Internacional
Olaf Scholz é eleito chanceler alemão
O social-democrata sucederá Angela Merkel depois de obter uma maioria de 395 dos 736 votos dos delegados

Olaf Scholz sucederá Angela Merkel como o novo chanceler da Alemanha, depois de obter uma maioria de 395 dos 736 votos dos delegados em uma votação parlamentar na manhã desta quarta-feira (8).
Scholz supervisionará um governo de coalizão de com viés de esquerda liberal entre seu partido social-democrata (SPD), os verdes e o partido liberal-democrata (FDP). É o primeiro acordo de divisão de poder desse tipo na Alemanha, e a primeira aliança governante com três partidos desde 1957.
Scholz, ex-prefeito de Hamburgo e ministro das finanças no mandato final de Merkel, garantiu 21 votos a menos do que as 416 cadeiras que os três partidos da coalizão têm no Bundestag, embora vários políticos estivessem ausentes da votação por motivo de doença.
Usando uma gravata vermelha bordô, o político social-democrata removeu sua máscara preta para aceitar a votação. Em meio a aplausos, os delegados parabenizaram Scholz com golpes de punho, apertos de mão e flores. Um deu a ele uma cesta de maçãs vermelhas.
Após a votação, Olaf Scholz dirigiu-se à residência do presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, no Palácio Bellevue, para ser formalmente nomeado.
Ao meio-dia, ele estava de volta ao Bundestag para fazer seu juramento de posse, jurando usar os poderes que lhe foram legados “para o bem do povo alemão”. Scholz, que foi criado em uma família protestante, mas mais tarde optou por deixar a igreja, recusou-se a proferir a linha final opcional do juramento, “Que Deus me ajude”.
Os convidados que assistiram à cerimônia da galeria dos visitantes incluíram o ex-chanceler Gerhard Schröder, a esposa de Scholz, Britta Ernst, seus pais, Gerhard e Christel Scholz, e seus irmãos Jens e Ingo.
O novo governo foi finalmente anunciado no parlamento às 13h30, após o que os ministros do gabinete de Scholz prestaram juramento.
Merkel também assistiu aos procedimentos da galeria dos visitantes. A chanceler cessante, que está encerrando sua carreira política e não continuará como parlamentar, foi aplaudida de pé por quase todos os delegados nos últimos minutos de seu mandato. Apenas membros da extrema direita Alternative für Deutschland permaneceram sentados.
Merkel vai entregar formalmente seus escritórios na chancelaria no centro de Berlim para Scholz e sua equipe. O prédio cubóide em frente ao parlamento é a sede dos líderes alemães desde 2001, tornando Scholz apenas o terceiro chanceler a governar de suas instalações.
O novo chefe de governo da Alemanha deve fazer sua primeira viagem ao exterior já na sexta-feira (10), quando também participará da “cúpula pela democracia” promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por meio de um link de vídeo. Durante a campanha eleitoral de setembro, Scholz afirmou que seguiria o exemplo de Merkel e faria sua primeira viagem ao exterior, para Paris.
Internacional
Brics cobra US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até a COP30
O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento

Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a participação nas metas de financiamento climático. A iniciativa de captação de recursos, chamada Mapa do Caminho de Baku a Belém US$ 1,3 trilhão, destaca a importância de se chegar a esse valor até a COP30, em novembro.
“Expressamos séria preocupação com as lacunas de ambição e implementação nos esforços de mitigação dos países desenvolvidos no período anterior a 2020. Instamos esses países a suprir com urgência tais lacunas, a revisar e fortalecer as metas para 2030 em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a alcançar emissões líquidas zero de GEE [gases do efeito estufa] significativamente antes de 2050, preferencialmente até 2030, e emissões líquidas negativas imediatamente após”, diz um dos trechos do documento.
A defesa do multilateralismo foi uma das principais bandeiras do grupo, reunido na Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro. Nesse sentido, o Brics reforça o papel da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o Acordo de Paris como principal canal de cooperação internacional para enfrentar a mudança do clima.
O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento. O grupo reconhece que há interesses comuns globais, mas capacidades e responsabilidades diferenciadas entre os países.
O texto aponta a existência de capital global suficiente para lidar com os desafios climáticos, mas que estão alocados de maneira desigual. Além disso, enfatiza que o financiamento dos países mais ricos deve se basear na transferência direta e não em contrapartidas que piorem a situação econômica dos beneficiados.
“Enfatizamos que o financiamento para adaptação deve ser primariamente concessional, baseado em doações e acessível às comunidades locais, não devendo aumentar substancialmente o endividamento das economias em desenvolvimento”, ressalta o documento.
Os recursos públicos providos por países desenvolvidos teriam como destino as entidades operacionais do Mecanismo Financeiro da UNFCCC, incluindo o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Fundo de Adaptação, o Fundo de Resposta a Perdas e Danos (FRLD), o Fundo para Países Menos Desenvolvidos e o Fundo Especial para Mudança do Clima.
Além do envolvimento de capital público, são defendidos investimentos privados no financiamento climático, de forma a proporcionar também o uso de financiamento misto.
“Destacamos que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta para lançamento na COP30, tem potencial de ser um instrumento promissor de finanças mistas, capaz de gerar fluxos de financiamento previsíveis e de longo prazo para a conservação de florestas em pé”, diz a declaração.
Mercado de carbono
Outros destaques da declaração foram a defesa dos dispositivos sobre mercado de carbono, vistos como forma de catalisar o engajamento do setor privado. O Brics se compromete a trocar experiências e atuar em cooperação para promover iniciativas na área.
Em outro trecho do documento, é mencionado o apoio ao planejamento nacional que fundamenta as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), vistas como “principal veículo para comunicar os esforços de nossos países no enfrentamento à mudança do clima”.
Há ainda espaço para condenação e rejeição às medidas protecionistas unilaterais, tidas como punitivas e discriminatórias, que usam como pretexto as preocupações ambientais. São citados como exemplo, mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs), requisitos de diligência prévia com efeitos negativos sobre os esforços globais para deter e reverter o desmatamento, impostos e outras medidas.
Internacional
Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics
A 17ª reunião de cúpula do grupo acontece neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), para a 17ª reunião de cúpula do grupo. Depois do anfitrião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro líder a chegar foi o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi.
Até as 10h10, já haviam chegado também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly; o príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Bin Mohamed Bin Zayed Al-Nahyan; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
O Brics tem, como membros permanentes, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes. Além disso, há dez nações parceiras: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
Neste domingo e na segunda-feira (7), os líderes conversarão e farão discursos em sessões especiais. A primeira sessão, pela manhã, tratará de paz, segurança e reforma da governança global.
Estão previstas uma declaração conjunta dos líderes da cúpula e outras três declarações temáticas: sobre inteligência artificial, financiamento climático e doenças socialmente determinadas.
Internacional
Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai
Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças.
Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015.
Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil.
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