Infraestrutura
Obra do VLT do Subúrbio garante participação popular e geração de oportunidades
Uma comitiva de líderes comunitários do Subúrbio acompanhou os últimos ajustes técnicos e operacionais dos trens

A implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), maior obra de mobilidade urbana em execução no país, com gestão da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB) do Governo do Estado, não está transformando apenas a infraestrutura de Salvador e Região Metropolitana, mas também a geração de oportunidades para as comunidades locais e o envolvimento da população em cada etapa do projeto.
Nesta quarta-feira (10), uma comitiva com cerca de 20 líderes comunitários do Subúrbio da capital acompanhou, a convite da gestão estadual, os últimos ajustes técnicos e operacionais dos trens do novo modal e as instalações da fábrica da Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles (CAF), em Hortolândia, São Paulo, ao lado do governador Jerônimo Rodrigues.
“A presença da comunidade nesse processo é fundamental. Os líderes comunitários representam as vozes que vivem essa realidade diariamente. O VLT está sendo construído em diálogo com a população desde o início, porque é para ela que essa obra existe. Esse envolvimento fortalece a transparência da gestão pública e garante que as decisões estejam alinhadas com as reais necessidades da população”, afirmou o governador Jerônimo Rodrigues.
Ao lado de representantes da CTB e do Governo da Bahia, lideranças comunitárias têm acompanhado de perto cada fase do projeto. Essa atuação ativa reforça a transparência e cria um canal direto de comunicação com os moradores, garantindo que demandas locais sejam ouvidas e incorporadas.
“Essa ação é louvável, trazer a comunidade para ver com os próprios olhos que o VLT chegou, que os trens são muito bons e vão atender toda a população da região. Quem conviveu muitos anos com o antigo trem da Calçada, sempre sentiu falta de um equipamento mais moderno e mais sofisticado para circular com mais fluidez e velocidade. Com o VLT circulando em toda a Salvador, vamos levar em torno de 20 a 30 minutos para chegar ao nosso destino, ao invés de uma hora, fazendo esse percurso atualmente de ônibus”, assegurou Lázaro Conceição dos Santos, líder comunitário do bairro Lobato, no Subúrbio Ferroviário.
Vagão para pescadores e marisqueiras
Um exemplo disso é que, dentro do novo modal conhecido nesta quarta, alguns vagões passaram por adaptação para que as marisqueiras e pescadores possam transportar seus produtos de forma adequada e segura. Medida aprovada pela marisqueira, Geisa Britto, nascida e criada no Porto das Sardinhas, bairro de Plataforma. “Estou bem emocionada e muito feliz porque a gente vai poder transportar o nosso pescado com qualidade aqui. Parabéns, parabéns, parabéns mesmo ao Governo do Estado”.
A expectativa é que, com o avanço da obra, esse modelo de participação se consolide como uma prática permanente, aproximando o Governo da população e garantindo que o VLT não seja apenas uma grande obra de mobilidade, mas também um símbolo de cidadania e transformação social.
Empregabilidade local
Mais do que infraestrutura, o VLT já gera impacto direto na vida de quem mora nas regiões por onde o sistema vai passar. No Trecho 1, por exemplo, 60,86% dos trabalhadores contratados são moradores da área diretamente afetada pela obra, o que reforça a proximidade entre a intervenção urbana e a realidade local.
No total, o VLT emprega no trecho 1, 1.645 trabalhadores e no trecho 2, 494 trabalhadores. Nos trechos 2 e 3, o protagonismo baiano também se destaca: 97% dos trabalhadores e 57% são baianos, respectivamente, ampliando a geração de renda e valorizando a mão de obra local.
Infraestrutura
Trens do VLT do Subúrbio passam por últimos ajustes técnicos e operacionais
A primeira composição chegará em Salvador no início de dezembro

Mais uma etapa estratégica do cronograma de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Salvador e Região Metropolitana teve início nesta quarta-feira (10): estão sendo realizados os últimos ajustes técnicos e operacionais, além da pintura e plotagem de um dos trens do novo modal. A atividade foi acompanhada de perto, na fábrica da Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles (CAF), localizada em Hortolândia (SP), pelo governador Jerônimo Rodrigues e uma comitiva de lideranças comunitárias do Subúrbio de Salvador.
