Olhar do Viajante
Redescubra o Brasil – expedição ao Jalapão
O Parque está localizado no Tocantins, a 195 quilômetros de Palmas, e é um dos principais destinos de ecoturismo do país
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Flavia Requião
O Redescubra o Brasil de hoje, é uma expedição para os amantes da Natureza! O destino que apresento é o Jalapão!
Jalapão ou Parque Estadual do Jalapão, é realmente um dos cenários mais bonitos do Brasil. O Parque está localizado no estado do Tocantins, cerca de 195 quilômetros de Palmas, e hoje é um dos principais destinos de ecoturismo do país. O lugar é famoso pelos seus fervedouros de águas cristalinas de cor verde-esmeralda, muitas cachoeiras, paredões de pedras e dunas alaranjadas. Para quem ama a natureza, acompanhada de aventura, o Jalapão é o lugar ideal.
O Jalapão é um destino que pode ser visitado o ano todo, porém a melhor época, sem dúvida, é a da seca, que vai de maio a setembro. Já de outubro a abril, na época chuvosa, as águas dos fervedouros não ficam tão transparentes.
Para os viajantes mais aventureiros, a região é também ideal para a prática de esportes com trekking, rafting, canoagem, rapel. Porém, existem várias opções de roteiros para conhecer o Jalapão, tanto para aqueles que buscam aventura, como também para aqueles que apreciam a natureza, mas preferem roteiros menos intensos ou com grau de dificuldade mais leve. Ou seja, o Jalapão é para todas as idades.
No entanto, independentemente do tipo de roteiro que você prefira, o Parque do Jalapão tem uma área muito extensa, 34mil quilômetros (maior do que o estado do Alagoas), por isso, para conhecer as principais atrações, é necessário percorrer grandes distâncias em estradas de terra ou areia. Esses trajetos só podem ser realizados em carros 4×4. O destino também, ainda é rústico, com pousadas simples e com pouca infraestrutura. Talvez por tudo isso, é que o Jalapão ainda seja um lugar tão especial e preservado!
O Jalapão é um verdadeiro destino de experiências surpreendentes, por isso, selecionei 7 delas, que irão fazer você colocá-lo na lista da sua próxima viagem:
Fazer uma expedição na natureza selvagem
Escapar da cidade grande já nos dá uma sensação de bem-estar, imagine então desbravar a natureza pouco tocada pela mão do homem? No coração do Brasil, em meio à imensidão da Serra Geral, na natureza agreste, existe uma das últimas regiões onde a natureza se mantém intacta, e esse lugar é o Jalapão.
Flutuar nos fervedouros
Já se imaginou flutuando sem boia, em uma piscina transparente e ainda de água morna? Não afundamos porque a pressão exercida pela água, que jorra do lençol freático para a nascente, é capaz de manter as pessoas em flutuação constante, sem nenhum esforço. Os fervedouros, são as grandes atrações do Jalapão, com suas águas cristalinas e cor de esmeralda, é uma oportunidade de se deparar com cenários cinematográficos.
Caminhar nas dunas douradas
Um dos cartões postais do Jalapão, é visto a cada fim de tarde, e é um espetáculo aos nossos olhos! A bela paisagem nas dunas douradas, refletindo a luz do sol, emociona a todos que se encorajam a subir ao topo.
Ver o pôr do sol na Pedra Furada
Outro grande momento no Jalapão, também é ao fim da tarde. Um dos principais atrativos do é ver o por do sol na Pedra Furada. Quando a luz passa por entre os buracos formados pela ação do vento na rocha e faz molduras perfeitas e fotos incríveis. É uma experiência única e ideal para esquecer do tempo contemplando uma paisagem surpreendente.
Descobrir cachoeiras no “deserto”
O Jalapão também é conhecido como o “deserto das águas”. Diversos rios e cachoeiras brotam e cortam essa paisagem inóspita do cerrado. As quedas d’águas surgem como oásis depois de horas percorrendo estradas desertas. O Jalapão é realmente surpreendente.
Visitar uma comunidade quilombola e conhecer o “Ouro do Cerrado”
Já se imaginou, fazer uma imersão em uma comunidade quilombola? Conhecer sua história, sua gastronomia e ainda conhecer um increvel artesanato feito de capim dourado? O capim dourado é um tipo único de grama cresce e literalmente reluz em meio àquela vegetação semiárida. A palha é cuidadosamente trabalhada pelos artesãos da região, cuja tecnica foi trazida pelos escravos, e hoje pelo menos 12 comunidades quilombolas vivem desse artesanato. Essa experiência, com certeza, irá te encantar.
