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Educação

Alunos e professores recebem óculos digitais de leitura

Foram entregues óculos OrCam MyEye para 30 estudantes e 13 professores da rede municipal de ensino e do Instituto de Cegos da Bahia

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no Costa Azul foi palco, nesta segunda-feira (6), da entrega de óculos com tecnologia assistiva OrCam MyEye para 30 estudantes e 13
Foto: Bruno Concha/Secom PMS

O Centro de Formação de Professores Emília Ferreiro, no Costa Azul foi palco, nesta segunda-feira (6), da entrega de óculos com tecnologia assistiva OrCam MyEye para 30 estudantes e 13 professores da rede municipal de ensino e do Instituto de Cegos da Bahia (ICB) com cegueira ou outro tipo de deficiência visual. O equipamento, que utiliza a tecnologia de visão artificial, a partir de uma câmera inteligente que faz a leitura em tempo real de textos, rostos, produtos, cores, códigos de barras e cédulas de dinheiro, atenderá a 122 alunos e profissionais com deficiência visual registrados na rede. 

Os estudantes experimentaram os óculos durante o treinamento e agora passarão a utilizar o dispositivo em todas as atividades diárias, em casa e na escola. A coordenadora de Educação Inclusiva da Secretaria Municipal da Educação (Smed), Patrícia Anacleto, explica o passo a passo da operação. “Passamos pelo momento de apresentação, treinamento, manuseio e utilização dos óculos assistivos, e hoje estamos entregando este equipamento configurado de forma personalizada, para que eles possam utilizar em sala de aula, em casa, de forma a fazer de forma mais efetiva as atividades”, relata. 

Para ter acesso ao programa basta ser aluno ou professor da rede municipal, comprovadamente possuidor de alguma deficiência visual, ou totalmente cego. Os candidatos a receber o dispositivo são captados já no processo da matrícula. 

Benefícios 

A tecnologia utiliza a inteligência artificial na realização do reconhecimento óptico de caracteres sem a necessidade de conexão com a internet, permitindo ao usuário enxergar em qualquer lugar, permitindo a gravação de rosto e nome, a partir de tecnologia para reconhecimento facial, permitindo ainda a leitura de perto e de longe, de código de barras, consulta de preços, cardápios e bulas de remédios, por exemplo. O equipamento oferece ainda a leitura em três línguas: português, inglês e espanhol. 

A partir da OrCam MyEye, será possível otimizar a curva de aprendizado dos estudantes, facilitando atividades de leitura instantânea, reconhecimento de cores, matemática, reconhecimento de cédulas monetárias, leitura de forma geral, reconhecimento facial, de forma a reconhecer as pessoas no entorno do estudante, bem como familiares. Além disso, deverá dar mais autonomia e independência no dia a dia das crianças e adolescentes, facilitando o cumprimento das tarefas diárias sem a necessidade de um intermediário para ler no lugar deles. 

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Emoção 

A dona de casa Juciara Conceição, de 39 anos, moradora de São Tomé de Paripe, foi buscar os óculos para a filha Ana Flaviane, de 10 anos, e entende que o material será de extrema importância para a melhoria da qualidade de vida e dos estudos da filha. “É uma grande ajuda, pois nem todas as pessoas na condição dela têm a possibilidade de ter acesso a um equipamento desse. Isso vai ajudar muito na evolução da vida dela, tanto na escola, como na vida em geral”. 

Ana Flaviane cursa o 1⁰ ano na escola Otaviano Pimenta, em São Tomé. “Gostei bastante dos óculos, e já é possível sentir a diferença no meu dia a dia”, celebrou a pequena, ainda tímida diante do novo mundo que passa a compartilhar com o novo equipamento de estudo. 

A alegria de ter a chance de realizar novas descobertas também é o que impulsiona as palavras do pequeno Enzo Felipe, de 7 anos que, a partir do acesso ao novo equipamento, tem a chance de mudar o curso de sua vida educacional e privada, com a revelação de novos horizontes a partir do que lhe é revelado pelas lentes digitais do OrCam MyEye. “Foi uma surpresa, não sabia que ganharia os óculos. Eles vão me ajudar muito a ver melhor as coisas. Estou ansioso para levar eles para casa”, afirma. 

