Política
SEI comemora 30 anos com seminário, lançamentos e debates sobre o futuro da Bahia
O encontro acontece até esta quarta (11), em Salvador, para celebrar as três décadas de serviço da Superintendência
O seminário “SEI 30 anos: história, inovação e futuro do planejamento” acontecem até esta quarta-feira (11), no Fiesta Convention Center, em Salvador, para celebrar as três décadas de serviço da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). A programação da atividade inclui também a formalização de novas parcerias e apresentação da nova Política de Governança de Dados, da Política de Inovação e do Plano de Integridade.
“Vamos apresentar as nossas conquistas, as nossas entregas, as parcerias que são realizadas relacionadas ao monitoramento e avaliação das políticas públicas junto com as secretarias. Então os trabalhos serão apresentados hoje, as entregas serão aqui dispostas, disponibilizadas ao público. É um momento de extrema alegria”, iniciou o diretor da SEI, José Acácio Ferreira. Entre as funções principais da autarquia, que é vinculada à Secretaria do Planejamento, está fornecer informações estatísticas, sociais, geográficas e cartográficas para o planejamento e formulação de políticas públicas na Bahia.
O seminário, aberto nesta terça-feira (10), reúne especialistas, autoridades e o público interessado em discutir o papel do planejamento para o desenvolvimento do estado. “A SEI é um órgão de referência regional e nacional, que produz informações, dados, estudos e pesquisas extremamente qualificadas para subsidiar o planejamento e a avaliação de políticas públicas. Nós precisamos da SEI, para que a gente consiga, com dados fidedignos, fazer projeções e análises, e a SEI, a partir do seu corpo técnico extremamente qualificado, ela nos fornece essas informações”, destacou o secretário de Planejamento, Cláudio Peixoto.
Para a dentista e residente em Vigilância em Saúde, Camila Guerra, os dados disponibilizados pelo órgão são fundamentais para o desenvolvimento de suas atividades. “O planejamento é essencial no nosso trabalho. Sem ele, a gente não consegue executar as instruções, organizar, lidar com questões financeiras. E cada vez mais eu vejo a importância dentro do trabalho da gente, da Vigilância em Saúde. Um planejamento bem-organizado, estruturado, intersetorial e intrasetorial, para que tudo funcione bem”, disse ela.
“Pesquisa é o que move todo o país. Independente de onde você esteja, qualquer nação sempre começou a se desenvolver pela pesquisa, não tem pra onde correr. É importante a gente começar olhando por quem já passou, pelo que a gente vai fazer no futuro, para a gente ter uma ideia do que esperar para o futuro da profissão, enquanto economista, enquanto estudante”, reforçou Victor Paglerane, aluno do curso de Economia da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
Na ocasião foram assinadas novas parcerias e firmados compromisso para a inovação da SEI. Foram pactuados termos de cooperação técnica com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA), com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), com a Superintendência de Defesa Civil do Estado (Sudec).
A SEI firmou parcerias com a Ufba; para o desenvolvimento de estudos e compartilhamento de dados que subsidiem a tomada de decisões estratégicas, e com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); para o desenvolvimento de sistema com inteligência artificial voltado à simulação de políticas públicas para a agricultura.
As celebrações contemplam também os lançamentos da plataforma SEI Municípios e do estudo “Catadores de materiais recicláveis na Bahia”, idealizado pela professora Tatiana Velloso, primeira-dama do Estado e presidenta das Voluntárias Sociais da Bahia, com foco na inclusão e reconhecimento desses trabalhadores.
Durante a programação do evento, a SEI foi anunciada como vencedora do edital da Incubadora de Soluções para o Jornalismo Negro, Periférico e Independente, projeto nacional articulado com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom-PR), Ministério da Igualdade Racial, que conta com investimento de R$ 15 milhões.
