Internacional
Protestos explodem nos EUA contra decisão da Suprema Corte
As manifestações de solidariedade contra a revogação da lei que autoriza o aborto no país também eclodiram em Londres e Berlim
![Protestos em massa tomaram conta dos Estados Unidos em resposta à decisão da Suprema Corte que anulou o direito constitucional ao aborto.](https://bahiapravoce.com.br/wp-content/uploads/2022/06/4588.webp)
Protestos em massa tomaram conta dos Estados Unidos em resposta à decisão da Suprema Corte que anulou o direito constitucional ao aborto.
Logo depois que a decisão foi divulgada na sexta-feira, revertendo as proteções reprodutivas federais que estavam em vigor há meio século, manifestantes pró-escolha começaram a se reunir nas principais cidades e vilas menores em uma ampla gama de comunidades e regiões.
Além da grande manifestação do lado de fora da Suprema Corte em Washington DC – onde os ativistas gritaram: “Esta decisão não deve valer! Aborto legal sob demanda!” e “Nós não vamos voltar!” – manifestantes se reuniram em Nova York, Los Angeles, Chicago, Austin, Houston, Nashville, Kansas City, Topeka, Tallahassee, Miami, Oklahoma, Boise, Nova Orleans e Detroit. Protestos de solidariedade também eclodiram no exterior em Londres e Berlim.
No Arizona, pessoas que protestavam contra a decisão em Phoenix fugiram quando a polícia disparou gás lacrimogêneo do prédio do Capitólio do estado depois que os manifestantes bateram nas portas do Senado, segundo relatos de testemunhas oculares.
NOW This is what's going on outside the Arizona State Senate building: tear gas fired at people on Capitol mall protesting Roe decision. Tear gas fired from windows of the Old Capitol building. https://t.co/sfCm5xpYRd
— Brahm Resnik (@brahmresnik) June 25, 2022
“Estou em estado de luto e também com muita raiva, e quero transformar esse sentimento em algo em que possa contribuir para a solução”, disse Mary McNamara, advogada de São Francisco que estava saindo para protestar no norte da Califórnia. “Temos que ir às ruas e levantar nossas vozes, mesmo em estados azuis onde nossos direitos são protegidos. Esta é uma das decisões mais importantes dos últimos 50 anos… e estamos entrando em uma era muito sombria.”
McNamara é presidente da Ordem dos Advogados de São Francisco, que está se organizando para fornecer serviços jurídicos gratuitos a pessoas afetadas pelo fim das proteções Roe vs Wade. Ela acrescentou: “Não tenho fé de que a Suprema Corte vá parar por aqui. Acho que este é o início de uma redução maciça dos direitos individuais”.
No parque Washington Square, em Nova York, Lucy Schneider, 101, chegou com sua neta e carregava uma placa que dizia: Centenarian for Choice. “Sou muito contra a atual Suprema Corte e tudo o que eles estão fazendo. É simplesmente horrível”, disse ela, acrescentando: “Quero que ela seja livre para fazer um aborto, se necessário. Espero que não chegue a isso, mas quero que ela seja capaz.”
Sua neta, Emily Savin, 36, disse que defende a escolha desde o ensino médio.
“Foi importante para mim lutar por isso. Eu não acho que consegui entender completamente que isso poderia realmente ser tirado… estou com o coração partido e com raiva.”
Perto dali Kelsey Clough, 29, disse: “Não era uma opção não estar aqui. Parece que minha vida inteira está desmoronando quando vejo criancinhas serem baleadas em uma sala de aula e tudo que vejo são políticos tentando controlar o que eu faço. Eu me sinto muito impotente, mas se eu estar aqui, segurando meu cartaz, vai ajudar as pessoas, eu quero estar.”
À noite, os manifestantes tomaram a Park Avenue em Manhattan, gritando: “De quem são as ruas? Nossas ruas!” antes de marchar em direção à Times Square, onde os manifestantes gritaram cânticos contra a Fox News do lado de fora de seus escritórios.
Em Washington DC, do lado de fora da Suprema Corte, onde os policiais com equipamento antimotim foram mobilizados, a manifestante Sara Kugler disse: “Esta é uma luta de 30 anos para derrubar os direitos fundamentais das mulheres e das pessoas de tomar decisões sobre seu corpo. Não há volta disso. Não há resposta além de indignação e ação”.
Ativistas antiaborto também se reuniram do lado de fora do tribunal comemorando a decisão logo após o anúncio, enquanto os críticos gritavam que o tribunal era “ilegítimo”. Em outra parte da capital do país, um manifestante pró-escolha fechou uma ponte depois de escalar seu arco e convocou outros a se engajarem em uma resistência civil não violenta.
No Missouri, um dos estados com uma “lei de gatilho” para proibir automaticamente o aborto após a decisão de Roe, uma escolta de uma clínica de aborto na cidade de Jackson disse a um repórter: “Estamos olhando para o sofrimento e a morte. Como devemos nos sentir? Vemos o que está por vir. Aqueles com meios, eles vão conseguir o que precisam. Quem não tem, vai sofrer. A América não está pronta para o que está prestes a acontecer.”
