Cultura
Santa Bárbara abre calendário de festas do Verão
A festa reúne uma multidão, incluindo turistas, que aproveitam para degustar o tradicional caruru
![fé de baianos católicos e adeptos do candomblé, nesta segunda-feira (4), por causa das homenagens à Santa Bárbara, a padroeira dos](https://bahiapravoce.com.br/wp-content/uploads/2023/12/1701350152Festa_de_Santa_Barbara_movimenta_turismo_ligado_ao_sincretismo_baiano_Foto_Tatiana_Azeviche_SeturBA.webp)
O vermelho é a cor que vai simbolizar a fé de baianos católicos e adeptos do candomblé, nesta segunda-feira (4), por causa das homenagens à Santa Bárbara, a padroeira dos mercados e do Corpo de Bombeiros, que no sincretismo religioso é representada pelo orixá Iansã, a deusa dos ventos e das tempestades. Em Salvador, de sexta-feira (1º) a domingo (3), aconteceu o tríduo, na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho, que antecede a festa dedicada à santa.
As comemorações começam no Largo do Pelourinho, às 6h, com alvorada de fogos, seguida de missa campal e procissão por ruas do Centro Histórico. A festa reúne uma multidão, incluindo turistas nacionais e estrangeiros, que aproveitam para degustar o tradicional caruru.
“A festa atrai milhares de pessoas. Não são apenas as que vêm ao tríduo ou à missa, mas também aquelas que se fazem presentes nas ruas, casarões e estabelecimentos do Centro Histórico. São católicos, candomblecistas e adeptos de outras religiões, que têm uma devoção especial à Santa Bárbara. Ouvimos relatos de turistas que saem daqui emocionados, muitos impressionados com o tamanho da festa e a presença de diversas religiões”, explica padre Lázaro Muniz, pároco da Igreja do Rosário dos Pretos.
A tradição baiana em louvor à santa começou no século 17 e foi reconhecida como Patrimônio Imaterial da Bahia, em 2008. Ela abre o calendário de festas populares religiosas do estado, movimentando a economia do turismo.
Carnaval 2025
Bailinhos infantis animam os baixinhos no Shopping Piedade
Tio Paulinho e Tia Leide & Companhia Vem Brincar comandam a folia gratuita para pais e filhos nos sábados 15 e 22, às 13h
![os pisos do Shopping. No dia 15 de fevereiro, a partir das 13h, uma das principais atrações dos carnavais infantis](https://bahiapravoce.com.br/wp-content/uploads/2025/02/AnyConv.com__WhatsApp-Image-2025-02-12-at-10.45.59.webp)
Já é Carnaval no Shopping Piedade! Tio Paulinho e Tia Leide fazem blitz em todos os pisos do Shopping. No dia 15 de fevereiro, a partir das 13h, uma das principais atrações dos carnavais infantis pelo Brasil, Tio Paulinho, abre o carnaval da criançada percorrendo todos os espaços do empreendimento e transformando o piso L4 em um verdadeiro baile de Carnaval. A ideia é transformar o shopping em um espaço onde as crianças e os pais possam brincar juntos.
A folia momesca continua no dia 22 com Tia Leide & Companhia Vem Brincar, além de personagens, mini trio, pintura e entrega de balões.
Cultura
Projeto Agô Bahia celebra 131 anos de Mãe Menininha do Gantois
Também foi celebrado os 33 anos do memorial em homenagem à líder religiosa, que faleceu em 1986
![Os 131 anos de nascimento de Mãe Menininha do Gantois e os 33 anos do memorial em homenagem à líder religiosa, que faleceu em 1986,](https://bahiapravoce.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Projeto-Ago-Bahia-celebra-131-anos-de-Mae-Menininha-do-Gantois-Foto-Tatiana-Azeviche-Ascom-SeturBA.png)
Os 131 anos de nascimento de Mãe Menininha do Gantois e os 33 anos do memorial em homenagem à líder religiosa, que faleceu em 1986, foram celebrados, na noite de segunda-feira (10), no terreiro Ilé Iyá Omi Axé Iyamasé (Gantois), na Federação, em Salvador. Sob o comando da ialorixá Mãe Carmen, lideranças do candomblé e autoridades civis acompanharam palestras e apresentações musicais.
