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Dia Nacional da Trabalhadora Doméstica é celebrado em Salvador 

O Projeto “Cuidar de Quem Cuida” proporcionou um conjunto de atividades que promoveram o bem-estar físico e mental

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Domingo de autocuidado, respeito e reconhecimento. Assim foi celebrado o Dia Nacional da Trabalhadora Doméstica (27),
Foto: Adriana Ituassu

Domingo de autocuidado, respeito e reconhecimento. Assim foi celebrado o Dia Nacional da Trabalhadora Doméstica (27), no Conjunto Habitacional 27 de Abril, no bairro do Doron, em Salvador. A ação do Projeto “Cuidar de Quem Cuida”, promovida pela Secretaria das Mulheres do Estado (SPM-BA), proporcionou um conjunto de atividades que promoveram o bem-estar físico e mental para mulheres que dedicam a vida e o trabalho nas casas e famílias de outras pessoas. 

A atividade fez parte da programação da 14ª Semana de Valorização do Trabalho Doméstico, promovida pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em parceria com a SPM e outros órgãos e entidades. Entre tranças, massagens e Reiki, histórias de luta e superação ecoaram no residencial. São mulheres que há décadas dedicam seus dias ao cuidado com crianças, idosos e famílias inteiras, mas que muitas vezes esquecem de olhar para si. 

Nelcelina da Silva, 44 anos, participou pela primeira vez de uma ação como essa e descreveu a experiência como um momento de alívio. “Hoje moro na minha casa, mas já passei por muitos momentos de tensão. Ouvia xingamentos e gritos, palavras pesadas. Nunca tinha feito massagem na vida e hoje relaxei, senti no meu corpo um alívio”, contou. 

Para Rita de Cássia Machado, de 62 anos, o dia foi de reconhecimento. Trabalhando desde os 14 anos como doméstica e hoje como cuidadora de crianças, ela reforçou a importância de buscar os direitos trabalhistas e valorizou o momento de cuidado. “Sinto muita dor por causa da carga de trabalho. Hoje, com a massagem e o Reiki, me senti acolhida, como se estivesse recebendo o cuidado que ofereci a vida inteira. Isso é uma bênção de Deus”, disse. 

Josefa de Jesus, diarista de 55 anos, aproveitou o dia para se cuidar. Ela fez penteado e massagem. “Trabalho muito a semana toda e hoje foi dia de relaxar. Aproveitei bastante. Gostei muito, muito mesmo”, contou. Ela ainda trouxe a amiga Sandra Angélica dos Santos, 58 anos, que também se impressionou com o momento. “Ganhei o domingo! Quem não veio perdeu. Espero ter outras oportunidades assim”. 

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Valdirene Boaventura, secretária de Assuntos Jurídicos do Sindoméstico-BA e moradora do conjunto habitacional, trouxe reflexões importantes. Ela ressaltou a importância do autocuidado para as trabalhadoras domésticas, muitas vezes negligenciado pela rotina exaustiva. “A gente cuida da família dos outros e esquece da nossa. Muitas vezes, até doenças graves são descobertas tardiamente porque nos privamos de nos cuidar. Mesmo com os avanços, ainda enfrentamos a escravidão moderna. É essencial lembrar que temos direito à saúde e à dignidade”, afirmou. 

A superintendente de Promoção e Inclusão Socioprodutiva da SPM, Luciana Mota, destacou que o projeto “Cuidar de Quem Cuida” nasceu justamente para acolher essas mulheres que, no dia a dia, esquecem de si em prol dos outros. “São mulheres que carregam histórias de coragem e resistência. É uma forma de reconhecer que quem cuida também precisa ser cuidado. Resgatar a autoestima, fortalecer a saúde e, principalmente, garantir que essas mulheres lutem pelos seus direitos com mais força e amparo”, explicou. 

Sobre a semana – A 14ª Semana de Valorização do Trabalho Doméstico, promovida pela Setre nos dias 25 e 26 de abril, no Shopping da Bahia, trouxe uma programação voltada para a prevenção e enfrentamento da violência contra as mulheres, a inclusão socioprodutiva e o fortalecimento da autonomia econômica das trabalhadoras domésticas. 

As empregadas domésticas e o público em geral participaram de palestras sobre temas relevantes, como “Trabalho doméstico decente e o direito de quem cuida da gente: algumas referências internacionais”, apresentado por José Ribeiro, representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil. A secretária nacional de Política de Cuidados e Família do Ministério do Desenvolvimento Social, Laís Abramo, abordou a Política Nacional de Cuidados e seus impactos no trabalho doméstico. 

Além das palestras, diversos serviços gratuitos foram ofertados por órgãos estaduais, como emissão de RG, orientação previdenciária, cálculo trabalhista e informações sobre a erradicação do trabalho escravo e infantil. 

