Internacional
Vítimas de Mariana buscam indenização no Reino Unido
200.000 pessoas afetadas pelo desastre da barragem terão seu caso ouvido esta semana nos tribunais ingleses

Mais de 200.000 vítimas do pior desastre ambiental do Brasil estão buscando indenização em um tribunal do Reino Unido nesta semana, em uma das maiores reivindicações coletivas da história jurídica inglesa.
Os demandantes, incluindo representantes das comunidades indígenas Krenak, estão lutando para obter uma compensação pela devastação causada pelo desastre da barragem de Mariana em novembro de 2015. O processo de 5 bilhões de libras (cerca de R$ 30,15 bilhões) é contra a mineradora anglo-australiana BHP.
Quando a barragem de rejeitos de Fundão estourou, ela liberou 40 milhões de metros cúbicos de resíduos tóxicos de mineração, matando 19 pessoas e afetando a vida de centenas de milhares de outras. O lodo marrom e poluído derramou-se no rio Doce, em Minas Gerais, fluindo por 670 km no Oceano Atlântico. Milhares ficaram desabrigados e os meios de subsistência centrados no rio foram destruídos.
O processo judicial desta semana é o culminar de uma luta legal de três anos e meio no Reino Unido, com advogados do escritório de advocacia internacional PGMBM, com sede em Londres, representando centenas de milhares de indivíduos, bem como 530 empresas, 150 membros de comunidades indígenas, 25 municípios e seis organizações religiosas.
A PGMBM entrou com o processo em 2018 e, em julho passado, ganhou o direito de reabrir o caso depois que uma decisão anterior negou a jurisdição dos tribunais ingleses para ouvi-lo.
Um representante das comunidades indígenas Krenak em Londres disse ontem: “Toda vez que me lembro do que minha família e minha comunidade passaram, toda vez que revisito o rio, fico com raiva.
“Estes tempos são de grande luta para o meu povo, e fiz do meu propósito ajudar-nos a conseguir uma compensação justa. Infelizmente, entendo que não importa o quanto lutemos, muito do que as empresas tiraram de nosso pessoal é irrecuperável. O fato de ter sido sugerido pelos réus que minha comunidade está recebendo reparação integral no Brasil me deixa ainda mais irritado.”
Tom Goodhead, sócio-gerente da PGMBM, disse: “A BHP é uma multinacional que gera enormes lucros nas regiões onde opera, e é justo que a empresa … seja responsabilizada diretamente em sua sede. Os dias das grandes corporações fazendo o que querem em países do outro lado do mundo e se safando disso acabaram”.
No Brasil, a BHP, juntamente com a mineradora brasileira de minério de ferro Vale, e a Samarco, a joint venture responsável pela gestão da barragem de rejeitos de Fundão, estabeleceram a Fundação Renova para mitigar as consequências ambientais do colapso e fornecer indenização a indivíduos e algumas pequenas empresas por perdas e danos. Em novembro de 2021, a Renova gastou mais de R$ 19,6 bilhões em projetos de reparação e reabilitação ambiental e econômica, incluindo R$ 7,78 bilhões em compensação e ajuda financeira a 359.000 pessoas, segundo a empresa.
A audiência deve continuar até sexta-feira e será ouvida por três juízes seniores do tribunal de apelação.
Internacional
Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai
Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças.
Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015.
Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil.
Internacional
Leão XIV é o novo papa
O novo pontífice iniciou seu primeiro discurso, na janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano

“A paz esteja convosco”. Foi com essas palavras que o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, recém-eleito papa, iniciou seu primeiro discurso, na janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano. O novo pontífice, que escolheu usar o nome Leão XIV, ainda homenageou seu antecessor, Francisco.
“Nos ajudem a construir pontes vocês também, com diálogos, com encontro, para sermos um único povo, sempre em paz. Obrigado, papa Francisco”, disse Leão XIV.
“Ainda mantemos, nos nossos ouvidos, aquela voz fraca, mas sempre corajosa, do papa Francisco, que abençoava Roma”, disse.
“Permitam-me dar seguimento àquela mesma benção. Deus nos ama, Deus ama a todos e o mal não vai prevalecer. Estamos todos nas mãos de Deus. Juntos, sem medo, de mãos dadas com Deus, que está entre nós, vamos seguir”, completou.
Em seguida, Leão XIV fez um agradecimento a todos os cardeais que participaram do conclave que o elegeu “para ser o sucessor de Pedro e caminhar com vocês, como Igreja unida, sempre em busca da paz e da justiça, buscando trabalhar como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo, sem medo, para proclamar o Evangelho e sermos missionários”.
“Sou um filho de Santo Agostinho. Sou agostiniano. Santo Agostinho disse: ‘Para vós, sou bispo; convosco, sou cristão’. Neste sentido, podemos todos caminhar juntos, na direção da pátria que Deus nos preparou”, disse. “Necessitamos ser, juntos, uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes e diálogos. Que mantém o diálogo sempre aberto, pronta para receber todos que precisam.”
Em meio ao discurso, Leão XIV deixou de falar italiano e falou à multidão reunida na Praça São Pedro em espanhol, para agradecer à diocese peruana de Chiclayo, onde foi administrador apostólico. “Povo leal e fiel, que acompanha o bispo e o ajuda”, destacou.
Ao final, o novo pontífice lembrou que a data de hoje marca a prática devocional de súplica à Nossa Senhora de Pompeia.
“Nossa bendita Mãe Maria quer sempre caminhar conosco, estar perto de nós. Quer nos ajudar com sua intercessão e seu amor. Rezemos juntos por esta missão, por toda a Igreja e pela paz no mundo”, disse, encerrando seu discurso com a oração da Ave Maria.
Internacional
Cardeais escolhem o 267° Papa
A fumaça branca começou a sair da chaminé no telhado da Capela Sistina pouco depois das 18 horas (hora local) desta quinta (8)

Na votação na tarde desta quinta-feira, 8 de maio de 2025, os cardeais reunidos em Conclave chegaram a um consenso sobre o nome do 267º Sucessor de Pedro. Eram 18 horas e 07 minutos (hora local) quando a fumaça branca começou a sair da chaminé instalada no telhado da Capela Sistina, provocando uma verdadeira comoção e gritos de júbilo entre os milhares de presentes na Praça São Pedro e Via da Conciliação, testemunhas oculares de um dia histórico para a Igreja e para o mundo. O badalar dos sinos da Basílica de São Pedro que se seguiu foi uma confirmação de que “Habemus Papam”.
Tendo aceito sua eleição à Cátedra de Pedro, o novo Pontífice deixa a Capela Sistina e dirige-se à chamada “Sala das Lágrimas”. Ali, com a ajuda do Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dom Diego Giovanni Ravelli, ele veste uma das três roupas papais preparadas, para então se dirigir até a Sacada Central da Basílica, de onde o protodiácono, cardeal Dominique Mamberti, anunciará ao mundo o nome do novo Papa com a fórmula do Habemus Papam em latim.
A eleição do novo Pontífice ocorreu no dia da Súplica de Nossa Senhora de Pompéia.
João Paulo I, em 1978, e Bento XVI, em 2005, também foram eleitos no quarto escrutínio.
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