O vermelho é a cor que vai simbolizar a fé de baianos católicos e adeptos do candomblé, nesta segunda-feira (4), por causa das homenagens à Santa Bárbara, a padroeira dos mercados e do Corpo de Bombeiros, que no sincretismo religioso é representada pelo orixá Iansã, a deusa dos ventos e das tempestades. Em Salvador, de sexta-feira (1º) a domingo (3), aconteceu o tríduo, na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho, que antecede a festa dedicada à santa.
As comemorações começam no Largo do Pelourinho, às 6h, com alvorada de fogos, seguida de missa campal e procissão por ruas do Centro Histórico. A festa reúne uma multidão, incluindo turistas nacionais e estrangeiros, que aproveitam para degustar o tradicional caruru.
“A festa atrai milhares de pessoas. Não são apenas as que vêm ao tríduo ou à missa, mas também aquelas que se fazem presentes nas ruas, casarões e estabelecimentos do Centro Histórico. São católicos, candomblecistas e adeptos de outras religiões, que têm uma devoção especial à Santa Bárbara. Ouvimos relatos de turistas que saem daqui emocionados, muitos impressionados com o tamanho da festa e a presença de diversas religiões”, explica padre Lázaro Muniz, pároco da Igreja do Rosário dos Pretos.
A tradição baiana em louvor à santa começou no século 17 e foi reconhecida como Patrimônio Imaterial da Bahia, em 2008. Ela abre o calendário de festas populares religiosas do estado, movimentando a economia do turismo.