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Economia

BYD anuncia R$5,5 bi na implantação de fábrica na Bahia

O valor é quase o dobro do previsto inicialmente. A estimativa é de que a produção comece no último trimestre de 2024 

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Nesta segunda-feira (18), o governador Jerônimo Rodrigues e representantes da Build Your Dreams (BYD) realizaram uma visita
Foto: Joá Souza/GOVBA

Nesta segunda-feira (18), o governador Jerônimo Rodrigues e representantes da Build Your Dreams (BYD) realizaram uma visita técnica ao Complexo Industrial Automobilístico de Camaçari, na região metropolitana de Salvador. O grupo inspecionou os diversos espaços do empreendimento, que irá abrigar três unidades fabris da montadora chinesa. Com investimento aproximado de R$ 5,5 bilhões, a adequação da planta deve ser concluída até o final deste ano. 

“Além da consolidação dos compromissos da BYD com a implantação da indústria em Camaçari, nós tivemos um aumento significativo do valor anunciado da última reunião para esta hoje. Hoje, a BYD anuncia 5,5 bilhões de reais nesta parte inicial da planta. Nós estamos falando de saída de 3 bi para 5 bilhões e meio. Portanto, quase o dobro do valor de investimentos”, ressaltou o governador Jerônimo Rodrigues. 

A expectativa é de que sejam gerados mais de dez mil empregos, entre diretos e indiretos. “Teremos a alegria das oportunidades de empregos que iremos gerar e a alegria de constatar que o mundo vai saber que a BYD, uma indústria chinesa, produz e monta carros aqui, em Camaçari”, completou o chefe do executivo. 

“A cada mês que vocês vierem aqui, verão essa fábrica diferente. Vamos colocar, aqui, a mais alta tecnologia. Será uma das fábricas mais avançadas e modernas do mundo”, prometeu Stella Li, CEO Américas e vice-presidente global da BYD. Ela levantou a possibilidade de o presidente chinês, Xi Jinping, vir para o Brasil para a inauguração. 

As unidades irão produzir chassis de veículos de passeio elétricos e híbridos, e de ônibus e caminhões elétricos. O local também será usado para processamento de lítio e ferro fosfato para exportação. Está prevista a construção de um centro de pesquisa, para desenvolver um carro híbrido, mas que, também, utilize eletricidade e etanol aqui, no estado. 

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Instalação na Bahia será ainda em 2024 

Na primeira etapa, a fábrica baiana será responsável por abastecer o mercado automotivo com três modelos. Os escolhidos foram o hatch Dolphin e o SUV Yuan Plus, de início, e o híbrido Song Plus, no segundo momento. É prevista que a capacidade inicial seja de 150 mil unidades por ano. A segunda fase será dedicada à indústria química, para processamento de lítio e ferro fosfato para beneficiamento e exportação de 100% da produção para a China. A terceira e última etapa será a fabricação de chassis para montagem e produção de ônibus e caminhões elétricos.  

A estimativa é de que a produção comece no último trimestre de 2024, como destaca o conselheiro especial da BYD, Alexandre Baldy. “As obras, agora, oficialmente, podem ser iniciadas. Hoje, o governador do estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues, trouxe aqui toda a sua equipe e, também, a licença necessária para que permita que essas obras civis possam iniciar já no dia de amanhã. E eu desejo que nós consigamos acelerar ao máximo esse processo, para que, em poucos meses, a gente consiga cumprir a fase inicial, que é da montagem dos carros, podendo ser no último trimestre de 2024, para que a gente possa iniciar, de fato, a produção integral já em meados de 2025. A implementação de toda a fábrica levará dois anos”, detalhou. 

A empresa já solicitou a licença de instalação, autorização de supressão de vegetação e autorização para manejo de fauna, junto à Secretaria estadual do Meio Ambiente (Sema). O processo foi concluído e está prestes a ser publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).  

