Cultura
MAM-Bahia amplia funcionamento aos sábados e domingos
O Museu de Arte Moderna da Bahia, ampliará os dias de visitas com a exposição ‘O Museu de Dona Lina’ aberta das 13h às 17h

Para atender aos pedidos e campanhas virtuais feitas por baianos e turistas, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-Bahia), ampliará os dias de visitas também para os sábados e domingos, com a exposição ‘O Museu de Dona Lina’ aberta das 13h às 17h, sendo que o Café SaladeArte e os Pátios externos ficam abertos das 12h às 19h30. Há 30 dias o MAM vinha abrindo só de terça a sexta-feira. O anúncio da ampliação do funcionamento acontece um mês depois da ‘Reabertura do MAM’ que ocorreu em 17 de agosto, Dia Nacional do Patrimônio Cultural.
“Desde agosto e depois do licenciamento das autoridades sanitárias planejamos uma reabertura gradual e por etapas”, esclarece o diretor do MAM, Pola Ribeiro. Inicialmente foram abertos os dois espaços expositivos com mostra em homenagem ao pensamento de Lina Bo Bardi (1914—1992). Paralelamente, abriu-se também o Café SaladeArte. Agora, nos próximos dias 25 e 26 a ampliação das visitas para os finais de semana e até o final do mês, a reabertura da sala de cinema. “Até o final de novembro será aberto ainda o Espaço Lina Bo Bardi como sala permanente dedicada a ela”, adianta o curador do MAM, Daniel Rangel. O Espaço Lina também terá exposições, ações educativas e outras atividades do museu que dialoguem com as ideias da arquiteta ítalo-brasileira.
De acordo com a coordenadora-geral do MAM-Bahia, Marília Gil, o museu obedece aos protocolos de segurança da Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde, das secretariais municipal e estadual de Saúde. “A temperatura é aferida na portaria e é obrigatório o uso de máscaras”, lembra Marília. A lotação é de 10 pessoas por vez na Capela e 30 no Casarão. O MAM dispõe de áreas externas que somam cerca de 2.500 m², possibilitando o distanciamento determinado pelas autoridades.
Visita virtual
Dentre os novos projetos, o MAM-Bahia lança nesta quinta-feira (23) a Visita Virtual da exposição ‘O Museu de Dona Lina’. Todos os internautas, mesmo sem estar em Salvador e de qualquer lugar do mundo vão conhecer em detalhes a mostra que propõe um diálogo entre a arte erudita (modernismo e contemporâneo) e a arte popular que para Lina deveriam estar ambas no mesmo patamar. A exposição reúne cerca de 250 obras do Acervo do MAM e da Coleção de Arte Popular Lina Bo Bardi da DIMUS/Solar Ferrão.
“A Visita Virtual tem qualidade técnica e possibilita que o internauta consiga passear nas áreas internas da Capela e do Casarão para ver de perto todas as obras expostas”, ressalta Daniel Rangel. Ele explica que as obras incluem pinturas, desenhos, esculturas, objetos, fotografias, serigrafias, instalações e até utilitários, produzidos por 76 artistas de diferentes gerações e contextos.
Domingo no MAM
No domingo (26) o museu promove o projeto-piloto do ‘Domingo no MAM’ com atrações para os visitantes, além da exposição, do café e do cinema já que o público do museu é bem eclético e formado por todas as idades. Das 14h30 até 16h30 acontece no Pátio da Mangueira a apresentação musical de Chorinho com o cantor, compositor e pesquisador, Enio Bernardes, e o grupo Choro Catado, formado por Washington Oliveira (cavaquinho), Daniel Rocho (violão), Enio (percussão) e Leandro Tigrão (flauta).
O ‘Choro Catado’ existe desde 2013 com várias formações, incluindo no seu repertório sucessos que mexem com a memória do público, como alguns de Pixinguinha (1897-1973), Chiquinha Gonzaga (1847-1935), Jacob do Bandolim (1918-1969) e tantos outros compositores brasileiros. “O choro ou chorinho surge no século XIX e é considerado a primeira música urbana tipicamente brasileira, ganhando ao longo dos anos reconhecimento, excelência e requinte”, lembra Enio. O Chorinho tem origens no lundu, ritmo de inspiração africana à base de percussão com mistura de gêneros europeus.
Yoga ao Pôr do Sol
Das 17h às 18h o Coletivo Ser Yoga (CSY) oferece aulas abertas de Hatha Yoga no Pátio do Pôr do Sol/MAM. A atividade é gratuita e qualquer pessoa pode participar desde que traga o seu tapete ou emborrachado para praticar os exercícios. Como o Pátio dispõe de mais de 1.600 m² os participantes poderão manter o distanciamento determinado pelas autoridades.
