Cultura
Na Chapada Diamantina, 8ª edição da Fligê acontece até domingo (17)
Com apoio do Governo do Estado, Feira Literária de Mucugê conta com serviços de cidadania e projetos que conectam cultura e comunidade

Com apoio do Governo do Estado, através do projeto Bahia Literária, a cidade de Mucugê, na Chapada Diamantina, sedia a 8ª edição da Feira Literária, a Fligê. Com o tema “Literatura: Rios e Matas da Narrativa”, o evento, que é totalmente gratuito, acontece até este domingo (17). O investimento ultrapassa R$ 2,5 milhões e contempla a organização, estrutura e ações conjuntas de diversas pastas. O governador Jerônimo Rodrigues visitou os estandes das secretarias e órgãos estaduais e prestigiou a Fligê, nesta quinta-feira (14).
“Que bacana ver a literatura transformar uma cidade pequena na capital literária e movimentar cultura, turismo e o comércio local. Temos, na Bahia, quase 100 municípios, registrados e cadastrados, realizando feiras e festas literárias. E nós temos que apoiar esses eventos”, comentou o chefe do Executivo baiano.
As atividades estão distribuídas por vários locais da cidade, como a Câmara de Vereadores, Praça do Garimpeiro, Centro Cultural, Casa do Cras e Quintal do Museu. A programação inclui mesas literárias, lançamentos de livros, expografias, atividades infantis na Fligêzinha, exibições no Fligêcine, grandes atrações musicais e espetáculos teatrais. O ponto alto desta quinta-feira (14) foi o projeto “Conversa & Canção”, com a cantora e compositora Vanessa da Mata. A Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) marcará presença com um concerto especial, na Igreja Santa Isabel, no sábado (16), às 19h.
Como forma de aproximar o público dos variados serviços e projetos realizados pelos órgãos estaduais, de 14 a 16 de agosto, visitantes da feira, têm à disposição o Espaço Bahia Presente. Lá, a Fundação Pedro Calmon (FPC), que é ligada a Secretaria de Cultura (Secult-BA), oferece apresentação de oficinas, projeto Leia Leve, cantinho da leitura e contações de histórias. No stand da Fundação Cultural (Funceb) tem oficina de música e ritmos.
“Em 2025, realizaremos 100 feiras literárias no Estado, apoiadas pelo Estado, através do programa Bahia Literária. Aqui na Fligê temos o espaço Bahia Presente, onde várias secretarias apresentam suas ações e políticas públicas, fortalecendo a literatura baiana”, afirmou o diretor da FPC, Sandro Magalhães.
Já a Secretaria da Educação (SEC) promove o Rolê do Livro, o espaço Deixa eu Falar, as Fábricas de Chocolate e de Requeijão, além de sete projetos estruturantes, desenvolvidos por escolas ligadas ao Núcleo Territorial de Educação (NTE-3), com 75 ações. A SEC também viabilizou a apresentação de filarmônicas e fanfarras escolares.
“A Educação participa ativamente da feira, com estandes, apresentações e lançamentos de livros. O Governo da Bahia é o que mais investe na política do livro e da leitura, são R$ 24 milhões. E todo esse investimento retorna em aprendizagem para nossos estudantes”, comentou a secretária Rowenna Brito.
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) realiza oficina de máscaras, lançamento do Livro “Direitos humanos e mediação de conflitos… O que dizem as palavras”, além de rodas de conversa.
Na Empresa Gráfica da Bahia (Egba) é possível conhecer os vários serviços oferecidos pela estatal e o modo como as publicações são impressas. No posto da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) serão divulgadas as ações do Centro Público de Economia Solidária (Cesol), para incentivo a empreendimentos e geração de emprego e renda. Serão expostos produtos da economia solidária e distribuídos materiais informativos.
Para a secretária de Turismo de Nova Redenção, Gisana Martins, a Fligê é uma ótima oportunidade para comprar produtos de qualidade, a preço justo. “É muito importante estar aqui contribuindo com produtores que movimentam a economia da cidade e da Chapada Diamantina, com morangos, frutas vermelhas, mel, café, cachaça e outros produtos artesanais de alta qualidade”, afirmou.
