Economia
Bahia Origem Week dá protagonismo aos produtos genuinamente baianos
Mais de 30 mil visitantes passaram pela feira em quatro dias de evento, com 80% dos expositores representando a agricultura familiar

Durante visita ao último dia da Bahia Origem Week, neste domingo (6), no Centro de Convenções de Salvador, o governador Jerônimo Rodrigues destacou o papel estratégico da agricultura familiar baiana na geração de emprego, renda e fortalecimento da identidade do estado. O evento, que reuniu mais de 30 mil visitantes ao longo de quatro dias, movimentando cerca de R$ 15 milhões, contou com a presença de dezenas de expositores beneficiados por políticas públicas e marcou mais uma vitrine dos produtos genuinamente baianos para o Brasil e o mundo.
“Isso aqui é uma exposição de uma inteligência muito forte que estava guardada esse tempo inteiro. A Bahia não tem que ficar atrás de nenhum outro estado ou país quando se trata da qualidade dos seus produtos”, afirmou Jerônimo. O governador ressaltou ainda a importância da confiança dos consumidores nos alimentos e o papel do selo Bahia Origem no processo de valorização produtiva. “Quando você pega um produto numa prateleira, você confia. Aqui tem garantia. Aqui tem origem”, completou.
Agricultura familiar
Acompanhado de autoridades e produtores, Jerônimo percorreu os estandes da feira, incluindo o Empório da Agricultura Familiar, apoiado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). O espaço reuniu cooperativas e associações que oferecem produtos com identidade territorial e compromisso com a sustentabilidade. “Fiz questão de voltar, mesmo sendo o último dia e vendo prateleiras vazias. Fiquei feliz com isso, porque mostra que venderam tudo”, celebrou o governador.
Para o presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, 80% dos expositores presentes no evento são da agricultura familiar. “Quem coloca alimento na mesa dos baianos e baianas é a agricultura familiar. Esses produtos são fruto de políticas públicas que chegaram aonde precisavam chegar: na zona rural”, explicou. Ele também destacou ações de assistência técnica, financiamento, inspeção sanitária e apoio à comercialização como eixos centrais da atuação do Governo.
Entre os expositores, João Campos, presidente da Associação Queijo Baiano, comemorou a oportunidade de expor produtos artesanais para consumidores urbanos. “Isso conecta o campo com a cidade. Sem o apoio do Estado, a gente não estaria aqui. Estar nesse evento muda o nosso mercado e aumenta a demanda”, avaliou. A associação, considerada a maior do Brasil em seu segmento, já colhe os frutos da visibilidade conquistada.
Turismo e identidade territorial
Além da agricultura, a Bahia Origem Week também destacou a conexão entre turismo e produção regional. A Secretaria de Turismo da Bahia (Setur-BA) esteve presente com estande próprio, promovendo as 13 zonas turísticas do estado e seus produtos associados, como vinho, cachaça e chocolate.
De acordo com o secretário estadual de Turismo, Maurício Bacelar, a feira reforça a identidade da Bahia por meio dos seus territórios e produtos autênticos. “A Setur trabalha para integrar o turismo com a produção local. O turista quer consumir o que é nosso, com origem e qualidade. Essa é uma forma de valorizar a Bahia e gerar emprego e renda nos territórios”, afirmou. Segundo ele, a presença da Setur-BA na feira mostra como o turismo pode ser um vetor de desenvolvimento também para os pequenos produtores.
Intercâmbio
A diversidade e a força produtiva da Bahia também chamaram a atenção de visitantes internacionais. O médico Kevan Akrami e o estudante de medicina Beemnet Amdemicael, ambos da Califórnia (EUA), visitaram a feira enquanto estão em Salvador a trabalho. “É incrível ver como os produtores aqui falam com orgulho sobre seus produtos. Dá para perceber que existe um cuidado especial com a origem e a qualidade de tudo que é oferecido”, disse Kevan. Beemnet completou: “Essa feira mostra uma Bahia vibrante, rica em cultura, alimentos e história. É uma experiência única.”
Valorização
A Bahia Origem Week contou ainda com a contribuição de outros órgãos estaduais, como a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), que levou ao público informações sobre programas institucionais e ações de promoção sanitária.
Para além dos negócios, o evento reafirmou o protagonismo da agricultura familiar e consolidou a feira como um espaço de visibilidade e valorização da cultura, do território e da economia do povo baiano. “Meu desejo é ver produtos da Bahia nas gôndolas de supermercados do Brasil e do mundo”, concluiu o governador.
