Ciência
Barbie: Pesquisadora que sequenciou coronavírus é homenageada
A análise do genoma foi feita no Brasil primeiro por uma equipe de pesquisadoras
![Barbie: Pesquisadora baiana que sequenciou coronavírus é homenageada](https://bahiapravoce.com.br/wp-content/uploads/2021/08/unnamed-1.jpg)
A pesquisadora baiana Jaqueline Goes de Jesus, que participou do primeiro sequenciamento do coronavírus no Brasil acaba de ganhar uma Barbie em sua homenagem. A Mattel anunciou nesta quarta-feira (4) o lançamento de seis bonecas em homenagem a mulheres que desenvolvem papel importante no combate à Covid-19, chamadas de “heroínas” pela marca.
A análise do genoma do vírus da Covid-19 foi feita no Brasil primeiramente por uma equipe liderada por pesquisadoras, e em apenas 48 horas. Jaqueline é biomédica e tem 31 anos.
Segundo a Mattel, a ideia é “inspirar a próxima geração para que tomem como exemplo estas heroínas”. As bonecas não serão, contudo, vendidas em grande escala.
Outra homenageada é a cientista britânica Sarah Gilbert, uma das criadoras da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca. Ela disse ter estranhado a homenagem, mas espera que ajude a inspirar uma nova geração de jovens a trabalhar na ciência, na tecnologia, na engenharia e na matemática.
“Espero que as crianças que conheceram à minha Barbie se deem conta do quão vital são as carreiras científicas para ajudar o mundo que nos rodeia”, declarou, de acordo com a agência internacional.
As demais homenageadas são a cuidadora norte-americana Amy O’Sullivan, enfermeira de urgências do Hospital Wycoff, de Nova York, a médica Audrey Cruz, de Las Vegas, a médica canadense Chika Stacy Oriuwa e a médica australiana Kirby White, uma das criadoras de uma roupa reutilizável para as equipes de saúde.
Ciência
Saberes ancestrais e preservação ambiental marcam SNCT na Aldeia Pataxó KAÍ
No segundo dia de evento, povos originários de Prado conectam tradições indígenas à sustentabilidade e à ciência
![Uma aldeia onde tradições ancestrais e preservação ambiental se entrelaçam. A Aldeia Pataxó KAÍ, localizada em Prado,](https://bahiapravoce.com.br/wp-content/uploads/2024/10/AnyConv.com__Foto-Gabriel-Pinheiro1.webp)
Uma aldeia onde tradições ancestrais e preservação ambiental se entrelaçam. A Aldeia Pataxó KAÍ, localizada em Prado, Extremo Sul da Bahia, foi o cenário das atividades do segundo dia da 21ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCT), conectando os saberes indígenas à preservação do bioma Mata Atlântica. Em um ambiente que valoriza tanto a natureza quanto a cultura, os participantes discutiram o papel das comunidades tradicionais e povos originários na sustentabilidade.
As atividades do dia incluíram rituais indígenas, debates sobre a ciência na ótica do povo Pataxó, e apresentações das escolas indígenas da região, reforçando o papel central da comunidade na proteção do bioma Mata Atlântica. A SNCT, que segue até o dia 18 de outubro com eventos em várias regiões da Bahia, aborda o tema “Biomas do Brasil: diversidade, saberes tradicionais e tecnologias sociais”. A programação completa está disponível no site ba.gov.br/secti.
Segundo a diretora de Políticas e Programas da Secti, Sahada Luedy, as atividades da 21ª SNCT na Aldeia Pataxó KAÍ refletem o compromisso com o debate sobre os saberes tradicionais e a preservação dos biomas. “É um momento em que vamos debater e conhecer os saberes tradicionais para o bioma Mata Atlântica na visão do povo pataxó. Então, é um momento ímpar e muito emocionante estar aqui na Aldeia KAÍ com todos os indígenas que começam a chegar para a gente debater esse tema. São saberes tradicionais ajudando a ciência e tecnologia”, afirma.
O secretário municipal de Desenvolvimento Indígena de Prado, Ricardo Oliveira, destaca a importância da SNCT para as comunidades indígenas da região. “Hoje, nós estamos na Aldeia KAÍ com a SNCT. É um momento muito importante para a Terra Indígena Barra Velha. É o momento de fazer as discussões e também o desenvolvimento das comunidades indígenas sobre a Semana de Ciência e Tecnologia aqui na comunidade da Aldeia Kaí e nos dois territórios indígenas”.
Entre os parceiros da Secti no evento estão o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), as Secretarias da Educação (Sec), Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), Meio Ambiente (Sema), Desenvolvimento Rural (SDR), Cultura (Secult), Turismo (Setur), além das Universidades de Feira de Santana (Uefs), do Sudoeste da Bahia (Uesb) e do Estado da Bahia (Uneb). Outros apoiadores são a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Instituto Anísio Teixeira (IAT), Museu de Arte Contemporânea (MAC), Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Ciência
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia inicia atividades no Festival da Ostra
Quilombo de Kaonge foi palco das primeiras atividades, conectando saberes ancestrais e ciência
![Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) para iniciar, neste final de semana, as atividades da 21ª Semana Nacional](https://bahiapravoce.com.br/wp-content/uploads/2024/10/AnyConv.com__FotoMilenaMonteiroAscomSecti3.webp)
Uma comunidade marcada por raízes quilombolas, práticas agrícolas tradicionais e uma biodiversidade rica, com destaque para os manguezais e o bioma da Mata Atlântica. Esse é o Quilombo de Kaonge, em Cachoeira, local escolhido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) para iniciar, neste final de semana, as atividades da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) na Bahia, dentro da programação do Festival da Ostra. A SNCT segue até o dia 18 de outubro, com atividades em diversos territórios de identidade.
