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Internacional

Francisco pede desculpas por abuso em escolas da igreja no Canadá

O papa pediu perdão aos sobreviventes do sistema de escolas residenciais pela igreja

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O Papa Francisco expressou “minha tristeza” pelo legado de abusos nas escolas residenciais do Canadá, pedindo perdão aos

O Papa Francisco expressou “minha tristeza” pelo legado de abusos nas escolas residenciais do Canadá, pedindo perdão aos sobreviventes do sistema administrado pela igreja enquanto viaja pelo país em uma “peregrinação de penitência”.

O pedido de desculpas amplamente esperado do pontífice veio durante uma visita na segunda-feira (25), pela manhã à comunidade de Maskwacis, Alberta – o primeiro evento formal de sua viagem de uma semana após o desembarque na província ocidental no domingo.

“Sinto muito. Peço perdão, em particular, pela maneira como muitos membros da Igreja e de comunidades religiosas colaboraram, inclusive com sua indiferença, nos projetos de destruição cultural e assimilação forçada promovidos pelos governos da época, que culminaram no sistema de escolas residenciais”, disse Francisco, contando a quase 2.000 sobreviventes do sistema de escolas residenciais sua “indignação” e “vergonha” pela memória “dolorosa” do tratamento das crianças indígenas.

Ele e os sobreviventes estavam reunidos no powwow arbor – um espaço para reuniões e celebrações da comunidade das Primeiras Nações.

O primeiro-ministro, Justin Trudeau, o governador-geral, Mary Simon, a chefe nacional da Assembleia das Primeiras Nações, Roseanne Archibald, e vários legisladores federais também estiveram presentes.

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O evento em Maskwacis, Cree para “colinas de urso”, é o local das nações Ermineskin, Sansão, Louis Bull e Montana – e a única comunidade das Primeiras Nações que Francisco visitará em sua viagem de uma semana pelo Canadá.

O local também marca o local da antiga escola Residencial Ermineskin, uma das maiores do gênero no país, que funcionou de 1916 a 1975.

Ao longo de mais de um século, pelo menos 150.000 crianças indígenas foram retiradas de suas famílias e forçadas a frequentar escolas como Ermineskin, administradas pela Igreja Católica.

Sobreviventes da escola testemunharam sobre abuso físico e punição por falarem sua língua materna. Pelo menos 15 crianças morreram enquanto frequentavam a escola, incluindo três de tuberculose em 1903. Uma pesquisa do governo na década de 1920 descobriu que metade dos alunos da escola estavam infectados com tuberculose, de acordo com o Indian Residential School History and Dialogue Centre.

A escola foi em grande parte demolida e cinco tendas agora estão no local, representando as quatro nações da região – Ermineskin, Samson, Louis Bull e Montan – com a quinta servindo como símbolo da entrada de onde a escola ficava.

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Em 2008, o governo federal se desculpou formalmente por estabelecer e administrar as escolas, pagando bilhões em compensação aos sobreviventes.

Enquanto as igrejas protestante e anglicana administravam escolas, a maioria – quase 130 – era administrada pela igreja católica. No entanto, durante anos, o Vaticano resistiu repetidamente aos pedidos de um pedido de desculpas papal.

Antes de visitar o local da escola, Francisco visitou o cemitério de Ermineskin, onde muitos dos que frequentaram a escola estão agora enterrados.

“Eu sei que quando duas pessoas se desculpam, nos sentimos melhor”, disse o chefe Greg Desjarlais, da Frog Lake First Nation, no norte de Alberta, e um sobrevivente de uma escola residencial, a repórteres no domingo. “Mas nosso povo passou por muita coisa… Nosso povo ficou traumatizado. Alguns deles não conseguiram chegar em casa. Agora espero que o mundo veja por que nosso povo está tão ferido.”

Antes das declarações do papa, uma faixa com os nomes de mais de 4.000 crianças que morreram no sistema escolar residencial foi desenrolada no terreno do caramanchão.

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O pedido de desculpas do papa na presença de líderes indígenas e sobreviventes de escolas residenciais, dado no território tradicional dos afetados pelo legado das escolas, marca a segunda vez que ele procura expiar as ações passadas da Igreja.

Em abril, durante uma reunião com delegados indígenas no Vaticano, o Papa Francisco pediu desculpas aos sobreviventes, expressando formalmente contrição pelos abusos “deploráveis” do passado.

No final da tarde de segunda-feira, Francisco deve visitar uma paróquia católica na capital da província de Edmonton. A igreja incorpora a língua e os costumes indígenas na liturgia. Nos próximos dias, o papa viajará para a cidade de Quebec e Iqaluit, capital do território do norte de Nunavut.

