Economia
Produção mineral cresce na Bahia
A mineração nacional caiu 9% e a baiana cresceu 26%

No primeiro semestre de 2022, a produção mineral baiana registrou um aumento de 26% enquanto a brasileira sofreu uma queda de 9%, na comparação ao mesmo período de 2021. Com relação à arrecadação de CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral), a Bahia registrou crescimento de 33%, já no Brasil houve uma queda de 26,5%. Os dados constam no relatório divulgado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), que também aponta o recuo no faturamento nos estados de Minas Gerais e Pará, primeiro e segundo maiores produtores de minérios do país.
O crescimento da Bahia é atribuído à diversidade de substâncias comercializadas. Atualmente, existem 47 tipos de minerais produzidos no estado. “Os resultados registrados pelo IBRAM são motivo de comemoração. Nos primeiros seis meses de 2022, a mineração baiana alcançou R$ 5,2 bilhões em faturamento, ou seja, um bilhão e 100 mil reais a mais do que foi contabilizado no mesmo período do ano passado, quando o faturamento foi de R$ 4,1 bilhões. Enquanto os nossos índices são positivos, em Minas Gerais houve queda de 26% no faturamento e o Pará despencou mais ainda, com 37%. Já na arrecadação de CFEM eles caíram 27,8% e 39,3%, respectivamente. É nesse cenário que a Bahia mostra o potencial que tem e a gente espera que as empresas e os investidores continuem atentos para isso”, diz Antonio Carlos Tramm, presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM).
Investimentos a todo vapor
Para especialistas, investimentos continuados são fundamentais diante dos avanços tecnológicos e das demandas dos mercados nacionais e internacionais, além da adequação aos modelos de gestão socialmente responsáveis e economicamente sustentáveis.
Segundo os levantamentos do IBRAM, do volume de investimentos nacionais 15% são da Bahia, o Pará fica com 11% e Minas com 27%, considerando recursos privados e públicos, que estão em execução e os que estão previstos até 2026. Entre as empresas que estão investindo na mineração baiana está a Equinox Gold, que é parceira da CBPM. A mineradora investiu mais de 100 milhões de dólares na construção de uma nova planta industrial na cidade de Santaluz, a 212 km de Salvador, e tem a expectativa de produzir três toneladas de ouro por ano.
Segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), o ouro foi responsável por 5,2% da arrecadação de CFEM por substância no país, no primeiro semestre deste ano, na sequência vem o cobre, com 4,7% e o alumínio, com 2,3%. O minério de ferro, sozinho, foi responsável por 71% do imposto arrecadado, as demais substâncias compõem os outros, 16,9% do total.
FIOL é solução logística
A BAMIN, que produz minério de ferro na cidade de Caetité, distante 645 km de Salvador, é responsável por um dos mais importantes investimentos que estão sendo realizados pelo setor minerário baiano. A mineradora está construindo o novo corredor logístico de integração Oeste-Leste e de exportação. No projeto de logística executado pela empresa está o Porto Sul, que fica em Ilhéus, e o primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), que ligará Caetité a Ilhéus. Além do escoamento das cargas de minérios para a exportação, o novo corredor vai beneficiar o agronegócio baiano, as comunidades do entorno e outros setores da economia.
A obra foi arrematada em leilão do Ministério da Infraestrutura, em abril de 2021, e o contrato foi assinado em setembro. O total de recursos injetados pela BAMIN na construção da ferrovia é de R$ 3,3 bilhões. A previsão é de que a FIOL comece a operar em 2026, a vigência da subconcessão é de 35 anos, sendo cinco para construção e 30 anos para exploração.
“Todo investimento em solução logística é imprescindível. Com todo potencial que a Bahia tem, é inadmissível a falta de um transporte ferroviário, que tem a possibilidade de transportar maiores quantidades de produtos, de forma mais segura e rápida. A FIOL vai gerar redução de custos e garantir maior competitividade para as empresas. A integração ferroviária ao Porto no Sul do estado vai tornar mais eficiente o escoamento das produções e, consequentemente, vai gerar mais emprego e renda na região”, salienta Tramm.
A VLI não quer renovar. Por quê?
Quando o assunto é ferrovia na Bahia, logo vem à tona a questão da VLI/FCA, que durante os mais de 20 anos de concessão acumula queixas pelo abandono das vias, extinção de trechos, entre outros prejuízos causados ao estado. Nesta semana, durante uma reunião promovida pela FIEB (Federação das Indústrias do Estado da Bahia) o secretário nacional de transportes terrestres, do Ministério da Infraestrutura, apresentou, juntamente com a VLI, uma proposta na qual a concessionária devolverá todos os trechos localizados na Bahia e que renovará apenas a concessão das vias de interesse da própria empresa em outros estados. Com isso, a empresa ficará responsável pela manutenção da malha ferroviária até 2026, quando termina o atual contrato. As intenções foram recebidas com surpresa, porque durante dois anos a VLI tentou obter a prorrogação antecipada da concessão da FCA.
Nesse acordo entre a VLI e o Ministério de Infraestrutura está previsto o pagamento de uma indenização ao governo pelos trechos que serão devolvidos e que os recursos serão aplicados na construção de dois ou três trechos. Entre eles, estaria a viabilização do trecho sul da FCA, que liga Brumado ao Porto de Aratu. “Mas, quem garante que isso será de fato realizado? Como é que podemos concordar com uma proposta em que não há garantias para a Bahia, que já foi tão prejudicada pela falta do transporte de ferroviário”, questiona Tramm.
O presidente da CBPM defende que seja feito um levantamento do valor dos prejuízos que a Bahia teve durante as mais de duas décadas de concessão da FCA/VLI e que seja apresentado um compromisso formal sobre a aplicação dos valores que a empresa pretende disponibilizar.
“Primeiro, a concessionária recebeu a ferrovia com trens, trilhos, vagões, locomotivas, estações e oficinas em funcionamento, então, ela tem de devolver tudo isso funcionando. Segundo, existe um prejuízo para o estado, que ficou sem operar o trem durante o período em que a VLI é responsável – o prejuízo do lucro cessante. Tudo isso precisa ser levado em consideração e o que se espera são as garantias. Porque os governos mudam, então é preciso, inclusive por escrito, a indicação do responsável pelo cumprimento de tudo que está sendo proposto, ou seja, que a VLI execute o que está se propondo a realizar”, finaliza.
Economia
Shopping Piedade tem horário diferenciado durante o Carnaval
A mudança de horário já começa nesta quinta (27), com a abertura oficial da folia, com a entrega da Chave da Cidade ao Rei Momo

No período do Carnaval o Shopping Piedade terá horário de funcionamento diferenciado. Nesta quinta-feira (27), acontece a abertura oficial da folia, no Campo Grande e o funcionamento será das 9h às 18h. Na sexta-feira (28) shopping também abre das 9h às 18h, fechando duas horas mais cedo. De sábado a terça-feira, 1° a 4/3, o empreendimento estará fechado. Na Quarta-Feira de Cinzas, 5/3, o funcionamento será a partir das 12h até às 20h, voltando a funcionar normalmente na quinta-feira, 6/3, das 9h às 20h.
SERVIÇO
Horário de Funcionamento no Carnaval | Shopping Piedade
- 27 e 28/02: Aberto das 9h às 18h
- 1° a 04/03: Fechado
- 05/03 (quarta de cinzas): Aberto das 12h às 20h
- 06/03: funcionamento normal
Economia
Vice-presidente do Sinduscon-BA participa da Canton Fair em São Paulo
Durante o evento, Angelo Simões reforçou o compromisso de ampliar as relações comerciais e explorar novas parcerias

O vice-presidente do Sinduscon-BA e Presidente da Coopercom, Angelo Simões, esteve presente no evento de promoção da 137ª edição da Canton Fair, realizado recentemente em São Paulo. A Canton Fair, reconhecida como a maior feira multissetorial do mundo, oferece uma plataforma abrangente para empresas brasileiras acessarem diretamente fabricantes chineses, facilitando negociações.
