Internacional
Tsunami atinge Tonga após erupção vulcânica submarina
Vídeos postados nas redes sociais mostraram ondas enormes nas áreas costeiras, girando em torno de casas e prédios

As pessoas foram forçadas a fugir de suas casas, e ruas e prédios inundaram, quando as ondas do tsunami atingiram a ilha principal de Tongatapu, em Tonga, após uma enorme explosão de um vulcão submarino.
A erupção do vulcão submarino Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, localizado a cerca de 65 km ao norte da capital de Tonga, Nuku’alofa, causou um tsunami de 1,2 metro, disse o Bureau of Meteorology da Austrália.
A erupção – capturada em imagens de satélite que mostram uma enorme nuvem de cinzas, vapor e gás subindo do oceano – foi ouvida e sentida em Fiji e Vanuatu, onde as pessoas relataram sentir o chão e os prédios tremerem por horas.
Não houve relatos imediatos de feridos ou da extensão dos danos em Tonga, mas vídeos postados nas mídias sociais mostraram ondas enormes nas áreas costeiras, girando em torno de casas e prédios.
BREAKING: Vídeo absolutamente insano de um funcionário da Fiji Broadcasting Corporation da erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai em andamento, que causou um tsunami. pic.twitter.com/AKwtgufFcO
— Elisabete Pereira (@Elisabe00158197) January 15, 2022
TSUNAMI EM TONGA.Tsunami atinge Tonga após erupção de vulcão submarino
Ondas inundaram partes da capital do país neste sábado; ilhas do Pacífico emitiram alertas e pediram para moradores buscarem áreas mais altas pic.twitter.com/VlRgst0SxN
— Luca (@luc20210) January 15, 2022
Erupção de vulcão submarino em Tonga ?? provoca tsunami no sul do Pacífico. A erupção foi registrada durante a madrugada no vulcão submarino Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, localizado a de 65 km ao norte da capital de Tonga, Nuku'alofa.pic.twitter.com/zxACldzjJD
— Geografia Geral (@GeografiaGeralT) January 15, 2022
Comunicações e energia foram supostamente interrompidas em toda a ilha principal de Tonga, e o governo convocou reservas militares para ajudar na resposta ao desastre.
A Islands Business informou que um comboio de policiais e tropas militares evacuou o rei Tupou VI de seu palácio perto da costa, e o site de notícias local Kaniva Tonga relatou longas filas de tráfego enquanto milhares de pessoas tentavam alcançar terrenos mais altos na ilha principal.
O Dr. Faka’iloatonga Taumoefolau, coordenador do projeto que trabalha com o parlamento tonganês, disse que a explosão levou a uma queda de “cinzas e pedrinhas, escuridão cobrindo o céu”.
Ondas de tsunami de 2,7 pés (82 cm) foram observadas por medidores na capital tonganesa e ondas de 2 pés (60 cm) em Pago Pago, capital da Samoa Americana, disse o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico.
O governo de Fiji emitiu um alerta de tsunami, dizendo às pessoas nas partes costeiras do país que se deslocassem para terrenos mais altos devido a “ondas maiores do que o normal”. Houve relatos de que algumas aldeias de Fiji foram inundadas e famílias evacuadas.
Um aviso foi emitido em Samoa, instando as pessoas a ficarem longe da costa até novo aviso.
Internacional
Brics cobra US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até a COP30
O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento

Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a participação nas metas de financiamento climático. A iniciativa de captação de recursos, chamada Mapa do Caminho de Baku a Belém US$ 1,3 trilhão, destaca a importância de se chegar a esse valor até a COP30, em novembro.
“Expressamos séria preocupação com as lacunas de ambição e implementação nos esforços de mitigação dos países desenvolvidos no período anterior a 2020. Instamos esses países a suprir com urgência tais lacunas, a revisar e fortalecer as metas para 2030 em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a alcançar emissões líquidas zero de GEE [gases do efeito estufa] significativamente antes de 2050, preferencialmente até 2030, e emissões líquidas negativas imediatamente após”, diz um dos trechos do documento.
A defesa do multilateralismo foi uma das principais bandeiras do grupo, reunido na Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro. Nesse sentido, o Brics reforça o papel da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o Acordo de Paris como principal canal de cooperação internacional para enfrentar a mudança do clima.
O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento. O grupo reconhece que há interesses comuns globais, mas capacidades e responsabilidades diferenciadas entre os países.
O texto aponta a existência de capital global suficiente para lidar com os desafios climáticos, mas que estão alocados de maneira desigual. Além disso, enfatiza que o financiamento dos países mais ricos deve se basear na transferência direta e não em contrapartidas que piorem a situação econômica dos beneficiados.
“Enfatizamos que o financiamento para adaptação deve ser primariamente concessional, baseado em doações e acessível às comunidades locais, não devendo aumentar substancialmente o endividamento das economias em desenvolvimento”, ressalta o documento.
Os recursos públicos providos por países desenvolvidos teriam como destino as entidades operacionais do Mecanismo Financeiro da UNFCCC, incluindo o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Fundo de Adaptação, o Fundo de Resposta a Perdas e Danos (FRLD), o Fundo para Países Menos Desenvolvidos e o Fundo Especial para Mudança do Clima.
Além do envolvimento de capital público, são defendidos investimentos privados no financiamento climático, de forma a proporcionar também o uso de financiamento misto.
“Destacamos que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta para lançamento na COP30, tem potencial de ser um instrumento promissor de finanças mistas, capaz de gerar fluxos de financiamento previsíveis e de longo prazo para a conservação de florestas em pé”, diz a declaração.
Mercado de carbono
Outros destaques da declaração foram a defesa dos dispositivos sobre mercado de carbono, vistos como forma de catalisar o engajamento do setor privado. O Brics se compromete a trocar experiências e atuar em cooperação para promover iniciativas na área.
Em outro trecho do documento, é mencionado o apoio ao planejamento nacional que fundamenta as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), vistas como “principal veículo para comunicar os esforços de nossos países no enfrentamento à mudança do clima”.
Há ainda espaço para condenação e rejeição às medidas protecionistas unilaterais, tidas como punitivas e discriminatórias, que usam como pretexto as preocupações ambientais. São citados como exemplo, mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs), requisitos de diligência prévia com efeitos negativos sobre os esforços globais para deter e reverter o desmatamento, impostos e outras medidas.
Internacional
Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics
A 17ª reunião de cúpula do grupo acontece neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), para a 17ª reunião de cúpula do grupo. Depois do anfitrião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro líder a chegar foi o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi.
Até as 10h10, já haviam chegado também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly; o príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Bin Mohamed Bin Zayed Al-Nahyan; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
O Brics tem, como membros permanentes, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes. Além disso, há dez nações parceiras: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
Neste domingo e na segunda-feira (7), os líderes conversarão e farão discursos em sessões especiais. A primeira sessão, pela manhã, tratará de paz, segurança e reforma da governança global.
Estão previstas uma declaração conjunta dos líderes da cúpula e outras três declarações temáticas: sobre inteligência artificial, financiamento climático e doenças socialmente determinadas.
Internacional
Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai
Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças.
Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015.
Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil.