Meio Ambiente
Operação pioneira busca erradicar coral invasor da Baía de Todos-os-Santos
Moradores e pescadores da região estão sendo capacitados para ajudar na identificação e controle do coral invasor

Uma força-tarefa formada por mergulhadores, pesquisadores, técnicos ambientais e instituições públicas e privadas iniciou nesta sexta-feira (16), na Ilha de Itaparica, uma operação inédita para remover colônias do coral invasor Chromonephthea braziliensis dos recifes da Baía de Todos-os-Santos (BTS). A ação, coordenada pela ONG Pró-Mar, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (Sema), o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e universidades, busca erradicar a espécie que tem se alastrado com rapidez e comprometido a saúde dos ecossistemas marinhos. A operação segue até a próxima terça-feira (20).
O coral, identificado há cerca de um ano por pescadores locais, ameaça corais nativos ao competir por espaço e liberar substâncias que causam necrose em outros organismos marinhos. “É uma corrida contra o tempo. Essa espécie tem uma taxa de crescimento alarmante e pode alterar completamente a estrutura ecológica dos recifes se não for contida agora”, explica Tiago Porto, diretor de Política e Planejamento Ambiental da Sema.
A técnica utilizada na operação envolve a remoção manual das colônias, seguida da limpeza do substrato com escovas de aço para impedir que o coral volte a crescer. Em áreas mais profundas ou de difícil acesso, os mergulhadores aplicam uma solução de sal ácido, garantindo a eliminação completa da espécie.
Modelo
“Essa é a primeira operação em larga escala para erradicação do C. braziliensis no Brasil, e pode servir como modelo para outros estados costeiros que venham a enfrentar o mesmo problema”, destacou o fundador da ONG Pró-Mar, Zé Pescador. A organização lidera as ações com base em um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado com a Sema, que prevê ainda a elaboração de um Plano de Ação para Conservação de Recifes de Corais na Bahia.
Paralelamente à operação, moradores e pescadores da região estão sendo capacitados para ajudar na identificação e controle do coral invasor. Oficinas práticas e encontros educativos têm promovido o engajamento da comunidade local, transformando os próprios afetados em agentes da conservação marinha. “Esses corais atrapalham tudo. Eles tomam conta dos recifes e os peixes somem. Isso mexe direto com nossa renda e com a vida da gente que vive do mar”, afirma Fernando Mascarenhas, pescador há mais de 40 anos, nascido e criado em Itaparica.
Preservação
A Baía de Todos-os-Santos, além de sua relevância cultural e histórica, abriga um dos mais ricos ambientes recifais do Atlântico Sul, essenciais para a atividade pesqueira e para a proteção natural da linha costeira. Entre janeiro e fevereiro deste ano, seis expedições realizadas por pesquisadores ajudaram a mapear a extensão da infestação de espécies invasoras e a definir as áreas prioritárias para intervenção. A primeira etapa da ação está concentrada na região da marina de Itaparica, onde se iniciou o processo de controle e contenção.
Na sequência, novas campanhas de monitoramento serão realizadas para evitar a recolonização da espécie. O esforço reúne diferentes instituições, contando com o apoio da Marinha, da Capitania dos Portos, do ICMBio, do Ibama e de universidades e centros de pesquisa como a Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e o Senai/Cimatec.
Meio Ambiente
Onda de frio deve atingir pelo menos sete estados, alerta Inmet
O alerta laranja é o segundo de maior gravidade na escala utilizada pelo Inmet, abaixo somente do alerta vermelho

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu neste domingo (29) dois alertas laranjas e que indicam fortes ventos na costa do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e declínio de temperatura para sete estados brasileiros até a segunda-feira (30).
O alerta laranja é o segundo de maior gravidade na escala utilizada pelo Inmet, abaixo somente do alerta vermelho, e significa situação de perigo.
O primeiro alerta, de ventos costeiros, vale até as 03h da manhã de segunda-feira (30). Segundo o Inmet, o alerta indica grande movimentação de dunas de areia sobre construções da orla e vale para a Grande Florianópolis, a Região Metropolitana de Porto Alegre, o Sul Catarinense, o Sudeste Rio-Grandense, o Vale do Itajaí e o Nordeste Rio-Grandense.
Já o alerta de onda de frio vale até as 23h59 de segunda (30) e indica que a temperatura pode cair mais do que 5 graus Celsius (ºC) em sete estados brasileiros: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Rondônia.
Chuvas
O Inmet prevê que chuvas intensas devem continuar atingindo o sul do país até segunda (30). Segundo o instituto, a formação de um novo sistema frontal neste domingo reforçará as instabilidades sobre grande parte do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, com acumulados podendo exceder os 100 milimetros.
Rajadas de vento e raios também estão previstos para toda a região. No decorrer da noite, as instabilidades mais fortes devem atuar sobre Santa Catarina e Paraná, podendo chegar ao sul do Mato Grosso do Sul, já se distanciando do Rio Grande do Sul.
Já na segunda (30), as condições de chuva no Rio Grande do Sul devem enfraquecer, mas persistem em áreas localizadas do Paraná e de Santa Catarina, sul de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. Novas instabilidades, contudo, poderão voltar a ocorrer no Rio Grande do Sul entre terça-feira (1º) e quarta-feira (2).
Meio Ambiente
Planejamento Espacial Marinho do Nordeste será lançado nesta segunda (30)
A programação será realizada ao longo do dia no auditório da Cerb, em Salvador, a partir das 9h

