Saúde
Estudo aponta risco de nova onda caso ocorra o Carnaval
A SEI publicou o Panorama Global da Covid-19 em que aponta riscos de aumento no número de casos na Bahia e no Brasil

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, publicou nesta sexta-feira (3) um estudo sobre o Panorama Global da Covid-19 e os riscos de surgimento de uma nova onda no Brasil e na Bahia.
Segundo o estudo, o mundo já passou por três ondas bem definidas e, de acordo com alguns indicadores se encaminha para quarta onda, sobretudo na Europa e EUA. Em termos mundiais, a primeira onda teve o seu ápice em abril de 2020, a segunda em janeiro de 2021 e a terceira em setembro de 2021. Já o Brasil teve o ápice da primeira onda em julho de 2020 e uma segunda onda com o ápice prolongado de janeiro de 2021 a abril de 2021. Na atualidade, a Bahia representa 4,4% dos óbitos no Brasil e uma das menores taxa de letalidade da doença 2,16%. Se destacando entre as unidades da federação por ter a segunda menor taxa de mortalidade por 100 mil habitantes, 183 óbitos, ficando atrás apenas do Maranhão com 143 óbitos.
Segundo Armando Castro, diretor de indicadores e estatística da SEI, “a Bahia adotou medidas no enfrentamento da Covid-19 de uma maneira muito eficaz. Desde ações educativas, até decretos que limitavam a circulação de pessoas e o contato interpessoal, somadas aos investimentos públicos essenciais na área da saúde, dentre outras estratégias. Por isso verificamos melhores indicadores”.
Mesmo com o avanço da vacinação em várias partes do mundo, tem sido registrado o aumento de novos casos. A Alemanha tem aproximadamente 68% da população imunizada e apresenta números de novos casos em curva ascendente. A média móvel dos últimos sete dias está em 53 mil novos casos e a taxa de incidência está em níveis muitos superiores dos observados desde o início da pandemia: 400 novos casos por 100 mil habitantes.
Essa nova tendência de espraiamento da Covid-19 e das suas variantes acontece em um momento de esperança com o avanço da vacinação. Contudo, na Europa, os índices de vacinação parecem ter atingido seu ápice como reflexo dos movimentos antivacina, resultando em uma estagnação no número total de vacinados, abrindo espaço para a ampliação de novos casos.
Diante dessa questão, as autoridades dos países europeus estão reagindo de forma mais contundente no que diz respeito a volta de algumas restrições, principalmente, destinada à população não vacinada. Na França, por exemplo, passou a ser exigido, novamente, o uso da máscara em locais públicos. Na Áustria, o governo local anunciou um novo confinamento de 20 dias e decretou também que irá impor a vacinação obrigatória no país a partir de fevereiro de 2022.
Nas últimas semanas de novembro de 2021, a média de novos casos, hospitalizações e óbitos por Covid-19 no Brasil alcançaram os índices mais baixos. É bem verdade que com o ritmo da vacinação no país houve uma redução no volume de testagem, o que pode escamotear o número de contaminados com a subnotificação de casos. Monitorar casos leves é importante porque são justamente essas infecções que fazem o vírus circular e geram uma sequência de eventos que ocasiona as novas ondas da pandemia. O alento é que os leitos hospitalares para internações por casos graves estão com reduzidas taxas de ocupação e a vacinação segue acima dos 60% de cobertura da população total.
Essa modificação no cenário pandêmico fez com que recentemente muitas cidades e estados brasileiros reduzissem a intensidade das restrições e, em alguns casos, a desobrigatoriedade na utilização de máscaras em locais públicos e ao ar livre, movimento parecido ao que foi feito na Europa meses atrás. E essa é justamente uma das ameaças no médio prazo da pandemia no Brasil. Caso o Brasil mantenha o padrão das últimas três ondas e a vacinação não atinja 80% de cobertura, podemos ser afetados por novas variantes nos próximos meses.
Segundo o estudo, a formação de uma nova onda pode ter um espaço temporal de três meses, como aconteceu na Alemanha. Sendo que entre dezembro, janeiro e fevereiro, na Bahia e no Brasil, ocorre a estação do verão, onde há atração de turistas residentes no país e vindos do exterior para as festas de fim de ano e o “possível” carnaval. Ressalte-se que a Alemanha esteve com indicadores de mais baixa contaminação e óbitos três meses atrás, e hoje tem os de maior pico. Sua taxa de vacinação é levemente superior à da Bahia, e ainda assim registra uma nova onda.
Segundo Castro, “não parece razoável submeter a população à festejos com adesão do grande público como é o carnaval e réveillon na Bahia, pois pode ameaçar todo esforço feito até aqui”. O estudo chama atenção também dos riscos em função ao aparecimento da variante Ômicron, que ainda apresenta incertezas em relação ao grau de transmissão ou se escapa da imunidade vacinal, uma vez que se corre o risco de retroagir a fases restritivas que já ocorreram durante a pandemia e colocar em risco o patamar que chegamos de “controle” da Covid-19 no Estado.
Saúde
Em Jacobina, Jerônimo acompanha obras do Hospital Vale do Ouro
Unidade vai ampliar a assistência em municípios de toda a região centro-norte baiana

Conhecida como a “Cidade do Ouro”, localizada na região centro-norte da Bahia, Jacobina recebeu, neste sábado (7), o governador Jerônimo Rodrigues, que realizou entregas de equipamentos hospitalares, além de vistoriar as obras do Hospital Vale do Ouro, um dos maiores investimentos do Governo do Estado na área da saúde na região.
“Esse hospital vai salvar vidas. Vamos ter profissionais qualificados, uma equipe comprometida com o cuidado das pessoas. A estrutura será moderna, os equipamentos de ponta, tudo o que se espera de um hospital de excelência vai estar aqui. Hoje eu vim conhecer de perto essa obra, pedi para sobrevoar a área, fiz fotos, gravei vídeos e posso garantir que é mais do que uma obra, é um compromisso com a vida e com o futuro da nossa gente”, destacou o governador, Jerônimo Rodrigues, sobre as obras do Hospital Regional.
Durante a agenda, com a participação da secretária da Saúde, Roberta Santana, foram entregues diversos itens voltados ao atendimento básico e hospitalar. A comunidade da Catuaba foi contemplada com um kit para Unidade Básica de Saúde (UBS) e um kit odontológico. Já o Hospital Municipal Antônio Teixeira Sobrinho recebeu um kit parto e outros equipamentos. Outro destaque da entrega foi uma van para o Tratamento Fora do Domicílio (TFD), que irá garantir mais conforto e segurança no deslocamento de pacientes que precisam de atendimento especializado em outras cidades.
Com o objetivo de fortalecer o desenvolvimento rural do município, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), foi entregue uma retroescavadeira e um tanque pipa de quatro mil litros. Na ocasião, o governador e a prefeita da cidade, Valdice Castro, também plantaram uma muda de ipê-rosa.
Vale do Ouro
O governador acompanhou de perto o andamento das obras do Hospital Vale do Ouro, em execução pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), por meio de recursos da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). A unidade está orçada em R$ 118,8 milhões, com previsão de conclusão para outubro de 2025. O novo hospital contará com 142 leitos, sendo 24 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e tem como objetivo atender à demanda de saúde de Jacobina e de municípios vizinhos, regionalizando o atendimento e desafogando unidades em Salvador e Feira de Santana.
“Essa é uma obra do novo PAC, do presidente Lula. Atualmente, temos sete hospitais sendo construídos na Bahia em parceria com o governo federal. Este equipamento é um hospital regional, ele não é destinado apenas a Jacobina, embora também vá atender a cidade. Trata-se de um hospital e maternidade, com atendimento regionalizado”, pontuou a secretária Roberta Santana.
Saúde
Hospital Ortopédico da Bahia recebe visita do ministro da Saúde
Alexandre Padilha destaca avanços no atendimento especializado do SUS na Bahia

Em visita oficial à Bahia nesta quinta-feira (5), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve no Hospital Ortopédico do Estado da Bahia (HOEB), em Salvador, ao lado do governador Jerônimo Rodrigues e da secretária estadual da Saúde, Roberta Santana. A unidade, 100% SUS e administrada pelo Hospital Albert Einstein, é atualmente o maior hospital estadual de ortopedia do país e já figura entre os principais centros de referência em cirurgia ortopédica e reabilitação.
Desde sua inauguração, em março de 2024, o hospital acumula mais de dez mil cirurgias, 135 mil atendimentos ambulatoriais e 3.500 procedimentos pediátricos. Com 212 leitos, incluindo 20 de UTI, dez salas cirúrgicas e estrutura para hospital-dia e reabilitação, a unidade se tornou pioneira na adoção de tecnologias diagnósticas como artro-ressonância e escanometria na rede pública estadual.
Além da assistência, o Hospital Ortopédico vem se consolidando como polo de ensino e pesquisa, com 29 residentes atualmente em formação. A unidade também é reconhecida pela Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica (SBOP) como Centro de Treinamento.
Durante a visita, o ministro Alexandre Padilha destacou a importância da integralidade do atendimento e a adesão da unidade ao Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), lançado pelo Ministério da Saúde. “Estamos diante de uma unidade que integra em um único espaço o que o SUS tem de mais avançado: consulta, diagnóstico, cirurgia e reabilitação. O Ortopédico mostra que é possível oferecer especialidades com qualidade e equidade. A adesão ao programa reforça nosso compromisso em reduzir filas e garantir cuidado contínuo aos brasileiros”, afirmou.
O governador Jerônimo Rodrigues destacou o impacto do hospital na assistência especializada e o papel estratégico da gestão estadual na articulação com o Governo Federal. “Este hospital é fruto de um projeto bem conduzido e de uma gestão integrada. Em pouco mais de um ano, o Hospital Ortopédico já se tornou referência nacional em alta complexidade. O ministro Alexandre Padilha não tinha tido tempo de vir aqui ainda, veio conhecer. Quero destacar o serviço que é prestado desde a recepção da pessoa que vem em busca de um acompanhamento, um exame, um tratamento, e também os profissionais. Eles têm um cuidado, um carinho e criam uma relação, de respeito e de qualidade muito grande. Estamos entregando dignidade com excelência”, disse.
Já a secretária Roberta Santana enfatizou o compromisso com a humanização e a acessibilidade. “Desde o início, desenhamos uma unidade que respeita a diversidade dos usuários. Temos um fluxo adaptado para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e capacitação específica da equipe a fim de oferecer um cuidado mais sensível e inclusivo”, explicou.
Roberta destacou também a capacidade de atendimento da unidade. “A gente faz todo tipo de cirurgia ortopédica. Nós estamos avançando agora para o primeiro transplante ósseo que vai ser realizado aqui. Temos 13 salas cirúrgicas e mais de 18 consultórios sendo realizados. A gente atende não só os pacientes da Região Metropolitana de Salvador, mas todos os pacientes da Bahia. É um atendimento especializado também para a rede de urgência e emergência, ajudando no processo de regulação. E nós reduzimos significativamente o tempo de espera na regulação de pacientes. Principalmente, fraturas de fêmur em idosos, que o tempo chegava a quase 15 dias. Hoje, a gente consegue atender um paciente desses com menos de três dias”.
O diretor-geral do hospital, Roger Monteiro, ressaltou o modelo de gestão por metas, indicadores e avaliação de desempenho que norteia a atuação do HOEB. “Conseguimos alcançar resultados expressivos porque unimos a expertise clínica ao rigor na gestão. Trabalhamos com protocolos baseados em evidências, integração entre equipes e acompanhamento constante de metas de produtividade e qualidade. O foco é claro: atender com excelência, eficiência e humanidade”, afirmou.
A agenda da visita também incluiu discussões sobre a futura inauguração do Centro de Medicina Desportiva, prevista para o segundo semestre, que integrará o hospital à rede de apoio à saúde de atletas de alto rendimento e à população em geral. A expectativa é de que a nova unidade complemente a atuação do HOEB com foco em prevenção, reabilitação e pesquisa em saúde esportiva.
Ao final da visita, Padilha ressaltou o modelo adotado na Bahia como referência. “O que vemos aqui é a prova de que parcerias entre o SUS e instituições de excelência, podem ser replicadas em outras partes do país. O Ortopédico é uma síntese do SUS que dá certo: público, gratuito e com padrão internacional de qualidade”, concluiu.
Saúde
Hospital Octávio Mangabeira é reaberto com ampliação dos serviços para doenças respiratórias
Além do hospital, o evento incluiu a entrega de 55 novas ambulâncias para renovação da frota do Samu

O Governo do Estado inaugurou nesta quinta-feira (5) o novo Hospital Especializado Octávio Mangabeira (Heom), na Praça Conselheiro João Alfredo, S/N – Pau Miúdo, em Salvador. Com investimento de R$ 70,7 milhões em obras e equipamentos, a unidade já está pronta para operar com 160 leitos, sendo 39 de UTI, e funcionará como centro de referência em doenças respiratórias, cirurgias oncológicas e procedimentos de cabeça e pescoço. O hospital também já está estruturado para atuar como ambulatório pré e pós-transplante pulmonar.
A entrega contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues e dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Saúde, Alexandre Padilha, além da secretária estadual da Saúde, Roberta Santana. Acompanhando a visita das autoridades, Elisabeth Monteiro, enfermeira do hospital há 10 anos, dividiu a expectativa de atuar na nova unidade.
“O Octávio foi meu primeiro emprego, fui lotada no centro cirúrgico, trabalhando com cirurgia torácica, que é uma das especialidades do hospital. Então, vivenciar, depois de quatro anos do fechamento do hospital, essa reabertura, com uma estrutura agora bem ampla para os pacientes, oferecendo serviços que não oferecíamos antes, é emocionante. Esse é um lugar onde a gente viveu muitas histórias e esse novo capítulo será incrível”, revisitou.
Além do hospital, o evento incluiu a entrega de 55 novas ambulâncias para renovação da frota do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), beneficiando diretamente 54 municípios de diferentes regiões do estado. Com a entrega atual, a Bahia atinge a marca de 312 novas ambulâncias recebidas entre 2023 e 2025, fruto de um investimento total de R$ 15,9 milhões do Governo Federal.
A inauguração do hospital representa uma resposta preventiva do governo estadual ao possível agravamento de síndromes respiratórias agudas, especialmente em crianças e idosos, durante os meses mais frios do ano. A unidade será referência para mais de 4 milhões de habitantes, que engloba a capital baiana e outros 46 municípios do entorno, reforçando a rede estadual de atendimento especializado.
Para o governador Jerônimo Rodrigues, a entrega do novo Hospital Octávio Mangabeira marca um avanço decisivo na saúde pública baiana. “Nós não abrimos mão de reconhecer o papel do SUS. Uma das nossas dificuldades é, justamente, conseguir profissionais especialistas. Aqui vamos ter. Para tratar câncer de cabeça, de pescoço. Vamos fazer transplantes de pulmão. E fazemos isso com coragem, de dizer que o estado brasileiro garante isso à população”, enfatizou.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou a importância da articulação entre os governos federal e estadual. “A reabertura do Octávio Mangabeira simboliza o que defendemos desde o início: políticas públicas articuladas que colocam a saúde em primeiro lugar. A Bahia segue entregando equipamentos que impactam positivamente a vida das pessoas”, disse.
Já o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, relacionou a entrega ao esforço nacional de ampliação do acesso a especialistas no Sistema Único de Saúde. “O hospital está ainda mais preparado para os atendimentos especializados. A nova estrutura conta com uma boa UTI, que ajuda a dar celeridade às cirurgias, reduz o tempo de espera, para quem está esperando a cirurgia. E esse hospital fará muita diferença nas cirurgias oncológicas. Essa parceria [Governo Federal e Estadual] é muito forte para garantir atendimento especializado na Bahia”, disse Padilha.
A secretária da Sesab, Roberta Santana, pontuou que a obra alia modernização assistencial e valorização da história sanitária do estado. “O hospital está 100% adaptado às normas sanitárias atuais, com equipamentos de última geração e capacidade plena de atendimento. É um marco não apenas pela estrutura física, mas pela capacidade de resposta a um momento crítico da saúde pública”, declarou.
Modernização
Originalmente erguido em 1942 como um local de atendimento para pacientes com tuberculose, a restauração respeitou suas características arquitetônicas originais, ao mesmo tempo em que o adequou às exigências sanitárias do século 21. Esta é a primeira grande modernização da unidade em mais de 80 anos.
Em 2025, os dados indicam uma queda expressiva nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em comparação com o mesmo período de 2024. Até maio, foram notificados 4.470 casos em todo o estado, contra 5.930 casos no ano anterior, uma redução de 24,6% nos casos.
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