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Economia

Leilão da Fiol atrai a atenção de outros grupos

A avaliação era que o trecho interessaria apenas a Bamin, mas, outros projetos passou a dar uma nova perspectiva para a ferrovia

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O leilão do primeiro lote da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), marcado para abril deste ano, tem atraído mais interesse do que se esperava.
Foto: Elói Corrêa/GOVBA

O leilão do primeiro lote da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), marcado para abril deste ano, tem atraído mais interesse do que se esperava. Inicialmente, a avaliação era que o trecho interessaria apenas a uma companhia: a Bahia Mineração (Bamin), que opera na região a Mina Pedra de Ferro. Porém, o avanço de outros projetos ferroviários passou a dar uma nova perspectiva de cargas para a ferrovia e, com isso, chamar a atenção de outros grupos.

O primeiro trecho da Fiol, de Ilhéus a Caetité (BA), é bastante dependente da mina da Bamin, empresa controlada pelo Eurasian Resources Group, do Casaquistão. A companhia, que também depende da Fiol para viabilizar sua produção de minério de ferro, já declarou o plano de participar do leilão, em consórcio.

No passado, o grupo chegou a firmar um memorando de entendimentos com a China Communication Construction Company (CCCC) e a China Railway Group (Crec). Porém, o acordo não andou, e a empresa estuda alternativas de consórcio, já que há novos interessados, afirma o presidente da Bamin, Eduardo Ledsham.

Ainda é cedo para a definição dos concorrentes, mas a avaliação do mercado é que outros grupos podem participar do leilão, como a VLI (empresa da Vale, Mitsui, FI-FGTS, Brookfield e BNDES), operadora da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), que cruza a Bahia. Um possível interesse da Rumo (da Cosan) tampouco é descartado.

Além disso, fundos de investimentos voltados a infraestrutura têm olhado o ativo, para possivelmente compor parcerias, diz Bruno Aurélio, sócio do Demarest. O interesse do mercado cresceu diante da perspectiva de que o governo irá levar adiante os demais trechos da Fiol.

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Três lotes

A ferrovia está dividida em três lotes. Além do primeiro, que irá a leilão em abril, há um segundo trecho, de Caetité até Barreiras (no oeste baiano), com mais de 45% de execução física. A ampliação traria novas cargas do agronegócio à via.

Já com o terceiro lote, de Barreiras até Figueirópolis (TO), a atratividade passaria a outro patamar, devido à conexão com a ferrovia Norte-Sul (no tramo operado pela Rumo). A Valec já fez o projeto básico para o trecho, mas a construção não começou.

Embora seja difícil imaginar que os próximos trechos serão licitados ainda neste governo, há uma confiança de que sairão do papel, avalia Alberto Sogayar, sócio do L. O. Baptista. “O edital foi estruturando pensando nos próximos lotes. Haverá demanda.” Outro fator recente também elevou o interesse pela Fiol: a viabilização da Ferrovia de Integração Centro Oeste (Fico), que fará a conexão entre o Mato Grosso e a ferrovia Norte-Sul.

O leilão do primeiro lote da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), marcado para abril deste ano, tem atraído mais interesse do que se esperava.

Com isso, pode se formar um novo corredor de escoamento agrícola, do Centro-Oeste até o porto em Ilhéus. Há, inclusive, uma possibilidade de conexão direta entre Fico e Fiol, segundo o Ministério de Infraestrutura. Porém, a viabilidade ainda está em estudo. A ligação exigiria uma mudança nos traçados: hoje, a previsão é que a Fico se conecte à Norte-Sul por Mara Rosa (GO), e a Fiol, por Figueirópolis (TO). Uma fonte avalia que a alteração não seria simples, e que o corredor pode se configurar mesmo sem uma ligação direta.

