Agricultura
Agricultura Familiar lidera produção de cacau na Bahia
O estado se consolida como referência no setor, impulsionando a economia rural com amêndoas de qualidade
O Dia Internacional do Cacau, celebrado em 26 de março, destaca a força e a transformação da cacauicultura baiana. Com um novo modelo de produção baseado na distribuição de renda e no fortalecimento da agricultura familiar, o estado se consolida como referência no setor, impulsionando a produção de amêndoas de qualidade e agregando valor aos frutos que se tornaram símbolo da Bahia.
Atualmente, cerca de 80% dos estabelecimentos rurais que cultivam cacau na Bahia pertencem à agricultura familiar, evidenciando um cenário mais justo e inclusivo para pequenos produtores. Esse avanço é resultado de políticas públicas estratégicas e investimentos do Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), que garantem apoio à produção, industrialização e comercialização do cacau e seus derivados.
O impacto desses investimentos pode ser visto no fortalecimento de agroindústrias como Bahia Cacau, marca da Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bacia do Rio Salgado e Adjacências (Coopfesba), Natucoa, marca da Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia (Coopessba), Terra Vista, entre outras. Com novas unidades de beneficiamento e incentivos à produção, essas cooperativas ampliam a participação do cacau da agricultura familiar no mercado nacional e internacional, consolidando a Bahia como referência na produção de chocolate de origem.
Para o diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, esse modelo produtivo representa um novo ciclo para a cacauicultura baiana. “O cenário da cacauicultura mudou. Hoje, não estamos falando apenas de produção, mas de um modelo que distribui renda, fortalece comunidades e impulsiona o desenvolvimento rural. A agricultura familiar se tornou protagonista desse processo, garantindo qualidade, sustentabilidade e geração de oportunidades. Esse resultado só foi possível porque as políticas públicas alcançaram quem mais precisa, com editais exclusivos, novos equipamentos e agroindústrias que agregam valor ao cacau produzido na Bahia”.
O reconhecimento do cacau da agricultura familiar reforça a importância desse setor para a economia baiana. Além de preservar o bioma da Mata Atlântica com o sistema cabruca, o modelo produtivo atual apresenta elevada produtividade e incentiva a produção de chocolates premium, com alto teor de cacau e rastreabilidade garantida.
Agricultura
Agricultura Familiar da Bahia leva 15 toneladas de produtos para a COP30
Cooperativas baianas marcam presença no maior palco global sobre clima, com alimentos sustentáveis e inovadores
A Agricultura Familiar da Bahia segue rumo à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), que acontece entre 10 e 21 de novembro, em Belém do Pará. Um caminhão carregado com cerca de 15 toneladas de produtos de 27 cooperativas deixou Salvador nesta segunda-feira (3), levando sabores e práticas sustentáveis para o maior evento mundial sobre o futuro do planeta.
Os produtos baianos estarão em dois estandes e dois quiosques, ganhando visibilidade diante de mais de 40 mil visitantes, incluindo líderes globais, cientistas e representantes da sociedade civil. Entre os destaques estão o flocão e macarrão de milho não transgênico da Copirecê, frutas desidratadas da Coopaita, chocolates da Natucoa e Bahia Cacau, suco de uva da Cooperparaíso, chips de banana da Coomafes, além de cachaças de Abaíra, mel, castanhas e produtos de licuri.
Além da exposição, itens como flocão, feijão e suco de uva farão parte da alimentação dos participantes da COP30, reforçando o papel da agricultura familiar na promoção de uma dieta saudável e sustentável.
A iniciativa conta com apoio do Governo da Bahia, por meio da CAR, e articulação da Unicafes Bahia, Unisol Brasil e Conab. Para Jeandro Ribeiro, diretor-presidente da CAR, a presença na COP30 é um marco:
“Vamos levar o sabor e a força do rural baiano para o mundo. Viva a Bahia, viva a agricultura familiar!”, afirmou.
Agricultura
Agricultura familiar chega ao prato dos trabalhadores do VLT em Salvador
Parceria entre SDR e CTB garante alimentos frescos saudáveis, além de fortalecer cooperativas rurais baianas
A partir desta segunda-feira (3), mais de 3 mil trabalhadores das obras do Veículo Leve de Transporte (VLT) em Salvador passam a receber refeições preparadas com produtos da agricultura familiar baiana, em uma iniciativa que une qualidade alimentar e desenvolvimento regional.
Os trabalhadores das obras do VLT já começam a sentir os efeitos de uma política que aproxima o campo das estruturas do Estado. A partir desta segunda-feira (3), as refeições servidas no refeitório da obra passam a contar com produtos frescos e naturais adquiridos diretamente da agricultura familiar baiana, garantindo alimentação de qualidade e fortalecendo cooperativas e associações rurais da região.
