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Saúde

Surto de meningite: 4 estados têm alta no número de casos

E uma das principais causas apontadas por especialistas é a baixa cobertura vacinal, que amplia a ameaça da doença e de outras já controladas, como a pólio

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A empresa farmacêutica Moderna disse estar confiante de que vacinas para câncer, doenças cardiovasculares e autoimunes e outras condições es

Segundo levantamento feito pelo GLOBO, ao menos quatro estados apresentaram crescimento nos casos de meningite este ano. Até setembro, houve aumento de registros na Bahia (de 118,5%), Espírito Santo (103,6%) Rio de Janeiro (55,5%) e Minas Gerais (1,31%) em comparação com 2021. E uma das principais causas apontadas por especialistas é a baixa cobertura vacinal, que amplia a ameaça da doença e de outras já controladas, como a pólio.

A cidade de São Paulo registrou nesta semana um surto de meningite meningocócica localizado em dois bairros da Zona Leste. De acordo com a secretaria municipal de Saúde, foram confirmados cinco casos do tipo C da doença em Vila Formosa e Aricanduva, incluindo um fatal, de uma mulher de 42 anos. Um dos pacientes é um bebê de dois meses, e o mais velho, um idoso de 61 anos. Todos os registros ocorreram entre julho e setembro deste ano.

A secretaria considera que há surto de uma doença quando ocorrem três ou mais casos do mesmo tipo em um período de 90 dias na mesma localidade. Devido ao cenário, os moradores dos dois bairros estão sendo convocados a irem aos postos de saúde para se vacinarem contra a meningite. Só neste ano, foram pelo 56 casos da doença no município.

O estado de São Paulo registrou apenas neste ano 2.841 casos de meningite e 290 óbitos. A secretaria estadual informou por meio de nota, que vacinou, até junho, 71,7% do público infantil alvo da doença, uma cobertura muito aquém da meta de 95% preconizada pelo Ministério da Saúde para tentar barrar o crescimento da meningite meningocócica pelo país.

Na Bahia, foram confirmados 177 casos de meningite até setembro deste ano, com 26 óbitos. Em 2021, foram 81 registros. A taxa de vacinação até o momento é a menor desde 2017, com menos da metade do público infantil vacinado. A secretaria estadual do Espírito Santo afirmou que foram contabilizados 169 casos de meningite neste ano, com 41 óbitos. Em 2021, o estado registrou 83 ocorrências da doença.

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O governo do Rio informou que, até agosto, foram registrados 977 casos da doença no estado, com sete óbitos. Já são 18 a mais que o total de 2021, de 959, quando houve oito mortes causadas pela inflamação.

Em Minas Gerais, neste ano foram registrados 465 casos da doença, com 71 mortes. Foram seis casos a mais na comparação com o ano passado inteiro. Só 75% das crianças de até 1 ano foram imunizadas no estado.

Já Pernambuco registrou oito casos de meningite até setembro. Não houve registro de morte. A cobertura vacinal no estado está em 52,1%, a menor em dez anos. A meta preconizada de 95% não é cumprida desde 2015, quando o índice registrado foi de 98,2%.

A secretaria estadual de Saúde de Santa Catarina informou que até julho deste ano registrou 265 casos da doença, que provocou 21 óbitos. Até o momento, o estado imunizou 79% das crianças até 1 ano. O Rio Grande do Sul não tem um surto de meningite desde 2015, quando registrou 110 casos da doença. Até setembro deste ano, houve 19 casos, o mesmo número de 2021. Goiás, em 2022, contabilizou 108 casos e sua cobertura vacinal é de 75%.

A vacina é a principal forma de se prevenir contra a meningite. Ela está disponível de forma gratuita nos postos de saúde. O público infantil continua sendo o público-alvo das campanhas de conscientização da doença. São indicadas três doses de reforço, sendo uma entre 12 e 15 meses, outra entre 5 e 6 anos, e mais um entre 11 e 12 anos de idade. Para crianças e adolescentes de 10 a 19 anos de idade, caso não tenham recebido a vacina na infância, são recomendadas duas doses com um intervalo de cinco anos.