“A CAF nos deu como garantia que, no dia 5 de dezembro, esse trem chegará em Salvador totalmente pintado, com um design em homenagem ao subúrbio e à Bahia. No dia 10 de dezembro, já começam os testes estáticos, móveis. Depois disso, por exigência dos padrões técnicos, a CAF precisa de seis meses para fazer os últimos testes, enquanto isso, a CTB conduz a montagem dos trilhos finais para que a gente possa transportar gente já no segundo semestre de 2026”, explicou Jerônimo Rodrigues.
Na unidade da CAF — empresa espanhola especializada na fabricação e manutenção de trens, VLTs e metrôs — os veículos passaram por intervenções específicas, incluindo restabelecimento técnico-operacional, modernização e substituição de componentes desgastados, renovação da pintura, plotagem e testes de performance. As modificações atenderam às exigências do projeto baiano desenvolvido pela Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), assegurando eficiência, segurança e plena compatibilidade com o sistema metroferroviário local.
“Agora, estamos realizando os testes estáticos aqui na fábrica e depois eles vão ocorrer no mês de dezembro em Salvador, e, em seguida, [serão realizados] os testes dinâmicos. A CTB já está providenciando as vias para fazermos esses testes. O nosso objetivo como fabricante é ver os nossos trens operando”, destacou Renato Meirelles, presidente da CAF Brasil.
Dentro do projeto do novo modal, que se consolida como o maior empreendimento de mobilidade urbana em execução no país, alguns vagões passaram por adaptação para as necessidades do cliente local, no caso das marisqueiras e dos pescadores do Subúrbio de Salvador, que precisam transportar seus produtos de forma adequada e segura.
Presença da comunidade
Além de especialistas e autoridades, 20 líderes comunitários compõem a comitiva durante a visita à sede da CAF em Hortolândia. Na ocasião, conheceram o projeto do VLT, as instalações da fábrica e todo o trabalho realizado nos veículos. Dentre eles está Fátima Lima, nascida e criada no Quilombo Alto do Tororó, em São Tomé de Paripe, a marisquera representa a comunidade e fala da experiência de ver de perto os novos trens, e sobre o quanto a visita renova as esperanças de mais qualidade de vida para moradores do Subúrbio de Salvador.
“Vai mudar muita coisa, porque pegar um ônibus hoje é como se a gente estivesse em uma lata de sardinha. O pessoal trabalha, sai de manhã, chega de noite, precisa de um pouco mais de conforto e tranquilidade. Sem falar que pode gerar renda também, a partir dos pontos para que as pessoas que não têm trabalho formal possam vender suas iguarias, seus quitutes. O VLT chega pra gente se reinventar também”, conta a quilombola Fátima Lima.
Lázaro Conceição é líder comunitário nas localidades de Paripe e Fazenda Coutos e aposta na modernidade que o VLT traz para a região. “A gente que dependeu muitos anos do trem sempre sentiu essa falta, e a chegada do VLT, um equipamento mais moderno, mais sofisticado, vai sim trazer mais mobilidade. Hoje com trânsito do jeito que está, vamos circular com mais fluidez e mais rápido”, conta Lázaro.
Modelo dos trens
O trem do VLT de Salvador é do modelo URBOS 3, considerado um dos melhores do mundo devido à sua durabilidade, eficiência e conforto, com 1,9 mil unidades espalhadas em mais de 50 países, como Espanha e Austrália. O URBOS foi lançado em 2008 e é fabricado, até hoje, pela CAF.
No total, são 40 composições, cada uma delas formada por sete vagões, com duas cabines de comando nas extremidades e 45 metros de comprimento, de ponta a ponta. Internamente, é dotada de assentos confortáveis, poltronas com acessibilidade e comportam 400 passageiros, viajando a uma velocidade de até 70km/h, movidos à eletricidade.
