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Internacional

UE divulga plano para restrição de produtos químicos perigosos

Grupos da indústria dizem que até 12.000 substâncias podem acabar se enquadrando no escopo da nova proposta

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Milhares de produtos químicos potencialmente nocivos podem em breve ser proibidos na Europa sob novas restrições, que os ativistas
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Milhares de produtos químicos potencialmente nocivos podem em breve ser proibidos na Europa sob novas restrições, que os ativistas saudaram como as mais fortes até agora.

No início deste ano, cientistas disseram que a poluição química cruzou uma “fronteira planetária” além da qual se encontra o colapso dos ecossistemas globais.

Acredita-se que a praga sintética esteja levando as espécies de baleias à beira da extinção e tem sido responsabilizada pelo declínio das taxas de fertilidade humana e 2 milhões de mortes por ano.

O “roteiro de restrições” da União Europeia (UE) publicado na segunda-feira (25) foi concebido como um primeiro passo para transformar esse quadro usando as leis existentes para proibir substâncias tóxicas ligadas a câncer, distúrbios hormonais, distúrbios reprotóxicos, obesidade, diabetes e outras doenças.

Grupos da indústria dizem que até 12.000 substâncias podem acabar se enquadrando no escopo da nova proposta, que constituiria a “maior proibição de produtos químicos tóxicos do mundo”, de acordo com o European Environmental Bureau (EEB).

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Tatiana Santos, gerente de política de produtos químicos da agência, disse: “Os controles químicos da UE geralmente são dolorosamente lentos, mas a UE está planejando a desintoxicação mais ousada que já vimos. Os lobistas da indústria petroquímica estão chocados com o que está agora na mesa. Promete melhorar a segurança de quase todos os produtos fabricados e diminuir rapidamente a intensidade química de nossas escolas, casas e locais de trabalho”.

O plano concentra-se em classes inteiras de substâncias químicas pela primeira vez como regra, incluindo todos os retardadores de chama, bisfenóis, plásticos de PVC, produtos químicos tóxicos em fraldas descartáveis ​​e PFAS, que também são conhecidos como “produtos químicos eternos” porque não se decompõem no meio ambiente.

Todos eles serão colocados em uma “lista contínua” de substâncias a serem consideradas para restrição pela Agência Europeia de Produtos Químicos. A lista será revisada e atualizada regularmente, antes de uma revisão significativa do regulamento Reach da UE para produtos químicos programado para 2027.

Os produtos químicos identificados no novo artigo incluem substâncias em materiais de contato com alimentos, fraldas descartáveis ​​e PAHs (hidrocarbonetos aromáticos policíclicos) em grânulos para parques infantis.

Mas grupos da indústria argumentam que o foco do esquema em grupos de produtos químicos pode afetar produtos de rua, como protetores solares e perfumes, que podem usar uma série de substâncias sintéticas.

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“Muitos ingredientes diferentes se enquadram no grupo de sensibilizadores da pele, de modo que uma ampla gama de produtos cosméticos seria potencialmente afetada”, disse John Chave, diretor geral da Cosmetics Europe, uma entidade comercial. “O efeito sobre os consumidores seria que haveria potencialmente menos variedade, menos escolha e menos eficácia funcional para produtos cosméticos sem nenhum ganho de segurança porque os ingredientes eram seguros em primeiro lugar”.

Além dos cosméticos, os produtos afetados podem incluir tintas, produtos de limpeza, adesivos, lubrificantes e pesticidas.

O sistema Reach da Europa já é o registro de produtos químicos mais extenso do mundo, e novas proibições podem atingir mais de um quarto do faturamento anual da indústria de cerca de € 500 bilhões (R$ 2.615 bilhões) por ano, de acordo com um estudo do grupo comercial Cefic.

“Algumas das restrições podem ter um impacto significativo na indústria e nas cadeias de valor”, disse Heather Kiggins, porta-voz do Cefic.

A indústria defende uma abordagem mais restrita às moderações e incentivos e controles de importação para ajudar a desenvolver produtos alternativos mais seguros.

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No entanto, a Agência Europeia de Produtos Químicos é a favor de lidar com produtos químicos em grupos porque as empresas químicas evitaram proibições de produtos químicos individuais ajustando sua composição química para criar substâncias irmãs que também podem ser perigosas, mas que exigem longas batalhas legislativas para regular.

A tática da indústria, conhecida como “substituição lamentável”, tem sido criticada por grupos ambientalistas por permitir a troca de substâncias como o desregulador endócrino bisfenol A por outros bisfenóis.