“O nosso Coletivo reúne professores capacitados ao método tradicional do Hatha Yoga, através do YogaBahia (SSA, BA), do IEPY (Instituto de Ensino e Pesquisas em Yoga, SP), e o Instituto de Kaivalyadhama (Lonavla Índia)”, relata Telma Bunni, uma das professoras. Segundo Victoria Goulart, outra das organizadoras, o Yoga é um sistema prático/filosófico indiano com cerca de 4.000 anos de existência que objetiva a união do homem material e espiritual. “Queremos colocar em prática o significado da palavra ‘Yoga’, que é união”, conclui Victoria.
A entrada e o estacionamento (capacidade p/mais de 50 veículos-passeio) no MAM-Bahia são gratuitos. Mais informações: acompanhe nossas redes sociais (instagram e facebook) ou via telefone (71) 31176132, com atendimento das 9h às 12h e das 13h às 15h. O MAM é vinculado ao Instituto do Patrimônio (www.ipac.ba.gov.br/museus) da Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBA).
Cultura
Milagres realiza a tradicional Festa dos Vaqueiros
Durante a agenda, foram entregues uma van para o Transporte Fora do Domicílio (TFD), uma retroescavadeira, além de um ônibus escolar

O município de Milagres recebeu, neste domingo (27), a visita do governador Jerônimo Rodrigues, que participou da tradicional Festa dos Vaqueiros, manifestação cultural de grande relevância para a região. As celebrações tiveram início com uma caminhada e, na sequência, uma missa no Santuário de Nossa Senhora de Brotas, presidida pelo bispo Juracy, reunindo vaqueiros, romeiros, famílias e representantes da comunidade local. A celebração também foi dedicada ao sétimo dia de falecimento do Papa Francisco.
A agenda também serviu para reforçar as ações que integram o compromisso do Governo do Estado com o fortalecimento dos serviços públicos e a valorização da cultura regional. Durante a agenda, foram entregues, respectivamente, por meio das secretarias de Saúde (Sesab), Educação (SEC) e Desenvolvimento Rural (SDR), via Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional CAR), uma van para o Transporte Fora do Domicílio (TFD), que garantirá conforto e segurança aos pacientes que necessitam realizar tratamentos em outras localidades; uma retroescavadeira, equipamento que irá reforçar a infraestrutura e os serviços urbanos e rurais da cidade, além de um ônibus escolar para a comunidade estudantil.
A tradicional Festa dos Vaqueiros de Milagres, que ocorre desde sexta-feira (25) até este domingo, é reconhecida como uma das maiores celebrações populares do interior da Bahia. O evento presta homenagem aos vaqueiros e à rica cultura nordestina, reunindo milhares de pessoas e impulsionando o turismo e a economia local. A programação inclui a missa dos vaqueiros na Igreja Matriz Nossa Senhora de Brotas, desfile, almoço com lideranças regionais e grandes shows artísticos. Além disso, o público pode desfrutar de comidas típicas, cavalgada e muito forró tradicional, reforçando os laços culturais da região. A festa conta com o apoio do Governo do Estado, por meio da Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur), que é vinculada a Secretaria de Turismo (Setur-BA).
“Estou muito feliz de estar aqui, além da celebração, a cidade está em festa, uma festa religiosa, festa do vaqueiro, essa cultura que também me alegra bastante. Agora há pouco, entregamos equipamentos agrícola e da saúde. Parabenizar o prefeito e a todos os participantes e dizer ainda que hoje vim cumprindo um convite do prefeito, mas voltarei para que a gente possa realizar entregas e fazer novos anúncios”, acrescentou o governador Jerônimo Rodrigues que, após a missa, seguiu a cavalo acompanhando o cortejo pela cidade.
Durante a caminhada, o secretário de Turismo, Mauricio Bacelar, acrescentou: “nós temos trabalhado a cultura da Bahia para incrementar a atividade turística. Hoje, aqui, é a cultura rural, bastante forte em todo o estado da Bahia. Vamos agradecer a Nossa Senhora dos Milagres por tudo que tem operado pelos vaqueiros, pelo povo de Milagres, mas também por todos os baianos. É a valorização dessa cultura baiana que colocou a Bahia na liderança do turismo brasileiro”.
