Economia
Economistas exigem medidas efetivas de combate à pandemia
Ex-ministros, banqueiros, pessoas ligadas ao mercado financeiro assinam o documento que será enviado aos chefes dos três poderes

Centenas de economistas e banqueiros renomados divulgaram uma carta aberta neste domingo (21) em que exigem dos governantes brasileiros medidas efetivas contra o avanço do coronavírus no país. O documento já possui mais de 500 assinaturas.
Entre os nomes que referendam a carta estão os ex-ministros da Fazenda Pedro Malan, Maílson da Nóbrega, Marcílio Marques Moreira e Ruben Ricupero, e os ex-presidentes do Banco Central Armínio Fraga, Affonso Celso Pastore, Gustavo Loyola, Ilan Goldfajn e Pérsio Arida.
Também há pessoas ligadas ao mercado financeiro, incluindo o conselheiro do Itaú Unibanco, Pedro Moreira Salles, e o presidente do Credit Suisse, José Olympio Pereira.
Segundo a imprensa brasileira, a carta será enviada aos chefes dos três poderes: o presidente Jair Bolsonaro e os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.
Os economistas e banqueiros alertam para a “situação econômica e social desoladora” enfrentada atualmente pelo país, que se tornou “o epicentro mundial da covid-19, com a maior média móvel de novos casos” no mundo, e menciona o quadro “alarmante” do sistema de saúde brasileiro, com o esgotamento dos recursos na grande maioria dos estados e insuficiente número de leitos de UTI, respiradores e profissionais de saúde.
O grupo detalha também como a pandemia assolou a economia brasileira, com uma taxa de desemprego por volta de 14%, “a mais elevada da série histórica”, e observam como a contração do PIB, de 4,1% em 2020, afetou “desproporcionalmente trabalhadores mais pobres e vulneráveis”.
“Esta recessão, assim como suas consequências sociais nefastas, foi causada pela pandemia e não será superada enquanto a pandemia não for controlada por uma atuação competente do governo federal”, destacam os signatários da carta.
Os economistas ainda denunciam que o governo do presidente Bolsonaro, um negacionista da Covid-19, “subutiliza ou utiliza mal os recursos de que dispõe, inclusive por ignorar ou negligenciar a evidência científica no desenho das ações para lidar com a pandemia”.
Por isso, defendem a adoção de políticas públicas com base em dados, experiência internacional bem-sucedida e evidências científicas.
Leia a carta na íntegra:
O País Exige Respeito; a Vida Necessita da Ciência e do Bom Governo
Carta Aberta à Sociedade Referente a Medidas de Combate à Pandemia
O Brasil é hoje o epicentro mundial da Covid-191, com a maior média móvel de novos casos.
Enquanto caminhamos para atingir a marca tétrica de 3 mil mortes por dia e um total de mortes acumuladas de 300 mil ainda esse mês, o quadro fica ainda mais alarmante com o esgotamento dos recursos de saúde na grande maioria de estados, com insuficiente número de leitos de UTI, respiradores e profissionais de saúde. Essa situação tem levado a mortes de pacientes na espera pelo atendimento, contribuindo para uma maior letalidade da doença.
A situação econômica e social é desoladora. O PIB encolheu 4,1% em 2020 e provavelmente observaremos uma contração no nível de atividade no primeiro trimestre deste ano². A taxa de desemprego, por volta de 14%, é a mais elevada da série histórica, e subestima o aumento do desemprego, pois a pandemia fez com que muitos trabalhadores deixassem de procurar emprego, levando a uma queda da força de trabalho entre fevereiro e dezembro de 5,5 milhões de pessoas.
A contração da economia afetou desproporcionalmente trabalhadores mais pobres e vulneráveis, com uma queda de 10,5% no número de trabalhadores informais empregados, aproximadamente duas vezes a queda proporcional no número de trabalhadores formais empregados³.
Esta recessão, assim como suas consequências sociais nefastas, foi causada pela pandemia e não será superada enquanto a pandemia não for controlada por uma atuação competente do governo federal. Este subutiliza ou utiliza mal os recursos de que dispõe, inclusive por ignorar ou negligenciar a evidência científica no desenho das ações para lidar com a pandemia. Sabemos que a saída definitiva da crise requer a vacinação em massa da população. Infelizmente, estamos atrasados. Em torno de 5% da população recebeu ao menos uma dose de vacina, o que nos coloca na 45ª posição no ranking mundial de doses aplicadas por habitante.