Observar o céu a noite
Para quem vive nos grandes centros urbanos, é muito difícil ver um céu estrelado, mas do Jalapão é possível até ver a Via Láctea a olho nú. Isso é possível, porque as cidades que ficam no entorno são bem pequenininhas, o que contribui para a baixa iluminação, e por consequência, amplia a visibilidade do céu.
O Jalapão é simplesmente incrível, não é verdade? Uma verdadeira obra-prima da natureza.
Flavia Requião é autora do Blog Olhar do Viajante e consultora de viagens da Bahia Vista Turismo
Olhar do Viajante
Lágrimas que molham as calçadas do mundo
O frio no outono de Praga, o cão fiel de olhar vazio, a mulher ajoelhada, suas lágrimas que molharam a calçada e sua dor são a repetição de fatos e suas tragédias
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André Curvello é jornalista e secretário de Comunicação do Estado da Bahia
Praga, República Checa, 5 de novembro de 2024. Eu estava no centro antigo, numa rua bem próxima do belíssimo relógio astronômico. Fazia frio, com o termômetro acusando 6 graus. Um outono com temperatura rigorosa no país onde se diz que existem apenas duas estações: o inverno e a outra, que faz frio. Longe de casa, tentando me desligar da rotina e da insana velocidade massacrante da vida, observo a história e o vai e vem dos turistas extasiados diante de tanta beleza cultural e arquitetônica. Estava ainda impactado com as palavras da Cheka Alena, uma guia viúva, mãe e avó.
Ela acabara de nos levar ao bairro judeu e não escondia sua indignação ao contar a história das atrocidades do nazismo. Numa calçada, estavam cravadas placas de bronze com os nomes de moradores locais acompanhados da informação: “assassinados”. Que tristeza na história da humanidade! Tudo fruto da doença totalitária e de um falso nacionalismo sem propósito, que matou milhões de inocentes. Será que aprendemos com tudo aquilo ou será que continuamos cometendo crimes contra a humanidade?
Em meio a tantos devaneios e reflexões, pergunto a Alena se aquela mulher logo à frente é de fato uma pessoa carente e necessitada. A mulher vestida de preto estava ajoelhada, com o rosto bem próximo à calçada, acompanhada por um cão fiel e observador. Num copo de papel em frente à cabeça da mulher, depositei uma moeda de coroa checa, cujo valor não me recordo. A moeda chocou com uma outra já depositada ali. A guia me disse que tudo indicava que era, de fato, uma pessoa carente.
Voltei a me aproximar da mulher e, desta vez, depositei no copo plástico uma nota de 20 euros. A guia lhe perguntou de onde ela era, e a resposta da mulher foi um acesso de pranto, que pareceu ser acompanhado pelo seu cão. Ela aproximou mais o rosto da calçada e continuou chorando, como se suas lágrimas fossem a resposta exata.
Segui caminho rumo à ponte Carlos IV, sentindo-me muito menos do que um nada, deixando para trás uma calçada molhada de lágrimas de alguém ao frio, acompanhada de sua história e de seu cão. Tudo isso, ou apenas isso.
O bairro judeu e suas sombras, a mulher e suas lágrimas. De onde ela seria? Família? Mais uma pessoa nas ruas da Europa e do mundo. Existem ainda hoje tantas outras brutalidades que significam mortes e assassinatos. Brutalidades que dissipam famílias e interrompem a felicidade dos inocentes. Tudo em nome do preconceito, da usura, do poder pelo poder. Tudo motivado pelo ódio e pela intolerância.
A história sempre deixa lições dolorosas, as quais simplesmente insistimos em não aprender. O frio no outono de Praga, o cão fiel de olhar vazio, a mulher ajoelhada, suas lágrimas que molharam a calçada e sua dor são a repetição de fatos e suas tragédias. Mas que diferença tem para os turistas aquelas lágrimas e uma dor que eles não sentem e fingem não enxergar? Eles viajam com seus sonhos, necessidades e indiferenças. Mas a história é atenta e impiedosa.
