Meio Ambiente
Recuperação dos Recifes de Corais ganha destaque internacional
A atividade teve como objetivo registrar as ações do ‘Projeto Mares’, que busca recuperar recifes de corais na região
Em uma ação voltada para a conservação dos recifes de coral, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) participaram, neste sábado (26), de uma expedição na Ilha Itaparica, em Mar Grande, no município de Vera Cruz, em parceria com o Consulado Francês e a ONG PRÓ-MAR. A atividade teve como objetivo registrar as ações do ‘Projeto Mares’, que busca recuperar recifes de corais na região. A expedição foi acompanhada por uma equipe da assessoria de comunicação da Embaixada da França, vinda de Recife, que registrou imagens e depoimentos para apresentar os resultados do projeto na primeira Conferência da ONU sobre Oceanos, que acontecerá em Nice, na França, em junho deste ano.
O Projeto Mares se destaca por utilizar corais invasores da espécie coral-sol como base para a regeneração de corais nativos da costa baiana, promovendo a restauração ecológica de maneira criativa e sustentável.
Presente na ação, o diretor de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, Tiago Porto, destacou que, desde 2024, a Secretaria e o Inema vêm fortalecendo a parceria com a ONG PRÓ-MAR.
“A ONG desenvolveu uma experiência inovadora de restauração de corais, removendo o coral-sol, uma espécie invasora, e utilizando seu cimento para criar blocos onde plantam corais nativos. Essa ação tem gerado uma “fazenda de corais”, promovendo a formação de um novo ecossistema. A Sema e o Inema acompanham essa iniciativa para avaliar seus resultados e, futuramente, expandi-la para outras regiões. Além disso, buscamos capacitar nossos servidores para fortalecer o gerenciamento costeiro na Bahia, reconhecendo sua importância estratégica”, reiterou Porto.
O assessor técnico da Diretoria de Sustentabilidade e Conservação (DISUC) do Inema, Túlio Rego, comentou sobre a importância desse projeto para o estado e reforçou a relevância de apoiar iniciativas voltadas à conservação dos oceanos.
“É uma honra participar desta campanha promovida pelo Consulado Francês, que valoriza a cooperação entre França e Brasil em prol da preservação marinha. A nossa Coordenação de Gestão de Unidades de Conservação tem acompanhado de perto esse projeto, inclusive autorizando pesquisas em unidades de conservação administradas pelo Inema, como a que trata da restauração do coral-de-fogo e do combate ao coral-sol. Além disso, esse projeto oferece a oportunidade de envolver as comunidades do entorno, promovendo a capacitação local e podendo ser integrado a outros programas de governo, como o Pagamento por Serviços Ambientais, fortalecendo ainda mais a proteção dos nossos ecossistemas marinhos”, afirmou Túlio.
Importância do Projeto Mares
Zé Pescador, um dos fundadores e coordenador de projetos da PRÓ-MAR, salientou o quanto o projeto é fundamental para a recuperação dos recifes de corais.
“O que estamos fazendo aqui é restaurar o ecossistema, criando um ambiente mais saudável para atrair seus moradores naturais — peixes, crustáceos, moluscos. Esse trabalho gera impactos positivos não apenas na região, mas para o planeta como um todo, ajudamos a capturar carbono da atmosfera, promovemos a biodiversidade, beneficiamos a pesca, impulsionamos o turismo regenerativo, e fortalecemos a conexão das pessoas com a natureza”.
Zé também destacou que o projeto se integra com outras iniciativas, levando educação e conscientização para as comunidades locais sobre a importância dos recifes focando no desenvolvimento social, ambiental e econômico — o verdadeiro tripé da sustentabilidade. “É uma grande felicidade ver que, com soluções simples e inovadoras, conseguimos recuperar, de forma prática e eficaz, ambientes que vêm sendo degradados há séculos”, acrescentou.
Iniciativa baiana sendo referência mundial em preservação ambiental
“Os pescadores daqui são verdadeiros pioneiros na proteção dos recifes de corais da Baía de Todos-os-Santos (BTS)”, ressaltou o Consul Honoraire de France à Salvador, Bernard Greck. Ele também destacou que em outubro de 2024 o embaixador Olivier Poivre d’Arvor, representante da França na ONU, esteve aqui para conhecer o Projeto Mares.
“No início de junho, haverá um evento da ONU em Nice, no sul da França, e o embaixador Olivier Poivre d’Arvor convidou o Projeto do Zé Pescador e representantes da Bahia para apresentar essa importante iniciativa de preservação do meio ambiente marinho da BTS. Hoje estamos aqui com a equipe do Consulado da França de Recife, realizando filmagens das atividades deste Projeto, para divulgar essa ação, fortalecer essa parceria franco-brasileira e reforçar o compromisso com a preservação dos oceanos, um desafio global frente ao aquecimento climático”.
No Brasil, algumas iniciativas são pioneiras no cultivo de corais, como o Projeto Mares, na Ilha de Itaparica, que iniciou seu cultivo e pretende restaurar uma aérea de 1,5km2 do Recifes das Pinaúnas.