O ritmo de vacinação no país é insuficiente para vacinar os grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização (PNI) no 1º semestre de 2021, o que amplia o horizonte de vacinação para toda a população para meados de 2022.
As consequências são inomináveis. No momento, o Brasil passa por escassez de doses de vacina, com recorrentes atrasos no calendário de entregas e revisões para baixo na previsão de disponibilidade de doses a cada mês. Na semana iniciada em 8 de março foram aplicadas, em média, apenas 177 mil doses por dia.
No ritmo atual, levaríamos mais de 3 anos para vacinar toda a população. O surgimento de novas cepas no país (em especial a P.1) comprovadamente mais transmissíveis e potencialmente mais agressivas, torna a vacinação ainda mais urgente. A disseminação em larga escala do vírus, além de magnificar o número de doentes e mortos, aumenta a probabilidade de surgirem novas variantes com potencial de diminuir a eficácia das vacinas atuais.
Vacinas são relativamente baratas face ao custo que a pandemia impõe à sociedade. Os recursos federais para compra de vacinas somam R$ 22 bilhões, uma pequena fração dos R$ 327 bilhões desembolsados nos programas de auxílio emergencial e manutenção do emprego no ano de 2020.
Vacinas têm um benefício privado e social elevado, e um custo total comparativamente baixo. Poderíamos estar em melhor situação, o Brasil tem infraestrutura para isso. Em 1992, conseguimos vacinar 48 milhões de crianças contra o sarampo em apenas um mês.
Na campanha contra a Covid-19, se estivéssemos vacinando tão rápido quanto a Turquia, teríamos alcançado uma proporção da população duas vezes maior, e se tanto quanto o Chile, dez vezes maior. A falta de vacinas é o principal gargalo. Impressiona a negligência com as aquisições, dado que, desde o início da pandemia, foram desembolsados R$ 528,3 bilhões em medidas de combate à pandemia, incluindo os custos adicionais de saúde e gastos para mitigação da deteriorada situação econômica. A redução do nível da atividade nos custou uma perda de arrecadação tributária apenas no âmbito federal de 6,9%, aproximadamente R$ 58 bilhões, e o atraso na vacinação irá custar em termos de produto ou renda não gerada nada menos do que estimados R$ 131,4 bilhões em 2021, supondo uma recuperação retardatária em 2 trimestres.
Nesta perspectiva, a relação benefício custo da vacina é da ordem de seis vezes para cada real gasto na sua aquisição e aplicação. A insuficiente oferta de vacinas no país não se deve ao seu elevado custo, nem à falta de recursos orçamentários, mas à falta de prioridade atribuída à vacinação.
O quadro atual ainda poderá deteriorar-se muito se não houver esforços efetivos de coordenação nacional no apoio a governadores e prefeitos para limitação de mobilidade. Enquanto se busca encurtar os tempos e aumentar o número de doses de vacina disponíveis, é urgente o reforço de medidas de distanciamento social.
Da mesma forma é essencial a introdução de incentivos e políticas públicas para uso de máscaras mais eficientes, em linha com os esforços observados na União Europeia e nos Estados Unidos.
A controvérsia em torno dos impactos econômicos do distanciamento social reflete o falso dilema entre salvar vidas e garantir o sustento da população vulnerável. Na realidade, dados preliminares de óbitos e desempenho econômico sugerem que os países com pior desempenho econômico tiveram mais óbitos de Covid-19. A experiência mostrou que mesmo países que optaram inicialmente por evitar o lockdown terminaram por adotá-lo, em formas variadas, diante do agravamento da pandemia – é o caso do Reino Unido, por exemplo. Estudos mostraram que diante da aceleração de novos casos, a população responde ficando mais avessa ao risco sanitário, aumentando o isolamento voluntário e levando à queda no consumo das famílias mesmo antes ou sem que medidas restritivas formais sejam adotadas.15 A recuperação econômica, por sua vez, é lenta e depende da retomada de confiança e maior previsibilidade da situação de saúde no país.
Logo, não é razoável esperar a recuperação da atividade econômica em uma epidemia descontrolada.