Internacional
Trump toma posse com discurso protecionista e de combate à imigração ilegal
O presidente dos EUA reafirmou a intenção de retomar o Canal do Panamá reiterou que o Golfo do México passará a se chamar Golfo da América
![Por cerca de 30 minutos, Donald Trump fez nesta segunda-feira (20) seu primeiro discurso como novo presidente dos Estados Unidos.](https://bahiapravoce.com.br/wp-content/uploads/2025/01/AnyConv.com__Captura-de-tela-2025-01-20-172439.webp)
Por cerca de 30 minutos, Donald Trump fez nesta segunda-feira (20) seu primeiro discurso como novo presidente dos Estados Unidos. Ele reafirmou a intenção de retomar o Canal do Panamá e de combater a imigração ilegal no país, em especial a partir da fronteira com o México. O Golfo do México, reiterou Trump, passará a se chamar Golfo da América.
O presidente afirmou que declarará emergência nacional de energia, de forma a retomar, em larga escala, a produção de fontes não sustentáveis, em especial petróleo e gás, para garantir as reservas estratégicas do país, bem como a disponibilização de energia para as indústrias norte-americanas. E prometeu também revogar obrigações de cunho ambientalista em favor de veículos elétricos, de forma a manter o compromisso com as montadoras de veículos com motores à combustão.
Trump voltou a afirmar que, para proteger os trabalhadores americanos, pretende tributar produtos com origem em outros países. Reiterou alguns de seus posicionamentos contrários à chamada ideologia de gênero, dizendo que “há apenas dois gêneros: o masculino e o feminino”, e que porá “fim à política de tentar fazer engenharia social da raça e do gênero, promovendo uma sociedade que será baseada no mérito, sem enxergar a cor”.
Imigração ilegal
“Toda entrada ilegal será imediatamente impedida, e iniciaremos processo de devolução de milhões de imigrantes ilegais a seus países de origem. Restabeleceremos a política do ‘fique no México’ e porei em prática a lei de prender e deportar. Tropas serão enviadas para o sul para dificultar a entrada em nosso país. Além disso, vou designar os cartéis [de drogas] como organizações terroristas internacionais”, discursou o presidente, que, pela segunda vez, assume a Casa Branca.
Trump acrescentou que vai retomar uma legislação de 1708 sobre imigrantes, pela qual seu governo poderá utilizar todas as forças de segurança pública para “eliminar gangues” que praticam crimes em cidades e bairros norte-americanos. “Como comandante chefe, não há responsabilidade maior do que defender nosso país de ameaças e invasões. Farei isso em um nível nunca antes visto em nosso país”, disse ele, ao afirmar que, em breve, alterará o nome do Golfo do México para Golfo da América.
Poderosa e respeitada
O novo presidente disse que fará os Estados Unidos retornarem a seu lugar como a nação mais poderosa e respeitada do mundo. “Teremos a maior força armada que o mundo já viu”, afirmou.
Tump lembrou que o Canal do Panamá foi uma obra americana cedida àquele país, ao custo de 38 mil vidas perdidas durante sua construção. “Depois disso, fomos tratados de forma cruel, após oferecermos esse presente que jamais deveria ser dado. O espírito desse presente foi totalmente violado, com sobretaxas aos navios americanos. Não fomos tratados de forma justa, sobretudo pela China, que opera o canal. Por isso, vamos tomá-lo de volta”, prometeu.
“Minha mensagem hoje é de que é hora, mais uma vez, de agirmos com coragem, vigor e com a vitalidade das maiores nações da história”, complementou.
Energia
Trump anunciou que, ainda nesta segunda-feira, vai declarar emergência nacional da energia, com o objetivo de diminuir preços e ajudar setores industriais do país, além de recompor as reservas estratégicas de petróleo.
“Seremos mais uma vez um país industrial, com maior quantidade de petróleo e gás do que qualquer outro país. Diminuiremos os preços e preencheremos novamente nossas reservas estratégicas. E exportaremos nossa energia. Seremos novamente uma nação rica com o ouro negro que está sob nossos pés”, disse.
“E vamos pôr fim a acordos verdes. Vamos revogar as obrigações sobre veículos elétricos, salvando nossa indústria automotiva e mantendo compromisso com nossas montadoras”, acrescentou.
O presidente prometeu fazer, em breve, uma reforma do sistema de comércio “para proteger os trabalhadores e as famílias americanas. Por isso, em vez de tributar nossos cidadãos, estabeleceremos tarifas para outros países.”
Era de ouro
“A era de ouro dos Estados Unidos começa agora. Daqui em diante, nosso país florescerá e será respeitado. Seremos invejados por todo mundo, e não permitiremos que ninguém tire vantagem da gente. Colocarei a América em primeiro lugar”, afirmou.
Segundo Trump, os EUA enfrentam uma crise de confiança “após um establishment corrupto e radical, onde os pilares foram rompidos, dificultando o enfrentamento de crises simples”, em referência a problemas como o incêndio que assolou Los Angeles. Criticou também o sistema de saúde que não atuou de forma satisfatória em situações de desastre e o sistema de educação “que faz nossos alunos odiarem nosso país”.