Internacional

Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai

Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

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Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica
Foto: Secretaria de Comunicação do Uruguai

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças. 

Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015. 

Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil. 

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Leão XIV é o novo papa

O novo pontífice iniciou seu primeiro discurso, na janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano

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janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano. O novo pontífice, que escolheu usar o nome Leão XIV, ainda homenageou seu
Foto: Reprodução Youtube

“A paz esteja convosco”. Foi com essas palavras que o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, recém-eleito papa, iniciou seu primeiro discurso, na janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano. O novo pontífice, que escolheu usar o nome Leão XIV, ainda homenageou seu antecessor, Francisco. 

“Nos ajudem a construir pontes vocês também, com diálogos, com encontro, para sermos um único povo, sempre em paz. Obrigado, papa Francisco”, disse Leão XIV. 

“Ainda mantemos, nos nossos ouvidos, aquela voz fraca, mas sempre corajosa, do papa Francisco, que abençoava Roma”, disse.  

“Permitam-me dar seguimento àquela mesma benção. Deus nos ama, Deus ama a todos e o mal não vai prevalecer. Estamos todos nas mãos de Deus. Juntos, sem medo, de mãos dadas com Deus, que está entre nós, vamos seguir”, completou. 

Em seguida, Leão XIV fez um agradecimento a todos os cardeais que participaram do conclave que o elegeu “para ser o sucessor de Pedro e caminhar com vocês, como Igreja unida, sempre em busca da paz e da justiça, buscando trabalhar como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo, sem medo, para proclamar o Evangelho e sermos missionários”. 

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“Sou um filho de Santo Agostinho. Sou agostiniano. Santo Agostinho disse: ‘Para vós, sou bispo; convosco, sou cristão’. Neste sentido, podemos todos caminhar juntos, na direção da pátria que Deus nos preparou”, disse. “Necessitamos ser, juntos, uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes e diálogos. Que mantém o diálogo sempre aberto, pronta para receber todos que precisam.” 

Em meio ao discurso, Leão XIV deixou de falar italiano e falou à multidão reunida na Praça São Pedro em espanhol, para agradecer à diocese peruana de Chiclayo, onde foi administrador apostólico. “Povo leal e fiel, que acompanha o bispo e o ajuda”, destacou. 

Ao final, o novo pontífice lembrou que a data de hoje marca a prática devocional de súplica à Nossa Senhora de Pompeia.  

“Nossa bendita Mãe Maria quer sempre caminhar conosco, estar perto de nós. Quer nos ajudar com sua intercessão e seu amor. Rezemos juntos por esta missão, por toda a Igreja e pela paz no mundo”, disse, encerrando seu discurso com a oração da Ave Maria. 

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Internacional

Cardeais escolhem o 267° Papa

A fumaça branca começou a sair da chaminé no telhado da Capela Sistina pouco depois das 18 horas (hora local) desta quinta (8)

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Na votação na tarde desta quinta-feira, 8 de maio de 2025, os cardeais reunidos em Conclave chegaram a um consenso sobre o
Foto: Reprodução Youtube

Na votação na tarde desta quinta-feira, 8 de maio de 2025, os cardeais reunidos em Conclave chegaram a um consenso sobre o nome do 267º Sucessor de Pedro. Eram 18 horas e 07 minutos (hora local) quando a fumaça branca começou a sair da chaminé instalada no telhado da Capela Sistina, provocando uma verdadeira comoção e gritos de júbilo entre os milhares de presentes na Praça São Pedro e Via da Conciliação, testemunhas oculares de um dia histórico para a Igreja e para o mundo. O badalar dos sinos da Basílica de São Pedro que se seguiu foi uma confirmação de que “Habemus Papam”.

Tendo aceito sua eleição à Cátedra de Pedro, o novo Pontífice deixa a Capela Sistina e dirige-se à chamada “Sala das Lágrimas”. Ali, com a ajuda do Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dom Diego Giovanni Ravelli, ele veste uma das três roupas papais preparadas, para então se dirigir até a Sacada Central da Basílica, de onde o protodiácono, cardeal Dominique Mamberti, anunciará ao mundo o nome do novo Papa com a fórmula do Habemus Papam em latim.

A eleição do novo Pontífice ocorreu no dia da Súplica de Nossa Senhora de Pompéia.

João Paulo I, em 1978, e Bento XVI, em 2005, também foram eleitos no quarto escrutínio.

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