Outra importante medida para a instalação da montadora no território baiano foi o compromisso assumido pelo Governo do Estado de conceder incentivos fiscais previstos nos programas Proauto e Desenvolve, que visa complementar e diversificar a matriz industrial e agroindustrial do estado, mediante fomento à instalação de novos empreendimentos industriais e à expansão, reativação e/ou modernização de empreendimentos já instalados, por meio da desoneração do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na aquisição de bens destinados ao ativo fixo.  Aliado a isso, o Estado da Bahia aprovou a desoneração do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para veículos elétricos de até R$ 300 mil.  

Houve, ainda, a proposta de alteração no nome da via que dá acesso à empresa, de Henry Ford para Estrada dos Sonhos. A visita também contou com as presenças dos secretários de Desenvolvimento Econômico, Angelo Almeida, do Meio Ambiente, Eduardo Sodré, e da Fazenda, Manoel Vitório

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Economia

PIB atinge patamar recorde pelo 14º trimestre seguido

No primeiro trimestre deste ano, também atingiram patamares recordes os setores da agropecuária e dos serviços

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patamar recorde. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB nacional vem atingindo níveis recordes

Com o crescimento de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior, a economia brasileira atingiu um novo patamar recorde. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB nacional vem atingindo níveis recordes consecutivos há 14 trimestres, ou seja, o quarto trimestre de 2021. 

No primeiro trimestre deste ano, também atingiram patamares recordes os setores da agropecuária e dos serviços. Os serviços, aliás, vêm atingindo níveis recordes há 15 trimestres, ou seja, desde o terceiro trimestre de 2021. Sob a ótica da demanda, também atingiram patamares recordes o consumo das famílias, consumo do governo e exportações. 

Por outro lado, indústria e investimentos estão longe de seus patamares recordes, ambos atingidos em 2013. A formação bruta de capital fixo, ou seja, os investimentos, por exemplo, está 6,7% abaixo do nível do segundo trimestre de 2013, enquanto a indústria está 4,7% abaixo do nível do terceiro trimestre daquele ano. 

“A indústria é a única das grandes três atividades econômicas que ainda está no patamar abaixo do pico”, ressalta a pesquisadora do IBGE, Rebeca Palis. 

PIB 

Segundo o IBGE, o crescimento do PIB do quarto trimestre de 2024 para o primeiro trimestre deste ano foi puxado principalmente pelo desempenho da agropecuária, que teve crescimento de 12,2%. 

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“O agro tem dois efeitos principais este ano: um é a questão climática que está favorável e a outra é que as colheitas que estão crescendo muito, como a soja, que é a nossa principal lavoura, está concentrada no primeiro semestre. A gente também tem o milho crescendo, o fumo, o arroz, várias colheitas que estão crescendo esse ano têm muita safra no primeiro semestre”, explica Rebeca. 

Os serviços, que correspondem a 70% da economia brasileira, também tiveram desempenho positivo, crescendo 0,3% no trimestre em relação ao trimestre anterior, com destaque para as atividades de informação e comunicação (3%). Já a indústria apresentou taxa negativa (-0,1%), devido a resultados da construção (com queda de 0,8%) e da indústria da transformação (-1%). 

Segundo Rebeca Palis, esses são setores que estão sentindo os efeitos da alta taxa básica de juros (Selic). 

Sob a ótica da demanda, houve altas em todos os componentes no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior: consumo das famílias (1%), formação bruta de capital fixo (3,1%), exportações (2,9%) e consumo do governo (0,1%). 

“Em relação ao consumo das famílias, a gente ainda tem fatores que prejudicam, como a inflação bem resiliente e a política monetária restritiva. Mas a gente continua tendo melhora no mercado de trabalho, continua tendo programas de transferência de renda do governo para as famílias e o crédito continua crescendo, apesar de estar mais caro, então são várias coisas contribuindo positivamente”, disse a pesquisadora. “Mas o consumo das famílias poderia ser mais alto se a gente não tivesse uma política monetária restritiva”. 