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SPM leva acolhimento e orientação para mulheres durante a ExpoIpirá 

O atendimento será realizado das 9h às 14h, no Parque de Exposições, em Ipirá 

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A Unidade Móvel da Secretaria das Mulheres do Estado (SPM) estará na ExpoIpirá, nesta quinta e sexta-feira (25 e 26),
Foto: Aluísio Sales/SPM

A Unidade Móvel da Secretaria das Mulheres do Estado (SPM) estará na ExpoIpirá, nesta quinta e sexta-feira (25 e 26), no Parque de Exposições, localizado à margem da BA-052, próximo ao contorno de Ipirá para Pintadas. O atendimento será realizado das 9h às 14h. A iniciativa busca ampliar o acesso das mulheres a serviços de acolhimento, escuta e orientação sobre direitos e os caminhos da Rede de Proteção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher.  

O espaço também funciona como um ponto de apoio para aquelas que vivenciam situações de violência e precisam de ajuda. “A presença da Unidade Móvel em grandes eventos integra a estratégia do Governo da Bahia de garantir que mulheres, especialmente em áreas mais distantes dos centros urbanos, tenham acesso às políticas públicas de proteção e enfrentamento à violência. Nosso objetivo é garantir que as mulheres saibam onde buscar ajuda e como denunciar casos de violência”, destaca Neusa Cadore, secretária estadual das Mulheres. 

Serviço
  • Unidade Móvel da SPM na ExpoIpirá 
  • Local: Parque de Exposições de Ipirá (BA-052, próximo ao contorno para Pintadas) 
  • Datas: 25 e 26 de setembro de 2025 
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Governo do Estado amplia ações do Corra pro Abraço na Bahia

Com investimento de R$ 54 milhões, o programa passa a atuar em cidades como Feira de Santana, Vitória da Conquista, Jequié e Camaçari

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O alcance do Programa Corra pro Abraço vai ser ampliado, fortalecendo a promoção do cuidado e inclusão de pessoas em situação de
Foto: Matheus Landim/GOVBA

O alcance do Programa Corra pro Abraço vai ser ampliado, fortalecendo a promoção do cuidado e inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade. A iniciativa é uma ação do Bahia pela Paz, programa estratégico do Governo do Estado para prevenção social da violência, que tem como público prioritário jovens de 12 a 29 anos. Com investimento de R$ 54 milhões, o Corra pro Abraço passa a atuar em cidades como Feira de Santana, Vitória da Conquista, Jequié e Camaçari, além de reforçar o atendimento em vários bairros de Salvador. Nesta segunda-feira (22), o governador Jerônimo Rodrigues assinou os termos de colaboração com as organizações da sociedade civil selecionadas em edital de chamamento para executar as ações.

Durante o evento, realizado no prédio da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), no Centro Administrativo (CAB), também foi sancionada a lei que garante a gratuidade na emissão das demais vias da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) para pessoas de baixa renda, em situação de rua ou acima de 60 anos. Na ocasião também foram empossados os novos membros do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para a População em Situação de Rua (CIAMP).

“Esse aqui é o abraço da chegada de um conjunto de políticas públicas de atenção, de afeto. E é o abraço da saída daqueles e daquelas que pretendem receber de nós a força para sair das drogas, para sair, às vezes, do crime, para sair do anonimato e para chegar numa nova vida. Ninguém entra nessa condição, de situação de rua, por que quer”, afirmou o governador.

Executado pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), o Corra pro Abraço tem a missão de promover a redução de riscos e danos e oferecer cuidado humanizado para populações vulneráveis, como pessoas em situação de rua e aquelas em uso abusivo de álcool e outras drogas, assegurando o acesso a direitos, políticas públicas, cultura e à rede de atenção psicossocial.

Segundo a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Fabya Reis, esse é um dia histórico, porque é a reafirmação do compromisso com as populações mais vulnerabilizadas, fortalecendo as políticas de inclusão. “A expansão do Corra pro Abraço representa o fortalecimento nos nossos territórios e a atuação do Governo do Estado. Seguimos nesse compromisso, fortalecendo a participação social e também fazendo os investimentos necessários”, destacou Fabya.

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Os termos de colaboração assinados pelo governador definem as organizações responsáveis pela execução das ações do programa nos diferentes territórios. Em Salvador, a gestão fica por conta do Cria, em conjunto com a Iniciativa Negra e o É de Lei; da Associação Folia Africana e Carnavalesca; e da Cipó. Já em Feira de Santana e Camaçari, será conduzido pela Comunidade Cidadania e Vida (Convida). Em Vitória da Conquista e Jequié, será executado pela Cipó em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Ambiental, Social e Educacional (Idase).

Para garantir uma ação mais efetiva do Corra pro Abraço na capital, o governador assinou ainda, a cessão de dois imóveis do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), localizados no Pelourinho, para o funcionamento de pontos de acolhimento e convivência para pessoas em situação de rua. A iniciativa contribui com a estratégia para a redução da violência e para a construção de uma Cultura de Paz na cidade.

Durante o evento, foi sancionada a lei que amplia a gratuidade para emissão da CIN de pessoas de baixa renda, em situação de rua ou acima de 60 anos, retirando o limite de uma emissão gratuita por ano. A medida é considerada essencial para quem enfrenta perdas constantes de documentos.

CIAMP

Outra novidade foi a posse dos membros da sociedade civil do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política para a População em Situação de Rua (CIAMP), que vai atuar na formulação e acompanhamento das ações do governo. O colegiado é formado por representantes do poder público e da sociedade civil.