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Fonte: O GLOBO

Saúde

Mutirão de regulação acelera transferências e fortalece assistência na Bahia

De 7 horas até o meio-dia deste sábado (22), 396 pacientes já haviam sido regulados, e a ação segue até o final do dia

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A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia realizou, neste sábado (22), mais um mutirão de regulação para acelerar as transferências de
Foto: Yasmim Marinho/Saúde GovBA

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia realizou, neste sábado (22), mais um mutirão de regulação para acelerar as transferências de pacientes e solucionar demandas de alta permanência, com foco nas especialidades de oncologia, neurocirurgia e cirurgia vascular. A ação mobilizou médicos reguladores, gestores estaduais e diretores dos principais hospitais. De 7 horas até o meio-dia, 396 pacientes já haviam sido regulados, e o mutirão segue até o final do dia para garantir acesso mais rápido a unidades de referência.

Desde 1º de janeiro de 2025, mais de 42 mil casos foram resolvidos pela Central Estadual de Regulação. As solicitações vieram de unidades de saúde dos 417 municípios baianos. Nesse período, 50% das demandas foram atendidas em até 24 horas e 88% em até 72 horas.

As unidades que mais receberam pacientes regulados incluem o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital Geral Santa Tereza, Hospital do Subúrbio e Hospital Estadual Costa das Baleias.

A secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, destacou os avanços e reforçou o compromisso da Sesab com a melhoria contínua da regulação. “Nosso foco é acelerar cada vez mais as transferências, garantindo que os pacientes tenham acesso ao atendimento necessário no menor tempo possível. Ainda há desafios, mas avançamos. Em dois anos, abrimos mais de 3 mil leitos e estamos fortalecendo a rede municipal de saúde, seja com a entrega de equipamentos e mais de 500 ambulâncias para a rede de urgência”, afirma.

A titular da pasta estadual da Saúde explica que “recentemente, o governador anunciou mais de R$ 2 bilhões para a construção de 284 postos de saúde, Centros Especializados em Reabilitação, Centros de Atenção Psicossocial e Maternidades. Além disso, hoje foi publicada a portaria de cofinanciamento para os municípios. O Estado está fortalecendo a rede municipal com foco na prevenção e promoção da saúde, o que reduz, por exemplo, o número de casos graves de diabetes e hipertensão que, sem acompanhamento adequado, evoluem para situações de urgência e emergência, como pé diabético, infarto e acidente vascular cerebral, sobrecarregando os hospitais.”

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Regulação: uma operação ininterrupta para salvar vidas

A Central Estadual de Regulação (CER) opera 24 horas por dia, sete dias por semana, contando com uma equipe de 220 médicos de diversas especialidades e 190 auxiliares. Os profissionais avaliam os casos, priorizam as transferências com base na gravidade, coordenam a logística de transporte e comunicação entre os hospitais e garantem que os pacientes sejam encaminhados para o local adequado ao seu tratamento.

Para a médica e diretora-geral do hospital Geral Roberto Santos, Lucrécia Savernini, “hoje é um dia extremamente significativo para a saúde pública do estado da Bahia, porque é um momento em que os diretores e especialistas de diversos hospitais da rede se reúnem para avaliar a tela de regulação, e os casos mais complexos são avaliados por especialistas, que dão o encaminhamento necessário   no intuito de dar celeridade à resolutividade dos casos. E nós, do hospital Roberto Santos, estamos aqui imbuídos desse objetivo. Só nesta manhã̃ já regulamos 41 pacientes, que terão todo o tratamento necessário na unidade.”, afirma.

A agilidade tem sido um dos diferenciais do trabalho da CER, com a maioria das solicitações sendo resolvidas em até 72 horas. Casos mais complexos, como neurocirurgia e pacientes idosos com múltiplas comorbidades, podem demandar um tempo maior de permanência antes da transferência.

A médica e superintendente de Gestão dos Sistemas de Regulação da Atenção à Saúde, Mônica Hupsel, ressaltou a importância do mutirão para a melhoria contínua dos processos. “Esses mutirões são fundamentais para aperfeiçoar a dinâmica do fluxo regulatório, tornando-o cada vez mais ágil e resolutivo. Solicitamos, inclusive, apoio ao Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems-BA) para que comunicasse aos municípios sobre essa ação, a fim de garantir a transferência dos pacientes o mais breve possível, ressalta.”