A aposentada, Nilda Nascimento, moradora do distrito de Pedra Branca de Orobó, no município de Valença, expressou a sua alegria como devota e estar participando pela primeira vez da celebração. “Festa maravilhosa e estou muito realizada por estar aqui. Estou pedindo um milagre a Nossa Senhora de Brotas e sei que irei alcançar, além de muitas bençãos para minha família”. Falou ela que levou dois netos e é mãe de 14 filhos.
Já o vaqueiro Oscar Dias, morador do distrito de Catu, em Milagres, ressaltou a importância da vida de vaqueiro e do festejo na cidade. “A tradição da gente aqui é boa. A vida do vaqueiro é uma vida boa. Todo ano nós estamos aqui. Vim agradecer e fazer uns pedidos também”.
A presença do chefe do Executivo estadual reafirma o compromisso do Governo do Estado com políticas públicas que aliam desenvolvimento social e econômico ao reconhecimento e preservação das tradições culturais do povo baiano. O evento contou também com a participação do secretário de Relações Institucionais, Adolfo Loyola, deputados(as) e outras autoridades.
Cultura
Governo do Estado investe R$26 milhões na Micareta de Feira
O apoio será na infraestrutura com ações na saúde, segurança e proteção para os foliões e na contratação de grandes atrações

Nesta sexta-feira (25), durante evento realizado no Teatro de Feira de Santana, o Governo do Estado anunciou, por meio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA), o apoio à Micareta de Feira 2025, o mais tradicional carnaval fora de época do país. Serão investidos R$ 26 milhões na infraestrutura com ações na saúde, segurança e proteção para os foliões. Deste total, R$7,5 milhões vão financiar a contratação de grandes atrações que fazem parte da grade anunciada pela prefeitura, além de apoiar o desfile de entidades afro por meio do programa Ouro Negro e da instalação de um palco dedicado a artistas locais.
A festa começa já neste fim de semana, com a realização da pré-micareta organizada pela Secult-BA. O esquenta para a festa oficial será nos distritos São José e Ipuaçu, que ficam a cerca de 15 quilômetros de Feira de Santana. No sábado (26), a folia acontece em São José com as apresentações de Tony Salles, Cescé Amorim e Paula Sanffer. No domino (27), é a vez do distrito de Ipuaçu, onde vão se apresentar Gelmix e Banda, Theuzinho e Belito.
“Estamos democratizando cada vez mais a festa, com atrações e ações muito importantes, numa rede de serviços que o Governo do Estado vem, investe e oferece para que a micareta seja boa para todas as pessoas”, iniciou o secretário da Cultura, Bruno Monteiro.
Para a micareta deste ano, que começa no dia 1° e segue até 4 de maio, a Secult-BA garantiu a apresentação de 14 entidades afro que tiveram os desfiles financiados pelo Programa Ouro Negro. O edital Ouro Negro promove a participação de instituições culturais de matrizes africanas, especificamente afros, afoxés, samba, reggae e blocos de índios, no Carnaval da Bahia e em Festas Populares de todo o estado. Na programação, destacam-se os blocos Quilombo, primeira agremiação de reggae a desfilar na Micareta de Feira e o Flor de Ijexá, que, este ano, completa 44 anos.
E atendendo ao pedido de moradores e da classe artística da cidade, a Secult-BA preparou um palco especial para receber apresentações de bandas e cantores locais. A Secretaria também vai apoiar o desfile do tradicional bloco Zero Hora, que reúne profissionais da imprensa, convidados e representantes da cultura feirense. O bloco, conduzido por uma banda de fanfarra, vai ocupar as ruas do circuito Maneca Ferreira na quarta-feira (30), um dia antes da abertura oficial da micareta. A concentração será em frente ao Centro de Cultura Amélio Amorim. O bloco da Polícia Militar, que desfilará com a banda Parangolé, e o Bloco dos Trabalhadores, cuja atração ainda não foi definida, também receberão apoio da Secult-BA.
“A prefeitura tem esse desafio de fazer a festa, mas todo apoio é bem-vindo. Então, nós agradecemos ao Estado e tenho certeza de que juntos faremos uma grande micareta, com muita arte e alegria”, disse o secretário de Cultura de Feira de Santana, Cristiano Lobo, ao destacar que essa colaboração mútua vai fortalecer a festa.
“Esse ano nós estamos trabalhando em cooperação com a prefeitura municipal, entendendo que esse trabalho integrado vem se somar, fortalece cada vez mais a festa e quem ganha com isso é a população de Feira de Santana e os turistas que vem nos visitar nesses dias”, completou Bruno Monteiro.