“Eu me sinto muito feliz por ele, pois além de não enxergar nada desde os dois anos de vida, agora ele poderá ter a emoção de conhecer o mundo, ter acesso a coisas que até pouco tempo parecia impossível “, afirma a mãe, Fernanda, bastante emocionada. 

A doméstica Helena Santos de Lima, 47 anos, compareceu com a filha Daniele Pereira dos Santos, de 14 anos, para pegar o equipamento. “Foi uma grande alegria saber que ela seria contemplada com os óculos. Seria impossível para nós termos acesso ao equipamento. Com eles, ela poderá ler tudo aquilo que gosta, sem depender do acesso a escritos em braile”. 

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“É uma emoção enorme, pois é um equipamento muito caro que eu sabia não ter condições de comprar. Será de grande ajuda para ler os livros da escola, histórias que só conhecia de ouvir falar, então é um momento de muita alegria poder colocar em prática tudo que aprendi durante o treinamento”, destaca Daniele, que é estudante do 8⁰ ano da Escolar Municipal Leonice Andrade, no Calabetão. 

Educação

Estudantes criadores de conteúdos participam de bate-papo com o governador

A atividade fez parte do segundo dia do Encontro ‘Voz da Rede: conectando ideias, territórios e histórias’

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Mais de 200 estudantes da rede estadual de ensino de diversas regiões da Bahia, protagonistas do projeto Agência de Notícias,
Foto: Matheus Landim/GOVBA

Mais de 200 estudantes da rede estadual de ensino de diversas regiões da Bahia, protagonistas do projeto Agência de Notícias, conheceram nesta quarta-feira (16), o Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb), em Salvador e participaram de um bate-papo com o governador Jerônimo Rodrigues e influenciadores digitais. A atividade fez parte do segundo dia do Encontro ‘Voz da Rede: conectando ideias, territórios e histórias’, promovido pela Secretaria da Educação (SEC).

O governador destacou que o momento de integração entre os jovens e o poder público foi importante para responder a algumas perguntas sobre o futuro desenhado pelo Governo do Estado para os estudantes na área da comunicação.

“É uma agenda potente, em que aproveitamos o ambiente educativo para informar sobre a importância de uma comunicação segura, sem fake-news, que capacita e prepara os jovens para criar uma agência de comunicação e estimula a criação de conteúdos, de divulgação de notícias na escola, com formação cidadã”, pontuou Jerônimo.

Na ocasião, estudantes de 83 Agências de Notícias e 54 estudantes criadores de conteúdo digital dialogaram sobre o trabalho realizado pelas agências de notícias das escolas e produziram conteúdos para as suas redes sociais. Os jovens ainda participarem de oficinas e palestras com influenciadores digitais experientes, como o professor de história e comediante Matheus Buente e o educador, ator e humorista, Sulivã Bispo, ambos com mais de 250 mil seguidores no Instagram.

Aproximadamente 250 pessoas estiveram envolvidas na iniciativa, que teve como objetivo, estimular o diálogo sobre a educação, fortalecer a relação entre as juventudes e o poder público e criar espaços de diálogo direto. Além de ser também espaço para formação teórica e prática para estudantes criadores de conteúdo digital e de trocas de experiências.

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Para a secretária da educação, Rowenna Brito, esta foi uma agenda estratégica para potencializar a comunicação nas escolas. “Sabemos que a informação e a tecnologia funcionam como um instrumento e a gente quer que esse instrumento esteja à serviço da educação. Temos aqui, unidades escolares de municípios dos 27 territórios de identidade, com professores que orientam os estudantes e passaram por dois dias de imersão”,  explicou. A titular da SEC destacou ainda que os professores foram capacitados em oficinas e palestras, sobre temas como fake news e produção de roteiro e de conteúdo.

A estudante Bárbara Samira Costa, 17 anos, de Juazeiro, contou como o projeto e o encontro se conectaram com os seus objetivos profissionais. “Quero seguir carreira na área de jornalismo, então, esse já é um pontapé inicial para levarmos uma bagagem para o ensino superior. Aqui temos experiência com a escrita, porque somos estimulados dentro das agências de notícias, testamos a comunicação para falar com as câmeras, para ter esse jogo de cintura de querer fazer uma entrevista com uma pessoa desejada, então, sem dúvidas, tudo isso acrescenta muito”, disse.