Rodas de conversa sobre o futuro
Serão realizadas três mesas temáticas para discutir os rumos do planejamento público. No primeiro dia do evento, o público participou do debate sobre ‘As instituições de pesquisa e o planejamento governamental’. Na quarta-feira (11), ‘Inovações tecnológicas e institucionais e seus impactos nas políticas públicas’ e ‘Desenvolvimento regional: questões centrais e desafios para o planejamento’ serão temas de debates do evento, que é gratuito e aberto ao público. Para se inscrever, basta acessar o site oficial: sei30anos.sei.ba.gov.br.
COP 30
Lula lança Fundo Florestas Tropicais para Sempre durante Cúpula do Clima em Belém
Iniciativa prevê US$ 125 bilhões para conservação das florestas e destina recursos a povos indígenas e comunidades locais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou oficialmente, nesta quinta-feira (6), o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), durante a Cúpula do Clima, em Belém (PA). A apresentação ocorreu em um almoço oferecido pelo governo brasileiro a líderes internacionais, ocasião em que Lula convidou outras nações a aderirem à iniciativa.
“As florestas valem mais em pé do que derrubadas. Elas deveriam integrar o PIB dos nossos países. Os serviços ecossistêmicos precisam ser remunerados, assim como as pessoas que protegem as florestas. Os fundos verdes internacionais não estão à altura do desafio”, afirmou o presidente.
Fundo inovador para conservação
Segundo Lula, o TFFF é um mecanismo financeiro inovador para apoiar países na preservação das florestas tropicais, presentes em mais de 70 nações. Diferente de modelos baseados em doações, o fundo será composto por investimentos soberanos de países desenvolvidos e em desenvolvimento, complementando mecanismos de redução de emissões de gases do efeito estufa.
A proposta prevê um aporte inicial de US$ 25 bilhões com adesões governamentais, podendo chegar a US$ 125 bilhões com participação do setor privado. Os recursos serão aplicados em projetos de alta rentabilidade, garantindo retorno para investidores e financiamento da manutenção das áreas preservadas.
“Os lucros serão repartidos entre os países de florestas tropicais e os investidores. Esses recursos irão diretamente para os governos nacionais, que poderão garantir programas soberanos de longo prazo”, explicou Lula.
Benefícios e monitoramento
O fundo também destinará 20% dos recursos a povos indígenas e comunidades locais. O monitoramento será feito por satélites, assegurando que o desmatamento permaneça abaixo de 0,5% nos países elegíveis. A estimativa é pagar US$ 4 por hectare preservado, abrangendo 1,1 bilhão de hectares distribuídos em 73 países.
O mecanismo será hospedado pelo Banco Mundial, com um modelo de governança considerado inovador. O governo brasileiro já realizou um aporte inicial de US$ 1 bilhão, anunciado em setembro, durante diálogo promovido pelo Brasil e pelo secretariado da ONU (UNFCCC).
“É simbólico que a celebração do seu nascimento seja feita aqui em Belém, rodeada de sumaúmas, açaizeiros, andirobas e jacarandás. Em poucos anos poderemos ver o fruto desse fundo”, concluiu Lula.
COP 30
Lula recebe líderes mundiais em Belém para a Cúpula do Clima
Cidade paraense se torna centro das discussões globais sobre meio ambiente e lança fundo para preservação das florestas tropicais
Belém (PA) começou a receber, nesta quinta-feira (6), chefes de Estado e lideranças internacionais para a Cúpula do Clima, que se estende até sexta-feira (7). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu a Plenária Geral de Líderes, dando início a dois dias de debates sobre mudanças climáticas, preservação ambiental e cooperação global.
A primeira plenária temática ocorre ainda hoje à tarde, com o tema “Clima e Natureza, Florestas e Oceanos”. Outras duas estão previstas para sexta-feira. Durante as sessões, cada líder terá até cinco minutos para apresentar propostas e compromissos. Representantes de organizações internacionais também participam das discussões.
