Internacional
Rússia assume controle da maior usina nuclear da Europa
A tomada da usina pelos russos ocorreu após um incêndio provocado por um bombardeio pesado

Tropas russas tomaram a maior usina nuclear da Europa em Zaporizhzhia após um incêndio provocado por um bombardeio pesado, disseram autoridades ucranianas. Nenhuma mudança na radiação foi registrada, mas qualquer perda de capacidade de resfriar o combustível nuclear levaria a “emissões radioativas significativas” que poderiam “superar todos os acidentes anteriores em usinas nucleares”.
O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Mariano Grossi, se ofereceu para viajar à Ucrânia para facilitar as negociações com a Rússia visando garantir a segurança das usinas nucleares durante o conflito. A situação “continua extremamente tensa e desafiadora”, disse ele.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, alertou que os próximos dias “provavelmente serão piores”, chamando a invasão da Ucrânia pela Rússia de “a pior agressão militar na Europa em décadas”. Mas ele enfatizou que a Otan é uma “aliança defensiva” e não busca uma guerra com a Rússia.
Stoltenberg disse que os ministros das Relações Exteriores discutiram uma “zona de exclusão aérea” sobre a Ucrânia, mas concordaram que os aviões da Otan não deveriam operar no espaço aéreo ucraniano.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, apelou diretamente aos russos para protestar contra a tomada de infraestrutura de energia nuclear pelas tropas russas. “Povo russo, quero apelar para você: como isso é possível?” ele disse. “Afinal, lutamos juntos em 1986 contra a catástrofe de Chernobyl.”
O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia condenou veementemente o bombardeio da usina nuclear e pediu à comunidade internacional que force a Rússia a se retirar.
Zelenskiy anteriormente acusou a Rússia de “terror nuclear”, já que o primeiro-ministro britânico Boris Johnson disse que as forças de Putin eram “imprudentes”. O incêndio provocou profunda preocupação com o destino das usinas nucleares da Ucrânia em meio ao agravamento dos combates.
O presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, também condenaram a Rússia por bombardear a usina e iniciar o incêndio, que ocorreu em um prédio de treinamento no perímetro do local.
O Ministério da Defesa da Rússia atribuiu o ataque à usina nuclear a sabotadores ucranianos, chamando-o de “provocação monstruosa”.
Vladimir Putin alertou os vizinhos da Rússia “para não escalar a situação” impondo mais restrições ao seu país, acrescentando: “Não há más intenções em relação aos nossos vizinhos… Cumprimos todas as nossas obrigações e continuaremos a cumpri-las”.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos russos que se unissem em torno de seu presidente e disse que o que aconteceria a seguir dependeria da posição de Kiev nas negociações, acrescentando que a Rússia “transmitiu claramente ao lado ucraniano nossa visão de resolver esse problema”.
Ucrânia e Rússia concordaram em tentar criar corredores humanitários para evacuar civis em uma segunda rodada de negociações na quinta-feira (3). A terceira rodada está marcada para a próxima semana.
O ministro da Cultura da Ucrânia pediu que os céus sejam fechados sobre a Ucrânia porque as forças russas estão “destruindo locais culturais”. Oleksandr Tkachenko disse que a maioria dos “crimes de guerra” de Putin foram “cometidos do ar” e estavam “destruindo deliberadamente” os centros históricos das grandes cidades.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU votou por maioria esmagadora para criar uma investigação de alto nível sobre as violações cometidas após a invasão da Ucrânia pela Rússia, com 32 membros do conselho de 47 assentos a favor e apenas Rússia e Eritreia votando contra.
O número de mortos em ataques aéreos russos em um bairro residencial da cidade de Chernihiv subiu para 47, disseram autoridades regionais. O trabalho de resgate teve que ser suspenso devido ao forte bombardeio, de acordo com os serviços de emergência locais.
O parlamento da Rússia aprovou uma lei impondo uma pena de prisão de até 15 anos por divulgar intencionalmente informações “falsas” sobre as forças armadas.
A Rússia admitiu “limitar” o acesso a sites de notícias, incluindo BBC, Radio Free Europe/Radio Liberty, o site independente russo Meduza e o alemão Deutsche Welle, com o Facebook também bloqueado.
As forças russas estavam de fato no controle do estrategicamente importante porto de Kherson no Mar Negro e pareciam estar se movendo para isolar a Ucrânia do mar através de seus principais portos do sul, apertando o cerco de Mariupol.
A preocupação aumenta com os movimentos de uma enorme coluna de veículos militares russos fora de Kiev. Enquanto um oficial de defesa dos EUA sugeriu que parecia ter “parado”, também havia especulações de que cerca de 15.000 soldados ligados a ele podem estar se reagrupando e esperando por suprimentos logísticos antes de um ataque.
Internacional
Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai
Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças.
Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015.
Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil.
Internacional
Leão XIV é o novo papa
O novo pontífice iniciou seu primeiro discurso, na janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano

“A paz esteja convosco”. Foi com essas palavras que o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, recém-eleito papa, iniciou seu primeiro discurso, na janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano. O novo pontífice, que escolheu usar o nome Leão XIV, ainda homenageou seu antecessor, Francisco.
“Nos ajudem a construir pontes vocês também, com diálogos, com encontro, para sermos um único povo, sempre em paz. Obrigado, papa Francisco”, disse Leão XIV.
“Ainda mantemos, nos nossos ouvidos, aquela voz fraca, mas sempre corajosa, do papa Francisco, que abençoava Roma”, disse.
“Permitam-me dar seguimento àquela mesma benção. Deus nos ama, Deus ama a todos e o mal não vai prevalecer. Estamos todos nas mãos de Deus. Juntos, sem medo, de mãos dadas com Deus, que está entre nós, vamos seguir”, completou.
Em seguida, Leão XIV fez um agradecimento a todos os cardeais que participaram do conclave que o elegeu “para ser o sucessor de Pedro e caminhar com vocês, como Igreja unida, sempre em busca da paz e da justiça, buscando trabalhar como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo, sem medo, para proclamar o Evangelho e sermos missionários”.
“Sou um filho de Santo Agostinho. Sou agostiniano. Santo Agostinho disse: ‘Para vós, sou bispo; convosco, sou cristão’. Neste sentido, podemos todos caminhar juntos, na direção da pátria que Deus nos preparou”, disse. “Necessitamos ser, juntos, uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes e diálogos. Que mantém o diálogo sempre aberto, pronta para receber todos que precisam.”
Em meio ao discurso, Leão XIV deixou de falar italiano e falou à multidão reunida na Praça São Pedro em espanhol, para agradecer à diocese peruana de Chiclayo, onde foi administrador apostólico. “Povo leal e fiel, que acompanha o bispo e o ajuda”, destacou.
Ao final, o novo pontífice lembrou que a data de hoje marca a prática devocional de súplica à Nossa Senhora de Pompeia.
“Nossa bendita Mãe Maria quer sempre caminhar conosco, estar perto de nós. Quer nos ajudar com sua intercessão e seu amor. Rezemos juntos por esta missão, por toda a Igreja e pela paz no mundo”, disse, encerrando seu discurso com a oração da Ave Maria.
Internacional
Cardeais escolhem o 267° Papa
A fumaça branca começou a sair da chaminé no telhado da Capela Sistina pouco depois das 18 horas (hora local) desta quinta (8)

Na votação na tarde desta quinta-feira, 8 de maio de 2025, os cardeais reunidos em Conclave chegaram a um consenso sobre o nome do 267º Sucessor de Pedro. Eram 18 horas e 07 minutos (hora local) quando a fumaça branca começou a sair da chaminé instalada no telhado da Capela Sistina, provocando uma verdadeira comoção e gritos de júbilo entre os milhares de presentes na Praça São Pedro e Via da Conciliação, testemunhas oculares de um dia histórico para a Igreja e para o mundo. O badalar dos sinos da Basílica de São Pedro que se seguiu foi uma confirmação de que “Habemus Papam”.
Tendo aceito sua eleição à Cátedra de Pedro, o novo Pontífice deixa a Capela Sistina e dirige-se à chamada “Sala das Lágrimas”. Ali, com a ajuda do Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dom Diego Giovanni Ravelli, ele veste uma das três roupas papais preparadas, para então se dirigir até a Sacada Central da Basílica, de onde o protodiácono, cardeal Dominique Mamberti, anunciará ao mundo o nome do novo Papa com a fórmula do Habemus Papam em latim.
A eleição do novo Pontífice ocorreu no dia da Súplica de Nossa Senhora de Pompéia.
João Paulo I, em 1978, e Bento XVI, em 2005, também foram eleitos no quarto escrutínio.
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