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Economia

Tecnologia e sustentabilidade revolucionam a mandiocultura no Sudoeste

Milhares de agricultores familiares estão experimentando uma nova era de garantia de renda e crescimento da produção

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A mandiocultura do Sudoeste Baiano está passando por uma revolução impulsionada pela utilização de novas tecnologias e
Foto: Geraldo Carvalho

A mandiocultura do Sudoeste Baiano está passando por uma revolução impulsionada pela utilização de novas tecnologias e sustentabilidade. Lá, milhares de agricultores familiares estão experimentando uma nova era de garantia de renda e crescimento da produção. Isso foi possível devido à parceria estratégica firmada entre o Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), a Cooperativa Mista dos Produtores de Mandioca e Derivados da Região do Rio Gavião e Serra Geral (Cooperman), a Cooperativa Mista Agropecuária de Pequenos Agricultores do Sudoeste da Bahia e a Fecularia Conquista.

O arranjo produtivo foi estabelecido para fortalecer a base produtiva da Cooperman, como também ampliar as ações da Rede de Multiplicação e Transferência de Manivas-Semente de Mandioca com Qualidade Genética e Fitossanitária (Rede Reniva) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que dará origem a um projeto piloto da ação Raízes da Bahia, que será lançada, em breve, pela CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

Segundo o especialista em Mandiocultura da CAR, André Lordelo, a estratégia de multiplicação de material propagativo renova a base produtiva da cooperativa, garantindo matéria-prima para agroindústrias financiadas pela CAR. “Em uma área de 40 hectares, serão produzidos materiais para implantar 120 hectares no primeiro ano e 600 hectares até o sexto ano. As mudas do maniveiro são fornecidas pelo Instituto Biofábrica, assegurando alta produtividade e sanidade vegetal”.

Geração de Empregos e Renda

Considerado um modelo pioneiro no Brasil, a Fecularia Conquista já gerou mais de três mil empregos diretos e indiretos na região. Os produtores são incentivados a realizar tratos culturais em suas áreas e são remunerados com base no trabalho e rendimento, promovendo assim a economia local mais dinâmica e sustentável.

Para o presidente da Cooperman, Paulo Sérgio, a cooperativa tem apostado muito nesse projeto. “Ainda este ano, vamos implantar 150 hectares de mandioca com as manivas desse maniveiro. São manivas de qualidade, totalmente livres de qualquer praga e doença, que vão para o campo para poder aumentar a produtividade dos nossos agricultores e, assim, trazer mais qualidade de vida. Porque quando se produz mais, mais renda a gente leva para o campo. Essa é a importância dessa parceria, de sempre fortalecer a nossa base produtiva, que são nossos agricultores, que é a base da cooperativa”.

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A fecularia, que atende, aproximadamente, 50 municípios da Bahia, retomou suas atividades em 2019, expandindo sua capacidade de processamento de raízes de 100 para 250 toneladas por dia. Essa ampliação permitiu aos produtores locais direcionar sua produção para o processamento da fécula, antes restrito à produção de farinha, seguindo rigorosos padrões de qualidade antes da comercialização em sacas de 25 kg e 40 kg.

A parceria com a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) contribui para a definição das variedades de mandioca cultivadas, enquanto os estudantes realizam pesquisas que apoiam o desenvolvimento contínuo do projeto.

Compromisso com a Sustentabilidade

Além de promover o desenvolvimento econômico, a Fecularia Conquista também se destaca pelo compromisso com a sustentabilidade. Seu processo autossustentável inclui a reutilização da água como biofertilizante e a produção de energia limpa através do biogás.

Lordelo explica o processo de produção da fécula de mandioca, em que a raiz é processada para extrair o leite (fécula), resultando na separação da fibra e da água vegetal. “A casca é destinada à ração animal, enquanto a água produzida na extração do amido é utilizada para gerar gás metano, empregado na secagem da fécula. O resíduo é decomposto por bactérias metanogênicas para produzir mais metano, usado como fonte de calor. Por fim, a água residual torna-se um biofertilizante aplicado na área do maniveiro para implantação de novas áreas de produção de mandioca”.

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Economia

PIB atinge patamar recorde pelo 14º trimestre seguido

No primeiro trimestre deste ano, também atingiram patamares recordes os setores da agropecuária e dos serviços

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patamar recorde. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB nacional vem atingindo níveis recordes

Com o crescimento de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior, a economia brasileira atingiu um novo patamar recorde. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB nacional vem atingindo níveis recordes consecutivos há 14 trimestres, ou seja, o quarto trimestre de 2021. 

No primeiro trimestre deste ano, também atingiram patamares recordes os setores da agropecuária e dos serviços. Os serviços, aliás, vêm atingindo níveis recordes há 15 trimestres, ou seja, desde o terceiro trimestre de 2021. Sob a ótica da demanda, também atingiram patamares recordes o consumo das famílias, consumo do governo e exportações. 

Por outro lado, indústria e investimentos estão longe de seus patamares recordes, ambos atingidos em 2013. A formação bruta de capital fixo, ou seja, os investimentos, por exemplo, está 6,7% abaixo do nível do segundo trimestre de 2013, enquanto a indústria está 4,7% abaixo do nível do terceiro trimestre daquele ano. 

“A indústria é a única das grandes três atividades econômicas que ainda está no patamar abaixo do pico”, ressalta a pesquisadora do IBGE, Rebeca Palis. 

PIB 

Segundo o IBGE, o crescimento do PIB do quarto trimestre de 2024 para o primeiro trimestre deste ano foi puxado principalmente pelo desempenho da agropecuária, que teve crescimento de 12,2%. 