O efeito devastador da pandemia sobre a economia tornou evidente a precariedade do nosso sistema de proteção social. Em particular, os trabalhadores informais, que constituem mais de 40% da força de trabalho, não têm proteção contra o desemprego. No ano passado, o auxílio emergencial foi fundamental para assistir esses trabalhadores mais vulneráveis que perderam seus empregos, e levou a uma redução da pobreza, evidenciando a necessidade de melhoria do nosso sistema de proteção social. Enquanto a pandemia perdurar, medidas que apoiem os mais vulneráveis, como o auxílio emergencial, se fazem necessárias. Em paralelo, não devemos adiar mais o encaminhamento de uma reforma no sistema de proteção social, visando aprimorar a atual rede de assistência social e prover seguro aos informais. Uma proposta nesses moldes é o programa de Responsabilidade Social, patrocinado pelo Centro de Debate de Políticas Públicas, encaminhado para o Congresso no final do ano passado.
Outras medidas de apoio às pequenas e médias empresas também se fazem necessárias. A experiência internacional com programas de aval público para financiamento privado voltado para pequenos empreendedores durante um choque negativo foi bem-sucedida na manutenção de emprego, gerando um benefício líquido positivo à sociedade.
O aumento em 34,7% do endividamento dos pequenos negócios durante a pandemia amplifica essa necessidade. A retomada de linhas avalizadas pelo Fundo Garantidor para Investimentos e Fundo de Garantia de Operações é uma medida importante de transição entre a segunda onda e o pós-crise.
Estamos no limiar de uma fase explosiva da pandemia e é fundamental que a partir de agora as políticas públicas sejam alicerçadas em dados, informações confiáveis e evidência científica. Não há mais tempo para perder em debates estéreis e notícias falsas. Precisamos nos guiar pelas experiências bem-sucedidas, por ações de baixo custo e alto impacto, por iniciativas que possam reverter de fato a situação sem precedentes que o país vive.
Medidas indispensáveis de combate à pandemia: a vacinação em massa é condição sine qua non para a recuperação econômica e redução dos óbitos.
1 Acelerar o ritmo da vacinação.
O maior gargalo para aumentar o ritmo da vacinação é a escassez de vacinas disponíveis. Deve-se, portanto, aumentar a oferta de vacinas de forma urgente. A estratégia de depender da capacidade de produção local limitou a disponibilidade de doses ante a alternativa de pré-contratar doses prontas, como fizeram o Chile e outros países. Perdeu-se um tempo precioso e a assinatura de novos contratos agora não garante oferta de vacinas em prazo curto. É imperativo negociar com todos os laboratórios que dispõem de vacinas já aprovadas por agências de vigilância internacionais relevantes e buscar antecipação de entrega do maior número possível de doses. Tendo em vista a escassez de oferta no mercado internacional, é fundamental usar a política externa – desidratada de ideologia ou alinhamentos automáticos – para apoiar a obtenção de vacinas, seja nos grandes países produtores seja nos países que têm ou terão excedentes em breve.
A vacinação é uma corrida contra o surgimento de novas variantes que podem escapar da imunidade de infecções passadas e de vacinas antigas. As novas variantes surgidas no Brasil tornam o controle da pandemia mais desafiador, dada a maior transmissibilidade.
Com o descontrole da pandemia é questão de tempo até emergirem novas variantes. O Brasil precisa ampliar suas capacidades de sequenciamento genômico em tempo real, de compartilhar dados com a comunidade internacional e de testar a eficácia das vacinas contra outras variantes com máxima agilidade. Falhas e atrasos nesse processo podem colocar em risco toda a população brasileira, e também de outros países.
2. Incentivar o uso de máscaras tanto com distribuição gratuita quanto com orientação educativa.
Economistas estimaram que se os Estados Unidos tivessem adotado regras de uso de máscaras no início da pandemia poderiam ter reduzido de forma expressiva o número de óbitos. Mesmo se um usuário de máscara for infectado pelo vírus, a máscara pode reduzir a gravidade dos sintomas, pois reduz a carga viral inicial que o usuário é exposto. Países da União Europeia e os Estados Unidos passaram a recomendar o uso de máscaras mais eficientes – máscaras cirúrgicas e padrão PFF2/N95 – como resposta às novas variantes. O Brasil poderia fazer o mesmo, distribuindo máscaras melhores à população de baixa renda, explicando a importância do seu uso na prevenção da transmissão da Covid.