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A construção da Fico, com 383 km, será realizada pela Vale. O investimento será uma contrapartida à renovação antecipada de outra concessão do grupo, a Estrada de Ferro Vitória a Minas. Dessa forma, os recursos para a obra estão garantidos e, como a construção será tocada por uma empresa privada, tende a ser mais célere. “A Fiol passa a ser uma via importante para o agronegócio”, afirma Fernando Paes, diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF).

Para ele, outro fator positivo é a recente experiência da concessão da Norte-Sul, arrematada pela Rumo no início de 2019, sem que a via tivesse sido totalmente construída. “Foi consolidado o modelo de leiloar a ferrovia inacabada. No caso da Norte-Sul, deu certo, o que dá mais segurança para que se repita”, diz. O trecho da Fiol entre Ilhéus e Caetité está com cerca de 75% de sua obra concluída.

Questionada sobre o leilão, a chinesa CCCC afirmou que está estudando sua participação. A VLI disse que “todas as oportunidades são avaliadas”, sem confirmar o interesse. A Rumo também diz que sempre avalia oportunidades, mas não tem posição definida. A viabilidade da Fiol também depende da construção do Porto Sul, em Ilhéus, por onde será escoada a carga. As obras, conduzidas pela Bamin em parceria com o governo baiano,

O Ministério de Infraestrutura destaca que o edital da Fiol garante que o novo operador possa construir um terminal portuário privado no porto, em uma área já delimitada. O vencedor do contrato também poderá optar por firmar um contrato com a Bamin, para usar seu terminal.

Para a mineradora, é essencial garantir a operação da ferrovia e do porto, já que seu projeto é voltado à exportação do minério de ferro, explica o presidente. A Bamin começou a operar neste mês sua planta piloto em Caetité, em escala reduzida: a produção vai começar em 1 milhão de tonelada por ano e deve chegar até 3 milhões de toneladas. A ideia é ampliar para 18 milhões de toneladas de minério por ano, mas essa expansão ainda depende da infraestrutura de escoamento.

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Economia

BYD apresenta primeiros veículos montados na Bahia 

A fábrica começa com capacidade anual de produzir 150 mil veículos, com expansão planejada para 300 mil na segunda fase

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BYD em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, apresentou nesta terça-feira (1º) os primeiros veículos da gigante chinesa
Foto: Thuane Maria/GOVBA

A Bahia deu mais um importante passo na liderança do setor de energias renováveis no Brasil. Com uma linha de montagem das mais modernas do mundo, a Fábrica da BYD em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, apresentou nesta terça-feira (1º) os primeiros veículos da gigante chinesa montados no país, os modelos Dolphin Mini e Song Pro.  

A chegada da primeira unidade de produção da empresa chinesa em solo brasileiro foi resultado de uma ampla articulação feita pelos governos federal e estadual, com objetivo de garantir uma revolução tecnológica no setor automotivo nacional, por meio da transição energética.  

Durante a cerimônia, o governador Jerônimo Rodrigues destacou o marco histórico do novo momento vivenciado pela Bahia, que passa a sediar uma das maiores e mais modernas montadoras da América Latina.  

“Nós estamos em uma caminhada muito forte, para garantir que a Bahia possa continuar sendo destaque na produção de energias renováveis. Se a Bahia produz e tem um potencial muito forte de energia eólica, solar e biomassa, a gente quer trazer para aqui, para próximo, aquelas indústrias que são potenciais consumidores dessas energias. Então, fico feliz com essa iniciativa da BYD em vir à Bahia”, disse Jerônimo. 

Foram apenas 15 meses entre o início das obras e a entrega do primeiro veículo em caráter experimental, com tecnologia de última geração, automação inteligente e controle total de todas as fases da produção. A BYD está investindo R$ 5,5 bilhões no complexo de Camaçari — em uma megaestrutura que ocupa 4,6 milhões de metros quadrados, o equivalente a 645 campos de futebol. A fábrica começa com capacidade anual de produzir 150 mil veículos, com expansão planejada para 300 mil na segunda fase, com geração de cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos. 