Com uma das maiores extensões litorâneas do Brasil, Salvador recebe nesta segunda-feira (30), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), o lançamento das atividades do Planejamento Espacial Marinho (PEM) do Nordeste. O evento é promovido pelo consórcio vencedor do PEM-Nordeste e é apoiado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema).
O PEM integra um esforço nacional coordenado pela Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM) e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) para organizar, de forma sustentável, o uso do espaço marítimo brasileiro. A atividade é direcionada a pesquisadores, gestores das unidades de conservação costeiras, representantes de setores estratégicos e poder público.
A programação será realizada ao longo do dia no auditório da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb). A abertura, às 9h, contará com representantes da Sema, Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), órgãos estaduais, federais e instituições parceiras do projeto. À tarde, os participantes seguem com uma oficina técnica voltada à identificação de dados e informações essenciais para subsidiar o planejamento no estado.
Na Bahia, o desenvolvimento do PEM-NE está sendo coordenado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (FUNPEC), com o envolvimento de instituições de ensino superior, incluindo a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). O objetivo é alinhar o processo técnico às realidades locais, aproximando universidades, gestores públicos e setores produtivos.
O Brasil se comprometeu a implementar o Planejamento Espacial Marinho até 2030, com a construção de planos específicos para todas as regiões costeiras. A oficina na Bahia é parte desse processo de construção colaborativa, que está sendo realizado em etapas em cada um dos estados do Nordeste.
O Planejamento Espacial Marinho (PEM) é um processo público que visa ordenar os diferentes usos do mar, conciliando interesses ecológicos, econômicos e sociais. A proposta é mapear áreas prioritárias para conservação, identificar zonas com potencial para exploração sustentável e promover o uso racional do espaço marítimo.
Meio Ambiente
Inverno na Bahia terá mais frio e chuvas no Leste, aponta Inema
A estação será marcada por temperaturas mais baixas que as registradas em 2024 e pela persistência das chuvas na faixa leste do estado

O inverno começa oficialmente nesta sexta-feira (21), e deve trazer mudanças significativas no clima da Bahia. De acordo com a Coordenação de Estudos de Clima e Projetos Especiais (Cocep), do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), a estação será marcada por temperaturas mais baixas que as registradas em 2024 e pela persistência das chuvas na faixa leste do estado.
Em Salvador e região metropolitana, os termômetros já marcaram mínimas de 21ºC, o que representa uma queda de até 4 graus em relação ao comum de outras estações. No interior, o frio deve ser mais intenso, com temperaturas abaixo de 10ºC em áreas como Vitória da Conquista, Piatã e Santa Rita de Cássia.
No Leste do estado – incluindo capital, Recôncavo, litoral sul e norte -, a previsão é de chuvas fracas e contínuas até meados de agosto com períodos de sol entre nuvens. Segundo a meteorologista do Instituto, “essas chuvas são típicas do inverno: mais leves, mas persistentes. Não acumulam grandes volumes, mas mantêm o tempo mais úmido e nublado por vários dias”. Já nas regiões do centro ao oeste, o tempo será seco, com grande variação térmica: manhãs frias, tardes quentes e umidade do ar abaixo dos 30%, o que exige atenção com a saúde. “As manhãs começam frias, mas à tarde os termômetros sobem e podem ultrapassar os 36 graus. É o que chamamos de alta amplitude térmica, associada ainda à baixa umidade do ar, que pode ficar abaixo de 30%”, alerta.
Nesse ano, não há influência de fenômenos como El Niño ou La Niña. “Estamos em uma fase de neutralidade climática, o que favorece o padrão típico da estação, com frentes frias que passam rapidamente e mantêm o tempo nublado por alguns dias”, explica Cláudia.
O Inema também chama atenção para os impactos do inverno na agricultura e na saúde. “Nas áreas litorâneas, essa sequência de chuvas favorece bastante as lavouras. Já no interior, a falta de chuvas, o ar seco e as variações de temperatura exigem mais cuidados com a saúde, principalmente respiratória”, orienta a meteorologista. Além disso, a combinação de calor, baixa umidade e ventos fortes aumenta o risco de queimadas. “As condições meteorológicas não causam incêndios, mas facilitam sua propagação, o que também contribui para a poluição do ar e problemas respiratórios”, finaliza.
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