Internacional
Escolas do Canadá queimam livros infantis considerados racistas
Alguns autores, no entanto, têm reclamado de censura

Escolas canadenses do sudoeste de Ontário queimaram quase 5 mil livros infantis considerados racistas. Obras como Tintin, Astérix e Pocahontas estavam nas bibliotecas das unidades de ensino e fazem referências aos povos originários do país. Uma cerimônia de “purificação pelas chamas” chegou a ser feita para incinerar exemplares e depois enterrá-los.
A decisão de queimar os livros foi do Conselho Escolar Católico de Providence, entidade que administra 30 escolas na região de Ontário. As obras foram incineradas em 2019, mas a divulgação ocorreu nesta terça-feira (07) pela Rádio Canadá.
Os 4.716 livros incinerados eram cópias de 155 obras, que incluem quadrinhos, romances e enciclopédias. Em um documento que detalha os títulos eliminados consta que 152 livros foram autorizados a continuar nas prateleiras das bibliotecas. Outras 193 obras estão em avaliação.
“Enterramos as cinzas do racismo, da discriminação e dos estereótipos na esperança de crescer em um país inclusivo, onde todos possam viver com prosperidade e segurança”, diz o material institucional do conselho, segundo a Rádio Canadá.
A porta-voz do Conselho Escolar Católico de Providence, Lyne Cossette, afirmou que os livros foram retirados das bibliotecas porque tinham conteúdo desatualizado e impróprio.
“É um gesto de reconciliação com as Primeiras Nações e um gesto de abertura às outras comunidades presentes na escola e na nossa sociedade”, disse Cossette, em entrevista à Rádio Canadá.
Autores falam em censura
A divulgação sobre a queima dos livros surge durante o processo eleitoral que vai escolher o próximo primeiro-ministro canadense. O racismo vem sendo um dos principais temas eleitorais no país. Em junho deste ano, restos mortais de crianças foram encontrados em escolas católicas situadas dentro de comunidades indígenas.
Alguns autores, no entanto, têm reclamado de censura.
“Em 10 anos, passei de quase um vencedor a um autor banido”, afirmou o autor de quadrinhos Marcel Levasseur. Ele foi finalista do Prêmio Tamarac, concedido pela Associação de Bibliotecas de Ontário, em 2011.
“Este não é um livro de história. Usamos a história como pano de fundo e nos divertimos com ela”, acrescentou.
O conselho escolar sustenta que Levasseur usa “linguagem inaceitável” e faz “uma representação incorreta dos autóctones nos desenhos”.
Internacional
Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai
Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças.
Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015.
Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil.
Internacional
Leão XIV é o novo papa
O novo pontífice iniciou seu primeiro discurso, na janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano

“A paz esteja convosco”. Foi com essas palavras que o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, recém-eleito papa, iniciou seu primeiro discurso, na janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano. O novo pontífice, que escolheu usar o nome Leão XIV, ainda homenageou seu antecessor, Francisco.
“Nos ajudem a construir pontes vocês também, com diálogos, com encontro, para sermos um único povo, sempre em paz. Obrigado, papa Francisco”, disse Leão XIV.
“Ainda mantemos, nos nossos ouvidos, aquela voz fraca, mas sempre corajosa, do papa Francisco, que abençoava Roma”, disse.
“Permitam-me dar seguimento àquela mesma benção. Deus nos ama, Deus ama a todos e o mal não vai prevalecer. Estamos todos nas mãos de Deus. Juntos, sem medo, de mãos dadas com Deus, que está entre nós, vamos seguir”, completou.
Em seguida, Leão XIV fez um agradecimento a todos os cardeais que participaram do conclave que o elegeu “para ser o sucessor de Pedro e caminhar com vocês, como Igreja unida, sempre em busca da paz e da justiça, buscando trabalhar como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo, sem medo, para proclamar o Evangelho e sermos missionários”.
“Sou um filho de Santo Agostinho. Sou agostiniano. Santo Agostinho disse: ‘Para vós, sou bispo; convosco, sou cristão’. Neste sentido, podemos todos caminhar juntos, na direção da pátria que Deus nos preparou”, disse. “Necessitamos ser, juntos, uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes e diálogos. Que mantém o diálogo sempre aberto, pronta para receber todos que precisam.”
Em meio ao discurso, Leão XIV deixou de falar italiano e falou à multidão reunida na Praça São Pedro em espanhol, para agradecer à diocese peruana de Chiclayo, onde foi administrador apostólico. “Povo leal e fiel, que acompanha o bispo e o ajuda”, destacou.
Ao final, o novo pontífice lembrou que a data de hoje marca a prática devocional de súplica à Nossa Senhora de Pompeia.
“Nossa bendita Mãe Maria quer sempre caminhar conosco, estar perto de nós. Quer nos ajudar com sua intercessão e seu amor. Rezemos juntos por esta missão, por toda a Igreja e pela paz no mundo”, disse, encerrando seu discurso com a oração da Ave Maria.
Internacional
Cardeais escolhem o 267° Papa
A fumaça branca começou a sair da chaminé no telhado da Capela Sistina pouco depois das 18 horas (hora local) desta quinta (8)

Na votação na tarde desta quinta-feira, 8 de maio de 2025, os cardeais reunidos em Conclave chegaram a um consenso sobre o nome do 267º Sucessor de Pedro. Eram 18 horas e 07 minutos (hora local) quando a fumaça branca começou a sair da chaminé instalada no telhado da Capela Sistina, provocando uma verdadeira comoção e gritos de júbilo entre os milhares de presentes na Praça São Pedro e Via da Conciliação, testemunhas oculares de um dia histórico para a Igreja e para o mundo. O badalar dos sinos da Basílica de São Pedro que se seguiu foi uma confirmação de que “Habemus Papam”.
Tendo aceito sua eleição à Cátedra de Pedro, o novo Pontífice deixa a Capela Sistina e dirige-se à chamada “Sala das Lágrimas”. Ali, com a ajuda do Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dom Diego Giovanni Ravelli, ele veste uma das três roupas papais preparadas, para então se dirigir até a Sacada Central da Basílica, de onde o protodiácono, cardeal Dominique Mamberti, anunciará ao mundo o nome do novo Papa com a fórmula do Habemus Papam em latim.
A eleição do novo Pontífice ocorreu no dia da Súplica de Nossa Senhora de Pompéia.
João Paulo I, em 1978, e Bento XVI, em 2005, também foram eleitos no quarto escrutínio.
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