Cultura
Alunos de escola municipal visitam Casa do Benin
O grupo participou de uma visita guiada nesta quarta (17) e puderam apreciar a exposição do artista Alberto Pitta

Cerca de 90 estudantes do 6º e 7º anos da Escola Municipal Professora Maria José de Paula Moreira, situada na Ribeira, tiveram a oportunidade de conhecer pela primeira vez a Casa do Benin, localizada no Pelourinho. O grupo participou de uma visita guiada nesta quarta-feira (17) e, além do acervo permanente do espaço, apreciou a exposição do artista plástico Alberto Pitta, disponível para visitação até o próximo dia 24.
Aluna do 7º ano, Talita Coelho, 13 anos, contou que a Casa do Benin a surpreendeu positivamente. “É a primeira vez que eu visito um museu. Eu não queria vir, mas meu pai disse que seria bom e não me arrependi. Gostei bastante porque nunca vi nada do que tem aqui antes e me interessei por quase tudo”, contou.
O colega de turma, Railan Lima dos Santos, 13 anos, também afirmou que ficou encantado com a Casa do Benin. “Eu achei muito bom aprender sobre a religião de matriz africana, ver as esculturas e as peças antigas que vieram da África para cá. Esses itens também contam a nossa história”, afirmou.
Professor de História, Mateus Buente explicou que a proposta desta visita ao museu foi dialogar com a lei 10.639/03, que determina o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas, além de aprofundar com os alunos os conteúdos abordados tanto nas disciplinas de literatura quanto de história.
“A gente entende primeiro a Casa do Benin como este espaço de apropriação da cultura africana e que pode proporcionar a eles intimidade com o assunto. É uma forma de eles poderem ver na prática o que aprendem em sala de aula, tratar do misticismo e questões de formação da sociedade baiana”, explicou.
O professor de Educação Física, Vitor Camarão, também acompanhou a turma e destacou o quanto um passeio como este é positivo para a formação cidadã dos jovens. “É muito importante trazer os nossos alunos para um momento como este. Muitos deles não têm nem a oportunidade de sair do bairro em que moram. E quando conseguimos aliar os conteúdos da escola com a vivência é muito positivo. É uma experiência que deveria ocorrer sempre”, pontuou o professor.
Agendamento
Para participar da visita guiada às escolas e demais grupos interessados devem solicitar o agendamento da atividade através do email casadobenin@salvador.ba.gov.br. A instituição ou grupo interessado deve informar data pretendida e horário de preferência para a visita, nome da instituição, quantidade de alunos e demais informações sobre o perfil da turma para que a mediação seja direcionada ao público. A Casa do Benin fica aberta sempre de terça a sábado, das 10h às 17h, e a entrada é gratuita.
O equipamento cultural é gerido pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), por meio da Gerência de Equipamentos Culturais. Inaugurada em um casarão colonial, que teve reforma assinada pela arquiteta Lina Bo Bard, abriga espaço museal onde estão expostas obras coletadas por Pierre Verger em expedições à Costa do Benin, na África.
No prédio anexo há salas multiuso e terraço, além de espaço para desenvolvimento de atividades culinárias, que já abrigou um restaurante de comidas afro-brasileiras, com uma cozinha industrial e a réplica de uma Tatassomba, edificação típica do Benin.
Exposição temporária
A exposição “Carnaval Negro: Ancestralidade e Pertencimento”, de Alberto Pitta, traz um pouco do trabalho de mais 40 anos do artista voltado aos blocos-afro, afoxés e blocos de índio, que participam da folia de Salvador. No local é possível ver tecidos que marcam a estética e a representatividade negra na festa de Momo em Salvador.
Cultura
Pelourinho tem samba e forró neste fim de semana
O Forró no Parque homenageia o legado do forrozeiro Zelito Miranda na Praça das Artes, a partir das 11h

A programação de shows nos Largos do Pelourinho está agitada. Neste sábado (19), o cantor Neto Balla sobe ao palco do Largo Quincas Berro D’água, às 20h. No mesmo dia, o músico Ricardo Assis apresenta, às 19h, o show “Rick Tô no Mundo”. A programação do fim de semana termina em grande estilo, com mais uma edição do Forró no Parque, às 11h, na Praça das Artes. A festa, que homenageia o legado do forrozeiro Zelito Miranda, contará com as apresentações de Jeanne Lima, Léo Estakazero e convidados.
Confira:
PROGRAMAÇÃO MUSICAL DO PELOURINHO
19/04 – SÁBADO
- LARGO PEDRO ARCHANJO
Atração: Ricardo Assis em “Rick Tô no Mundo”
O cantor promete agitar o público com um repertório dançante, que reúne clássicos da MPB e da Axé Music. A apresentação tem participação de DJ Prettin e Orlando Bolão.
20h
Gratuito - LARGO QUINCAS BERRO D’ÁGUA
Atração: Neto Balla em “Forrogode”
O cantor reúne clássicos do forró e do pagode em um show dançante
20h
Gratuito
20/04 – DOMINGO
- LARGO PEDRO ARCHANJO
Atrações: Grupo Bambeia, Nonato Sanskey e Roda de Samba Mucum’g em “Aquecendo o Samba Junino”
Os grupos se reúnem para mais uma homenagem ao Dia do Samba Junino, celebrado no dia 17 de abril.
15h
Gratuito - PRAÇA DAS ARTES
Atrações: Jeanne Lima e Léo Estakazero em “Forró no Parque”
O show “Forró no Parque – Tributo a Zelito Miranda” promete animar o público com shows de Léo Estakazero e Jeanne Lima, além das participações especiais de Marquinhos Café e Jô Miranda.
11h
Gratuito
Cultura
MAC_BAHIA inaugura exposição “Ecos Indígenas”
As obras são um convite para se aprofundar na cultura dos povos originários e reverberam memórias ancestrais