O esforço da regulação reflete o compromisso do Governo da Bahia em oferecer uma assistência cada vez mais eficiente e humanizada, garantindo que a população tenha acesso aos serviços de alta complexidade no menor tempo possível

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Saúde

Hospital Regional de Juazeiro é referência em alta complexidade na região norte

Desde a ampliação, a unidade passou a contar com 1.688 profissionais da saúde, que seguem uma abordagem humanizada

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Grávida do segundo filho, com risco de perda gestacional, a andorinhese foi encaminhada para o Hospital Regional de Juazeiro
Foto: Wuiga Rubini/GOVBA

Na altura da sua 21ª semana de gravidez, pouco mais de cinco meses de gestação, Jaqueline Cavalcanti não esperava o rompimento da bolsa amniótica durante um sono tranquilo, em Andorinha, cidade onde nasceu e vive com sua filha de 12 anos. Grávida do segundo filho, com risco de perda gestacional, a andorinhese foi encaminhada para o Hospital Regional de Juazeiro, onde uma maternidade referência em gestações de alto risco foi inaugurada, em novembro de 2024, pelo Governo do Estado. Na unidade, já foram realizados 200 partos com o mesmo perfil, desde a inauguração.  

Um espaço adaptado para gestantes, puérperas e bebês acolheu Jaqueline, que já tinha chegado a sua 30ª semana no Hospital Regional de Juazeiro. O objetivo do trabalho assistido era fazer com que somente na 34ª semana Heitor Valentim, como será batizado, nascesse, reduzindo os riscos de um parto prematuro. 

“Eu tô em um hospital particular! É perfeito. Graças a Deus eu vim para cá. Tô muito ansiosa, principalmente pela situação, mas estamos confiantes, aqui tem estrutura. Minha outra gestação foi em uma unidade privada e nem se compara com a maternidade que tenho aqui, é perfeita”, avaliou Jaqueline. A segunda surpresa da gestante foi descobrir que seria acompanhada por um médico referência na região. “Eu tinha muita vontade de fazer uma consulta com Drº Stênio. Um homem famoso, muitos pacientes, né? Quando eu cheguei aqui, quem era o meu médico, de graça? O Stênio!”, celebrou. 

Segundo a secretária da Saúde Roberta Santana, o atendimento prestado à Jaqueline e outras pacientes é resultado de um planejamento cuidadoso, para melhorar a assistência e qualificar o profissional que trabalha com os casos atendidos pela unidade.  

 “A gente não só ampliou a assistência, mas, sobretudo, qualificou. Em uma região que não tínhamos estrutura para atender pacientes pediátricos, agora também vamos fazer cirurgia pediátrica, que é outra inovação, e a própria maternidade se une a rede PEBA para fortalecer a saúde pública do norte do estado”, explicou.  

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O diretor médico da maternidade João Antônio Bandeira completou: “Com certeza é o melhor hospital da região e um dos maiores do interior do estado da Bahia. O hospital está funcionando plenamente e a expectativa é atender mais pessoas, fazer mais partos e que mais crianças que tenham necessidade de UTI possam ser acolhidas. A gente espera prestar o melhor serviço do Vale do São Francisco”.  

Desde novembro de 2024, a região norte do estado conta com um complexo ampliado, com leitos de internação adulto e pediátrico e emergências geral e obstétrica. O Governo do Estado investiu mais de R$ 70,7 milhões na unidade, através da Secretaria da Saúde (Sesab), para a implantação de 178 leitos, passando de 180 para 358; 10 leitos de UTI pediátrica, 10 UTI neonatal, 10 de Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo) e cinco de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa). Além de 60 leitos de internação cirúrgica, 60 de internação clínica/obstétrica, 21 de internação pediátrica e dois PPP (pré-parto, parto e pós-parto).  

O Hospital Regional de Juazeiro também atende média e alta complexidade nas especialidades de clínica médica e cirúrgica, oncologia, traumato-ortopedia, mastologia, angioplastia, arteriografia, cabeça e pescoço, proctologia, urologia e vascular. De novembro a janeiro, 1.466 cirurgias foram realizadas em pacientes nestas especialidades.   

Com um diagnóstico de câncer de cólon, Nerivam Braga, de 63 anos, precisou passar por uma cirurgia de remoção do tumor e de adesão a uma bolsa de colostomia. Atendida por equipes especializadas no seu caso, ela compartilhou a alegria da recuperação.  