Santos descreveu isso como “uma tática cínica e irresponsável da indústria química para substituir os produtos químicos proibidos mais nocivos por outros igualmente nocivos que ainda não estão no radar regulatório. Testemunhamos um padrão de décadas de substituição lamentável para evitar a regulamentação.”

Mais de 190 milhões de produtos químicos sintéticos são registrados globalmente e um novo produto químico industrial é criado a cada 1,4 segundos, em média.

A ONU diz que espera que o valor global da indústria de mais de US$ 5 trilhões (R$ 24,4 trilhões) dobre até 2030 e quadruplicará até 2060.

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O comissário de meio ambiente da UE, Virginijus Sinkevičius, disse que as novas restrições “visam reduzir a exposição das pessoas e do meio ambiente a alguns dos produtos químicos mais nocivos, abordando uma ampla gama de seus usos – industriais, profissionais e em produtos de consumo”.

O comissário de mercados internos da UE, Thierry Breton, disse que alcançar um ambiente livre de tóxicos exigiria transparência e visibilidade da comissão. “O roteiro de restrições fornece essa visibilidade e permite que empresas e outras partes interessadas estejam melhor preparadas para possíveis restrições futuras”, disse ele.

Milhões de toneladas de substâncias químicas foram usadas por gigantes industriais como BASF, Bayer, Dow Chemicals e ExxonMobil sem concluir as verificações de segurança entre 2014 e 2019, de acordo com pesquisas de ambientalistas alemães.

Internacional

Vaticano confirma morte do papa por AVC e colapso cardiovascular

A Santa Sé ainda não divulgou detalhes sobre as cerimônias fúnebres nem sobre os próximos passos com relação à sucessão papal

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Um boletim médico oficial divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Vaticano informa que o papa Francisco foi vítima de um acidente
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Um boletim médico oficial divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Vaticano informa que o papa Francisco foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), seguido por coma e colapso cardiovascular irreversível.

O relatório de óbito é assinado pelo professor Andrea Arcangeli, diretor da Direção de Saúde e Higiene do Estado da Cidade do Vaticano. A morte foi constatada por meio de registro eletrocardiotanatográfico, método que identifica o momento exato da parada cardíaca (7h35 no horário local; 2h35 no horário de Brasília).

O documento também informa que o papa apresentava histórico clínico de insuficiência respiratória aguda, pneumonia multimicrobiana bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão arterial e diabetes tipo 2.

“Declaro que as causas da morte, segundo meu conhecimento e consciência, são aquelas indicadas acima”, afirmou Arcangeli no relatório.

A Santa Sé ainda não divulgou detalhes sobre as cerimônias fúnebres nem sobre os próximos passos do Vaticano com relação à sucessão papal.

Fonte: Agência Brasil
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Internacional

Papa Francisco morre aos 88 anos, nesta segunda (21)

Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, na Argentina, Francisco foi o primeiro papa latino-americano da história

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Morre o Papa Francisco, aos 88 anos. O anúncio foi dado, com pesar, da Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, por Sua Eminêcia,
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Morre o Papa Francisco, aos 88 anos. O anúncio foi dado, com pesar, da Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, por Sua Eminêcia, o cardeal Farrell, com as seguintes palavras:

“Queridos irmãos e irmãs, com profunda tristeza devo anunciar a morte de nosso Santo Padre Francisco. Às 7h35 desta manhã (2h35 horário de Brasília), o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja.

Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados.

Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino.”

Neste domingo (20), o Pontífice apareceu na sacada da Basílica de São Pedro para a mensagem de Páscoa Urbi et Orbi, deixando sua última mensagem para a Igreja e o mundo.

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Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, na Argentina, Francisco foi o primeiro papa latino-americano da história. Ele também foi o primeiro pontífice da era moderna a assumir o papado após a renúncia do seu antecessor e, ainda, o primeiro jesuíta no posto.

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Internacional

Trump toma posse com discurso protecionista e de combate à imigração ilegal

O presidente dos EUA reafirmou a intenção de retomar o Canal do Panamá reiterou que o Golfo do México passará a se chamar Golfo da América

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Por cerca de 30 minutos, Donald Trump fez nesta segunda-feira (20) seu primeiro discurso como novo presidente dos Estados Unidos.
Foto: Reprodução

Por cerca de 30 minutos, Donald Trump fez nesta segunda-feira (20) seu primeiro discurso como novo presidente dos Estados Unidos. Ele reafirmou a intenção de retomar o Canal do Panamá e de combater a imigração ilegal no país, em especial a partir da fronteira com o México. O Golfo do México, reiterou Trump, passará a se chamar Golfo da América.

