2 de Julho
Cachoeira abre as celebrações pela Independência do Brasil na Bahia
A data representa o início das batalhas dos brasileiros contra o domínio português, no Recôncavo baiano, em 1822

Cachoeira, na zona turística Baía de Todos-os-Santos, estendeu os festejos de São João até quarta-feira (25), com a abertura das celebrações da Independência do Brasil na Bahia, marcada pela transferência simbólica da capital do estado para o município. A data representa o início das batalhas dos brasileiros contra o domínio português, no Recôncavo baiano, em 1822, que culminaram na consolidação da libertação, em Salvador, no dia 2 de julho de 1823. Ainda em clima junino, foram realizadas celebrações cívicas e religiosas, além de apresentações musicais.
“A Bahia celebra aqui em Cachoeira, o início da nossa luta contra o colonialismo português, e os turistas que nos visitam no período junino têm a oportunidade também de aprender como a independência foi consolidada, com o papel decisivo do povo baiano”, ressaltou o titular da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA), que integrou a comitiva do governador Jerônimo Rodrigues, na transferência da sede do governo para o município.
“A comemoração da nossa Data Magna encerra as festividades do São João, que tiveram o apoio do Governo do Estado, por meio da Setur-BA. Recebemos milhares de turistas, que injetaram mais de 30 milhões na economia do município, mostrando a grande relevância da festa”, completou a prefeita Eliana Gonzaga.
A gaúcha Nádia Correa, que dividiu o feriadão entre Cachoeira e Santo Amaro, estava satisfeita com a viagem. “Encontrei o que vim buscar: história, alegria, axé, forró e samba de roda. Vale a pena visitar o Recôncavo baiano”, elogiou.
“O Quilombo Kaonge recebeu muitos turistas, de diversos lugares do Brasil. Isso é importante para gerar renda na comunidade também nesse período. Foram visitantes que fizeram vivência nos quilombos ou, simplesmente, almoçaram conosco”, relatou o orientador do quilombo, Ananias Viana, agraciado com a comenda 25 de Junho, oferecida pela Câmara Municipal de Cachoeira, pelo trabalho dele no turismo comunitário.
2 de Julho
Lula acompanha cortejo pelo quarto ano consecutivo
Em clima de festa e emoção, o presidente foi saudado pelo público com entusiasmo e seguiu junto ao cortejo até o Pelourinho

Pelo quarto ano seguido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez questão de marcar presença no Dois de Julho, em Salvador, data que celebra os 202 anos da Independência da Bahia. Ao lado do governador Jerônimo Rodrigues, da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa, Lula participou do tradicional cortejo cívico, acompanhando o povo baiano em um dos momentos mais simbólicos da nossa história.
Em clima de festa e emoção, o presidente foi saudado pelo público com entusiasmo e seguiu junto ao cortejo até o Pelourinho, reafirmando o compromisso com a valorização da cultura e da luta do povo baiano. As primeiras-damas da República, Janja da Silva, e do Estado, Tatiana Velloso, também estavam presentes.
Na terça-feira (1), o presidente enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei que propõe transformar o Dois de Julho no Dia da Consolidação da Independência.
“Ano passado ele se comprometeu que buscaria transformar a data em nacional e nós estamos aguardando. A gente vai constituindo aqui o material para consolidar um processo no currículo escolar, de uma data oficial. Transformar em lei é muito importante”, ressaltou Jerônimo Rodrigues sobre a relevância da iniciativa de oficializar as celebrações do Dois de Julho no âmbito nacional.
2 de Julho
Bahia celebra 202 anos de Independência com tradicional cortejo cívico
Durante o trajeto até o Pelourinho, o que se via eram famílias inteiras, muitas com crianças nos ombros, acompanhando os carros alegóricos

Ao nascer do sol, o Largo da Lapinha já estava cheio de gente animada para acompanhar mais uma edição do tradicional desfile do Dois de Julho, que este ano celebra os 202 anos da Independência da Bahia. Uma data que é muito mais que um feriado: é orgulho, resistência e memória viva do povo baiano, como explicou Rosane Pacheco, que mora há cinco anos em Salvador, mas acompanha o desfile há quatro décadas.
“Essa data representa a história que não é contada. Não sou de Salvador, mas tenho aprendido muito com as nossas histórias e me sinto pertencente. Aqui se vê toda essa mistura acontecendo, essa libertação. Dois de Julho para mim é isso”, pontuou ela.
Logo às 8h, o governador Jerônimo Rodrigues participou da cerimônia de abertura, com o hasteamento das bandeiras ao som do Hino Nacional, executado pela Banda de Música da Marinha do Brasil.
“É nossa alegria, porque nós começamos desde o dia 25 de junho, em Cachoeira, e hoje a consolidação. Desde criança e adolescente que eu participava dessa data, desfilando pela escola, fazendo as apresentações, fui crescendo e, cada vez mais, me consolidando enquanto um cidadão que tem consciência do Dois de Julho. Agora como governador, forçar para que a gente possa incluir no currículo escolar, para explicar às nossas crianças, adolescentes e jovens, o significado dessa data”, disse Jerônimo no início do cortejo.
Durante o trajeto até o Pelourinho, onde o cortejo segue com o presidente Lula e o governador, o que se via eram famílias inteiras vestidas de branco, azul e vermelho, muitas com crianças nos ombros, acompanhando os carros alegóricos. Oscarlinda Souza trouxe o filho Mateus Silva para assistir. De acordo com ela, é muito importante conhecer o significado desta celebração. “Representa o fortalecimento de uma data muito importante. Fico feliz também de trazer ele para reconhecer e ver como é a Independência da Bahia e do Brasil”, disse ela.

