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Meio Ambiente

Ibama usa apenas 37% do orçamento para evitar incêndios

Em 2021 e 2020, a execução do orçamento previsto para a prevenção de incêndios florestais ficou em torno de 70 a 75%

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Foto: Douglas Magno/AFP

Em um ano marcado por taxas elevadas de desmatamento e queimadas, o governo federal está investindo abaixo da média em ações para inibir a devastação florestal na Amazônia. As informações são do O Globo.

Principal órgão federal de fiscalização ambiental, o Ibama executou 37% do orçamento reservado para ações de monitoramento, prevenção e controle de incêndios florestais até o dia 6 de setembro — desembolsou R$ 20 milhões de um montante de R$ 52,75 milhões.

Os dados foram extraídos do Painel do Orçamento Federal (Siop), do Ministério da Economia, e divulgados pelo Observatório do Clima. A contenção dos gastos ocorre no período da seca em que tradicionalmente aumenta a incidência de queimadas nos biomas brasileiros, sobretudo na Amazônia.

Este ano, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) computou 18.374 focos de incêndio na Amazônia entre 1º e 7 de setembro. O número supera as ocorrências de incêndio registradas em todo o mês de setembro em 2021, de 16.742 focos.

Em 2021 e 2020, a execução do orçamento previsto para a prevenção de incêndios florestais ficou em torno de 70 a 75%.

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O secretário-executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini, alertou que é “tarde demais” investir em ações para prevenir incêndios em setembro, no auge da seca na Amazônia.

— É totalmente inefetivo fazer isso agora. Era preciso ter havido campanhas de conscientização da população local, capacitação de brigadistas e um trabalho focado na identificação das áreas mais propensas ao fogo para fazer o seu manejo — enumerou.

O Ibama informou em uma nota que empenhou 83% do orçamento total para a prevenção e combate a incêndios florestais. “Vale destacar que empenho é o compromisso de pagamento utilizado na administração pública e a liquidação somente ocorre conforme os contratos e serviços são executados e finalizados”, diz o órgão ambiental.

Ex-presidente do Ibama na gestão de Michel Temer, a advogada Suely Araújo rebateu o argumento, dizendo que a política pública só é “concretizada de fato” a partir da liquidação, e não do empenho.

Para ela, a liquidação efetivada num patamar abaixo da metade do valor orçado indica uma “ação insuficiente” do governo Bolsonaro em coibir os incêndios florestais.

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— Está se gastando menos do que deveria ao longo do ano e em plena época do fogo — disse Araújo. — Uma amostra de que a prevenção está insuficiente é que a área queimada em 2022 está bem maior do que no ano passado — acrescentou, citando o aumento de 41% da área queimada na Amazônia de janeiro a julho de 2022 ante o mesmo período de 2021.

Segundo os especialistas, o trabalho preventivo do Ibama deve ocorrer nos meses de abril e maio, antes da chegada da seca. Nessa época, equipes de brigadistas vão a áreas com mais potencial de queimada para montar os chamados “aceiros”, uma barricada contra incêndios em que se isola e retira a vegetação que pode servir como combustível para o alastramento do fogo.

Diretora de Ciência do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar avaliou que a situação em 2022 só não está pior porque a Amazônia ainda está sob efeito do fenômeno La Niña, que ainda mantém a umidade no bioma, apesar da escassez de chuvas.

— Isso contribuiu para que não tivéssemos um apocalipse na Amazônia — afirmou. Alencar ainda apontou duas razões principais para a incidência de queimadas na Amazônia neste período: desmatamento para a abertura de áreas de plantação e criação de abertura de pastagens.

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Meio Ambiente

Lobo-guará atropelado no Oeste da Bahia passa por cirurgia 

O animal foi resgatado pelo Inema na BR-242, nas proximidades da cidade de Luís Eduardo Magalhães

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Um lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) atropelado na BR-242, no Oeste da Bahia, passou por uma cirurgia, nesta terça-feira (25),
Fotos: ASCOM/Inema

Um lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) atropelado na BR-242, no Oeste da Bahia, passou por uma cirurgia, nesta terça-feira (25), após ser resgatado por uma equipe do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), nas proximidades da cidade de Luís Eduardo Magalhães. O animal, que sofreu fraturas nas duas patas dianteiras, recebeu o primeiro socorro ainda no local, sendo atendido pelo centro de conservação e educação socioambiental Parque Vida Cerrado, instituição parceira do Inema e encaminhado a Salvador para o Centro Estadual de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), que realizou todos os procedimentos necessários para a recuperação desta espécie símbolo do Cerrado brasileiro e ameaçada de extinção. 

O médico veterinário e coordenador de Gestão de Fauna do Inema, Vinícius Dantas, explicou sobre as medidas clínicas adotadas. “Após estabilização do estado clínico, o indivíduo atendido no Parque Vida Cerrado precisou ser transferido para o Cetas, na capital baiana, onde constatamos a necessidade de intervenção cirúrgica nas duas patas dianteiras, uma ação para que o animal recupere suas funções de locomoção. A intervenção foi um sucesso, o animal respondeu muito bem aos procedimentos realizados, tendo um excelente pós-operatório e agora passará pelos cuidados de uma equipe multidisciplinar, que dará continuidade ao tratamento e processo de reabilitação”. 

A operação ocorreu com o apoio do Instituto de Cirurgia Ortopédica e Neurológica Veterinária (ICONVET), que disponibilizou seu centro cirúrgico localizado no bairro do Rio Vermelho, com todos os equipamentos e suporte de profissionais com experiência em veterinária ortopédica. 