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“É por isso que a gente tem trabalhado com qualificação profissional e em parceria com a empresa, com o sistema S, com o Ministério do Trabalho, para que a mão-de-obra local seja aproveitada ao máximo e tenhamos empregos de baianos e baianas na BYD”, afirmou o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Augusto Vasconcelos. De acordo com Vasconcelos, aproximadamente 30 empresas ligadas ao setor procuraram o governo estadual, interessadas em se instalar também no complexo automotivo. A Continental, fabricante de pneus, já tem contrato homologado para se instalar no polo e fornecer equipamentos para a BYD. 

Segundo Stella Li, vice-presidente executiva global e CEO da BYD Américas e Europa, a empresa é das que mais investem em pesquisa e desenvolvimento no mundo, trazendo toda sua tecnologia para a fábrica brasileira. “Esse é um momento histórico não apenas para a BYD, mas para o futuro da mobilidade sustentável em toda a América Latina. Escolhemos a Bahia pela força de seu povo, pela mão de obra capacitada e por acreditarmos no potencial transformador dessa região”, afirma. 

Já o vice-presidente sênior da BYD Brasil, Alexandre Baldy, disse que o objetivo é transformar Camaçari em uma potência para o futuro. “Agora, nesse regime de teste que estará sendo realizado nos próximos dias, como disse aqui o governador, as licenças que são necessárias, creio eu, serão liberadas em dias. Então, em poucas semanas nós estaremos de volta aqui celebrando a produção em linha, para poder, então, começar a fabricação oficial em linha dos nossos carros BYD Dolphin Mini e o BYD Song Pro”, destacou. 

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Economia

Movimentação econômica de Salvador cresceu 8,3% em abril

O indicador ampliou 3,4% em relação a abril de 2024

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O Índice de Movimentação Econômica de Salvador (IMEC-SSA) apontou expansão de 8,3% em abril de 2025, na comparação
Foto: Fernando Vivas/GOVBA

O Índice de Movimentação Econômica de Salvador (IMEC-SSA) apontou expansão de 8,3% em abril de 2025, na comparação com o mês imediatamente anterior (série com ajuste sazonal). 

Todas as seis variáveis que compõem o indicador puxaram o índice para cima, com destaque para Carga portuária (18,7%) que apontou a variação positiva mais expressiva, seguida por Passageiros de ônibus intermunicipais (7,9%), depois Passageiros de ônibus urbanos (7,1%), Combustíveis (6,0%), Passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador (5,4%) e Consumo de energia elétrica (0,9%). 

O indicador ampliou 3,4% em relação a abril de 2024. Caiu 0,9% no acumulado do 1º quadrimestre do ano de 2025. E, expandiu 3,4% no acumulado dos últimos 12 meses, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. 

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Economia

Bahia avança na produção de energias renováveis com a chegada da Windey no estado

A Windey Energy no Brasil, uma das maiores fabricantes de turbinas eólicas do mundo, vai instalar seu escritório no campus do Senai Cimatec, em Salvador

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Uma das maiores fabricantes de turbinas eólicas do mundo – a Windey Energy no Brasil – vai fincar raízes em solo baiano.
Foto: Joá Souza/GOVBA

Uma das maiores fabricantes de turbinas eólicas do mundo – a Windey Energy no Brasil – vai fincar raízes em solo baiano. O anúncio oficial foi realizado nesta sexta-feira (27), no campus do Senai Cimatec, em Salvador, onde o escritório da empresa chinesa funcionará. A ocasião também marca a instalação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para estudos em energia eólica, o que reforça o investimento em inovação e compromisso com o avanço das energias renováveis no Brasil.