Foto: Joá Souza/GOVBA
Ao longo do trajeto, muita demonstração de civismo. Valdeir Pessoa foi uma delas. Há muitos anos que ela assiste o cortejo. “É uma data muito especial, que comemora muitas coisas boas para o nosso estado e nosso país. Não é só pensar na festa, é pensar o que significa o Dois de Julho. Que todos venham em paz. Feliz Dois de Julho!”, disse, ela espera que as crianças da escola onde trabalha conheçam a representatividade e a importância desta data.
Cultura
A Secult-BA, por meio da Fundação Cultural do Estado, garantiu a participação de 10 filarmônicas no tradicional cortejo de Dois de Julho, em Salvador, destacando o papel essencial dessas instituições na preservação da memória e diversidade musical da Bahia. Para viabilizar a presença dos grupos, foi oferecido auxílio transporte que varia de R$ 2 mil a R$ 6 mil, de acordo com a distância da sede da banda até a capital.
Educação
As fanfarras escolares voltam a ocupar as ruas, com a participação de 154 escolas da rede estadual, sendo 26 da capital e Região Metropolitana e 128 do interior. A ação faz parte do Projeto Fanfarras Escolares, que visa incentivar a vivência estudantil em eventos cívicos. A programação contou ainda com a participação dos estudantes em Cachoeira, onde as festividades começaram em 25 de junho.
Segurança
Com o objetivo de manter a segurança durante os festejos, mais de dois mil agentes das forças de segurança foram mobilizados. Aliado a isso, a SSP ativou o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), reunindo 24 órgãos estaduais e municipais. O esquema envolve câmeras de reconhecimento facial, plataforma de observação elevada, o uso de drones e a atuação conjunta da Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros Militares e Departamento de Polícia Técnica. A meta é repetir o sucesso de 2024, quando nenhum crime grave foi registrado durante o evento.
“Trazer essas inovações para que a gente possa garantir a tranquilidade nessa data tão importante, que nós possamos fechar com paz e com muita segurança”, afirmou o secretário Marcelo Werner.
2 de Julho
Documentos que contam a história estão expostos no Arquivo Público
A exposição “Do Recôncavo à Independência” reúne fac-símiles de documentos históricos da coleção Independência do Brasil na Bahia

O dia 2 de julho trata-se de um dos feriados mais importantes para a Bahia. Nesta data, é celebrada a Independência da Bahia ou a Independência do Brasil na Bahia, e representa a resistência do estado. Se unindo às comemorações dos 202 anos de independência, o Arquivo Público do Estado da Bahia, equipamento da Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBA), responsável por salvaguardar a história e memória do povo baiano, traz para a população uma exposição que revela correspondências que ajudam a contar fatos sobre as lutas por liberdade.
A exposição “Do Recôncavo à Independência”, que reúne fac-símiles de documentos históricos da coleção Independência do Brasil na Bahia, estão sob a guarda do APEB. A mostra parte sobre o processo de independência a partir de documentos produzidos em diferentes localidades do Recôncavo Baiano, território fundamental na resistência às tropas portuguesas entre os anos de 1821 e 1823. Composta por correspondências, atos normativos e registros oficiais, a exposição revela o protagonismo de sujeitos e comunidades que muitas vezes foram pouco celebradas pelas narrativas oficiais.
Mais do que um acervo de papéis históricos, a exposição oferece ao público uma travessia pela escrita da liberdade, uma escrita feita a muitas mãos, em vilas, quartéis, câmaras municipais e estradas do Recôncavo.
“A mostra reafirma o papel do APEB como guardião da memória pública e espaço de pesquisa, reflexão e valorização da história popular”, enfatiza o diretor do APEB, Jorge Vieira.
A exposição fica aberta à visitação entre os dias 1 a 31 de julho.
SERVIÇO
- Exposição comemorativa ao 2 de julho “Do Recôncavo à Independência
- Quando: De 01 a 31 de julho
- Onde: Arquivo Público do Estado da Bahia – Ladeira Quintas dos Lázaros, nº 50, Baixa de Quintas, Salvador.
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