Pré-micareta
Os shows da pré-micareta começam às 15h neste final de semana. Uma das atrações mais esperadas é o cantor Tony Salles, representante do pagode baiano que faz o público vibrar com seu grito de guerra: “O pai chegou!”. Em setembro de 2024, Tony anunciou sua carreira solo depois de anos de história em bandas como Parangolé e Cafuné. Na playlist dos fãs, não pode faltar o hit “Perna bamba”.
Outra estrela de destaque é Theuzinho. Como jovem promessa do arrocha e um sucesso de engajamento nas redes sociais, vai embalar corações apaixonados com sua sofrência em hits como “A favela tá gostosa” e “Não Tente me Impedir”. A programação do carnaval fora de época foi organizada também para valorizar artistas locais que enriquecem a cultura de Feira de Santana, como Paula Sanffer, que ficou nacionalmente conhecida depois de participar do programa The Voice e ter passagens marcantes pelas bandas Timbalada, Timbaladies e Mukindala.
“A pré-micareta de Feira de Santana é um projeto iniciado pelo Governo do Estado desde o ano passado. É uma forma de aproximarmos a micareta de comunidades que ficam mais distantes do circuito oficial da folia. São locais que merecem ser contagiados com esse clima de celebração, além de ser uma alternativa para aquecer a economia dos trabalhadores e trabalhadoras da cultura que moram nesses distritos”, comentou o secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro.
A pré-micareta é realizada pelo Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (SecultBA), e marca um trabalho de parceria com a Prefeitura Municipal de Feira de Santana, que organiza a Micareta de Feira de Santana.
Serviço
- Pré-micareta de Feira
Quando: 26 e 27 de abril (sábado e domingo)
Onde: São José e Ipuaçu, distritos de Feira de Santana
Cultura
Feira Artesanato da Bahia – Edição Indígena acontece até domingo (27)
Ocupando a área externa do Museu de Arte da Bahia (MAB), no Corredor da Vitória, o evento integra o Abril do Artesanato Indígena

“Cada peça que faço carrega a memória do meu povo, a história do meu território.” É assim que Cicilha Pataxó, artesã e estudante de medicina da UFBA, define sua relação com o artesanato. Ela é uma das 30 artesãs e artesãos que participam da Feira Artesanato da Bahia – Edição Indígena, que acontece até domingo (27), na área externa do Museu de Arte da Bahia (MAB), no Corredor da Vitória, em Salvador. O evento integra o Abril do Artesanato Indígena, promovido pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). “O artesanato é também o que me ajuda a continuar na universidade e a viver em Salvador, uma cidade difícil para quem vem da aldeia”, afirma.
A feira celebra as expressões artísticas dos povos originários em um mês dedicado à sua valorização e reúne representantes dos povos Tupinambá, Tumbalalá, Pataxó Hã-Hã-Hãe, Kariri-Xocó, Xuku-Kariri, Kiriri, Pataxó, Tuxá, Xukurú, Funiô, Kaimbé, Tapuya e Tuxi. Quem visitar o espaço poderá dialogar diretamente com os criadores e adquirir peças únicas, que unem tradição e criatividade em uma variedade de técnicas e materiais nativos. São adornos corporais com sementes, maracás, colares, cerâmicas com pigmento de tauá, entalhes em madeira, trançados em fibras naturais, instrumentos musicais e muito mais.
Para o titular da Setre, Augusto Vasconcelos, a Feira Artesanato da Bahia – Edição Indígena reforça o compromisso com o fomento às atividades que valorizam o trabalho dos povos originários: “O apoio ao artesanato indígena é uma forma concreta de gerar renda, fortalecer identidades e preservar saberes que são patrimônio imaterial do nosso estado. É também uma forma de dar visibilidade ao protagonismo desses povos na economia criativa baiana”.
A secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais, Ângela Guimarães, destaca o valor simbólico e político do evento. “Celebrar a arte indígena é também reconhecer a resistência desses povos. O que vemos na feira é a continuidade de práticas ancestrais que se mantêm vivas por meio das mãos dessas mulheres e homens que transformam o cotidiano em arte.”
Além da exposição e comercialização das peças, a feira propicia trocas culturais entre os visitantes e os artesãos. “É importante ter espaços como esse, onde podemos mostrar nosso trabalho sem intermediários, contando nós mesmos o que está por trás de cada peça”, afirma o artesão Nininha Kiriri, que trabalha com esculturas de argila que aprendeu com a avó aos oito anos de idade.
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