O presidente afirmou que declarará emergência nacional de energia, de forma a retomar, em larga escala, a produção de fontes não sustentáveis, em especial petróleo e gás, para garantir as reservas estratégicas do país, bem como a disponibilização de energia para as indústrias norte-americanas. E prometeu também revogar obrigações de cunho ambientalista em favor de veículos elétricos, de forma a manter o compromisso com as montadoras de veículos com motores à combustão.

Trump voltou a afirmar que, para proteger os trabalhadores americanos, pretende tributar produtos com origem em outros países. Reiterou alguns de seus posicionamentos contrários à chamada ideologia de gênero, dizendo que “há apenas dois gêneros: o masculino e o feminino”, e que porá “fim à política de tentar fazer engenharia social da raça e do gênero, promovendo uma sociedade que será baseada no mérito, sem enxergar a cor”.

Imigração ilegal

“Toda entrada ilegal será imediatamente impedida, e iniciaremos processo de devolução de milhões de imigrantes ilegais a seus países de origem. Restabeleceremos a política do ‘fique no México’ e porei em prática a lei de prender e deportar. Tropas serão enviadas para o sul para dificultar a entrada em nosso país. Além disso, vou designar os cartéis [de drogas] como organizações terroristas internacionais”, discursou o presidente, que, pela segunda vez, assume a Casa Branca.

Trump acrescentou que vai retomar uma legislação de 1708 sobre imigrantes, pela qual seu governo poderá utilizar todas as forças de segurança pública para “eliminar gangues” que praticam crimes em cidades e bairros norte-americanos. “Como comandante chefe, não há responsabilidade maior do que defender nosso país de ameaças e invasões. Farei isso em um nível nunca antes visto em nosso país”, disse ele, ao afirmar que, em breve, alterará o nome do Golfo do México para Golfo da América.

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Poderosa e respeitada

O novo presidente disse que fará os Estados Unidos retornarem a seu lugar como a nação mais poderosa e respeitada do mundo. “Teremos a maior força armada que o mundo já viu”, afirmou.

Tump lembrou que o Canal do Panamá foi uma obra americana cedida àquele país, ao custo de 38 mil vidas perdidas durante sua construção. “Depois disso, fomos tratados de forma cruel, após oferecermos esse presente que jamais deveria ser dado. O espírito desse presente foi totalmente violado, com sobretaxas aos navios americanos. Não fomos tratados de forma justa, sobretudo pela China, que opera o canal. Por isso, vamos tomá-lo de volta”, prometeu.

“Minha mensagem hoje é de que é hora, mais uma vez, de agirmos com coragem, vigor e com a vitalidade das maiores nações da história”, complementou.

Energia

Trump anunciou que, ainda nesta segunda-feira, vai declarar emergência nacional da energia, com o objetivo de diminuir preços e ajudar setores industriais do país, além de recompor as reservas estratégicas de petróleo.

“Seremos mais uma vez um país industrial, com maior quantidade de petróleo e gás do que qualquer outro país. Diminuiremos os preços e preencheremos novamente nossas reservas estratégicas. E exportaremos nossa energia. Seremos novamente uma nação rica com o ouro negro que está sob nossos pés”, disse.

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“E vamos pôr fim a acordos verdes. Vamos revogar as obrigações sobre veículos elétricos, salvando nossa indústria automotiva e mantendo compromisso com nossas montadoras”, acrescentou.

O presidente prometeu fazer, em breve, uma reforma do sistema de comércio “para proteger os trabalhadores e as famílias americanas. Por isso, em vez de tributar nossos cidadãos, estabeleceremos tarifas para outros países.”

Era de ouro

“A era de ouro dos Estados Unidos começa agora. Daqui em diante, nosso país florescerá e será respeitado. Seremos invejados por todo mundo, e não permitiremos que ninguém tire vantagem da gente. Colocarei a América em primeiro lugar”, afirmou.

Segundo Trump, os EUA enfrentam uma crise de confiança “após um establishment corrupto e radical, onde os pilares foram rompidos, dificultando o enfrentamento de crises simples”, em referência a problemas como o incêndio que assolou Los Angeles. Criticou também o sistema de saúde que não atuou de forma satisfatória em situações de desastre e o sistema de educação “que faz nossos alunos odiarem nosso país”.

“Mas tudo mudará rapidamente a partir de hoje”, afirmou Trump. “Minha vida foi salva para tornar a América grande novamente”, acrescentou, ao lembrar o atentado de que foi vítima durante a campanha eleitoral.

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No discurso de posse, Donald Trump também reiterou a defesa da liberdade de expressão, algo que, segundo ele, foi colocado em risco pelo governo anterior.

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