Economia
Queijaria de Casa Nova já pode comercializar seus produtos em todo o Brasil
É o primeiro empreendimento familiar da Bahia a ser certificada pelo Constesf, por meio da parceria com o MAPA

Na semana em que acontece o 1º Festival do Queijo Artesanal da Bahia, a queijaria Casa de Queijo Nia, localizada no sítio Terra Seca, no município de Casa Nova (BA) é a primeira agroindústria familiar a ser certificada pelo Consórcio Sustentável do Território do São Francisco (Constesf), por meio da parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) com o Selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Agropecuária (SISBI-POA).
A conquista é fruto da articulação da família junto a diversas instituições e parceiros, a exemplo do Governo da Bahia, por meio do projeto da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Pró-Semiárido.
Com a certificação, a unidade que trabalha com o processamento do leite de cabra pode comercializar o queijo, em todo o território nacional. “A CAR foi uma peça muito importante, pois sem ela a gente não conseguiria trazer inovações para o nosso empreendimento. Agradecemos o reconhecimento, o apoio e as boas ações que recebemos! Espero que as políticas públicas sejam sempre acessadas pelos pequenos produtores como somos nós, da agricultura familiar.”, salienta Regiane Reis, que junto com o esposo e os filhos administra a Casa de Queijo Nia.
Para apoiar o trabalho da família, a CAR, por meio do Projeto Pró-Semiárido, tem atuado, desde 2016, com a oferta de assistência técnica continuada em parceria com o Serviço de Assistência Socioambiental Campo e Cidade (Sajuc), bem como com a limpeza de aguadas para melhorar a oferta de água e produção de alimentos para os animais. Além disso, com apoio da equipe técnica da empresa, que envolve profissionais das áreas de políticas públicas, contábeis e agrárias, foi possível firmar convênio para adquirir três equipamentos essenciais para adequação da unidade ao SISBI: analisador de leite, crioscópio e pasteurizador.
“Essa conquista é importante para a agricultura familiar, importante para a caprinocultura e importante para mostrar o quanto as pequenas unidades podem e conseguem acessar selos que antes eram pensados só para grandes empreendimentos. Isso mostra, sobretudo, a importância do trabalho da CAR para a agricultura familiar e pequenas agroindústrias”, destacou o especialista em Caprinocultura do Pró-Semiárido/CAR, Emanoel Amarante.
Além do selo para a comercialização nacional, a Queijaria da Nia está fornecendo, ao longo deste ano, cerca de 600 quilos de queijo para a escola estadual do município, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O empreendimento já recebeu também apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Semiárido e conta hoje com outros parceiros, a exemplo do Centro de Economia Solidária (Cesol) Sertão do São Francisco e da Prefeitura Municipal de Casa Nova.
Sobre o 1º Festival do Queijo
Salvador vai se transformar na capital do queijo artesanal, no período de 19 a 21 de setembro, com a primeira edição do Festival do Queijo Artesanal da Bahia. O evento, que acontecerá no Mercado do Rio Vermelho, reunirá mais de 60 produtores, apresentando uma ampla variedade de queijos tradicionais e autorais, feitos com receitas únicas que refletem a diversidade dos biomas baianos. Com shows, degustações, harmonizações e palestras, o festival promete unir tradição, inovação e gastronomia em uma celebração que valoriza a qualidade e autenticidade do queijo baiano, que conta com quase 500 anos de história.
Com a abertura oficial na quinta-feira (19/09), às 17h, e uma programação que se estende até sábado, das 9h às 21h, o evento irá celebrar uma nova tradição baiana. Além de queijos tradicionais como coalho, requeijão e queijo de cabra, a Bahia se destaca pela inovação em queijos autorais, pois muitos produtores criaram receitas próprias, que refletem a diversidade e a riqueza dos nossos biomas, como a Mata Atlântica, o Agreste, a Caatinga e o Cerrado.
Pró-Semiárido
Projeto de desenvolvimento rural executado pela CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).
Economia
Mercado do Ogunjá reabre nesta segunda (9) após parecer técnico
Parecer técnico atesta estabilidade do imóvel e autoriza retorno das operações

O Mercado do Ogunjá retomou as atividades na manhã desta segunda-feira (9). A liberação ocorreu após a conclusão das obras emergenciais de escoramento da estrutura e a emissão de parecer técnico, que atestou a segurança para 44 permissionários e consumidores do equipamento. O local funciona de segunda a sábado, das 6h às 18h e aos domingos e feriados, das 6h às 14h.
Permissionária do mercado há 44 anos, comercializando hortifruti, Ilza Maria Fernandes ficou aliviada com o retorno das atividades no equipamento. “Os primeiros dias foram bem difíceis, mas buscamos alternativas e conseguimos resolver rápido. Gostaria de agradecer ao Governo do Estado por estarmos de volta e por abrir essa exceção para nós, mesmo durante as obras. É muito importante que a gente continue o trabalho, porque temos filhos em faculdade, empregados. Precisamos disso para pagar as nossas contas”, disse.
Alívio também para o cliente fiel e motorista Moaci Costa da Silva, que almoça todos os dias no local. “Eu já tava sentindo muita falta daqui porque tem banheiro, onde almoçar, espaço para deixar o ônibus que eu dirijo. Então, facilitou bastante a nossa vida”, salientou.
Desde a interdição, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), a Casa Civil, a Superintendência de Patrimônio da Secretaria da Administração (SAEB) e a fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem) atuaram para garantir a segurança da estrutura e minimizar os prejuízos para permissionários e frequentadores. Foram realizadas reuniões e atendimentos individualizados com os comerciantes para compreender os impactos e buscar soluções. Paralelamente, foi articulado um escoramento emergencial, reforçando a estrutura, o que viabilizou uma reabertura rápida.
O secretário da SDE, Angelo Almeida, ressaltou a importância do esforço coletivo e do diálogo contínuo para assegurar uma resposta técnica e eficaz. “Desde o primeiro momento, nossa prioridade foi proteger a vida das pessoas. Atuamos com total transparência, ouvindo atentamente os permissionários e agindo com responsabilidade técnica. Graças a esse trabalho conjunto, devolvemos o Mercado do Ogunjá à sua plena atividade nesta segunda-feira”, afirmou.
Requalificação
Além da reabertura, a SDE e os demais órgãos envolvidos discutem soluções de médio e longo prazo para a requalificação do Mercado do Ogunjá. A expectativa é que, nos próximos meses, a pasta avance com projetos voltados à melhoria da infraestrutura, garantindo um espaço mais moderno para comerciantes e consumidores.
Economia
PIB atinge patamar recorde pelo 14º trimestre seguido
No primeiro trimestre deste ano, também atingiram patamares recordes os setores da agropecuária e dos serviços

Com o crescimento de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior, a economia brasileira atingiu um novo patamar recorde. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB nacional vem atingindo níveis recordes consecutivos há 14 trimestres, ou seja, o quarto trimestre de 2021.
No primeiro trimestre deste ano, também atingiram patamares recordes os setores da agropecuária e dos serviços. Os serviços, aliás, vêm atingindo níveis recordes há 15 trimestres, ou seja, desde o terceiro trimestre de 2021. Sob a ótica da demanda, também atingiram patamares recordes o consumo das famílias, consumo do governo e exportações.
Por outro lado, indústria e investimentos estão longe de seus patamares recordes, ambos atingidos em 2013. A formação bruta de capital fixo, ou seja, os investimentos, por exemplo, está 6,7% abaixo do nível do segundo trimestre de 2013, enquanto a indústria está 4,7% abaixo do nível do terceiro trimestre daquele ano.
“A indústria é a única das grandes três atividades econômicas que ainda está no patamar abaixo do pico”, ressalta a pesquisadora do IBGE, Rebeca Palis.
PIB
Segundo o IBGE, o crescimento do PIB do quarto trimestre de 2024 para o primeiro trimestre deste ano foi puxado principalmente pelo desempenho da agropecuária, que teve crescimento de 12,2%.
“O agro tem dois efeitos principais este ano: um é a questão climática que está favorável e a outra é que as colheitas que estão crescendo muito, como a soja, que é a nossa principal lavoura, está concentrada no primeiro semestre. A gente também tem o milho crescendo, o fumo, o arroz, várias colheitas que estão crescendo esse ano têm muita safra no primeiro semestre”, explica Rebeca.
Os serviços, que correspondem a 70% da economia brasileira, também tiveram desempenho positivo, crescendo 0,3% no trimestre em relação ao trimestre anterior, com destaque para as atividades de informação e comunicação (3%). Já a indústria apresentou taxa negativa (-0,1%), devido a resultados da construção (com queda de 0,8%) e da indústria da transformação (-1%).
Segundo Rebeca Palis, esses são setores que estão sentindo os efeitos da alta taxa básica de juros (Selic).
Sob a ótica da demanda, houve altas em todos os componentes no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior: consumo das famílias (1%), formação bruta de capital fixo (3,1%), exportações (2,9%) e consumo do governo (0,1%).
“Em relação ao consumo das famílias, a gente ainda tem fatores que prejudicam, como a inflação bem resiliente e a política monetária restritiva. Mas a gente continua tendo melhora no mercado de trabalho, continua tendo programas de transferência de renda do governo para as famílias e o crédito continua crescendo, apesar de estar mais caro, então são várias coisas contribuindo positivamente”, disse a pesquisadora. “Mas o consumo das famílias poderia ser mais alto se a gente não tivesse uma política monetária restritiva”.
Fonte: Agência Brasil
Economia
Prévia da inflação recua para 0,36% em maio
Os grupos transportes e artigos de residência registraram deflação e ajudaram a frear a inflação na prévia do mês

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em 0,36% em maio deste ano. A taxa é inferior às observadas nas prévias do mês anterior (0,43%) e de maio de 2024 (0,44%). O dado foi divulgado nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado o IPCA-15 acumula taxa de 2,80% no ano. Em 12 meses, o IPCA-15 acumulado chega a 5,40%, abaixo dos 5,49% acumulados até abril deste ano.
Em maio, sete dos nove grupos de despesas apresentaram inflação. Os destaques ficaram com saúde e cuidados pessoais (0,91%) e habitação (0,67%).
Em saúde e cuidados pessoais, a inflação foi puxada pelos produtos farmacêuticos, que tiveram alta de preços de 1,93%. No grupo habitação, as principais influências vieram de energia elétrica residencial (1,68%), principal impacto individual do IPCA-15, e água e esgoto (0,51%).
Os alimentos tiveram inflação de 0,39%, abaixo do 1,14% da prévia de abril. Também apresentaram alta de preços no mês, os grupos de despesa vestuário (0,92%), despesas pessoais (0,50%), comunicação (0,27%) e educação (0,09%).
Por outro lado, os grupos transportes e artigos de residência registraram deflação (queda de preços) e ajudaram a frear a inflação na prévia do mês.
Em transportes, a taxa caiu 0,29%, puxada por recuos na passagem aérea (-11,18%) e ônibus urbano (-1,24%). Já artigos de residência tiveram queda de preços de 0,07%.
O IPCA-15 é calculado com base em preços coletados nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
A prévia de maio se baseia em preços coletados no período de 15 de abril a 15 de maio de 2025 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 18 de março a 14 de abril de 2025 (base).
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