Cronograma
A previsão é de que os trens comecem a chegar em Salvador a partir de 5 de dezembro de 2025 e os primeiros testes nos trilhos do Subúrbio realizados no início de 2026, conforme cronograma estabelecido.
Evolução do VLT
Com investimento de R$ 5,4 bilhões, o VLT de Salvador e RMS avança em ritmo acelerado. Com a extensão até o Comércio, o sistema terá 40 km de trilhos e 42 paradas. Até o momento, mais de 2 mil trabalhadores estão empregados no projeto, garantindo o cumprimento de prazos.
Em apenas 14 meses de início das obras, os serviços realizados nos Trechos 1, 2 e 3 já mostram avanços físicos significativos, superando os padrões médios de obras ferroviárias no Brasil. No Trecho 1, que liga a Calçada à Ilha de São João, a obra já apresenta 33,79% de avanço físico. Para efeito de comparação, o fornecimento dos trilhos costuma levar de 12 a 18 meses até o destino, enquanto os equipamentos elétricos demandam cerca de 24 meses para entrega.
“Estamos fazendo um investimento extraordinário de atividades tecnológicas, para revitalização dos trens. E para recebê-los temos que avançar com o trabalho na construção civil do empreendimento. Do ponto de vista de energia, já estamos instalando os primeiros sistemas da substação retificadora, para quando o trem chegar, começarmos os testes com a população, para que ela observe e vá criando uma nova rotina, uma nova esperança”, enfatizou Eracy Lafuente, presidente da CTB
No Trecho 2, que liga Paripe a Águas Claras, a obra apresenta avanço físico de 19,99%. A drenagem e proteção de taludes acompanham o ritmo da terraplenagem, avançando também nas intervenções para a duplicação da BA-528 e a implantação do VLT. Já no Trecho 3, que liga Águas Claras a Piatã, as obras civis registram 2,11% de avanço físico, com conclusão prevista para 2028.
O sistema contará ainda com Wi-Fi gratuito em 35 pontos, catracas automáticas, integração com o metrô por fibra óptica, além de câmeras com inteligência artificial e painéis digitais em tempo real, garantindo mais modernidade e uma revolução no transporte público da Bahia.
Infraestrutura
Embasa conclui obra de esgotamento sanitário na Av. ACM
Trânsito noturno na Av. ACM terá alterações para retirada de tubulações

A Embasa acaba de concluir a recuperação de uma das principais estruturas do sistema de esgotamento sanitário de Salvador. A intervenção, realizada na Av. ACM — uma das vias mais movimentadas da capital — contou com investimento de R$ 34 milhões e beneficia diretamente mais de 150 mil moradores da região.
Neste momento, a Embasa está realizando a retirada da rede provisória que foi montada para viabilizar a prestação do serviço de coleta de esgotos enquanto a obra era realizada. Até a primeira semana de setembro, a Embasa pede atenção especial aos motoristas que transitam à noite pela Av. ACM, na altura do bairro do Itaigara, devido à movimentação de equipamentos e maquinário pesado das 21h às 5h.
“Estamos viabilizando a retirada dessa rede provisória. São cerca de seis quilômetros daquelas tubulações azuis aparentes que foram instaladas paralelamente à via principal. Devido ao intenso tráfego de veículos na região, os serviços serão realizados sempre à noite e madrugada, já que usamos caminhão tipo munck para içar e transportar as tubulações, operação que precisa ocupar uma das faixas da pista”, explica a diretora de Operações da Embasa para a RMS, Joana Rolemberg.
A obra
O serviço consistiu na recuperação de um interceptor de esgoto, um grande encanamento subterrâneo que funciona como a “via expressa” do esgoto. Ele recebe os efluentes domésticos das redes menores e os conduz até a estação de condicionamento prévio, no Rio Vermelho. O trecho recuperado atende bairros como Pituba, Costa Azul, Boca do Rio, Stiep e Itaigara.