Olhar do Viajante
Alta temporada e os protocolos de viagens
O ano inicia com notícias não tão favoráveis em relação a pandemia de Covid-19 e o seu impacto nas viagens
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Flavia Requião
Verão, férias escolares, alta temporada, viagens a todo vapor, certo? Nem tanto… O período mais desejado dos viajantes ainda não é como antes.
O ano inicia com notícias não tão favoráveis em relação a pandemia de Covid-19 e consequentemente o seu impacto nas viagens.
Mesmo com um número crescente de vacinados, muitos com terceira dose e a poucos dias do início da vacinação de crianças, a chegada de novas variantes do Coronavírus, juntamente com o da Influenza, começa a comprometer os planos de viagens de muita gente.
Como as informações mudam quase diariamente, é fundamental acompanhar de perto todos os novos protocolos, além das notícias para buscar viagens mais seguras e com o mínimo de imprevistos.
Dentre as principais exigências estão:
Certificado de vacinação
Diversos países, desde o ano passado, já começaram a adotar como protocolo de entrada de turistas, o comprovante de imunização. No Brasil, inúmeros estabelecimentos em todo o país, vêm aderindo ao critério e exigindo o Certificado de Vacinação contra a Covid-19. Para as viagens rodoviárias intermunicipais na Bahia e os embarques nos cruzeiros, também, desde dezembro 2021, o certificado é obrigatório.
Formulários de saúde
De acordo com o destino de viagem, seja ela nacional ou internacional, formulários com declaração de saúde poderão ser exigidos para monitoramento de casos. É importante conferir a exigência do destino que irá viajar.
Teste PRC ou antígeno para Covid-19
Desde que as fronteiras dos países começaram a abrir, o teste PCR ou antígeno para Covid-19, passou a ser um dos principais requisitos para entrada, conforme protocolo de cada país.
Uso de máscaras específicas
O uso de máscaras, além de obrigatórias, já fazem parte do nosso vestuário atual. Porém, em se tratando de viagens, é dada uma atenção maior em relação ao tipo de máscaras aceitas, sendo exigidos modelos específicos que oferecem maior proteção e menor risco de contágio. Os principais modelos exigidos são máscaras cirúrgicas descartáveis, tipos PFF2 e N95, ambos sem válvula, modelos de tecido com tripla camada. Atenção: antes de embarcar certifique-se nos sites das companhias aéreas quais os modelos são permitidos.
Seguro de viagem com cobertura Covid-19
Os seguros de viagens, que já eram de suma importância em qualquer viagem, em alguns destinos passam a ser obrigatórios e com cobertura em caso de contágio e tratamento do Covid-19. Consulte sempre os diferentes tipos de planos e coberturas oferecidas.
E para os turistas que chegam ao Brasil, assim como os brasileiros que retornam, as exigências continuam:
- Comprovante de imunização, com vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou pela OMS, com pelo menos 14 dias antes do embarque;
- Teste PCR negativo para coronavírus feito em até 72 horas antes da viagem ou teste negativo de antígeno realizado 24 horas antes do embarque;
- Declaração de Saúde do Viajante (DSV).
Mesmo com todos os cuidados, o risco de contágio existe e por isso sempre considere que em uma viagem, principalmente internacional, a mesma poderá ser interrompida por alteração/cancelamento de serviços por motivos de força maior, além da obrigatoriedade de uma quarentena no país visitado.
Vale ressaltar, também, que mesmo com todos esses novos protocolos, não podemos nos esquecer daqueles que há quase 2 anos já nos é conhecido e já deve estar incorporado aos nossos hábitos e que contribuem para a prevenção do contágio e disseminação dos vírus, como: uso de máscara em locais públicos; lavar as mãos, usar álcool em gel 70% e evitar aglomerações.
Mesmo sem garantias, o importante é não deixar de planejar e atentar-se sempre aos protocolos e restrições atualizadas de cada país, estados, cidade, seguindo as orientações das autoridades de saúde locais para que possa aproveitar ao máximo.
Flavia Requião é autora do Blog Olhar do Viajante e consultora de viagens da Bahia Vista Turismo
Olhar do Viajante
Bagagem extraviada: se ligue nas dicas de como evitar
Essa é uma situação que causa muito desconforto, e em alguns casos, pode até arruinar a viagem
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Flavia Requião
Uma das coisas que mais preocupam qualquer viajante, independentemente do destino que esteja viajando, é sua bagagem, e a possibilidade dela ser extraviada. Obviamente é uma situação que causa muito desconforto, e em alguns casos, pode até arruinar a viagem.