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“O agro tem dois efeitos principais este ano: um é a questão climática que está favorável e a outra é que as colheitas que estão crescendo muito, como a soja, que é a nossa principal lavoura, está concentrada no primeiro semestre. A gente também tem o milho crescendo, o fumo, o arroz, várias colheitas que estão crescendo esse ano têm muita safra no primeiro semestre”, explica Rebeca. 

Os serviços, que correspondem a 70% da economia brasileira, também tiveram desempenho positivo, crescendo 0,3% no trimestre em relação ao trimestre anterior, com destaque para as atividades de informação e comunicação (3%). Já a indústria apresentou taxa negativa (-0,1%), devido a resultados da construção (com queda de 0,8%) e da indústria da transformação (-1%). 

Segundo Rebeca Palis, esses são setores que estão sentindo os efeitos da alta taxa básica de juros (Selic). 

Sob a ótica da demanda, houve altas em todos os componentes no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior: consumo das famílias (1%), formação bruta de capital fixo (3,1%), exportações (2,9%) e consumo do governo (0,1%). 

“Em relação ao consumo das famílias, a gente ainda tem fatores que prejudicam, como a inflação bem resiliente e a política monetária restritiva. Mas a gente continua tendo melhora no mercado de trabalho, continua tendo programas de transferência de renda do governo para as famílias e o crédito continua crescendo, apesar de estar mais caro, então são várias coisas contribuindo positivamente”, disse a pesquisadora. “Mas o consumo das famílias poderia ser mais alto se a gente não tivesse uma política monetária restritiva”. 

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Fonte: Agência Brasil
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Economia

Prévia da inflação recua para 0,36% em maio

Os grupos transportes e artigos de residência registraram deflação e ajudaram a frear a inflação na prévia do mês

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em 0,36%
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em 0,36% em maio deste ano. A taxa é inferior às observadas nas prévias do mês anterior (0,43%) e de maio de 2024 (0,44%). O dado foi divulgado nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Com o resultado o IPCA-15 acumula taxa de 2,80% no ano. Em 12 meses, o IPCA-15 acumulado chega a 5,40%, abaixo dos 5,49% acumulados até abril deste ano. 

Em maio, sete dos nove grupos de despesas apresentaram inflação. Os destaques ficaram com saúde e cuidados pessoais (0,91%) e habitação (0,67%). 

Em saúde e cuidados pessoais, a inflação foi puxada pelos produtos farmacêuticos, que tiveram alta de preços de 1,93%. No grupo habitação, as principais influências vieram de energia elétrica residencial (1,68%), principal impacto individual do IPCA-15, e água e esgoto (0,51%). 

Os alimentos tiveram inflação de 0,39%, abaixo do 1,14% da prévia de abril. Também apresentaram alta de preços no mês, os grupos de despesa vestuário (0,92%), despesas pessoais (0,50%), comunicação (0,27%) e educação (0,09%). 

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Por outro lado, os grupos transportes e artigos de residência registraram deflação (queda de preços) e ajudaram a frear a inflação na prévia do mês. 

Em transportes, a taxa caiu 0,29%, puxada por recuos na passagem aérea (-11,18%) e ônibus urbano (-1,24%). Já artigos de residência tiveram queda de preços de 0,07%. 

O IPCA-15 é calculado com base em preços coletados nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. 

A prévia de maio se baseia em preços coletados no período de 15 de abril a 15 de maio de 2025 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 18 de março a 14 de abril de 2025 (base). 

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Economia

Receita libera consulta ao primeiro lote de restituição do IR

Ao todo, 6.257.108 contribuintes, com prioridade no reembolso, receberão R$ 11 bilhões

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contas com o Leão. Nesse horário, a Receita Federal liberará a consulta ao primeiro dos cinco lotes de restituição de 2025, o maior da
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A partir das 10h desta sexta-feira (23), cerca de 6,3 milhões de contribuintes que entregaram a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física deste ano acertarão as contas com o Leão. Nesse horário, a Receita Federal liberará a consulta ao primeiro dos cinco lotes de restituição de 2025, o maior da história em número de contribuintes e em valor. O lote também contempla restituições residuais de anos anteriores. 

Ao todo, 6.257.108 contribuintes receberão R$ 11 bilhões. Todo o valor, informou o Fisco, irá para contribuintes com prioridade no reembolso. 

As restituições estão distribuídas da seguinte forma: 

  • 2.375.076 contribuintes que usaram a declaração pré-preenchida e optaram simultaneamente por receber a restituição via Pix; 
  • 2.346.445 contribuintes de 60 a 79 anos; 
  • 1.096.168 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério; 
  • 240.081 contribuintes acima de 80 anos; 
  • 199.338 contribuintes com deficiência física ou mental ou doença grave. 

Embora não tenham prioridade por lei, os contribuintes que usaram dois procedimentos em conjunto, pré-preenchida e Pix, passaram a ter prioridade no recebimento da restiuição neste ano. 

A consulta poderá ser feita na página da Receita Federal na internet. Basta o contribuinte clicar em Meu Imposto de Renda e, em seguida, no botão Consultar a Restituição. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones. 

O pagamento será feito em 30 de maio, na conta ou na chave Pix do tipo CPF informada na declaração do Imposto de Renda. Caso o contribuinte não esteja na lista, deverá entrar no CentroVirtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC). Se verificar uma pendência, pode enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina. 

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Se, por algum motivo, a restituição não for depositada na conta informada na declaração, como no caso de conta desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o cidadão poderá agendar o crédito em qualquer conta bancária em seu nome, por meio do Portal BB ou ligando para a Central de Relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos). 

Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição depois de um ano, deverá requerer o valor no Portal e-CAC. Ao entrar na página, o cidadão deve acessando o menu Declarações e Demonstrativos, clicar em Meu Imposto de Renda e, em seguida, no campo Solicitar restituição não resgatada na rede bancária. 

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