Na semana do Dia Nacional dos Povos Originários, o Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA) apresenta a mostra “Ecos Indígenas”, que reúne obras dos artistas Elis Tuxá, Jorrani Pataxó, Kelner Atikum Pankará, MAMIRAWÁ, Raiz Lima, Renata Tupinambá, Thiago Tupinambá e Célia Tupinambá. As obras são um convite para se aprofundar na cultura dos povos originários e reverberam memórias ancestrais e modos de vida profundamente conectados à terra, à espiritualidade e aos saberes dos indígenas.
A exposição também denuncia as ausências históricas e os apagamentos institucionais ainda presentes no campo da arte e da cultura. Ao reunir diferentes vozes, territórios e linguagens, gera reflexão e uma experiência de escuta, respeito e reconhecimento da diversidade dos povos indígenas do Brasil. A mostra fica em cartaz no MAC_BAHIA e integra a programação especial dedicada ao mês dos Povos Originários.
Com uma curadoria coletiva do Museu de Arte Contemporânea da Bahia, junto a Equipe de Coordenação de Fomento ao Artesanato e do Ilê Axé Ojú Onirê, “Ecos Indígenas” é uma realização da SETRE (Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte), por meio da CFA (Coordenação de Fomento ao Artesanato), em parceria com a Associação Beneficente Ilê Axé Ojú Onirê e o MAC_BAHIA.
O MAC_BAHIA é um Museu gerenciado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), unidade vinculada a Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA). Localizado na Rua da Graça, no bairro da Graça, em Salvador, o equipamento possui entrada gratuita e funciona de terça a domingo, das 10h às 20h.
SERVIÇO:
- O que: Exposição Ecos Indígenas
- Quando: Até 30/04
- Onde: MAC_BAHIA
- Quanto: Gratuito
Cultura
Procissão do Fogaréu atrai multidão de fiéis em Serrinha
A comunidade católica no nordeste baiano, mantém uma tradição que completa 95 anos

Reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia desde 2019, a Procissão do Fogaréu movimentou nesta quinta-feira (17), a comunidade católica de Serrinha e região, no nordeste baiano, mantendo uma tradição que completa 95 anos em 2025. O governador Jerônimo Rodrigues participou da tradicional Missa da Ceia do Senhor, na Catedral Senhora Sant’Ana e acompanhou a procissão, marcando a Semana Santa no estado.
A celebração litúrgica relembra a última ceia de Jesus com os seus discípulos. Nela, o padre lava os pés de 12 pessoas, em memória do ato de humildade de Jesus. Já a procissão, conduzida pelo bispo Dom Hélio Pereira, encena a busca e a prisão de Jesus Cristo pelos guardas romanos, com saída da Catedral Senhora Sant´Ana para a Colina Santa.
“É um longo percurso, e vai uma multidão, levando velas, aquelas tochas. É um sinal de que o povo caminha tendo à frente uma luz, e essa luz física lembra Cristo, a luz que não se apaga, a luz que é para sempre”, explicou o bispo diocesano, Dom Hélio Pereira.
Como parte dos rituais do dia, no início e no final da procissão são encenados dois atos da Paixão de Cristo pela Companhia de Teatro da Catedral. O efeito bucólico acontece com a utilização de pequenas tochas carregadas pelos devotos, incluindo autoridades e fiéis, em um percurso de cerca de 5km.
Patrimônio cultural
O reconhecimento da Procissão do Fogaréu como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia, por parte do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado (Ipac), foi publicado no Diário Oficial, em 31 de agosto de 2019, para resguardar a continuidade do evento, considerado um dos atrativos do turismo religioso baiano.
-
Educaçãohá 3 dias
Estudantes criadores de conteúdos participam de bate-papo com o governador
-
Políticahá 3 dias
Estado, Incra e lideranças do MST na Bahia alinham políticas
-
Agriculturahá 3 dias
Agricultura Familiar ganha espaço na Páscoa com produtos artesanais e sustentáveis
-
Culturahá 2 dias
Procissão do Fogaréu atrai multidão de fiéis em Serrinha