“Mas tudo mudará rapidamente a partir de hoje”, afirmou Trump. “Minha vida foi salva para tornar a América grande novamente”, acrescentou, ao lembrar o atentado de que foi vítima durante a campanha eleitoral.
No discurso de posse, Donald Trump também reiterou a defesa da liberdade de expressão, algo que, segundo ele, foi colocado em risco pelo governo anterior.
Internacional
Rebecca Cheptegei, atleta olímpica, morre após ser incendiada pelo parceiro
A maratonista morreu em um hospital queniano após sofrer queimaduras em 80% do corpo
![A atleta olímpica ugandense Rebecca Cheptegei morreu em um hospital queniano após sofrer queimaduras em 80% do corpo](https://bahiapravoce.com.br/wp-content/uploads/2024/09/AnyConv.com__Sierre-Zinal_2022_Rebecca_Cheptegei.webp)
A atleta olímpica ugandense Rebecca Cheptegei morreu em um hospital queniano após sofrer queimaduras em 80% do corpo após um ataque de seu parceiro no domingo.
Cheptegei, de 33 anos, estava recebendo tratamento no Moi Teaching and Referral Hospital, na cidade de Eldoret. Um porta-voz, Owen Menach, confirmou sua morte na quinta-feira.
O comandante da polícia do Condado de Trans-Nzoia, Jeremiah ole Kosiom, disse na segunda-feira que o parceiro de Cheptegei, Dickson Ndiema, comprou um recipiente de gasolina, despejou sobre ela e ateou fogo. “O casal foi ouvido brigando do lado de fora de sua casa. Durante a altercação, o namorado foi visto derramando um líquido na mulher antes de queimá-la”, disse Kosiom ao jornal Standard no Quênia. “O suspeito também foi pego pelo fogo e sofreu queimaduras graves.” Ndiema estava sendo tratada no mesmo hospital que Cheptegei.
Os pais de Rebecca Cheptegei disseram que sua filha comprou terras em Trans-Nzoia para ficar perto dos muitos centros de treinamento atlético do país. Um relatório arquivado pelo chefe de polícia local afirma que o casal foi ouvido brigando pelo terreno onde a casa foi construída antes do incêndio começar.
No mês passado, Cheptegei terminou em 44º lugar na maratona nas Olimpíadas de Paris e ficou em 14º no campeonato mundial do ano passado em Budapeste. Em 2022, ela venceu a corrida de montanha no World Mountain and Trail Running Championships na Tailândia.
Internacional
Biden retira candidatura à reeleição para a presidência dos EUA
O presidente adiantou seu apoio na indicação da sua vice, Kamala Harris, para enfrentar Trump
![O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo (21) que desistirá de concorrer à reeleição.](https://bahiapravoce.com.br/wp-content/uploads/2024/07/President_of_the_United_States_Joe_Biden_2021.webp)
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo (21) que desistirá de concorrer à reeleição. Em uma postagem na rede social X (antigo Twitter), Biden afirmou acreditar que, apesar de sua intenção de tentar um novo mandato, é do interesse do Partido Democrata e do país a retirada da sua candidatura. Em seguida, disse que se concentrará no seu trabalho como presidente até o final de seu mandato, em janeiro de 2025.
“Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E, embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que seja do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre apenas no cumprimento de meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”, escreveu Biden em uma carta publicada na rede social.
Ainda na carta postada neste domingo (21), ele informou que se pronunciará à nação no final desta semana, dando mais detalhes sobre sua decisão. No entanto, em outra postagem no X, o presidente adiantou seu apoio na indicação da vice-presidente, Kamala Harris, para enfrentar o republicano Donald Trump.
“Minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente. E foi a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer todo o meu apoio e endosso para que Kamala seja a indicada do nosso partido este ano”.
O anúncio de Biden segue-se a uma onda de pressão pública e privada de parlamentares democratas e membros do partido para que ele desistisse da corrida após desempenho fraco em um debate televisivo no mês passado contra o rival republicano Donald Trump.
Na carta de hoje, Biden disse que os Estados Unidos tiveram grande progresso nos últimos três anos e meio, citando a expansão do acesso a serviços de saúde, legislação sobre armas e a indicação da primeira mulher negra para a Suprema Corte.
Em típico discurso de fim de mandato, o presidente ainda destacou o fortalecimento da democracia e das relações do seu país com outras nações. “Os Estados Unidos nunca estiveram tão bem-posicionados para liderar como estamos hoje. Sei que nada disso poderia ter sido feito sem o povo americano. Juntos superamos uma pandemia e a pior crise econômica desde a Grande Depressão.
Protegemos e preservamos nossa democracia e revitalizamos e fortalecemos nossas alianças em todo o mundo”.
Donald Trump
O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse à CNN neste domingo que acha que será mais fácil derrotar a vice-presidente, Kamala Harris, nas eleições de novembro do que seria derrotar Joe Biden.
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