O resgate 

À frente da ação de resgate, o técnico da Unidade Regional (UR) do Inema de Barreiras, Danilo Cezar, explicou sobre o os procedimentos adotados para o atendimento e manejo adequado do animal. “Fomos acionados por moradores e instituições para liderar o resgate de emergência. Devido ao estado delicado e da espécie estar na lista das ameaçadas de extinção, ação precisou ser em curto espaço de tempo”. O técnico também fez questão de alertar que essa rodovia é de grande fluxo e por isso a atenção deve ser redobrada, não só por conta da travessia de lobos, bem como demais animais silvestres que tem no Cerrado seu habitat natural. 

Só neste mês, dez dias depois do primeiro resgate, outro lobo também foi atropelado na mesma região, desta vez no município de São Desidério (BA-020). Como a situação de saúde não apresentava gravidade, o animal foi encaminhado para o Criadouro Fazenda Trijunção, referência no atendimento veterinário à fauna silvestre do Cerrado. 

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“Diante desse cenário, o Inema tem reforçado as ações de fiscalização e educação ambiental junto aos produtores rurais, condutores e população em geral, são ações de proteção da fauna e para fortalecer parcerias com instituições especializadas que possam garantir o bem-estar e a reabilitação de animais vítimas de acidentes”, ressaltou o técnico Danilo Cezar. 

Disque Fauna

Ao encontrar animais silvestres feridos ou fora de seu habitat natural, a população deve solicitar, imediatamente, o resgate através do Disque Fauna do Cetas (71) 99661-3998 (WhatsApp). 

A espécie

O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é o maior canídeo da América do Sul, um animal adulto chega a medir 1,30 m de corpo, além de 40 centímetros de cauda, podendo atingir mais de 20 quilos. O lobo-guará apresenta hábito de vida solitária, sendo encontrado formando casais apenas na época reprodutiva e durante o cuidado parental. É classificado pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como uma espécie “Quase ameaçada” e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio-MMA) como “Vulnerável”.

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Meio Ambiente

Polícia Militar realiza ação de conscientização ambiental no Porto da Barra

Além de equipes na faixa de areia, a ação conjunta da Coppa com a Marinha do Brasil contou com o apoio de embarcações

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A Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) realizou, na manhã desta sexta-feira (14), uma ação de
Foto: COPPA e Sgt PM RR/C Magno

A Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) realizou, na manhã desta sexta-feira (14), uma ação de conscientização ambiental junto aos frequentadores da praia do Porto da Barra, com a remoção de resíduos na areia e na água.  

A ação foi realizada por policiais da unidade, com o reforço de 30 alunas-a-soldado que estão sendo formadas na sede da Coppa, em Pituaçu. Após o término do Curso de Formação de Soldados (CFSd), as novas soldados da Polícia Militar serão distribuídas entre o efetivo de unidades operacionais da PMBA e ampliarão as ações de patrulhamento e segurança na capital baiana. 

“Essa iniciativa é importante porque, além de dar visibilidade para a causa ambiental, demonstra que a Polícia Militar, e mais especificamente a policial feminina, está perto da população e preocupada com o ambiente em que vivemos”, revelou a aluna-a-soldado Ingrid Lobo. 

Além das equipes na faixa de areia, mergulhadores voluntários voltados à conservação do meio-ambiente marinho somaram esforços. No mar, embarcações da Coppa e da Marinha do Brasil realizaram ações de patrulhamento e fiscalização na região. Como resultado, uma geladeira chegou a ser localizada e retirada do fundo do mar. 

“Temos um núcleo de alunas, que já está na nossa instituição com a missão de proteger e servir o cidadão, mas também com uma atenção especial ao meio-ambiente”, destacou a major Érica Patrícia, comandante da Coppa. “Essa é uma das preocupações da nossa instituição, sobretudo nesse momento de emergência climática, em que conclamamos a população para que tenha cuidado com o meio ambiente”. 

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Entre frequentadores e turistas, a ação não passou despercebida e foi bastante elogiada. “Acho essa iniciativa um exemplo para todo o Brasil, essa não deveria ser uma preocupação apenas da Polícia Militar, mas de todos os cidadãos”, revelou Hércules Reis, turista de São Paulo. “É uma ação que não encontramos em outros lugares, e a Polícia Militar da Bahia está de parabéns”. 

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Meio Ambiente

AS será o primeiro escritório de arquitetura do N/NE a obter selo Carbono Neutro

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O escritório de arquitetura Andrade Shimmerpfeng (AS) deu início às ações para ser o primeiro do Norte e Nordeste a se tornar Carbono Neutro.
Foto: Pixabay

O escritório de arquitetura Andrade Schimmelpfeng deu início às ações para ser o primeiro do Norte e Nordeste a se tornar Carbono Neutro. Walter Schimmelpfeng, CEO do grupo, reuniu a equipe para um primeiro e empolgante treinamento rumo ao Certificado B conduzido por Ricardo Júdice e Gilda Gomes, da The Planet.

“É um longo caminho que a gente vai seguir pra implantação do processo da certificação, mas é algo muito enraizado com nossos valores e com os propósitos da empresa. Meu desejo maior é que a equipe reverbere pra toda cadeia que a AS tem de clientes, parceiros, fornecedores, sócios e família”, afirma Schimmelpfeng.

Segundo Gilda Gomes “a AS está plantando uma semente do bem e, sem dúvida, vai inspirar outros escritórios de arquitetura a reunirem os colaboradores para também beneficiarem o planeta”.

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