O evento teve o apoio da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA), por meio do projeto Agô Bahia, que atua na valorização das religiões de matriz africana e realizou obras de melhorias no terreiro. A iniciativa foi elogiada durante a celebração.
“O memorial é a pérola patrimonial e através dele conseguimos fazer um trabalho sociocultural, religioso e acadêmico, atendendo os visitantes diariamente. Graças a parceiros como a Setur-BA, estamos aqui promovendo esse encontro, com um equipamento que oferece conforto para dialogarmos”, ressaltou a historiadora Tanira Fontoura, Egbomi de Iemanjá do Gantois.
“O espaço preserva o legado de Mãe Menininha, permitindo que novas gerações compreendam a importância dela, nos campos espiritual, cultural e histórico. Além do Gantois, tivemos intervenções em mais nove terreiros e elaboramos o roteiro de visitação aos templos, com orientações sobre o comportamento dos turistas, em parceria com as lideranças das casas”, completou o coordenador do Agô Bahia, Paulo Sobrinho.
Fundado em 1849, pela africana liberta Maria Júlia da Conceição Nazareth, o Terreiro do Gantois é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Bisneta da fundadora, Maria Escolástica da Conceição Nazareth, conhecida como Mãe Menininha, assumiu o sacerdócio em 1922 e transformou-se em grande liderança religiosa nacional. A história está retratada no memorial, que reúne mais de 500 peças, entre documentos, fotografias e objetos rituais e pessoais da ialorixá. Ele está aberto à visitação de terça a sexta-feira (9h às 12h/14h às 17h) e aos sábados (9h às 12h).
Clássicos da Sétima Arte
Ponte Salvador-Itaparica tem execução aprovada por unanimidade pelo TCE-BA
A corte aprovou a homologação da proposta de consenso, que estabelece a repactuação do contrato
![sistema da Ponte Salvador-Itaparica. Todos os conselheiros acompanharam a posição do voto do relator do processo, o presidente da](https://bahiapravoce.com.br/wp-content/uploads/2025/02/AnyConv.com__Imagem-do-WhatsApp-de-2025-02-11-as-17.36.19_ea08f086.webp)
Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA) aprovaram, por unanimidade, nesta terça-feira (11), a homologação da proposta de consenso, que estabelece a repactuação do contrato para execução das obras de construção e operação do sistema da Ponte Salvador-Itaparica. Todos os conselheiros acompanharam a posição do voto do relator do processo, o presidente da Corte de Contas, conselheiro Marcus Presidio.
“Acatamos o consenso para que possa ser realizado e assinado o aditivo contratual entre a Concessionária e o Estado, da Ponte Salvador-Itaparica. O consenso foi no sentido de análise das cláusulas econômicas e financeiras. É viável a construção da ponte, que o Estado da Bahia, juntamente com a concessionária, coloque em prática a assinatura do aditivo e que dê início às obras no prazo estipulado”, declarou Presidio.
A proposta foi elaborada pela Comissão Consensual de Controvérsias e Prevenção de Conflitos, composta por auditores da Corte de Contas, integrantes do Ministério Público de Contas, da Procuradoria-Geral do Estado, da Secretaria da Fazenda (Sefaz-BA), da Secretaria da Casa Civil, da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) e da Concessionária Ponte Salvador-Itaparica.
Para o secretário da Casa Civil, Afonso Florence, “essa experiência da mediação pelo Tribunal ajudou a viabilizar essa modernização, porque tinha havido a pandemia. A paralisação de todas as atividades tinha levado ao colapso do contrato. A população baiana pode comemorar. Eu já avisei ao governador, porque ele coordenou toda a negociação pessoalmente. 75% de andamento da sondagem, com expectativa de conclusão agora em março. Mas, a nossa expectativa é que agora a obra ganhe a velocidade”.