Máscaras com filtragem adequada têm preços a partir de R$ 3 a unidade. A distribuição gratuita direcionada para pessoas sem condições de comprá-las, acompanhada de instrução correta de reuso, teria um baixo custo frente aos benefícios de contenção da Covid-1923. Considerando o público do auxílio emergencial, de 68 milhões de pessoas, por exemplo, e cinco reusos da máscara, tal como recomenda o Center for Disease Control do EUA, chegaríamos a um custo mensal de R$ 1 bilhão. Isto é, 2% do gasto estimado mensal com o auxílio emergencial. Embora leis de uso de máscara ajudem, informar corretamente a população e as lideranças darem o exemplo também é importante, e tem impacto na trajetória da epidemia. Inversamente, estudos mostram que mensagens contrárias às medidas de prevenção afetam a sua adoção pela população, levando ao aumento do contágio.
3. Implementar medidas de distanciamento social no âmbito local com coordenação nacional.
O termo “distanciamento social” abriga uma série de medidas distintas, que incluem a proibição de aglomeração em locais públicos, o estímulo ao trabalho a distância, o fechamento de estabelecimentos comerciais, esportivos, entre outros, e – no limite – escolas e creches. Cada uma dessas medidas tem impactos sociais e setoriais distintos. A melhor combinação é aquela que maximize os benefícios em termos de redução da transmissão do vírus e minimize seus efeitos econômicos, e depende das características da geografia e da economia de cada região ou cidade. Isso sugere que as decisões quanto a essas medidas devem ser de responsabilidade das autoridades locais.
Com o agravamento da pandemia e esgotamento dos recursos de saúde, muitos estados não tiveram alternativa senão adotar medidas mais drásticas, como fechamento de todas as atividades não-essenciais e o toque de recolher à noite. Os gestores estaduais e municipais têm enfrentado campanhas contrárias por parte do governo federal e dos seus apoiadores. Para maximizar a efetividade das medidas tomadas, é indispensável que elas sejam apoiadas, em especial pelos órgãos federais. Em particular, é imprescindível uma coordenação em âmbito nacional que permita a adoção de medidas de caráter nacional, regional ou estadual, caso se avalie que é necessário cercear a mobilidade entre as cidades e/ou estados ou mesmo a entrada de estrangeiros no país. A necessidade de adotar um lockdown nacional ou regional deveria ser avaliado. É urgente que os diferentes níveis de governo estejam preparados para implementar um lockdown emergencial, definindo critérios para a sua adoção em termos de escopo, abrangência das atividades cobertas, cronograma de implementação e duração.
Ademais, é necessário levar em consideração que o acréscimo de adesão ao distanciamento social entre os mais vulneráveis depende crucialmente do auxílio emergencial. Há sólida evidência de que programas de amparo socioeconômico durante a pandemia aumentaram o respeito às regras de isolamento social dos beneficiários. É, portanto, não só mais justo como mais eficiente focalizar a assistência nas populações de baixa renda, que são mais expostas nas suas atividades de trabalho e mais vulneráveis financeiramente.
Dentre a combinação de medidas possíveis, a questão do funcionamento das escolas merece atenção especial. Há estudos mostrando que não há correlação entre aumento de casos de infecção e reabertura de escolas no mundo. Há também informações sobre o nível relativamente reduzido de contágio nas escolas de São Paulo após sua abertura.
As funções da escola, principalmente nos anos do ensino fundamental, vão além da transmissão do conhecimento, incluindo cuidados e acesso à alimentação de crianças, liberando os pais – principalmente as mães – para o trabalho. O fechamento de escolas no Brasil atingiu de forma mais dura as crianças mais pobres e suas mães. A evidência mostra que alunos de baixa renda, com menor acesso às ferramentas digitais, enfrentam maiores dificuldade de completar as atividades educativas, ampliando a desigualdade da formação de capital humano entre os estudantes. Portanto, as escolas devem ser as últimas a fechar e as primeiras a reabrir em um esquema de distanciamento social. Há aqui um papel fundamental para o Ministério da Educação em cooperação com o Ministério da Saúde na definição e comunicação de procedimentos que contribuam para a minimização dos riscos de contágio nas escolas, além do uso de ferramentas comportamentais para retenção da evasão escolar, como o uso de mensagens de celular como estímulo para motivar os estudantes, conforme adotado em São Paulo e Goiás.