As primeiras ações da Semana Nacional de C&T incluíram visitas aos manguezais, palestras sobre biomas e ervas medicinais, dentre outras atividades. O Festival da Ostra destacou a importância das comunidades tradicionais na preservação dos biomas e na promoção de práticas sustentáveis, o que se alinha ao tema da SNCT: “Biomas do Brasil – diversidade, saberes tradicionais e tecnologias sociais”. A programação completa pode ser consultada no site ba.gov.br/secti.
Para o secretário da Secti, André Joazeiro, a Semana Nacional na Bahia começa com o pé direito. “É uma atividade representativa. Trabalhamos há algum tempo com tecnologias sociais. Aprender com essas comunidades e trazer conhecimento para que elas melhorem sua produtividade e sua renda, tentando transformar a vida das pessoas. O tema da 21ª SNCT é biomas. E aqui tem um bioma totalmente único, com muito dendê, muitos frutos e vegetais da Mata Atlântica. Então, acho que estamos começando por um lugar que tem uma representatividade grande, tanto pela questão social, quanto pela questão dos biomas”.
O coordenador das Comunidades Quilombolas do Recôncavo, Ananias Viana, destaca a pluralidade da sua comunidade. “O tema da Festa da Ostra é a mudança climática e sustentabilidade, o que reforça nossa preocupação com os biomas. Aqui, no nosso bioma, tudo está interligado: a Mata Atlântica, os manguezais, as ervas medicinais, as águas dos rios que desembocam no mar. Nós, como comunidades quilombolas, vivemos em transversalidade, tratando de temas como saúde, educação, turismo comunitário e ancestralidade em uma só discussão, pois estamos conectados a tudo isso, cuidando do que é nosso para garantir nossa sobrevivência e espiritualidade”.
O evento contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, do senador Jaques Wagner, da primeira-dama e presidente das Voluntárias Sociais, Tatiana Velloso, do secretário da Secti, André Joazeiro, do secretário de Turismo, Maurício Bacelar, e do chefe de Gabinete da Secti, Marcius Gomes, dentre outras autoridades.
Entre os parceiros da Secti no evento estão o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), as Secretarias da Educação (Sec), Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), Meio Ambiente (Sema), Desenvolvimento Rural (SDR), Cultura (Secult), Turismo (Setur), além das Universidades de Feira de Santana (Uefs), do Sudoeste da Bahia (Uesb) e do Estado da Bahia (Uneb). Outros apoiadores são a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Instituto Anísio Teixeira (IAT), Museu de Arte Contemporânea (MAC), Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Ciência
Inema e UFRB realizam expedição científica na Serra da Jiboia
Especialistas do Instituto e da Universidade trabalharam em conjunto para coletar amostras essenciais à conservação da biodiversidade local
![A Serra da Jiboia, localizada na região central da Bahia, entre os municípios de Santa Teresinha e Elísio Medrado, recebeu uma](https://bahiapravoce.com.br/wp-content/uploads/2024/10/AnyConv.com__WhatsApp-Image-2024-10-07-at-13.43.23.webp)
A Serra da Jiboia, localizada na região central da Bahia, entre os municípios de Santa Teresinha e Elísio Medrado, recebeu uma expedição científica focada na preservação de espécies criticamente ameaçadas. Especialistas do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) trabalharam em conjunto para coletar amostras essenciais à conservação da biodiversidade local.
A missão teve como objetivo a coleta de três espécies Criticamente Ameaçadas (CR), todas integradas ao Plano de Ação Territorial (PAT) para a conservação de espécies na Chapada Diamantina. Durante a expedição, realizada entre os dias 26 e 29 de setembro, foram coletadas duas dessas espécies — Passiflora timboensis e Ormosia timboensis — além de outras 50 espécies vegetais, todas destinadas ao Herbário HURB.
A equipe, composta por Lidyanne Yuriko Pinheiro e Everton Hilo de Souza (UFRB) e Marcelo Peres (Inema), explorou áreas estratégicas como o Morro da Pioneira e a Reserva do Gambá em busca da aranha-caranguejeira Ybyrapora gamba. Embora a espécie não tenha sido encontrada, a expedição reforçou a importância do monitoramento contínuo e da conservação, destacando os desafios naturais de localizar espécies raras em ambientes complexos.
“Esta expedição não apenas destaca a importância da conservação de espécies ameaçadas, mas também a colaboração entre instituições de ensino e órgãos ambientais. O trabalho conjunto dos especialistas é fundamental para fortalecer as iniciativas de preservação na Serra da Jiboia e garantir que a rica biodiversidade da região continue a prosperar para as gerações futuras”, explicou Sara Alves, bióloga do Inema e coordenadora do Núcleo Operacional da Bahia do PAT.