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Fonte: Agência Brasil
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Economia

Prévia da inflação recua para 0,36% em maio

Os grupos transportes e artigos de residência registraram deflação e ajudaram a frear a inflação na prévia do mês

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em 0,36%
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em 0,36% em maio deste ano. A taxa é inferior às observadas nas prévias do mês anterior (0,43%) e de maio de 2024 (0,44%). O dado foi divulgado nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Com o resultado o IPCA-15 acumula taxa de 2,80% no ano. Em 12 meses, o IPCA-15 acumulado chega a 5,40%, abaixo dos 5,49% acumulados até abril deste ano. 

Em maio, sete dos nove grupos de despesas apresentaram inflação. Os destaques ficaram com saúde e cuidados pessoais (0,91%) e habitação (0,67%). 

Em saúde e cuidados pessoais, a inflação foi puxada pelos produtos farmacêuticos, que tiveram alta de preços de 1,93%. No grupo habitação, as principais influências vieram de energia elétrica residencial (1,68%), principal impacto individual do IPCA-15, e água e esgoto (0,51%). 

Os alimentos tiveram inflação de 0,39%, abaixo do 1,14% da prévia de abril. Também apresentaram alta de preços no mês, os grupos de despesa vestuário (0,92%), despesas pessoais (0,50%), comunicação (0,27%) e educação (0,09%). 

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Por outro lado, os grupos transportes e artigos de residência registraram deflação (queda de preços) e ajudaram a frear a inflação na prévia do mês. 

Em transportes, a taxa caiu 0,29%, puxada por recuos na passagem aérea (-11,18%) e ônibus urbano (-1,24%). Já artigos de residência tiveram queda de preços de 0,07%. 

O IPCA-15 é calculado com base em preços coletados nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. 

A prévia de maio se baseia em preços coletados no período de 15 de abril a 15 de maio de 2025 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 18 de março a 14 de abril de 2025 (base). 

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Economia

Receita libera consulta ao primeiro lote de restituição do IR

Ao todo, 6.257.108 contribuintes, com prioridade no reembolso, receberão R$ 11 bilhões

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contas com o Leão. Nesse horário, a Receita Federal liberará a consulta ao primeiro dos cinco lotes de restituição de 2025, o maior da
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A partir das 10h desta sexta-feira (23), cerca de 6,3 milhões de contribuintes que entregaram a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física deste ano acertarão as contas com o Leão. Nesse horário, a Receita Federal liberará a consulta ao primeiro dos cinco lotes de restituição de 2025, o maior da história em número de contribuintes e em valor. O lote também contempla restituições residuais de anos anteriores. 

Ao todo, 6.257.108 contribuintes receberão R$ 11 bilhões. Todo o valor, informou o Fisco, irá para contribuintes com prioridade no reembolso. 

As restituições estão distribuídas da seguinte forma: 

  • 2.375.076 contribuintes que usaram a declaração pré-preenchida e optaram simultaneamente por receber a restituição via Pix; 
  • 2.346.445 contribuintes de 60 a 79 anos; 
  • 1.096.168 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério; 
  • 240.081 contribuintes acima de 80 anos; 
  • 199.338 contribuintes com deficiência física ou mental ou doença grave. 

Embora não tenham prioridade por lei, os contribuintes que usaram dois procedimentos em conjunto, pré-preenchida e Pix, passaram a ter prioridade no recebimento da restiuição neste ano. 

A consulta poderá ser feita na página da Receita Federal na internet. Basta o contribuinte clicar em Meu Imposto de Renda e, em seguida, no botão Consultar a Restituição. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones. 

O pagamento será feito em 30 de maio, na conta ou na chave Pix do tipo CPF informada na declaração do Imposto de Renda. Caso o contribuinte não esteja na lista, deverá entrar no CentroVirtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC). Se verificar uma pendência, pode enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina. 

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Se, por algum motivo, a restituição não for depositada na conta informada na declaração, como no caso de conta desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o cidadão poderá agendar o crédito em qualquer conta bancária em seu nome, por meio do Portal BB ou ligando para a Central de Relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos). 

Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição depois de um ano, deverá requerer o valor no Portal e-CAC. Ao entrar na página, o cidadão deve acessando o menu Declarações e Demonstrativos, clicar em Meu Imposto de Renda e, em seguida, no campo Solicitar restituição não resgatada na rede bancária. 

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