4. Criar mecanismo de coordenação do combate à pandemia em âmbito nacional
Preferencialmente pelo Ministério da Saúde e, na sua ausência, por consórcio de governadores – orientada por uma comissão de cientistas e especialistas, se tornou urgente. Diretrizes nacionais são ainda mais necessárias com a escassez de vacinas e logo a necessidade de definição de grupos prioritários; com as tentativas e erros no distanciamento social; a limitada compreensão por muitos dos pilares da prevenção,
particularmente da importância do uso de máscara, e outras medidas no âmbito do relacionamento social. Na ausência de coordenação federal, é essencial a concertação entre os entes subnacionais, consórcio para a compra de vacinas e para a adoção de medidas de supressão.
O papel de liderança: Apesar do negacionismo de alguns poucos, praticamente todos os líderes da comunidade internacional tomaram a frente no combate ao Covid-19 desde março de 2020, quando a OMS declarou o caráter pandêmico da crise sanitária. Informando, notando a gravidade de uma crise sem precedentes em 100 anos, guiando a ação dos indivíduos e influenciado o comportamento social.
Líderes políticos, com acesso à mídia e às redes, recursos de Estado, e comandando atenção, fazem a diferença: para o bem e para o mal. O desdenho à ciência, o apelo a tratamentos sem evidência de eficácia, o estímulo à aglomeração, e o flerte com o movimento antivacina, caracterizou a liderança política maior no país. Essa postura reforça normas antissociais, dificulta a adesão da população a comportamentos responsáveis, amplia o número de infectados e de óbitos, aumenta custos que o país incorre.
O país pode se sair melhor se perseguimos uma agenda responsável. O país tem pressa; o país quer seriedade com a coisa pública; o país está cansado de ideias fora do lugar, palavras inconsequentes, ações erradas ou tardias. O Brasil exige respeito.
Assinam a carta:
- 1 – Affonso Celso Pastore
- 2 – Alexandre Lowenkron
- 3 – Alexandre Rands
- 4 – Alexandre Schwartsman
- 5 – Álvaro de Souza
- 6 – Amanda de Albuquerque
- 7 – Ana Carla Abrão
- 8 – André de Castro Silva
- 9 – André Luis Squarize Chagas
- 10 – André Magalhães
- 11 – André Portela
- 12 – Andrea Lucchesi
- 13 – Angélica Maria de Queiroz
- 14 – Aod Cunha
- 15 – Armínio Fraga
- 16 – Beny Parnes
- 17 – Bernard Appy
- 18 – Bráulio Borges
- 19 – Braz Camargo
- 20 – Carlos Alberto Manso
- 21 – Carlos Ari
- 22 – Carlos Brunet Martins Filho
- 23 – Carlos Góes
- 24 – Carolina Grottera
- 25 – Cassiana Fernandez
- 26 – Christiano Penna
- 27 – Claudia Sussekind Bird
- 28 – Claudio Considera
- 29 – Cláudio Frischtak
- 30 – Claudio Ribeiro de Lucinda
- 31 – Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt
- 32 – Daniel Cerqueira
- 33 – Daniel Gleizer
- 34 – Danielle Carusi Machado
- 35 – Danilo Camargo Igliori
- 36 – Demósthenes Madureira de Pinho Neto
- 37 – Dimitri Szerman
- 38 – Edmar Bacha
- 39 – Eduardo Amaral Haddad
- 40 – Eduardo Augusto Guimarães