Como viajar é uma “caixinha de surpresas”, temos que estar preparados psicologicamente e estrategicamente para viver essas situações. Por isso o melhor remédio é a prevenção, e algumas atitudes simples fazem minimizar os riscos de problemas maiores. Vamos conferir?
1 Não deixe etiquetas de voos antigos
A primeira regra para se evitar um extravio é sempre retirar as etiquetas de voos antigos na bagagem. Na maioria vezes a bagagem é extraviada por uma falha humana, e deixar a etiqueta antiga, pode confundir os responsáveis por direcionar as malas para cada voo e destino.
2 Uma boa identificação da sua bagagem
Tão importante quanto as informações que deverão conter na etiqueta de sua bagagem, é escolher uma etiqueta com material resistente, pois no caso de sua mala ser extraviada, a etiqueta é a maneira mais eficiente de identificá-la. Outra dica importante, que vale muito a pena, é a de personalizar a sua mala. Pode ser com uma fita bem colorida ou adesivo chamativo. Investir numa capa de mala também é uma excelente opção, pois além de identificar ela protege a bagagem.
3 Coloque identificação dentro da bagagem
E como a prevenção é o melhor remédio, sempre oriento também colocar um papel com sua identificação (nome/endereço/telefone) dentro da sua mala, pois caso perca a etiqueta e apareça uma mala igual a sua, as autoridades podem abrir e identificá-la.
4 Fotografe sua mala, dentro e fora.
Fotografar sua mala por fora facilita no processo de busca e identificação numa possibilidade de perda ou extravio, já as fotos internas comprovam o que você levava nela na hora de pedir o ressarcimento, caso não encontre mais a bagagem.
5 Evitar muitas conexões ou conexões com tempo curto
Outra maneira de minimizar as chances de malas extraviadas, é dar preferência à voos com menos conexões, visto que, quanto mais troca de aeronaves, maiores são as chances da mala não embarcar no seu voo ou ficar no aeroporto. Mas, se as conexões forem necessárias, escolha aquelas com mais tempo, ao menos 3hs de um voo a outro, pois para que as bagagens sejam transferidas, é necessário um tempo hábil.
6 Chegue cedo ao aeroporto
Como é necessário tempo hábil para a bagagem chegar ao porão do avião, na hora do check-in, evite fazê-lo em cima da hora, pois suas bagagens serão despachadas com pressa, o que aumentam as chances delas serem despachadas em voo errado ou até mesmo não serem embarcadas.
7 Confira os dados de usa bagagem durante o check-in
E por fim, mas não menos importante, no momento do check-in, ao despachar suas malas, confira com atenção se a etiqueta colocada pela companhia aérea, está com seu nome, destino e número de voos corretos.
Mas se ainda assim, minha bagagem for perdida ou extraviada, o que devo fazer?
Por mais cuidado e possíveis precauções que possamos ter, o extravio de bagagem é uma realidade e pode acontecer com qualquer viajante.
Caso isso aconteça, o primeiro passo é se dirigir imediatamente ao balcão da companhia aérea e preencher o Relatório de Irregularidade de Bagagem (RIB).
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), em casos de extravio de bagagem, as companhias aéreas nacionais possuem um prazo de até 7 dias para a devolução em voos nacionais, e de até 21 dias em voos internacionais.
Dentro deste período sem suas malas, o passageiro tem direito a uma compensação financeira para a compra de itens básicos. O valor desse ressarcimento, que é estipulado por cada empresa, e é válido apenas se você estiver fora do seu domicílio e mediante a apresentação dos comprovantes das compras.
Se tiver um seguro de viagem, é importante acioná-lo imediatamente, pois além da seguradora ajudar na busca da bagagem, o assegurado terá direitos a outras indenizações.
Caso as malas não sejam entregues dentro dos prazos determinados, a empresa deve indenizar o passageiro até uma semana após o período estipulado para a devolução. Esta indenização também pode ser reivindicada por meio do Procon ou de uma ação judicial.
Flavia Requião é autora do Blog Olhar do Viajante e consultora de viagens da Bahia Vista Turismo
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