Meio Ambiente
Moradores denunciam bloqueio ilegal de acesso à praia em Camaçari
O acesso utilizado pelos moradores do Condomínio Aldeias de Jacuípe foi bloqueado de forma abrupta e sem aviso prévio
Uma cerca de zinco instalada de forma abrupta e sem aviso prévio bloqueou, nesta sexta-feira (10), o acesso tradicional à praia utilizado há décadas pelos moradores do Condomínio Aldeias de Jacuípe, gerando revolta e mobilização da comunidade local.
Segundo relatos dos moradores, a estrutura foi colocada por um homem que se apresenta como proprietário da área e afirma que não permitirá mais a passagem pelo caminho histórico que liga o condomínio à faixa litorânea. A atitude, considerada arbitrária e potencialmente ilegal, acendeu o alerta entre os residentes, que imediatamente acionaram a administração do condomínio.
A gestão condominial, em conjunto com os moradores, já protocolou denúncias formais junto à Prefeitura de Camaçari e aos órgãos ambientais competentes, exigindo a apuração rigorosa do caso. A principal reivindicação é que o suposto proprietário apresente documentos que comprovem a posse legítima do terreno, além das licenças ambientais e o alvará de construção exigidos por lei.
A comunidade cobra transparência das autoridades e o cumprimento da legislação que garante o acesso público às praias — um direito constitucional frequentemente ameaçado por ações privadas que ignoram o interesse coletivo.
Enquanto aguardam uma resposta oficial, os moradores permanecem mobilizados e denunciam o que consideram uma tentativa de privatização indevida de um espaço público. O caso levanta questões sobre a fiscalização do uso do solo na região e sobre o papel do poder público na proteção dos direitos da população.
Meio Ambiente
Projeto apoiado pela Embasa recupera nascentes no oeste baiano
Ações acontecem na microbacia do córrego do Borrachudo, em Cotegipe
Em mais uma iniciativa de incentivo à sustentabilidade e à preservação ambiental, a Embasa uniu esforços ao projeto Nascentes do Oeste para recuperar 20 nascentes na cabeceira do córrego do Borrachudo, no município de Cotegipe.
Para reduzir o assoreamento do córrego, a Embasa implantou nove caixas de infiltração em locais identificados como fontes de sedimentos. Essas estruturas, chamadas de barraginhas, foram projetadas para controlar a intensidade e o volume das enxurradas, prevenindo a erosão do solo e a formação de voçorocas, que são grandes buracos no solo causados pela erosão.
De acordo com o gerente regional da Embasa, Marcos Rogério Moreira, as barraginhas são essenciais para a captação da água da chuva, permitindo sua infiltração no solo e contribuindo para a revitalização do lençol freático. “Essa ação resultará em um aumento no fluxo de água das nascentes, além de promover a conservação do solo e da água, proporcionando uma série de benefícios socioambientais”, afirmou.
Além das caixas de retenção, a Embasa colaborou com o cercamento de três quilômetros de área de proteção permanente para proteger a vegetação e restringir a presença de gado na área, para pastoreio.
A ação integrou as atividades da Semana do Cerrado, que aconteceu entre 8 e 11 de setembro, e foi realizada em parceria com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, e os moradores da comunidade.
Meio Ambiente
Baixa umidade na Bahia aumenta risco de queimadas e exige atenção redobrada
O Inema informou que, nos próximos dias, essa condição persistirá em cidades do Oeste, Vale do São Francisco, Sudoeste, Chapada Diamantina e Norte do estado
O serviço de meteorologia do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) informou que nos próximos dias a baixa umidade que atinge a Bahia, persistirá em cidades do Oeste, Vale do São Francisco, Sudoeste, Chapada Diamantina e Norte do estado.
Essa condição é causada pela influência de um sistema de alta pressão, que torna o tempo mais estável, deixa o céu com poucas nuvens e favorece a elevação da amplitude térmica, além da redução de vapor d’água na atmosfera.
“Esse sistema favorece a elevada da amplitude térmica (diferença entre as temperaturas máximas e mínimas), que tornam madrugadas e início do dia mais frio e tardes quentes, além da redução do vapor d’água na atmosfera e baixa umidade relativa do ar na maioria das regiões do estado”, explicou a meteorologista Cláudia Valéria.
De acordo com Cláudia, a condição deve se manter. “A baixa umidade nessas regiões do estado, deve permanecer predominando ao longo dos próximos 14 dias”, destacou.
A condição pode agravar condições respiratórias como asma e bronquite, além de causar desconfortos gerais, como irritação nos olhos e ressecamento das vias respiratórias. Por isso, é recomendável adotar medidas preventivas, como manter-se hidratado, utilizar umidificadores e evitar atividades físicas intensas durante as horas mais quentes do dia.
Risco ambiental
Além dos riscos à saúde, quando se consideram os elementos ambientais isoladamente, a baixa umidade é um dos mais importantes fatores na propagação das queimadas nas épocas secas. Por isso, o Inema reforça a orientação de não utilizar fogo para limpeza de terrenos e áreas agrícolas neste período, já que a combinação de calor, secura e vegetação seca facilitam o alastramento das chamas.
Além disso, o Governo do Estado publicou a Portaria nº 33.788 de 16 de setembro, que suspende a emissão das Declarações de Queima Controlada (DQC), e os efeitos das emitidas antes da publicação da mesma. A medida busca conter o uso do fogo e reduzir os riscos de incêndios florestais.
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