- 41 – Eduardo Mazzilli de Vassimon
- 42 – Eduardo Pontual
- 43 – Eduardo Souza-Rodrigues
- 44 – Eduardo Zilberman
- 45 – Eduardo Zylberstajn
- 46 – Eleazar de Carvalho
- 47 – Elena Landau
- 48 – Fabiana Rocha
- 49 – Fábio Barbosa
- 50 – Fabio Giambiagi
- 51 – Felipe Salto
- 52 – Fernando Genta
- 53 – Fernando Postali
- 54 – Fernando Veloso
- 55 – Flávio Ataliba
- 56 – Francisco Ramos
- 57 – Francisco Soares de Lima
- 58 – Gabriella Seiler
- 59 – Genaro Lins
- 60 – Giovanna Ribeiro
- 61 – Guilherme Irffi
- 62 – Guilherme Tinoco
- 63 – Guilherme Valle Moura
- 64 – Gustavo Gonzaga
- 65 – Gustavo Loyola
- 66 – Helcio Tokeshi
- 67 – Helena Arruda Freire
- 68 – Henrique Félix
- 69 – Horácio Lafer Piva
- 70 – Humberto Moreira
- 71 – Ilan Goldfajn
- 72 – Isacson Casiuch
- 73 – Joana C.M. Monteiro
- 74 – Joana Naritomi
- 75 – João Mário de França
- 76 – José Augusto Fernandes
- 77 – José Monforte
- 78 – José Olympio Pereira
- 79 – José Roberto Mendonça de Barros
- 80 – José Tavares de Araujo
- 81 – Josué Alfredo Pellegrini
- 82 – Juliana Camargo
- 83 – Juliano Assunção
- 84 – Laísa Rachter
- 85 – Laura de Carvalho Schiavon
- 86 – Laura Karpuska
- 87 – Leandro Piquet Carneiro
- 88 – Leane Naidin
- 89 – Leany Barreiro Lemos
- 90 – Leonardo Monteiro Monasterio
- 91 – Leonardo Rezende
- 92 – Lucas M. Novaes
- 93 – Lucia Hauptmann
- 94 – Luciano Losekann
- 95 – Luciene Pereira
- 96 – Luís Meloni
- 97 – Luis Terepins
- 98 – Maílson da Nóbrega
- 99 – Manoel Pires
- 100 – Manuel Thedim
- 101 – Marcela Carvalho Ferreira de Mello
- 102 – Marcelo André Steuer
- 103 – Marcelo Barbará
- 104 – Marcelo Cunha Medeiros
- 105 – Marcelo de Paiva Abreu
- 106 – Marcelo F. L. Castro
- 107 – Marcelo Fernandes
- 108 – Marcelo Justus
- 109 – Marcelo Kfoury
- 110 – Marcelo Leite de Moura e Silva
- 111 – Marcelo Pereira Lopes de Medeiros
- 112 – Marcelo Trindade
- 113 – Marcílio Marques Moreira
- 114 – Márcio Garcia
- 115 – Márcio Holland
- 116 – Márcio Issao Nakane
- 117 – Marco Bonomo
- 118 – Marcos Lederman
- 119 – Marcos Ross Fernandes
- 120 – Maria Alice Moz-Christofoletti
- 121 – Maria Cristina Pinotti
- 122 – Maria Dolores Montoya Diaz
- 123 – Mário Ramos Ribeiro
- 124 – Marisa Moreira Salles
- 125 – Maurício Canêdo Pinheiro
- 126 – Mauro Rodrigues
- 127 – Miguel Nathan Foguel
- 128 – Mônica Viegas Andrade
- 129 – Naercio Menezes Filho
- 130 – Natália Nunes Ferreira-Batista
- 131 – Nilson Teixeira
- 132 – Octavio de Barros
- 133 – Otaviano Canuto
- 134 – Patrícia Franco Ravaioli
- 135 – Paula Carvalho Pereda
- 136 – Paula Magalhães
- 137 – Paulo Hartung
- 138 – Paulo Hermanny
- 139 – Paulo Ribeiro
- 140 – Paulo Tafner
- 141 – Pedro Bodin de Moraes
- 142 – Pedro Cavalcanti Ferreira
- 143 – Pedro Henrique Thibes Forquesato
- 144 – Pedro Malan
- 145 – Pedro Moreira Salles
- 146 – Persio Arida
- 147 – Priscilla Albuquerque Tavares
- 148 – Rafael B. Barbosa
- 149 – Rafael Dix-Carneiro
- 150 – Regina Madalozzo
- 151 – Renato Fragelli
- 152 – Renê Garcia Jr.
