Cultura
Projeto Agô Bahia celebra 131 anos de Mãe Menininha do Gantois
Também foi celebrado os 33 anos do memorial em homenagem à líder religiosa, que faleceu em 1986
Os 131 anos de nascimento de Mãe Menininha do Gantois e os 33 anos do memorial em homenagem à líder religiosa, que faleceu em 1986, foram celebrados, na noite de segunda-feira (10), no terreiro Ilé Iyá Omi Axé Iyamasé (Gantois), na Federação, em Salvador. Sob o comando da ialorixá Mãe Carmen, lideranças do candomblé e autoridades civis acompanharam palestras e apresentações musicais.
O evento teve o apoio da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA), por meio do projeto Agô Bahia, que atua na valorização das religiões de matriz africana e realizou obras de melhorias no terreiro. A iniciativa foi elogiada durante a celebração.
“O memorial é a pérola patrimonial e através dele conseguimos fazer um trabalho sociocultural, religioso e acadêmico, atendendo os visitantes diariamente. Graças a parceiros como a Setur-BA, estamos aqui promovendo esse encontro, com um equipamento que oferece conforto para dialogarmos”, ressaltou a historiadora Tanira Fontoura, Egbomi de Iemanjá do Gantois.
“O espaço preserva o legado de Mãe Menininha, permitindo que novas gerações compreendam a importância dela, nos campos espiritual, cultural e histórico. Além do Gantois, tivemos intervenções em mais nove terreiros e elaboramos o roteiro de visitação aos templos, com orientações sobre o comportamento dos turistas, em parceria com as lideranças das casas”, completou o coordenador do Agô Bahia, Paulo Sobrinho.
Fundado em 1849, pela africana liberta Maria Júlia da Conceição Nazareth, o Terreiro do Gantois é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Bisneta da fundadora, Maria Escolástica da Conceição Nazareth, conhecida como Mãe Menininha, assumiu o sacerdócio em 1922 e transformou-se em grande liderança religiosa nacional. A história está retratada no memorial, que reúne mais de 500 peças, entre documentos, fotografias e objetos rituais e pessoais da ialorixá. Ele está aberto à visitação de terça a sexta-feira (9h às 12h/14h às 17h) e aos sábados (9h às 12h).
Cultura
Saberes tradicionais ganham destaque no Festival Nosso Futuro Brasil-França
Evento, em Salvador, promove diálogos sobre cultura, clima e juventude para enfrentar crises ambientais
Até este domingo (9), Salvador se transforma em palco de convergência cultural entre Brasil, França e África durante o Festival Nosso Futuro Brasil-França: Diálogos com África. A programação, iniciada na última quarta-feira (5), reúne jovens de diferentes países para debater temas como justiça climática, saberes ancestrais e cooperação internacional.
Nesta sexta-feira (7), o Fórum Nosso Futuro, realizado na Doca 1, no bairro do Comércio, promoveu mesas sobre convivência com as mudanças climáticas e construção de cidades sustentáveis. Entre os participantes esteve Saide Gustavo dos Santos, estudante da rede estadual e clarinetista do Neojiba, que também participou de uma visita guiada ao Mercado Modelo. Convidado para a mesa “Utopias Urbanas e Cidades em Formação”, o jovem destacou a importância do diálogo multicultural para enfrentar desafios globais.
Representando a juventude da COP30, Mikaelle Farias, engenheira de Energias Renováveis pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), participou da mesa “Cultura e Clima: os saberes do território como tecnologia para o futuro”. A especialista ressaltou que discutir cultura e clima é essencial para compreender práticas ancestrais e a resistência dos povos da diáspora diante das emergências ambientais.
Para Nivaldo Millet, coordenador de Políticas para a Juventude do Estado, o festival fortalece o pensamento crítico dos jovens e amplia oportunidades de emancipação. Segundo ele, a iniciativa é estratégica diante do avanço das crises climáticas e reforça a prioridade da juventude nas políticas públicas.
Além dos debates, o evento inclui exposições, apresentações musicais, oficinas educativas, mostras de cinema e experiências gastronômicas em diversos espaços culturais da capital baiana, como a Casa do Benin, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM) e o Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC).
Realizado pelo Governo Federal em parceria com o governo francês e o Institut Français, o festival conta com apoio da Aliança Francesa de Salvador e do Governo da Bahia.