A coordenadora do Movimento Nacional da População em Situação de Rua, Maria Sueli Oliveira, foi uma das empossadas. “É um comitê que, com certeza, vai agregar muito, vamos ter muitos resultados com esses novos membros que estão aí, com o empenho do governador, da secretária Fabya Reis e de toda a equipe. Eu não tenho dúvida que esse comitê vai ser muito potente e que vamos ter muito resultado daqui para frente”, apontou Sueli Oliveira.

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Bahia pela Paz
Programa estratégico de prevenção e redução da violência letal, que tem nos Coletivos Bahia pela Paz, equipamentos de promoção de direitos humanos localizados em regiões densamente povoadas e com maiores índices de vulnerabilidade. Os Coletivos oferecem serviços integrados de educação, cultura, inserção no mercado de trabalho, atendimento psicossocial, acesso à cidadania e garantia de direitos, difundindo a Cultura de Paz entre as juventudes e suas famílias.

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Delegação internacional conhece projeto “Oxe, me respeite – nas escolas”

A comitiva conheceu o desenvolvimento do projeto, a partir da perspectiva dos estudantes, dialogando com educadores, equipe pedagógica

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Nesta sexta-feira (12), o Colégio Estadual Góes Calmon, em Salvador, recebeu uma delegação do Oversight Advisory Committee (OAC) /
Foto: Ascom SPM-BA

Nesta sexta-feira (12), o Colégio Estadual Góes Calmon, em Salvador, recebeu uma delegação do Oversight Advisory Committee (OAC) / Comitê Consultivo de Supervisão, formado por especialistas internacionais que estão no Brasil para conhecer o trabalho do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) no país.

A comitiva conheceu o desenvolvimento do projeto “Oxe, me respeite – nas escolas”, a partir da perspectiva dos estudantes, dialogando com educadores, equipe pedagógica e representantes da Secretaria das Mulheres do Estado (SPM).

O projeto tem como objetivo promover a formação cidadã de estudantes, com foco na prevenção e enfrentamento às violências de gênero e raça. Atualmente, presente em 300 escolas da rede estadual, alcançando milhares de alunos e alunas em 150 municípios e em 10 Territórios de Identidade da Bahia, com a expectativa de beneficiar 15 mil estudantes. A iniciativa é executada pela SPM, em parceria com a Secretaria da Educação do Estado (SEC), a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa).

A superintendente de Prevenção à Violência contra a Mulher da SPM, Camilla Batista, ressaltou que o projeto tem sido central na articulação entre diferentes áreas do governo. “O projeto Oxe, me respeite – nas escolas é um projeto do coração da SPM, porque ele nos permite dialogar de forma concreta com a juventude e propor mudanças estruturais, como a prevenção às violências. As ações envolvem também Saúde, Direitos Humanos e outras pastas, o que amplia seu alcance e impacto. Queremos fortalecer e expandir essa iniciativa, porque ela ajuda a enfrentar as raízes do patriarcado e a promover uma educação baseada em direitos, respeito e equidade”.

A pedagoga Carla Pita, educadora que acompanha o projeto no Colégio Estadual Góes Calmon, explicou como as atividades são construídas com os alunos. “Nossa missão é formar um itinerário educativo a partir de oficinas sobre gênero, raça e etnia. Trabalhamos com práticas lúdicas, círculos de leitura, exposições literárias, para discutir desigualdades de gênero e como elas impactam a evasão escolar. O mais importante é que os estudantes atuam como lideranças orgânicas, mobilizando toda a comunidade escolar”, comentou.

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O estudante Francisco Yure Cruz, 17 anos, destacou a importância do projeto. “O Brasil é muito diverso e esse projeto nos ajuda a compreender outras realidades além da nossa bolha. Aprendi a reconhecer desigualdades que não conhecia e a valorizar a convivência. É essencial que a gente leve esse debate adiante e contribua para uma sociedade mais justa”.

A aluna Eduarda Oliveira, também de 17 anos, reforçou o impacto do projeto.

“Esse projeto é muito importante porque nos faz dialogar com outros estudantes sobre temas que nem sempre aparecem na sala de aula, como rivalidade feminina, feminicídio, sororidade e racismo. Essas conversas nos ajudam a refletir sobre as violências que atravessam nossas vidas e a pensar em alternativas para transformar a realidade”.

Para Florbela Fernandes, representante do Unfpa no Brasil, o projeto tem potencial inspirador. “Estamos falando de igualdade, saúde sexual e reprodutiva e prevenção à violência. É emocionante ver jovens construindo conhecimento e sendo protagonistas. Que essa experiência ilumine e inspire outros alunos e escolas”.

Entre os integrantes da delegação estiveram: Florbela Fernandes, representante no Brasil e diretora de país para Uruguai e Paraguai do Unfpa; Rocío Galiano Mares, chefe do Escritório do Unfpa Paraguai; Michele Dantas, chefe do Escritório da Bahia do Unfpa Brasil; além da equipe do Unfpa Brasil, Kumiko Matsuura, presidente do OAC, e membros do Comitê.

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