Internacional
Legalização do aborto é aprovada na Argentina
Nem a pandemia foi capaz de desencorajar a multidão feminina que compareceu à Praça do Congresso, em Buenos Aires

Na madrugada desta quarta-feira (30), o Senado argentino aprovou a legalização do aborto no país. A interrupção voluntária da gravidez (IVE) até a 14ª semana obteve 38 votos a favor, 29 votos contrários e 1 abstenção. Quatro senadores estiveram ausentes. Há duas semanas, a Câmara dos Deputados havia aprovado o projeto – com 131 votos a favor, 117 contrários e seis abstenções.
Nem a pandemia foi capaz de desencorajar a multidão feminina que compareceu à Praça do Congresso, em Buenos Aires, para seguir de perto a votação do projeto. A comemoração foi digna de final de Copa do Mundo. Argentinas de todas as idades compunham o “carnaval verde”, caracterizado pela adesão dos lenços nesta cor, que passaram a ser usados em marchas feministas em todo o país.
O Senado ainda sancionou por unanimidade o projeto de lei que cria um “seguro de mil dias” para fortalecer o atendimento à mulher durante a gravidez e os cuidados dos filhos nos primeiros anos de vida, com o objetivo de evitar aborto motivado por causas econômicas.
Durante as negociações, para somar votos favoráveis ao direito das mulheres decidirem sobre o aborto, o projeto enviado ao Congresso pelo presidente Alberto Fernández incluiu a possibilidade de os profissionais de saúde apresentarem uma “objeção de consciência”. A mudança desagradou os líderes da campanha pelo aborto legal, seguro e gratuito, que reúne mais de 300 organizações feministas. Isto, no entanto, não impedirá o atendimento da mulher por outros médicos ou outras unidades de saúde.
Em sua conta no Twitter, o presidente Fernández comemorou a aprovação da legalização do aborto: “O aborto seguro, legal e gratuito (agora) é lei. Com ele me comprometi durante a campanha eleitoral. Hoje, somos uma sociedade melhor que amplia direitos às mulheres e que garante a saúde pública”, escreveu.
Com a nova legislação, a Argentina se tornou o primeiro país de grande dimensão na região a legalizar o aborto. E se junta a outras duas nações latino-americanas em que as mulheres podem decidir sobre a interrupção da gravidez: Cuba e Uruguai. Também permitem o aborto a Guiana e a Cidade do México. Na Guiana Francesa e Porto Rico, por conta das legislações da França e dos EUA, o aborto também é legal.
Internacional
Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai
Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças.
Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015.
Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil.
Internacional
Leão XIV é o novo papa
O novo pontífice iniciou seu primeiro discurso, na janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano

“A paz esteja convosco”. Foi com essas palavras que o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, recém-eleito papa, iniciou seu primeiro discurso, na janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano. O novo pontífice, que escolheu usar o nome Leão XIV, ainda homenageou seu antecessor, Francisco.
“Nos ajudem a construir pontes vocês também, com diálogos, com encontro, para sermos um único povo, sempre em paz. Obrigado, papa Francisco”, disse Leão XIV.
“Ainda mantemos, nos nossos ouvidos, aquela voz fraca, mas sempre corajosa, do papa Francisco, que abençoava Roma”, disse.
“Permitam-me dar seguimento àquela mesma benção. Deus nos ama, Deus ama a todos e o mal não vai prevalecer. Estamos todos nas mãos de Deus. Juntos, sem medo, de mãos dadas com Deus, que está entre nós, vamos seguir”, completou.
Em seguida, Leão XIV fez um agradecimento a todos os cardeais que participaram do conclave que o elegeu “para ser o sucessor de Pedro e caminhar com vocês, como Igreja unida, sempre em busca da paz e da justiça, buscando trabalhar como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo, sem medo, para proclamar o Evangelho e sermos missionários”.
“Sou um filho de Santo Agostinho. Sou agostiniano. Santo Agostinho disse: ‘Para vós, sou bispo; convosco, sou cristão’. Neste sentido, podemos todos caminhar juntos, na direção da pátria que Deus nos preparou”, disse. “Necessitamos ser, juntos, uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes e diálogos. Que mantém o diálogo sempre aberto, pronta para receber todos que precisam.”
Em meio ao discurso, Leão XIV deixou de falar italiano e falou à multidão reunida na Praça São Pedro em espanhol, para agradecer à diocese peruana de Chiclayo, onde foi administrador apostólico. “Povo leal e fiel, que acompanha o bispo e o ajuda”, destacou.
Ao final, o novo pontífice lembrou que a data de hoje marca a prática devocional de súplica à Nossa Senhora de Pompeia.
“Nossa bendita Mãe Maria quer sempre caminhar conosco, estar perto de nós. Quer nos ajudar com sua intercessão e seu amor. Rezemos juntos por esta missão, por toda a Igreja e pela paz no mundo”, disse, encerrando seu discurso com a oração da Ave Maria.
Internacional
Cardeais escolhem o 267° Papa
A fumaça branca começou a sair da chaminé no telhado da Capela Sistina pouco depois das 18 horas (hora local) desta quinta (8)

Na votação na tarde desta quinta-feira, 8 de maio de 2025, os cardeais reunidos em Conclave chegaram a um consenso sobre o nome do 267º Sucessor de Pedro. Eram 18 horas e 07 minutos (hora local) quando a fumaça branca começou a sair da chaminé instalada no telhado da Capela Sistina, provocando uma verdadeira comoção e gritos de júbilo entre os milhares de presentes na Praça São Pedro e Via da Conciliação, testemunhas oculares de um dia histórico para a Igreja e para o mundo. O badalar dos sinos da Basílica de São Pedro que se seguiu foi uma confirmação de que “Habemus Papam”.
Tendo aceito sua eleição à Cátedra de Pedro, o novo Pontífice deixa a Capela Sistina e dirige-se à chamada “Sala das Lágrimas”. Ali, com a ajuda do Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dom Diego Giovanni Ravelli, ele veste uma das três roupas papais preparadas, para então se dirigir até a Sacada Central da Basílica, de onde o protodiácono, cardeal Dominique Mamberti, anunciará ao mundo o nome do novo Papa com a fórmula do Habemus Papam em latim.
A eleição do novo Pontífice ocorreu no dia da Súplica de Nossa Senhora de Pompéia.
João Paulo I, em 1978, e Bento XVI, em 2005, também foram eleitos no quarto escrutínio.
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