Agricultura
Agricultura Familiar da Bahia leva 15 toneladas de produtos para a COP30
Cooperativas baianas marcam presença no maior palco global sobre clima, com alimentos sustentáveis e inovadores
A Agricultura Familiar da Bahia segue rumo à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), que acontece entre 10 e 21 de novembro, em Belém do Pará. Um caminhão carregado com cerca de 15 toneladas de produtos de 27 cooperativas deixou Salvador nesta segunda-feira (3), levando sabores e práticas sustentáveis para o maior evento mundial sobre o futuro do planeta.
Os produtos baianos estarão em dois estandes e dois quiosques, ganhando visibilidade diante de mais de 40 mil visitantes, incluindo líderes globais, cientistas e representantes da sociedade civil. Entre os destaques estão o flocão e macarrão de milho não transgênico da Copirecê, frutas desidratadas da Coopaita, chocolates da Natucoa e Bahia Cacau, suco de uva da Cooperparaíso, chips de banana da Coomafes, além de cachaças de Abaíra, mel, castanhas e produtos de licuri.
Além da exposição, itens como flocão, feijão e suco de uva farão parte da alimentação dos participantes da COP30, reforçando o papel da agricultura familiar na promoção de uma dieta saudável e sustentável.
A iniciativa conta com apoio do Governo da Bahia, por meio da CAR, e articulação da Unicafes Bahia, Unisol Brasil e Conab. Para Jeandro Ribeiro, diretor-presidente da CAR, a presença na COP30 é um marco:
“Vamos levar o sabor e a força do rural baiano para o mundo. Viva a Bahia, viva a agricultura familiar!”, afirmou.
Agricultura
Agricultura familiar chega ao prato dos trabalhadores do VLT em Salvador
Parceria entre SDR e CTB garante alimentos frescos saudáveis, além de fortalecer cooperativas rurais baianas
A partir desta segunda-feira (3), mais de 3 mil trabalhadores das obras do Veículo Leve de Transporte (VLT) em Salvador passam a receber refeições preparadas com produtos da agricultura familiar baiana, em uma iniciativa que une qualidade alimentar e desenvolvimento regional.
Os trabalhadores das obras do VLT já começam a sentir os efeitos de uma política que aproxima o campo das estruturas do Estado. A partir desta segunda-feira (3), as refeições servidas no refeitório da obra passam a contar com produtos frescos e naturais adquiridos diretamente da agricultura familiar baiana, garantindo alimentação de qualidade e fortalecendo cooperativas e associações rurais da região.
A ação é fruto da parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e a Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), beneficiando mais de 3 mil trabalhadores e assegurando o fornecimento mensal de cerca de 600 kg de alimentos cultivados sem agrotóxicos e entregues semanalmente. A primeira remessa inclui verduras, legumes, polpas de frutas, temperos e proteína animal, fornecidos por cooperativas e associações como a COOPERAGRO, a Associação dos Trabalhadores Rurais de Candeias e a Associação Sol Nascente, de Vera Cruz. Em breve, também serão incluídos ovos e manteiga.
“É como soro na veia do agricultor. Ela beneficia diretamente as comunidades, fortalece a inclusão social e transforma a vida do produtor rural, que deixa a condição de subsistência e se torna um empreendedor rural”, afirmou Paulo Roberto, presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais de Candeias.
Além de garantir refeições saudáveis para os trabalhadores, a parceria fortalece um modelo de desenvolvimento regional que valoriza a produção local e fomenta renda no campo. Para o secretário Osni Cardoso, a iniciativa traduz a missão da política pública rural da Bahia: “Estamos unindo quem produz e quem precisa. A agricultura familiar alimenta a cidade com qualidade e, quando o Estado abre esse caminho, quem ganha é o trabalhador, o produtor rural e a economia local.”
Segundo o presidente da CTB, Eracy Lafuente, “o VLT está proporcionando aos seus trabalhadores comida saudável, produzida pela agricultura familiar. É um marco importante para a construção civil.”
Em outubro, uma reunião entre SDR, CTB e entidades parceiras definiu a integração de produtos da agricultura familiar nas compras institucionais da Companhia. Além da ação nas obras do VLT, no último dia 20 a CTB recebeu os primeiros pacotes de café da agricultura familiar para consumo interno dos funcionários.
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