Economia
Movimentação econômica de Salvador cresceu 8,3% em abril
O indicador ampliou 3,4% em relação a abril de 2024

O Índice de Movimentação Econômica de Salvador (IMEC-SSA) apontou expansão de 8,3% em abril de 2025, na comparação com o mês imediatamente anterior (série com ajuste sazonal).
Todas as seis variáveis que compõem o indicador puxaram o índice para cima, com destaque para Carga portuária (18,7%) que apontou a variação positiva mais expressiva, seguida por Passageiros de ônibus intermunicipais (7,9%), depois Passageiros de ônibus urbanos (7,1%), Combustíveis (6,0%), Passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador (5,4%) e Consumo de energia elétrica (0,9%).
O indicador ampliou 3,4% em relação a abril de 2024. Caiu 0,9% no acumulado do 1º quadrimestre do ano de 2025. E, expandiu 3,4% no acumulado dos últimos 12 meses, quando comparado com o mesmo período do ano anterior.
Economia
Bahia avança na produção de energias renováveis com a chegada da Windey no estado
A Windey Energy no Brasil, uma das maiores fabricantes de turbinas eólicas do mundo, vai instalar seu escritório no campus do Senai Cimatec, em Salvador

Uma das maiores fabricantes de turbinas eólicas do mundo – a Windey Energy no Brasil – vai fincar raízes em solo baiano. O anúncio oficial foi realizado nesta sexta-feira (27), no campus do Senai Cimatec, em Salvador, onde o escritório da empresa chinesa funcionará. A ocasião também marca a instalação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para estudos em energia eólica, o que reforça o investimento em inovação e compromisso com o avanço das energias renováveis no Brasil.
Serão fabricadas turbinas eólicas, hidrogênio verde e bess — as chamadas super baterias, impulsionando assim, a descarbonização, a industrialização e a qualificação técnica local. De acordo com o governador Jerônimo Rodrigues, a chegada da Windey à Bahia marca um avanço estratégico para o setor de energias renováveis no estado, que já é o maior produtor de energia eólica do país.
“A Bahia já é muito potente e a vinda dessa fábrica tem um significado muito forte, que é a construção de uma mão de obra especializada para aumentarmos essa produtividade, para termos condições de exportar para outros países, e atrair indústrias com acesso à energia mais acessível e a menor custo”, afirmou o governador.
O diretor de vendas para a América Latina da Windey Energy, Hugo Louchan Chanf Miranda, explicou como foi tomada a decisão de vir para a Bahia. “A Bahia reúne condições ímpares que temos no Brasil, como recursos energéticos, potencial eólico e recursos solar. Tem ainda, uma agricultura muito forte, biomassa. Se pudermos aproveitar 1% dos recursos energéticos que a Bahia tem, já estamos muito satisfeitos”, disse o executivo que destacou ainda a importância da parceria com o Cimatec, no suporte às atividades da empresa.
A presença da empresa ainda vai permitir a verticalização da cadeia produtiva na Bahia e geração de empregos diretos e indiretos, beneficiando polos industriais como Camaçari e Lauro de Freitas. Já o Centro P&D, em parceria com o Senai Cimatec, vai fortalecer a pesquisa, desenvolvimento e inovação, a partir da integração de universidades, startups e projetos-piloto em energia inteligente.
Missão China
A vinda da empresa para o Brasil é resultado da assinatura de um memorando de entendimentos, em maio de 2025, durante missão na China. A convite do Governo Federal, o governador Jerônimo Rodrigues participou de três reuniões ao lado do presidente Lula e do ministro da Casa Civil, Rui Costa, com representantes da Windey Energy.
Rui Costa destacou durante discurso, a importância de o Brasil buscar relações multilaterais com outros países, como a China, cujo resultado é a formação de mão de obra, geração de emprego e o desenvolvimento tecnológico.
“O governo chinês, por diversas vezes, tem reafirmado o seu compromisso e a sua determinação em fazer parceria com o Brasil. E eu diria que entre todos os estados, o que talvez tenha saído na frente e tenha conseguido tamanho êxito em alguns projetos, em áreas diferentes, seja o Estado da Bahia. E por isso o nosso orgulho de estar aqui no dia de hoje. Podemos destacar a vinda da BYD, a Ponte Salvador-Itaparica, e agora a fábrica de turbinas eólicas”, enfatizou.