Em Juazeiro, Bárbara e outros nove estudantes estão à frente da produção para a Agência de Notícias Velho Chico e utilizam o Instagram para produzir conteúdos e divulgá-los. “No nosso perfil compartilhamos tudo, inclusive uma seleção para novos redatores. Teremos também um podcast e um mural informativo”, informou a estudante, cheia de ideias após a experiência do evento.

Agência de Notícias

O projeto Agência de Notícias na Escola, idealizado pelo Instituto Anísio Teixeira (IAT) – órgão vinculado à SEC –, tem caráter pedagógico e proporciona a estudantes e professores uma vivência prática na produção e veiculação de conteúdos sobre a realidade escolar e o território de identidade onde estão inseridos. A iniciativa alia o exercício simulado de práticas profissionais ao desenvolvimento de habilidades como observação, apuração e expressão em diferentes linguagens.

No espaço, os estudantes são desafiados a produzir conteúdos com impacto direto na realidade que os cerca. Assim, desenvolvem autonomia, responsabilidade, iniciativa e diversos outros atributos socioemocionais essenciais para toda a vida. Simultaneamente, aprimoram na prática habilidades e competências previstas em currículo, como ler, observar, interpretar, pesquisar, argumentar e escrever.

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“O que conseguimos perceber com esse tempo de ação é uma maturidade dos estudantes. As redes sociais das unidades escolares têm apresentado uma qualidade impressionante, melhorando a qualidade da comunicação. Eles têm nos ajudado na promoção de campanhas dentro da rede estadual e de atração de outros estudantes”, acrescentou Rowenna Brito.

Entre 2023 e 2024, foram implantadas 83 agências de notícias em escolas estaduais da Bahia, distribuídas por 77 municípios e 27 territórios de identidade. Cada agência é composta por cerca de 10 estudantes e 2 professores orientadores.

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Educação

“Voz da Rede” reúne criadores de conteúdo digital

Estudantes da rede pública estadual protagonizam o primeiro dia do encontro em Salvador com oficinas, debates e troca de experiências

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Hotel Fiesta, em Salvador, para viver uma experiência de troca, aprendizado e escuta. Eles são os protagonistas do Encontro “Voz da Rede:
Foto: ThuaneMaria/GOVBA

Com celulares em mãos, cadernos nas mochilas e muitas ideias na cabeça, cerca de 250 estudantes de diferentes regiões da Bahia chegaram nesta terça-feira (15) ao Hotel Fiesta, em Salvador, para viver uma experiência de troca, aprendizado e escuta. Eles são os protagonistas do Encontro “Voz da Rede: Estudante conectando ideias, territórios e histórias”, promovido pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), que reúne jovens de 83 Agências de Notícias Escolares e criadores de conteúdo digital da rede pública estadual. 

Entre oficinas, rodas de conversa e muito entusiasmo, os estudantes mergulharam em temas como produção de conteúdo para redes sociais, linguagem jornalística, podcast, storytelling e comunicação comunitária. A ideia é justamente essa: unir prática e teoria, valorizar os saberes de cada território e fortalecer o protagonismo estudantil. 

“É uma oportunidade única estar aqui. Na nossa agência de notícias, em Ruy Barbosa, a gente já faz matérias sobre o que acontece na escola, mas participar desse encontro me dá novas ideias e mostra como podemos melhorar”, conta Ellen Vitória, estudante de 17 anos, da Agência Cemanews do Colégio Estadual de Tempo Integral Professor Magalhães Neto, de Ruy Barbosa. 

A secretária da Educação do Estado, Rowenna Brito, reforçou a importância de escutar e valorizar as vozes juvenis. “O Voz da Rede é mais do que um evento: é um espaço potente de escuta, de valorização das narrativas juvenis e de formação. Ao conectar estudantes de diferentes territórios, fortalecemos laços, ampliamos repertórios e promovemos o sentimento de pertencimento à escola pública”, afirmou. 