A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) vai aproveitar a participação na Fligê para divulgar a Lei Pop Ciência Bahia e o Decreto Pop Ciência Jovem. O stand ainda oferece uma experiência imersiva com óculos de realidade virtual, distribuição de cordéis e realização de atividade interativa com participação do Robozão.
Já a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) promove roda de conversa para debater a violência contra as mulheres, sarau e mesa falada.
Com atendimento jurídico, psicológico e social para vítimas de racismo e intolerância religiosa, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) leva a unidade móvel do Centro de Referência Nelson Mandela. Também fornece informações sobre o CrediAfro, a linha de crédito, criada pela Sepromi em parceria com a DesenBahia, para estimular o fortalecimento e o desenvolvimento de empreendimentos liderados por pessoas negras.
Através do Departamento de Polícia Técnica (DPT), que disponibiliza um perito criminal e dois peritos técnicos, a Secretaria da Segurança Pública, desenvolve atividade interativa e cultural, além de roda de conversa.
Agronegócio
Abapa comemora 25 anos de fortalecimento da cotonicultura no estado
A produção de algodão tem papel estratégico para a economia baiana, especialmente nas regiões Oeste e Sudoeste
O governador Jerônimo Rodrigues participou do evento comemorativo pelos 25 anos da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), nesta sexta-feira (15), em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste baiano. Fundada em 2000, a entidade se consolidou como referência na representatividade e no fortalecimento da cotonicultura no estado, atuando em toda a cadeia produtiva, desde a pesquisa científica até a comercialização da fibra, e contribuindo para o cumprimento da legislação ambiental e trabalhista no setor.
A produção de algodão tem papel estratégico para a economia baiana, especialmente nas regiões Oeste e Sudoeste, onde se concentram as lavouras. O setor gera milhares de empregos diretos e indiretos, movimenta cadeias logísticas e industriais e contribui para a balança comercial do estado com exportações de alta qualidade. O reconhecimento da pluma baiana no mercado internacional reforça a competitividade e a sustentabilidade da cotonicultura no cenário global.
Durante a celebração, foram destacadas as conquistas da Abapa ao longo de sua trajetória e a sua contribuição para o fortalecimento do agronegócio baiano. Atualmente, a Bahia é a segunda maior produtora nacional de algodão, com produção estimada em 1,78 milhão de toneladas em 2025, podendo chegar a 1,95 milhão de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em uma área cultivada de até 408 mil hectares.
“O algodão baiano é um exemplo de organização, produtividade e compromisso com a qualidade. Nosso governo tem trabalhado para criar condições que permitam que o setor continue crescendo, gerando empregos e fortalecendo a economia do estado”, destacou o governador.
A presidente da Abapa, Alessandra Zanotto, ressaltou a importância da sintonia entre o poder público e os produtores rurais. “O diálogo aberto e a boa relação com o governo são essenciais para que possamos avançar em políticas públicas, infraestrutura e ações de fomento, garantindo que a cotonicultura baiana continue se destacando no cenário nacional e internacional”, afirmou.
Cultura
Festa da Irmandade da Boa Morte movimenta Cachoeira até domingo (17)
O principal papel da entidade religiosa foi garantir uma partida digna às pessoas vulneráveis e fazer ressoar a mensagem de liberdade

Há mais de 200 anos a ancestralidade pede licença a cada mês de agosto em Cachoeira, quando se iniciam as festividades em celebração a Nossa Senhora da Boa Morte na Bahia. Nesta sexta-feira (15), a primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, a primeira-dama da Bahia, Tatiana Velloso, ministras e secretários de Estado estiveram na sede da Irmandade da Boa Morte, na cidade do Recôncavo Baiano, onde acontecem os festejos desde 1820, para entregas e anúncios para a cultura popular, para os povos de terreiro e para a promoção da igualdade racial.