Protagonismo da Bahia
A matriz elétrica baiana é 98% renovável. O estado tem como principal característica os melhores ventos, constantes, unidirecionais e sem rajadas proporcionando um fator de capacidade superior a 50%. Além de possuir excelentes níveis de irradiação solar e uma ampla área para instalação de usinas na região do semiárido.
Atualmente, a Bahia conta com um total de 1.220 empreendimentos solar e eólico, em operação, em construção ou a ser construído, que estão presentes em 69 municípios. O investimento é da ordem de R$ 232 bilhões, com capacidade para geração de mais de um milhão de empregos.
A partir da instalação dessa fábrica, a Bahia pode se destacar ainda mais no setor de energia renovável: aproveitando o potencial eólico, especialmente no semiárido baiano; ampliando parcerias público-privadas para atração de novos investimentos e fortalecimento da cadeia produtiva local; integrando centros de pesquisa, universidades e indústria para inovação e competitividade.
A iniciativa é ainda um incentivo à produção local de componentes (torres, pás, geradores), com apoio à indústria baiana; na consolidação da Bahia como referência nacional e internacional em transição energética e sustentabilidade.
Também participaram do evento o senador Jaques Wagner, o presidente mundial da Windey Energy, Cheng Chenguang, o diretor de Tecnologia e Inovação do Senai-Cimatec, Leone Andrade e o secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Angelo Almeida.
Economia
Bahia vai abrigar primeiro escritório da Windey Energy no Brasil
A estatal chinesa é a terceira maior fabricante mundial de tecnologias verdes

A Bahia vai abrigar o primeiro escritório da Windey Energy no Brasil. A chinesa é a terceira maior fabricante mundial de turbinas eólicas, hidrogênio verde e bess, as chamadas super baterias. Uma comitiva da companhia foi recebida nesta quinta-feira (26), na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), um dia antes do lançamento oficial da sua sede no Senai Cimatec. Durante a audiência com o secretário da pasta, Angelo Almeida, os representantes da estatal chinesa destacaram os estudos elaborados sobre o potencial da Bahia e apresentaram o plano de negócios elaborado para o estado.
De acordo com o secretário Angelo Almeida, com a Windey como parceira internacional, a Bahia consolida sua posição como um hub latino-americano em energias renováveis, atraindo investimentos estrangeiros e ganhando protagonismo em fóruns globais de clima e sustentabilidade, promovendo um desenvolvimento socioeconômico sustentável e inovador para o estado.
“A chegada da Windey à Bahia marca um avanço estratégico para o setor de energias renováveis no estado, que já é o maior produtor de energia eólica do Brasil. Com expertise em turbinas eólicas, armazenamento de energia (BESS) e hidrogênio verde, a empresa traz grande potencial para impulsionar a descarbonização, a industrialização e a qualificação técnica local. A instalação da nova sede fortalece a pesquisa, desenvolvimento e inovação, criando um centro de excelência que integrará universidades, startups e projetos-piloto em energia inteligente. A presença da empresa permitirá a verticalização da cadeia produtiva na Bahia, com a instalação de uma fábrica local de aerogeradores, desenvolvimento de fornecedores regionais e geração de empregos diretos e indiretos, beneficiando polos industriais como Camaçari e Lauro de Freitas”, afirma.
O CEO da Windey Brasil, Ricardo Galvão, explica que a decisão de vir para a Bahia foi natural. “Hoje, o estado é protagonista quando falamos de energia renovável no Brasil. Ele concentra alguns dos melhores ventos do mundo, tem infraestrutura em expansão e, mais do que isso, uma cultura voltada para inovação e sustentabilidade. A Windey acredita que, para transformar a matriz energética do país, é fundamental estar onde essa transformação já acontece. Ter uma base aqui é estratégico. Nos aproxima dos principais parques eólicos do país, agiliza nossa operação e reforça parcerias locais. Também nos permite contribuir com a geração de empregos, capacitação de mão de obra e desenvolvimento tecnológico. Nossa presença física mostra que viemos para ficar e para crescer junto com o setor eólico brasileiro.”
Galvão completa, “a Bahia é, sem exagero, o coração da energia renovável no Brasil. O estado já responde por uma parcela significativa da energia eólica nacional e tem potencial para crescer ainda mais. Além disso, a matriz energética baiana já é mais de 90% renovável. Isso mostra um compromisso com o futuro que está totalmente alinhado com o que a Windey acredita. Esse escritório é apenas o começo. Além dele estamos inaugurando nosso centro de pesquisa e desenvolvimento em parceria com o Cimatec”, finaliza.
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