“Olha, eu vou te dizer: tava faltando esse hospital, aqui, viu? Eu chego aqui, a equipe médica, a equipe de enfermagem, as meninas da limpeza têm muito carinho pela gente. Eu tive que colocar a bolsa e cortar 80 cm do meu intestino na primeira cirurgia. Agora meu intestino está muito pequeno, mas os médicos já estão estudando a reconstrução [do intestino]”.  

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Desde a ampliação, a unidade passou a contar com 1.688 profissionais da saúde, que seguem uma abordagem humanizada, desde os atendimentos na emergência até os quadros mais complexos. “Hoje a gente consegue acomodar e dar dignidade, e atendimento humanizado ao povo da região norte”, enfatizou a secretária Roberta Santana. 

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Saúde

Governo do Estado vai construir o Hospital e Maternidade Regional do Sisal

O equipamento será o primeiro de alta complexidade da região e receberá investimento superior a R$ 180,4 milhões

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autorizou nesta terça-feira (18), em Serrinha, a licitação para a construção do Hospital e Maternidade Regional do Sisal,
Foto: Feijão Almeida/GOVBA

O governador Jerônimo Rodrigues autorizou nesta terça-feira (18), em Serrinha, a licitação para a construção do Hospital e Maternidade Regional do Sisal, reforçando o compromisso do Governo do Estado com a descentralização e a humanização do atendimento obstétrico na Bahia. O equipamento, que integra o Programa Mãe Bahia, será o primeiro de alta complexidade da região e receberá investimento superior a R$ 180,4 milhões — R$ 60 milhões do Governo Federal, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e R$ 120,4 milhões do governo estadual.

“Nossa intenção é primeiro fortalecer a saúde regional. Depois, com essa rede de maternidades, de hospitais em toda a Bahia, reduzir as distâncias para que as pessoas não andem quilômetros até Salvador, até Feira [de Santana] para serem atendidas”, enfatizou o governador Jerônimo Rodrigues.

A agenda incluiu, ainda, a assinatura de credenciamento junto ao Hospital Municipal de Serrinha para a realização de cirurgias eletivas, no valor anual de mais de R$ 3,5 milhões. A Sesab também foi autorizada a adotar medidas para a cessão de kit parto, kit odontológico e equipamentos para o Hospital Municipal de Serrinha. Uma ambulância também foi entregue e servirá à rede de assistência do município.

Para Angelina Lisboa, administradora e moradora de Serrinha, “é a certeza de que as demandas, não só com a maternidade, mas com exames, a dificuldade de ir para Feira de Santana, para Salvador, a despesa serão sanadas. Será um avanço muito grande. Só agradecer a todos envolvidos nesse projeto”, comemorou.

Com 255 leitos, incluindo 45 de cuidados intensivos e semi-intensivos adulto, materno e neonatal, o Hospital e Maternidade Regional do Sisal oferecerá estrutura moderna com quartos PPP (Pré-parto, Parto e Pós-parto), Casa da Gestante, Bebê e Puérpera, Banco de Leite Humano, Centro de Parto Normal e serviços de acolhimento para vítimas de violência. Além de 60 leitos de internação cirúrgica, 15 de internação pediátrica, urgência e emergência, centro cirúrgico, serviço de bioimagem, endoscopia, nutrição e outros serviços.

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Secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana completou que uma das estratégias da política estadual de regionalização é dar amparo ao município, para que ele tenha estrutura para acolher casos com menor gravidade. “Quando a gente traz hospitais para as macrorregiões, a gente diminui a distância e regula o paciente dentro da própria região. Mas uma estratégia muito importante dentro do programa Mãe Bahia, é a ampliação dos recursos para os hospitais locais, para que eles possam ter maior resolutividade. Assim, a gente também reduz o número de pacientes na tela da regulação e diminui a pressão nas portas dos hospitais da alta complexidade. Essa é uma estratégia pensada e estruturada para que a gente possa melhorar, cada vez mais, a eficiência da nossa regulação”.

O Programa Mãe Bahia, com investimentos superiores a R$ 820 milhões, incluirá ainda ambulatórios de alto risco em policlínicas de Jequié, Ilhéus e Vitória da Conquista, ampliando o acesso a cuidados especializados e consolidando a Bahia como referência nacional na assistência materno-infantil.

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