Atividades 

O encontro, que vai até quarta-feira (16), é também um espaço para os estudantes ampliarem conexões e enxergarem a comunicação como ferramenta de transformação social. “A gente sente que faz parte de algo maior. Além de aprender, estamos conhecendo outros jovens que vivem realidades parecidas com as nossas e também querem transformar a escola com a comunicação. As redes sociais fazem parte do nosso dia a dia e poder usá-las para falar de educação e dar visibilidade ao que vivemos na escola é muito potente”, diz Giovanna Teles, estudante do Colégio de Tempo Integral Georgina de Melo Erisman de Feira Santana e criadora de conteúdo com mais de 41 mil seguidores no Instagram. 

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A proposta do evento é inspirada no projeto Agência de Notícias na Escola, criado pelo Instituto Anísio Teixeira (IAT). Desde 2023, a iniciativa já implantou 83 agências em escolas estaduais de 77 municípios baianos. Muito além da técnica jornalística, o projeto estimula a cidadania, o senso crítico e a expressão em múltiplas linguagens. Nesta quarta-feira (16), os estudantes visitarão o Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb), onde vão participar de um bate-papo com autoridades e influenciadores baianos. 

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Educação

Número de jovens e adultos que retornaram à sala de aula aumenta 8% na Bahia

O crescimento é resultado do trabalho de busca ativa por estudantes, acompanhamento, formação de professores e programas de permanência

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A rede estadual de ensino da Bahia é a segunda maior do país em número de jovens, adultos e idosos frequentando a sala de aula,
Foto: Amanda Chung

A rede estadual de ensino da Bahia é a segunda maior do país em número de jovens, adultos e idosos frequentando a sala de aula, ficando à frente de Minas Gerais e atrás, apenas, de São Paulo, que registrou 132.538 estudantes. Os dados do Censo Escolar 2024, divulgados pelo Ministério da Educação, revelaram que, em 2023, havia 119.542 baianos matriculados nessa modalidade e, em 2024, o número subiu para 129.741. 

A secretária da Educação do Estado, Rowenna Brito, avalia que o crescimento de aproximadamente 8% nesta oferta educacional é resultado do trabalho de busca ativa por estudantes, acompanhamento, formação de professores e programas de permanência. “Não basta apenas ofertar a vaga, mas sim criar condições para que essas pessoas que não estudaram na idade adequada, por questões sociais diversas, possam voltar e dar continuidade aos seus estudos. Por isso, fizemos um chamamento e estamos investindo na permanência delas, com a oferta de alimentação escolar nutritiva e de qualidade, na contratação de professores capacitados, na melhoria da infraestrutura, em programas de apoio financeiro, como o Bolsa Presença, alinhado ao programa federal Pé-de-Meia e, ainda, ofertamos cursos técnicos profissionais”, destacou. 

Presente em todos os 27 territórios de identidade baianos, a EJA é ofertada pela SEC em escolas estaduais e, também, nas unidades prisionais e comunidades de atendimento socioeducativo, em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e a Fundação da Criança e do Adolescente (FUNDAC).  Ela se diferencia do ensino regular por permitir que o Ensino Médio seja concluído em dois anos, sendo necessário ter idade mínima de 18 anos para cursar. Já a idade mínima para cursar o Ensino Fundamental nesta modalidade é a partir de 15 anos. Na avaliação é realizado o acompanhamento de percurso, que utiliza conceitos e não notas, cuja concepção é baseada no tempo humano com o currículo fundamentado em eixos temáticos e temas geradores.  

Em 2024, a modalidade de ensino ganhou destaque nas agendas dos governos federal e estadual, com o lançamento do Pacto pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da EJA. Além disso, o Governo do Estado investiu cerca de R$ 70 milhões para aquisição de livros didáticos para a rede, uma vez que o programa do Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) – EJA/MEC contempla apenas o Ensino Fundamental e a maior oferta da rede estadual é de Ensino Médio. O Estado também direciona recursos para a formação de educadores e ações de elevação da escolaridade, como a aplicação gratuita dos exames pela Comissão Permanente de Avaliação (CPA). 

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