Acompanhado por Wando Barbosa, representante da Bahia Eventos —empresa parceira do Sinduscon-BA na organização da Construnordeste —Simões dedicou-se a avaliar oportunidades estratégicas para fortalecer tanto a Construnordeste quanto a Coopercom. Além disso, o Sinduscon Bahia planeja organizar uma Missão Técnica para que os associados do Sinduscon-BA participem da próxima edição da Canton Fair em Guangzhou, China, visando aproximar empresários do setor da construção civil às inovações e tendências do mercado internacional.
Durante o evento, Angelo Simões também foi recebido por executivos da China Trade, organização que desempenha um papel fundamental na promoção e facilitação de negócios entre empresas chinesas e brasileiras. A reunião com a China Trade reforçou o compromisso do Sinduscon-BA em ampliar as relações comerciais e explorar novas parcerias que beneficiem o setor da construção na Bahia e no Brasil.
Economia
Mercado do Rio Vermelho ganha novos estabelecimentos
Chamamento público atrai 13 novas operações e conta com a ampliação do box Pesqueiro, Tsuri Sushi Bar e do restaurante Catiguria

O Mercado do Rio Vermelho, equipamento administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), vai receber 13 novas operações, após o primeiro edital de chamamento público de 2025, que selecionou propostas para ocupação dos espaços comerciais disponíveis no equipamento. O ato de assinatura do Termo de Permissão Remunerada de Uso foi realizado nesta segunda-feira (10), pelo secretário Angelo Almeida, junto aos novos permissionários.
A ocupação terá o prazo de vigência de cinco anos, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período, nos termos do art. 24 do Decreto Estadual nº 21.196/2022.
O gestor da pasta destacou a importância da realização do edital e celebrou a atração das novas operações. “Atraímos 13 novos comércios que representam geração de empregos, movimentação econômica e diversidade para nossa Ceasinha, como é carinhosamente apelidada. Nesta gestão, liderada pelo governador Jerônimo Rodrigues, abriremos mais processos como este. É uma alegria contar com esse novo time que está chegando para somar com o Mercado. Com essas novas operações a praça de alimentação da Ceasinha está 100% ocupada e pronta para oferecer o melhor aos clientes e turistas”, afirmou.
Cultura e gastronomia presentes na Ceasinha
Com dois restaurantes de comida baiana em Portugal, a sócia-proprietária do restaurante Acarajé da Carol, Carolina Brito, decidiu empreender no Mercado do Rio Vermelho e afirmou estar realizando o sonho de voltar para casa, após 22 anos de muito trabalho em outro país com um projeto que respira a tradicional culinária baiana. A nova unidade vai comercializar moquecas, bobó de camarão e vegetariano, caldo de feijão, carne do sol com aipim, bolinho de estudante, manjar de coco e muito mais.
Com experiência no ramo desde os 19 anos e restaurante próprio desde 2018, Carol afirma que viu na Ceasinha um espaço perfeito para uma nova instalação. “É um local que reúne muito da nossa cultura, com artesanato, feira e agora, com a nossa chegada. Enxergo a Ceasinha como um local incrível: fica em um bairro de vida pulsante, em uma das principais avenidas da cidade, tem amplo estacionamento e potencial para receber bem soteropolitanos e turistas com segurança”, destacou.
Novas ampliações
O tradicional restaurante Catiguria vai ampliar sua operação, podendo multiplicar sua capacidade de produção e atendimento. O box Pesqueiro e o Tsuri Sushi Bar também terão suas atividades ampliadas. “Nossa intenção é ampliar o espaço, para dar mais conforto aos clientes que terão mais espaço para sentar-se, além disso, vamos expandir o delivery. Hoje a gente avalia que o Mercado do Rio Vermelho tem um potencial altíssimo. É o único mercado que oferece esse tipo de serviço e estrutura. A gente tem um fluxo bacana, principalmente de quinta a domingo, quando o local fica mais movimentado”, destacou Débora Dória, sócia-proprietária dos dois empreendimentos.