada em nosso país. Além disso, vou designar os cartéis [de drogas] como organizações terroristas internacionais”, discursou o presidente, que, pela segunda vez, assume a Casa Branca.
Trump acrescentou que vai retomar uma legislação de 1708 sobre imigrantes, pela qual seu governo poderá utilizar todas as forças de segurança pública para “eliminar gangues” que praticam crimes em cidades e bairros norte-americanos. “Como comandante chefe, não há responsabilidade maior do que defender nosso país de ameaças e invasões. Farei isso em um nível nunca antes visto em nosso país”, disse ele, ao afirmar que, em breve, alterará o nome do Golfo do México para Golfo da América.
Poderosa e respeitada
O novo presidente disse que fará os Estados Unidos retornarem a seu lugar como a nação mais poderosa e respeitada do mundo. “Teremos a maior força armada que o mundo já viu”, afirmou.
Tump lembrou que o Canal do Panamá foi uma obra americana cedida àquele país, ao custo de 38 mil vidas perdidas durante sua construção. “Depois disso, fomos tratados de forma cruel, após oferecermos esse presente que jamais deveria ser dado. O espírito desse presente foi totalmente violado, com sobretaxas aos navios americanos. Não fomos tratados de forma justa, sobretudo pela China, que opera o canal. Por isso, vamos tomá-lo de volta”, prometeu.
“Minha mensagem hoje é de que é hora, mais uma vez, de agirmos com coragem, vigor e com a vitalidade das maiores nações da história”, complementou.
Energia
Trump anunciou que, ainda nesta segunda-feira, vai declarar emergência nacional da energia, com o objetivo de diminuir preços e ajudar setores industriais do país, além de recompor as reservas estratégicas de petróleo.
“Seremos mais uma vez um país industrial, com maior quantidade de petróleo e gás do que qualquer outro país. Diminuiremos os preços e preencheremos novamente nossas reservas estratégicas. E exportaremos nossa energia. Seremos novamente uma nação rica com o ouro negro que está sob nossos pés”, disse.
“E vamos pôr fim a acordos verdes. Vamos revogar as obrigações sobre veículos elétricos, salvando nossa indústria automotiva e mantendo compromisso com nossas montadoras”, acrescentou.
O presidente prometeu fazer, em breve, uma reforma do sistema de comércio “para proteger os trabalhadores e as famílias americanas. Por isso, em vez de tributar nossos cidadãos, estabeleceremos tarifas para outros países.”
Era de ouro
“A era de ouro dos Estados Unidos começa agora. Daqui em diante, nosso país florescerá e será respeitado. Seremos invejados por todo mundo, e não permitiremos que ninguém tire vantagem da gente. Colocarei a América em primeiro lugar”, afirmou.
Segundo Trump, os EUA enfrentam uma crise de confiança “após um establishment corrupto e radical, onde os pilares foram rompidos, dificultando o enfrentamento de crises simples”, em referência a problemas como o incêndio que assolou Los Angeles. Criticou também o sistema de saúde que não atuou de forma satisfatória em situações de desastre e o sistema de educação “que faz nossos alunos odiarem nosso país”.
“Mas tudo mudará rapidamente a partir de hoje”, afirmou Trump. “Minha vida foi salva para tornar a América grande novamente”, acrescentou, ao lembrar o atentado de que foi vítima durante a campanha eleitoral.
No discurso de posse, Donald Trump também reiterou a defesa da liberdade de expressão, algo que, segundo ele, foi colocado em risco pelo governo anterior.