Após a abertura, Lula oferece um almoço oficial para marcar o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), iniciativa que busca garantir recursos para países que preservam florestas tropicais, como o Brasil e outras nações amazônicas. O presidente deve reforçar a importância do fundo como mecanismo de apoio à conservação e ao desenvolvimento sustentável.
Belém preparada para ser capital simbólica
A cidade passou por obras de infraestrutura e, de forma simbólica, tornou-se a capital do país durante a COP30, que segue até 21 de novembro. Para garantir a segurança do evento, Lula decretou a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), atendendo a pedido do governador do Pará, Helder Barbalho. A medida segue protocolos adotados em grandes encontros internacionais, como o G20 e a reunião dos BRICS.
Política
SPM discute políticas públicas e garantia de diretos das mulheres indígenas
Com o tema “Clima e Território: duas lutas, um direito”, o evento reúne mais de 1.800 indígenas de diferentes etnias
A Secretaria das Mulheres do Estado (SPM) participou, nesta terça-feira (5), de uma plenária com lideranças femininas indígenas durante o 7º Acampamento Terra Livre da Bahia (ATL-BA), que acontece entre os dias 2 e 6 de novembro, na área verde da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), em Salvador.
Com o tema “Clima e Território: duas lutas, um direito”, o evento, promovido pelo Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba), reúne mais de 1.800 indígenas de diferentes etnias.
Durante o acampamento, a secretária estadual das Mulheres, Neusa Cadore, participou da Plenária de Políticas Públicas Voltadas às Mulheres, que reuniu lideranças femininas indígenas e representantes do governo estadual para discutir propostas de proteção, empoderamento e liderança feminina indígena.
Entre os temas abordados estiveram: Criação de políticas específicas de proteção e promoção dos direitos das mulheres indígenas; Apoio à profissionalização e à inclusão produtiva das mulheres; Campanhas de enfrentamento à violência; e Programas de formação política e econômica para lideranças femininas indígenas.
“Queremos fortalecer e valorizar esse momento, com políticas de atenção especial e de cuidado. A luta continua todos os dias. Agradeço a cada mulher que trouxe sua fala, sua reivindicação e sua cobrança. Discutimos temas desafiadores como saúde, violência e preconceito. Propusemos a criação de um comitê de acompanhamento, para reunir as lideranças e construir um plano de ação a partir das demandas apresentadas”, destacou Neusa Cadore.
A plenária contou com a presença de Patrícia Krin Si, liderança Pankararé e coordenadora-geral do Mupoiba; Samehy Pataxó, vice-presidenta do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM); Camilla Batista, superintendente de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher da SPM; e Luciana Mota, superintendente de Promoção e Inclusão Socioprodutiva da SPM.
Durante o diálogo, as lideranças indígenas apresentaram as principais demandas de suas comunidades, especialmente nas áreas de saúde, geração de renda e enfrentamento a violência. “Buscamos saúde de qualidade para o povo indígena da nossa aldeia em Curaçá. Precisamos que olhem para nossas comunidades e tragam mais oportunidades, trabalho e lazer”, afirmou Cacica Djanira, da Aldeia Altamira Atikum, de Curaçá.
“Essa plenária foi uma das melhores. Discutimos temas importantes, como a violência doméstica e a saúde. Foi um encontro acolhedor, que deu força para continuarmos lutando. Acreditamos na força da mulher e precisamos de mais mulheres nos espaços políticos. A criação do comitê vai nos ajudar a tirar projetos do papel e avançar com as demandas das aldeias”, disse Murici Pataxó, da Aldeia Imbiriba, em Porto Seguro.
Presença e acolhimento da SPM
A unidade móvel da SPM também está presente no acampamento, com equipe especializada para acolhimento, orientação e atendimento às mulheres, oferecendo informações sobre direitos, proteção e políticas públicas de enfrentamento à violência.
O ATL se consolida como um espaço de articulação, resistência e fortalecimento das lutas pelos direitos territoriais, ambientais e sociais dos povos indígenas.
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