- 153 – Ricardo de Abreu Madeira
- 154 – Ricardo Markwald
- 155 – Roberto Bielawski
- 156 – Roberto Iglesias
- 157 – Roberto Olinto
- 158 – Rodrigo Menon S. Moita
- 159 – Rogério Furquim Werneck
- 160 – Ruben Ricupero
- 161 – Ruy Ribeiro
- 162 – Sabino da Silva Porto Júnior
- 163 – Samira Schatzmann
- 164 – Samuel Pessoa
- 165 – Sandra Rios
- 166 – Sérgio Besserman Vianna
- 167 – Sergio Margulis
- 168 – Silvia Matos
- 169 – Solange Srour
- 170 – Stephanie Kestelman
- 171 – Synthia Santana
- 172 – Thomas Conti
- 173 – Tiago Cavalcanti
- 174 – Tomás Urani
- 175 – Vagner Ardeo
- 176 – Vilma da Conceição Pinto
- 177 – Vinicius Carrasco
- 178 – Vinícius de Oliveira Botelho
- 179 – Vitor Pereira
- 180 – Walter Novaes
- 181 – Wilfredo Leiva Maldonado
Economia
MOVE Agroindústria Familiar da Bahia discute oportunidades para o setor
Evento em Feira de Santana promove troca de experiências e capacitação para impulsionar o setor agroindustrial

Com o objetivo de discutir inovação, sustentabilidade e oportunidades para as agroindústrias familiares baianas, o Governo do Estado promove o MOVE – Agroindústria Familiar da Bahia, que reúne especialistas, autoridades e técnicos do setor, até quinta-feira (14), no Centro de Convenções de Feira de Santana. Realizado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), com investimento de R$550 mil, o evento conta com uma programação que inclui mais de 20 oficinas temáticas, painéis de discussão e o Salão de Negócios, criando um ambiente de troca de experiências e parcerias entre cooperativas, associações e instituições.
O governador Jerônimo Rodrigues, acompanhado da primeira-dama, Tatiana Velloso, participou da abertura do evento, nesta quarta-feira (12), e destacou a importância das agroindústrias familiares como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento econômico e social do estado.
“Elas não apenas geram emprego e renda, mas também fortalecem a identidade de nossos territórios, preservando nossa cultura e promovendo a sustentabilidade. Que essas cooperativas dialoguem com os prefeitos para que a gente possa fortalecer a produção. Estamos investindo em tecnologias, capacitação e financiamento para que nossas agroindústrias possam crescer, inovar e levar a Bahia ainda mais longe”, explicou.
A agroindustrialização tem se destacado como uma das principais ações do Governo da Bahia para fortalecer a produção e a geração de renda para os agricultores familiares. Mais de 400 agroindústrias foram implantadas ou requalificadas, ampliando a capacidade dos produtores de agregar valor à produção, gerar novos produtos e acessar mercados mais exigentes.
De acordo com Jeandro Ribeiro, “o investimento não acontece só agora, nesse momento, esses R$123 milhões, que se soma e ultrapassa R$ 2 bilhões em equipamentos agroindustriais. Todos os 400 equipamentos agroindustriais têm mudado a vida de cada um que está lá. É um modelo mais acertado de distribuição de renda a partir de um equipamento agroindustrial liderado por uma cooperativa e por uma associação”.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, “o que nós estamos fazendo hoje é, de fato, garantir que um profissional acompanhe essa dinâmica toda. Seja do processo em si, da comercialização, de entender dessa burocracia, para que solte o nosso agricultor, a nossa agricultora, para reproduzir com qualidade e obviamente ter uma renda melhorada, para que ele possa ter dignidade no campo e isso é um grande desafio”.
Com o objetivo de ampliar esse modelo produtivo sustentável, a CAR lançou a ação Agroindústria Familiar da Bahia, que oferece apoio técnico, infraestrutura e soluções para gestão, produção e comercialização das agroindústrias. O evento será também um importante espaço para discutir temas como certificação orgânica, rastreabilidade, estratégias fiscais e como aumentar a competitividade das agroindústrias familiares.
Salão de Negócios
Uma das grandes novidades do MOVE é o Salão de Negócios, que traz empresas apresentando tecnologias, equipamentos, serviços financeiros e soluções em contabilidade com a participação de 10 empresas. Além disso, órgãos do Governo do Estado, como a Secretaria de Educação (SEC), a Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secti) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), também estão presentes, oferecendo informações sobre alimentação escolar, inovações tecnológicas e incentivos fiscais.
O Senai/Cimatec, o Sebrae e os Correios também participam oferecendo soluções para fortalecer as agroindústrias e viabilizar a logística de comercialização dos produtos da agricultura familiar. O representante da Cooperativa de Cafés Especiais e Agropecuária de Piatã (COOPIATÃ), Rodolfo Moreno ressalta a experiência e reconhecimento de participar de eventos como o Move.
