Ciência
Câncer de mama: exercício físico reduz em 40% o risco da doença, diz estudo
Mulheres que fazem acima do recomendado, de quatro a mais vezes por semana, as chances podem chegar em até 41%

Praticar exercício físico ajuda a diminuir as chances de desenvolvimento de câncer de mama, segundo descobriram cientistas da Universidade de Charles, na república Tcheca. Eles constataram que mulheres que fazem exercícios físicos três vezes por semana tem até 38% menos chance de manifestar um tumor na região.
Mulheres que fazem acima do recomendado, de quatro a mais vezes por semana, as chances de não desenvolver cresce ainda mais e pode chegar em até 41%. As descobertas foram consistentes em todos os tipos e estágios da doença. O estudo também revela que as pessoas que não fazem nenhum exercício físico e mantém uma vida sedentária têm o dobro da chance de desenvolver a neoplasia do que as que fazem atividade física regular.
“Aumentar a atividade física e diminuir o tempo de sedentarismo já são recomendados para a prevenção de câncer. Mas a adoção de estilo de vida ativo pode reduzir ainda mais a quantidade de casos da forma mais comum de câncer em mulheres”, afirmaram os autores do estudo durante o evento Breast Cancer Association Consortium.
Segundo os pesquisadores, o exercício físico diminui fatores de risco importante para o desenvolvimento do câncer, como a inflamação e inchaço no corpo, controla a produção de hormônios e mantém o peso corporal baixo.
O estudo foi realizado em mais de 130 mil mulheres de ascendência europeia. Quase 70 mil tinham tumores que se espalharam localmente (invasivos). Os pesquisadores então se basearam em estudos publicados anteriormente sobre possíveis explicações genéticas para a predisposição geral à atividade física, atividade física vigorosa ou tempo sentado – medido por rastreadores de atividade no pulso – para geneticamente prever quão fisicamente ativos ou inativos seus próprios participantes do estudo eram.
Ciência
Jovens cientistas desenvolvem carrapaticida à base de planta medicinal
Projeto sustentável utiliza extrato de folhas de nim para combater carrapatos, uma alternativa natural aos produtos tradicionais

Os carrapatos são uma ameaça comum à saúde animal, podendo causar desconfortos e doenças graves como a babesiose, que afeta cães, e a febre maculosa, que também pode atingir humanos. Em busca de uma solução sustentável para combater esse problema, os estudantes do Colégio Estadual de Malhada de Pedras, Greice Ellen Nascimento e Mirela da Silva, sob orientação da professora Kamilla Dias Paes e coorientação de Karla Mariana Teixeira, desenvolveram um carrapaticida natural à base de extratos da planta nim.
A jovem cientista Mirela da Silva destaca que a equipe explorou as propriedades da planta para desenvolver uma solução eficaz contra carrapatos. “O nim foi escolhido devido ao seu potencial natural para combater carrapatos, à sua segurança em relação aos produtos químicos convencionais e à ausência de registros de intoxicação humana. Ele também reduz a fecundidade e a atividade reprodutiva dos carrapatos, sendo uma alternativa eficiente e sustentável”.
Segundo Mirela, o sabão foi produzido a partir do extrato de folhas de nim, que foram maceradas e armazenadas por um período até atingir o ponto ideal. Após a preparação, o extrato foi combinado com sabonete líquido neutro, resultando no carrapaticida. “O nim é uma solução natural, segura, acessível e eficaz no controle dos parasitas, eliminando-os sem os riscos associados aos produtos químicos”, afirma.
O grupo de pesquisa, com apoio da Secretaria da Educação (SEC) e colaboração do professor Darlan Reis, realizou testes in vitro, que, de acordo Mirela, apresentaram resultados positivos. “Após 24 horas de exposição ao sabão, os carrapatos do grupo tratado estavam mortos, enquanto, no grupo controle, exposto apenas à água, os carrapatos permaneceram vivos. Isso demonstra a eficácia do nosso carrapaticida. Para os próximos passos, vamos testar diretamente nos cachorros e extrair o óleo do fruto de nim para aprimorar o sabão”, diz.
Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) estreou no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail ascom@secti.ba.gov.br.
Ciência
Estudantes desenvolvem protetor solar com folha da goiabeira
Produto, que é sustentável e livre de conservantes, pode ter custo de fabricação baixo