Primeiras-damas, Janja Silva e Tatiana Velloso, além das ministras Margareth Menezes, Anielle Franco e outras autoridades marcaram presença nas celebrações
“A Festa da Boa Morte tem uma importância muito grande por tudo que já entregou para a sociedade brasileira, resgatando a história, em outros tempos comprando a liberdade de pessoas escravizadas. É uma história muito comovente. É uma comunidade de mulheres, um movimento de mulheres defendendo a liberdade, defendendo os direitos humanos”, disse a ministra da cultura Margareth Menezes, presente na cerimônia.
- Foto: Wuiga Rubini/GOVBA
- Foto: Wuiga Rubini/GOVBA
- Foto: Wuiga Rubini/GOVBA
Antes do tradicional cortejo com 48 mulheres da irmandade cachoeirana, foi realizada a entrega do Prêmio do Ministério da Cultura para dona Dalva, sambista tradicional de Cachoeira. Na ocasião, foram anunciadas as obras pelo PAC Cidades para a casa de Samba da Dona Dalva e para o Terreiro Ilê Axé Icimimó. Dona Dalva também foi apresentada como a provedora da Festa da Boa Morte de 2026. Ainda foi entregue ao terreiro uma placa de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
- Foto: Wuiga Rubini/GOVBA
- Foto: Wuiga Rubini/GOVBA
- Foto: Wuiga Rubini/GOVBA
Entre os anúncios para Cachoeira, estão a adesão do município à política de Povos de Terreiro do Governo Federal e ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SINAPIR). Outras 12 prefeituras, além da de Cachoeira, entraram no sistema nacional. A prefeita cachoeirana, Eliana Gonzaga, representou os municípios. “É uma alegria estar representando aqui os municípios da Bahia e assumindo essa responsabilidade de combater o racismo, não só em Cachoeira, mas em todo o país”, disse.
Na Igreja da Matriz de Cachoeira as autoridades participaram da missa solene. A primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, e as ministras foram homenageadas pela Irmandade da Boa Morte pela contribuição com políticas de valorização da cultura. Para o secretário da Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, a festa é uma tradição bicentenária de fé, de resistência e de preservação da memória cultural. “O Governo do Estado reconhece essa festa como patrimônio imaterial da Bahia desde 2010 e, com muito respeito, nós construímos a cada ano em diálogo com as irmãs da Boa Morte. A nossa participação e o nosso apoio acontecem com um diálogo muito respeitoso às nossas senhoras, que representam gerações de mulheres negras que, desde a escravização, lutam pela liberdade”, enfatizou.
- Foto: Wuiga Rubini/GOVBA
- Foto: Wuiga Rubini/GOVBA
- Foto: Wuiga Rubini/GOVBA
Políticas federais
À frente da festa religiosa, a Irmandade da Boa Morte também recebeu o título de Promotora da Igualdade Racial pelo Governo Federal. A tradição afro-católica, conduzida exclusivamente por mulheres negras, foi criada no século XVII em Salvador e transferida para a Cachoeira em meio a conflitos que marcaram a capital baiana. Segundo a provedora da festa deste ano, Irmã Neci Santos Leite, há 17 anos na Irmandade, o principal papel da entidade religiosa foi garantir uma partida digna às pessoas vulneráveis e fazer ressoar a mensagem de liberdade.
“É o nosso reconhecimento de uma alforria. Isso foi uma busca, uma luta nossa ao longo dos séculos e começou com nossos ancestrais escravizados. Pessoas escravizadas não tinham direito a uma morte digna, eram jogadas em uma vala, de qualquer jeito, para os bichos destruírem. Então, nossa busca foi sempre por dignidade e por liberdade”, contou Irmã Neci, que ocupa com outras integrantes, anualmente, os cargos de provedora, procuradora, tesoureira e escrivã, responsáveis pela organização dos rituais e atividades culturais.
Sobre a festa
A Festa da Boa Morte começou na última quarta-feira (13) e vai até o domingo (17), com manifestações culturais, sambas de roda, missas, procissões e espaço dedicados ao empreendedorismo negro na cidade de Cachoeira.