“É uma grande experiência acumulada. O que precisamos agora é criar esse ecossistema cooperativista, estreitar o diálogo, trabalhar ombro a ombro. É importante visitar, expandir e, mais do que isso, conhecer os pacotes tecnológicos e os serviços disponíveis aqui, e outros dispositivos que estão sendo criados para superar as dificuldades do dia a dia e, assim, conquistar o mundo. Vejo esse momento de encontro e troca de saberes com ótimos olhos”, completou.
O MOVE se configura como uma grande oportunidade para fortalecer a competitividade e a sustentabilidade das agroindústrias familiares da Bahia, criando um ambiente favorável à inovação e à expansão dos negócios no setor. O diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Paulo Sérgio Luz, fala da contribuição do órgão ao evento. “Estamos aqui com uma equipe muito grande esclarecendo e tirando dúvidas dos pequenos empreendedores da agricultura familiar no que se refere aos seus produtos, que nós certificamos com selos de inspeção federal, municipal e estadual para que eles possam ser vendidos totalmente certificados e com garantia para o Brasil inteiro”, pontuou.
Desenbahia
A Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) também marcou presença no MOVE, com oferta de crédito às Organizações Produtivas da Agricultura Familiar da Bahia. Por meio da linha de crédito COOPERGIRO+, o Governo do Estado oferece recursos do Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico (FUNDESE) para financiar a produção e comercialização de produtos das agroindústrias da agricultura familiar baiana. A iniciativa visa apoiar projetos e programas executados pela SDR/CAR, promovendo o fortalecimento e a sustentabilidade dessas agroindústrias. As condições de elegibilidade e as orientações sobre como acessar a linha de crédito estão disponíveis no site da CAR: www.car.ba.gov.br
Economia
Sinduscon-BA realiza mais uma Sexta da Construção
Nesta edição serão apresentadas as 15 startups selecionadas no edital patrocinado pelo Crea-BA

O Sinduscon-BA (Sindicato das indústrias da Construção) realiza nesta sexta-feira (14), a partir das 8h, mais uma edição da tradicional Sexta da Construção, momento que já integra o calendário do setor. Nesta edição especial serão apresentadas as 15 startups selecionadas no edital patrocinado pelo CREA-BA, das quais, 10 passarão a integrar o Hub de Inovação da Construção por um ano. O Hub tem se consolidado como um ambiente estratégico, que conecta startups, construtores e especialistas, impulsionando o desenvolvimento de soluções inovadoras e colaborativas para a indústria da construção. É uma oportunidade para fomentar negócios, acelerar tecnologias e fortalecer o ecossistema de inovação, que molda o futuro do setor.
É um ambiente dinâmico criado pelo Sinduscon para impulsionar a inovação, no qual startups com ideias transformadoras encontram um espaço para crescer, se conectar com grandes empresas e transformar conceitos em soluções aplicáveis ao mercado. “Mais do que um ponto de encontro, é um catalisador de mudanças, aproximando tecnologia e construção para tornar a inovação acessível e viável. onde o futuro do setor ganha forma, com colaboração, criatividade e novas oportunidades para os envolvidos”, afirma Alexandre Landim, Presidente do Sinduscon-BA.
“O Hub da Construção possibilita que startups escalem soluções que gerem impacto real na construção, além de fazerem parte desse ambiente de inovacão” ratifica Joseval Costa Carqueija, Presidente do Crea-BA. O evento acontece no Edifício Sede do Sinduscon-Ba. Rua Minas Gerais, 436, Pituba.
Economia
Shopping Piedade tem horário diferenciado durante o Carnaval
A mudança de horário já começa nesta quinta (27), com a abertura oficial da folia, com a entrega da Chave da Cidade ao Rei Momo

No período do Carnaval o Shopping Piedade terá horário de funcionamento diferenciado. Nesta quinta-feira (27), acontece a abertura oficial da folia, no Campo Grande e o funcionamento será das 9h às 18h. Na sexta-feira (28) shopping também abre das 9h às 18h, fechando duas horas mais cedo. De sábado a terça-feira, 1° a 4/3, o empreendimento estará fechado. Na Quarta-Feira de Cinzas, 5/3, o funcionamento será a partir das 12h até às 20h, voltando a funcionar normalmente na quinta-feira, 6/3, das 9h às 20h.
SERVIÇO
Horário de Funcionamento no Carnaval | Shopping Piedade
- 27 e 28/02: Aberto das 9h às 18h
- 1° a 04/03: Fechado
- 05/03 (quarta de cinzas): Aberto das 12h às 20h
- 06/03: funcionamento normal