Serão fabricadas turbinas eólicas, hidrogênio verde e bess — as chamadas super baterias, impulsionando assim, a descarbonização, a industrialização e a qualificação técnica local. De acordo com o governador Jerônimo Rodrigues, a chegada da Windey à Bahia marca um avanço estratégico para o setor de energias renováveis no estado, que já é o maior produtor de energia eólica do país.

“A Bahia já é muito potente e a vinda dessa fábrica tem um significado muito forte, que é a construção de uma mão de obra especializada para aumentarmos essa produtividade, para termos condições de exportar para outros países, e atrair indústrias com acesso à energia mais acessível e a menor custo”, afirmou o governador.

O diretor de vendas para a América Latina da Windey Energy, Hugo Louchan Chanf Miranda, explicou como foi tomada a decisão de vir para a Bahia. “A Bahia reúne condições ímpares que temos no Brasil, como recursos energéticos, potencial eólico e recursos solar. Tem ainda, uma agricultura muito forte, biomassa. Se pudermos aproveitar 1% dos recursos energéticos que a Bahia tem, já estamos muito satisfeitos”, disse o executivo que destacou ainda a importância da parceria com o Cimatec, no suporte às atividades da empresa.

A presença da empresa ainda vai permitir a verticalização da cadeia produtiva na Bahia e geração de empregos diretos e indiretos, beneficiando polos industriais como Camaçari e Lauro de Freitas. Já o Centro P&D, em parceria com o Senai Cimatec, vai fortalecer a pesquisa, desenvolvimento e inovação, a partir da integração de universidades, startups e projetos-piloto em energia inteligente.

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Missão China

A vinda da empresa para o Brasil é resultado da assinatura de um memorando de entendimentos, em maio de 2025, durante missão na China. A convite do Governo Federal, o governador Jerônimo Rodrigues participou de três reuniões ao lado do presidente Lula e do ministro da Casa Civil, Rui Costa, com representantes da Windey Energy.

Rui Costa destacou durante discurso, a importância de o Brasil buscar relações multilaterais com outros países, como a China, cujo resultado é a formação de mão de obra, geração de emprego e o desenvolvimento tecnológico.

“O governo chinês, por diversas vezes, tem reafirmado o seu compromisso e a sua determinação em fazer parceria com o Brasil. E eu diria que entre todos os estados, o que talvez tenha saído na frente e tenha conseguido tamanho êxito em alguns projetos, em áreas diferentes, seja o Estado da Bahia. E por isso o nosso orgulho de estar aqui no dia de hoje. Podemos destacar a vinda da BYD, a Ponte Salvador-Itaparica, e agora a fábrica de turbinas eólicas”, enfatizou.

Protagonismo da Bahia

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A matriz elétrica baiana é 98% renovável. O estado tem como principal característica os melhores ventos, constantes, unidirecionais e sem rajadas proporcionando um fator de capacidade superior a 50%. Além de possuir excelentes níveis de irradiação solar e uma ampla área para instalação de usinas na região do semiárido.

Atualmente, a Bahia conta com um total de 1.220 empreendimentos solar e eólico, em operação, em construção ou a ser construído, que estão presentes em 69 municípios. O investimento é da ordem de R$ 232 bilhões, com capacidade para geração de mais de um milhão de empregos.

A partir da instalação dessa fábrica, a Bahia pode se destacar ainda mais no setor de energia renovável: aproveitando o potencial eólico, especialmente no semiárido baiano; ampliando parcerias público-privadas para atração de novos investimentos e fortalecimento da cadeia produtiva local; integrando centros de pesquisa, universidades e indústria para inovação e competitividade.

A iniciativa é ainda um incentivo à produção local de componentes (torres, pás, geradores), com apoio à indústria baiana; na consolidação da Bahia como referência nacional e internacional em transição energética e sustentabilidade.

Também participaram do evento o senador Jaques Wagner, o presidente mundial da Windey Energy, Cheng Chenguang, o diretor de Tecnologia e Inovação do Senai-Cimatec, Leone Andrade e o secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Angelo Almeida.

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