Cultura
Fligê transforma Mucugê em capital literária da Chapada
Com o tema “Rios e Matas da Narrativa”, a 8ª edição da feira reúne arte, educação e cidadania

Mucugê, na Chapada Diamantina, respira e vive literatura, durante a abertura oficial, nesta quinta-feira (14), da 8ª Edição da Feira Literária – a Fligê. Com o tema “Literatura: Rios e Matas da Narrativa”, o evento, que é totalmente gratuito, promete reunir até domingo (17) um público diverso para celebrar a literatura e outras manifestações artísticas. O governador Jerônimo Rodrigues participou deste momento e destacou o investimento de R$ 2,5 milhões do Estado, para a organização e estrutura da feira.
“Eu tive condição de participar no ano de 2019 como secretário de Educação, e hoje volto como governador para referendar, não só com apoio financeiro, mas para referendar a presença de um governador, professor, que valoriza as festas e as feiras literárias como elemento importante para estimular a escrita e a leitura”, afirmou Jerônimo.
A feira já se consolidou como um dos principais eventos culturais da Bahia, reunindo autores, leitores, artistas e interessados em um diálogo intenso sobre literatura. Segundo a curadora da Fligê, Ester Figueiredo, o tema deste ano foi escolhido para provocar reflexões sobre o papel da natureza na narrativa literária e na preservação cultural.
“Esse tema dialoga com diferentes linguagens, além da literatura, o cinema, a música, o teatro. Ele está centrado na natureza, dentro da perspectiva literária. A Fligê é mais do que uma feira, é um encontro que deixa marcas na cidade e nas pessoas”, afirmou ela, destacando as expectativas positivas para os próximos dias de programação, que inclui mesas literárias, lançamentos de livros, expografias, atividades infantis na Fligêzinha, exibições no Fligêcine, grandes atrações musicais e espetáculos teatrais, além do Espaço Bahia Presente, onde vários órgãos e secretarias do estado apresentam projetos e ações executados em prol da educação e cidadania.
A secretária da Educação, Rowenna Brito, também esteve presente e sublinhou a importância da Fligê para a promoção da cultura e da literatura no interior da Bahia. Ela lembrou que eventos desse porte fortalecem a identidade cultural e ampliam o acesso à leitura para públicos que muitas vezes não têm contato com grandes iniciativas do gênero.
“É uma alegria a gente estar em Mucugê, na abertura da 8ª Feira Literária, uma agenda que é central para o Governo do Estado, mas além da abertura da feira, a gente também inaugurou uma escola de tempo integral. É a educação participando ativa e intensamente dessa feira literária”, disse.
Já o secretário da Cultura, Bruno Monteiro, enfatizou que o projeto Bahia Literária, que busca apoiar feiras, como a Fligê, é fundamental para fomentar a cultura nos municípios. “A Fligê é uma das feiras literárias mais tradicionais da Bahia, com uma repercussão nacional e internacional, e vem para reafirmar a importância desses eventos na formação de novos públicos leitores, no envolvimento da sociedade como um todo, em torno das políticas do livro, da leitura, da literatura”, indicou Bruno.
Moradores de Mucugê também celebraram o evento
“É um evento muito bom para a cidade e adoro participar, eu tentei vir a todas as oficinas. Gosto muito de estar incluso nesses eventos”, afirmou o estudante Rafael Matos, de 17 anos e que mora na cidade.
“Ver as escolas participando inteiramente. A Fligê completamente direcionada para os alunos, as crianças, os adolescentes, os pré-adolescentes e os jovens. Eu acho isso de um valor incrível. Por isso que eu gosto da Fligê”, relatou a professora e escritora Helena Medrado.
Além de enriquecer a vida cultural da cidade, a feira também traz impactos positivos para a economia, com o aquecimento do turismo. “Elas também são eventos turísticos muito importantes, porque incrementam o fluxo turístico, aumentando a ocupação dos equipamentos e movimentam a economia da localidade. E é isso que a gente assiste aqui em Mucugê, onde a Fligê já faz parte do calendário turístico do município”, pontuou o secretário do Turismo, Maurício Bacelar.
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