Durante a recuperação, foi aplicada uma manta de vidro de tecnologia alemã nas paredes internas da tubulação, aumentando a vida útil do equipamento. Com a conclusão do empreendimento, a Embasa garante a funcionalidade da estrutura por mais de 50 anos.
Melhorias no esgotamento da capital
A obra recém-concluída na Av. ACM integra um plano de modernização e melhoria do sistema de esgotamento sanitário na capital, que consiste na revitalização de grandes estruturas e ampliação de redes de esgoto e renovação de equipamentos e envolve investimento da ordem dos R$ 212 milhões neste tipo de intervenção.
Outra importante intervenção concluída este ano pela Embasa foi a recuperação de um interceptor de esgoto na Av. San Martin. A obra entregue em fevereiro garante, pelas próximas décadas, o bom funcionamento das redes coletoras em 22 bairros da capital, entre eles Paripe, Periperi, Plataforma, Lobato, Liberdade, Pirajá e Retiro. O investimento confere uma vida útil de, pelo menos, 50 anos ao equipamento.
Os bairros de Periperi e Piatã também estão contemplados no plano de modernização do esgotamento da capital, com obras de recuperação de interceptores de esgoto recém iniciadas. Mais intervenções em andamento na região da Boca do Rio e Pituaçu vão ampliar as redes coletoras também nesses bairros. As frentes de serviço estão concentradas na construção de uma nova estação elevatória para bombear os esgotos coletados na região, com previsão de conclusão até o final deste ano.
Infraestrutura
No Dia do Feirante, governador visita obras da Feira de São Joaquim
Atracadouro do Mercado de Peixes passará por obras de recuperação

A Feira de São Joaquim, maior centro de abastecimento popular da Bahia e símbolo da cultura baiana, é referência no comércio de alimentos e produtos típicos, atraindo consumidores, feirantes e turistas. Localizada às margens da Baía de Todos-os-Santos, o espaço passa por uma grande requalificação do Governo do Estado para oferecer mais conforto, organização e segurança. Nesta segunda-feira (25), Dia do Feirante, o governador Jerônimo Rodrigues visitou as obras e destacou a importância dos trabalhadores que movimentam a economia popular da Bahia. A segunda etapa da reforma tem a primeira entrega prevista para dezembro deste ano.
A fase atual inclui a construção de um galpão para carnes e vísceras, 16 blocos comerciais, estacionamento e um calçadão à beira da Baía. Serão entregues 157 novos boxes para açougues, restaurantes, produtos baianos, cereais e outros segmentos. Ao todo, a requalificação vai renovar mais de nove mil metros quadrados, com 407 boxes, 116 bancas e 53 pallets, em um investimento de cerca de R$ 41 milhões.
“Estamos muito felizes e ansiosos com essa mudança. A feira é a nossa vida, nosso sustento, e por muito tempo sonhamos com uma estrutura melhor. Agora teremos um espaço mais bonito, organizado e seguro, que vai atrair mais gente e melhorar nosso trabalho”, disse Zé do Bode, feirante há mais de 20 anos.
O governador ressaltou que a requalificação beneficia não apenas os trabalhadores, mas toda a cidade: “Esta obra melhora as condições de trabalho dos feirantes, garante mais conforto para quem compra e reforça a vocação cultural e turística da feira. Estamos preservando um patrimônio vivo, que movimenta a economia popular e representa a identidade da Bahia. Queremos manter a tradição, mas com mais segurança e infraestrutura”.
Obras estratégicas
Além da visita, o governador autorizou uma importante obra que vai melhorar a chegada de produtos ao mercado: a recuperação do atracadouro do Mercado de Peixes. A intervenção prevê a construção e instalação de um atracadouro flutuante no píer da feira, garantindo mais eficiência no transporte diário de grandes volumes de mercadorias. O investimento é superior a R$ 360 mil.
“A Feira de São Joaquim é um ícone da cultura baiana e um ponto turístico importante. Essas melhorias dão mais estrutura e segurança para os feirantes e tornam o espaço mais atrativo para visitantes e turistas”, afirmou o secretário de Turismo, Maurício Bacelar.
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