O presidente do TCE falou sobre o que motivou as mudanças em contrato. “Houve uma pandemia logo após a assinatura do contrato em vias do leilão da ponte. Por isso, há uma defasagem muito grande em termos financeiros e o Estado vinha, de lá em 2020 para cá, em discussões para que chegassem ao consenso, para que esses valores fossem elevados e compensados. Então, depois de profundas análises e discussões entre as partes, entre a concessionária, entre o Estado, o Tribunal de Contas chega à conclusão que financeiramente ainda é vantajosa para o Estado da Bahia manter esse contrato para que a ponte possa ser construída”.
Os participantes da sessão classificaram o momento como um feito histórico. Compareceram a procuradora-geral do Estado Barbara Camardelli Loi, os secretários estaduais da Fazenda, Manoel Vitório, da Infraestrutura, Sérgio Brito, e da Casa Civil, Afonso Florence, além dos principais dirigentes da Concessionária do Sistema da Ponte Salvador-Itaparica, entre os quais o diretor-presidente, Cláudio Brito Villas Boas e o presidente do Conselho de Administração, Lin Li. Também participaram da sessão todos os integrantes da Comissão Consensual.
Dia histórico
Depois que o conselheiro presidente concluiu a leitura do seu voto, a procuradora-geral do Estado, Barbara Camardelli ocupou a tribuna para um breve pronunciamento, quando observou que o chamado projeto da ponte é, na verdade, um equipamento de infraestrutura que permitirá o desenvolvimento socioeconômico da Bahia, salientando o papel de estimulador do desenvolvimento econômico e social que o projeto tem. “Realizar este equipamento significa transformar a Bahia e colocar a Bahia interligada e nós teremos aqui a possibilidade de pensarmos o nosso Estado como um grande espaço territorial de circulação norte, sul, leste e oeste, e que garantirá novos investimentos, com certeza, e o desenvolvimento que isso leva e causa à população”.
Para Antonio Honorato, deve ser elogiado o esforço pelo diálogo, concretizado pela instalação da Comissão de Consensualismo; a mesma linha foi seguida pelo conselheiro João Bonfim, que disse ser compreensível a necessidades das alterações no contrato, em razão das mudanças econômicas no cenário mundial e parabenizou todos os envolvidos no processo que resultou na concretização de uma proposta consensual para superar os impasses.
No seu voto, o conselheiro Marcus Presidio fez uma exposição acerca das circunstâncias que levaram à criação da Comissão para atuar de forma decisiva pela consensualidade e destacou que o esforço dedicado a esta conciliação, com manifestações favoráveis dos auditores e do Ministério Público de Contas, “encoraja os gestores a saírem da inação dos últimos anos e a prosseguirem com os investimentos planejados, os quais, ao final e ao cabo, legarão uma ponte, espinha dorsal de um ambicioso sistema, que pertencerá ao Estado da Bahia, ao povo baiano, e não a este ou àquele concessionário”.
Levando em conta as mudanças no cenário internacional, a proposta de conciliação formulada pela Comissão contemplou seis pontos principais: a alteração da Taxa Interna de Retorno (TIR) do projeto para 10,72% ao ano; a elevação do aporte público total para R$ 5,07 bilhões, na data base de agosto de 2024; a alteração do valor da contraprestação anual para R$ 371 milhões, nos primeiros 10 anos de operação plena, e R$ 170 milhões, no período subsequente de operação plena (do ano 11 ao 29), valores na data base de agosto de 2024; a atualização do valor do contrato para ajustar-se às alterações promovidas; a extensão do cronograma de execução das obras de cinco para seis anos; e a redução do prazo de operação efetiva de 30 para 29 anos.