A ação é fruto da parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e a Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), beneficiando mais de 3 mil trabalhadores e assegurando o fornecimento mensal de cerca de 600 kg de alimentos cultivados sem agrotóxicos e entregues semanalmente. A primeira remessa inclui verduras, legumes, polpas de frutas, temperos e proteína animal, fornecidos por cooperativas e associações como a COOPERAGRO, a Associação dos Trabalhadores Rurais de Candeias e a Associação Sol Nascente, de Vera Cruz. Em breve, também serão incluídos ovos e manteiga.
“É como soro na veia do agricultor. Ela beneficia diretamente as comunidades, fortalece a inclusão social e transforma a vida do produtor rural, que deixa a condição de subsistência e se torna um empreendedor rural”, afirmou Paulo Roberto, presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais de Candeias.
Além de garantir refeições saudáveis para os trabalhadores, a parceria fortalece um modelo de desenvolvimento regional que valoriza a produção local e fomenta renda no campo. Para o secretário Osni Cardoso, a iniciativa traduz a missão da política pública rural da Bahia: “Estamos unindo quem produz e quem precisa. A agricultura familiar alimenta a cidade com qualidade e, quando o Estado abre esse caminho, quem ganha é o trabalhador, o produtor rural e a economia local.”
Segundo o presidente da CTB, Eracy Lafuente, “o VLT está proporcionando aos seus trabalhadores comida saudável, produzida pela agricultura familiar. É um marco importante para a construção civil.”
Em outubro, uma reunião entre SDR, CTB e entidades parceiras definiu a integração de produtos da agricultura familiar nas compras institucionais da Companhia. Além da ação nas obras do VLT, no último dia 20 a CTB recebeu os primeiros pacotes de café da agricultura familiar para consumo interno dos funcionários.
Agricultura
Chapada Diamantina mira liderança nacional na produção de frutas vermelhas
Visita técnica da Seagri reforça articulação entre empresas e cooperativas para consolidar polo produtivo na Bahia
Com clima favorável, tecnologia em expansão e apoio institucional, a Chapada Diamantina se prepara para dar um salto na produção de frutas vermelhas e se consolidar como um dos principais polos do Brasil. Em uma agenda estratégica realizada na sexta-feira (31), a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) visitou unidades de agroindústria em Barra da Estiva e Mucugê, com o objetivo de articular parcerias entre empresas e cooperativas e fortalecer a inclusão de pequenos agricultores.
Durante a visita, o secretário Pablo Barrozo destacou o potencial extraordinário do mercado de frutas vermelhas na Bahia, tanto em volume de produção quanto na geração de empregos. “Esse avanço só é possível fortalecendo o diálogo, articulando parcerias e projetos que reforçam o trabalho dos produtores da região, sejam pequenos, médios ou grandes”, afirmou.
A primeira parada foi em Barra da Estiva, onde a equipe conheceu a estrutura da Peterfrut, empresa com mais de 30 anos de atuação e referência nacional no cultivo de morango. A companhia adotou o modelo de produção suspensa, que garante maior produtividade, menor consumo de água e energia, além de reduzir o custo por quilo produzido.
Em seguida, a comitiva seguiu para Mucugê, onde visitou a Coopchapada. Com apoio do programa Bahia Produtiva, a cooperativa reúne 80 associados e se destaca no processamento de frutas congeladas e polpas, como framboesa e morango. A unidade tem capacidade para processar até 500 quilos por hora e representa um marco na articulação público-privada, com potencial para multiplicar em até dez vezes a capacidade atual de beneficiamento. “A Coopchapada é um exemplo de como o investimento público pode alavancar a produção local, agregando valor e criando oportunidades para os agricultores familiares”, ressaltou o presidente da cooperativa, Cristiano Rocha.
Modernização e tecnologia
A modernização no cultivo de morangos tem transformado a dinâmica produtiva na Chapada Diamantina. “A transição da produção de morango no solo para o modelo suspenso é um caminho inevitável, impulsionado por fatores técnicos, econômicos e pelas exigências do mercado”, afirmou Aguilar Peterle, fundador da Peterfrut.
Segundo o agrônomo da Seagri, Paulo Sérgio Ramos, uma das estratégias discutidas é a criação de estruturas coletivas e unidades-piloto para permitir que pequenos produtores tenham acesso a tecnologias como o cultivo suspenso. “A ideia é encurtar o tempo de transição e mostrar ao agricultor familiar que o modelo suspenso é uma possibilidade mais rentável”, explicou.
Embora sistemas como fertirrigação e estufas exijam investimentos altos, sua adoção pode ser viabilizada por consórcios entre produtores, prefeituras e associações. “Esses arranjos têm potencial para fortalecer a cadeia produtiva, ampliar a competitividade no mercado e gerar impactos sociais positivos”, acrescentou Ramos.
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