Com o aumento da temperatura global, proteger a pele se tornou fundamental para evitar doenças. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pele é o mais comum no Brasil, com mais de 175 mil novos casos por ano. Um produto essencial na prevenção dessa patologia é o protetor solar. Ao observar as propriedades fotoprotetoras das folhas da goiabeira, os alunos do Centro Territorial de Educação Profissional da Bacia do Jacuípe III – Edna Daltro, Geovana Thaís, Ana Carolina, Ana Cecília e Hadrian Raphael, sob orientação de Marília Sousa, desenvolveram um protótipo de protetor solar com a planta, para oferecer uma solução de baixo custo à população.
A estudante Geovana Thaís revela como surgiu a ideia de desenvolver o produto usando Psidium guajava, nome científico da folha da goiabeira. “A partir do estudo que tivemos sobre as propriedades da folha, vimos que além de seus múltiplos benefícios, ela tinha uma ótima capacidade fotoprotetora, que nada mais é do que a capacidade de um produto ou substância de proteger a pele contra danos causados pela exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol”.
O estudo mostrou que a folha da goiabeira tem diversos compostos que são capazes de combater a radiação UV. “O ácido ascórbico, conhecido como vitamina C, é um antioxidante que ajuda a neutralizar os radicais livres gerados pela exposição ao sol, reduzindo o dano oxidativo na pele. O licopeno, que é um pigmento antioxidante responsável pela cor vermelha da goiaba, também pode ajudar a proteger a pele contra os danos causados pela radiação UV. Além disso, temos os flavonoides, que são compostos vegetais com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, capazes de proteger a pele contra os danos solares”, explica Geovana.
Segundo a estudante, o produto é sustentável, natural e não utiliza conservantes ou algum outro tipo de matéria-prima que possa agredir a pele. “Usamos como base principal o extrato da Psidium guajava. Fizemos um teste em luz natural, porém, para maior segurança e comprometimento, é necessário um teste laboratorial, onde realmente iremos ver o seu nível de capacidade fotoprotetora. Em relação a outros produtos, o nosso fotoprotetor pode ser mais acessível pelo fácil acesso da sua composição “, diz sobre o projeto que é desenvolvido no âmbito do Programa Ciência na Escola, da Secretaria de Educação (SEC).
Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) estreou no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail ascom@secti.ba.gov.br.
Ciência
Bahia assina acordo para implantar Centro Tecnológico Aeroespacial
O compromisso foi firmado em Brasília entre o Governo da Bahia, o Ministério da Defesa e o Senai-Cimatec

Foi assinado, nesta segunda-feira (31), em Brasília, um acordo de cooperação técnica que visa a implantação do Centro Tecnológico Aeroespacial da Bahia, voltado ao ensino, pesquisa e inovação, a fim de promover o desenvolvimento regional da indústria aeroespacial no estado. O acordo, que viabiliza a elaboração de estudos preliminares, foi estabelecido entre o Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), o Ministério da Defesa, por meio da Aeronática, e o Senai-Cimatec. Estiveram presentes na solenidade o governador Jerônimo Rodrigues, os ministros da Defesa, José Múcio, e da Casa Civil, Rui Costa, além de outras autoridades.
De acordo com Jerônimo, essa é uma oportunidade importante para o fortalecimento da defesa área na Bahia, com as tecnologias já conhecidas, desenvolvidas no Brasil. “É uma expectativa positiva de fortalecermos, no estado da Bahia, e no Nordeste brasileiro, o conhecimento e a inovação, com possibilidade de novas oportunidades de ensino e de pesquisa nessa área tão fundamental, tanto para as forças da economia e desenvolvimento, como para as forças de segurança”, destacou o governador.
O ministro Múcio afirmou que este é um grande passo para desfazer os abismos sociais entre o povo brasileiro. “Ocupar a base área em Salvador para desenvolvimento dos setores estratégicos da Defesa com tecnologia, pesquisa e inovação é um processo para gerar mais oportunidades e diminuir desigualdades. Esse acordo traz a possibilidade de desenvolvimento de pesquisa e um polo aeronáutico no Nordeste. É com base no apoio do Governo da Bahia e a valiosa ajuda do governador Jerônimo Rodrigues, que posso afiançar que os objetivos serão atingidos”.
Ainda durante o evento, Rui Costa ressaltou que esse momento se alinha com o desejo do presidente Lula de promover o desenvolvimento regional. “A oportunidade, com esse redesenho dos espaços das forças aéreas, abre espaço na Bahia para desenvolvimento de conhecimento e tecnologia”, reforçou.
Para o diretor-geral do Senai Cimatec, Leone Andrade, “este é o passo inicial de um projeto importante, que vai contribuir para densificar a indústria e, em especial, a indústria aeroespacial. Este convênio permitirá, após os estudos iniciais, a implantação um núcleo de desenvolvimento tecnológico e empresarial para o setor aeroespacial”.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia e do Conselho Regional do Senai, Carlos Henrique, também vibrou com o acordo. “Estamos falando da formação de um novo negócio e de uma cadeia importante para a Bahia. Entendo que estamos abrindo uma nova fronteira de desenvolvimento econômico e precisamos todos trabalhar juntos para que o estado possa absorver essa oportunidade, que vai gerar mais emprego e renda”, pontuou.
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