Internacional
Russos avançam para maior cidade de Donbas
As autoridades locais estimam que 1.500 civis já morreram em ataques russos a Sievierodonetsk

Tanques e tropas russas começaram a avançar para Sievierodonetsk, a maior cidade de Donbas ainda controlada pela Ucrânia, disseram testemunhas e autoridades.
“Infelizmente, temos notícias decepcionantes: o inimigo está se mudando para a cidade”, disse o governador regional de Luhansk, Serhiy Gaidai, à televisão nacional ucraniana na segunda-feira.
Testemunhas disseram que tanques russos estavam avançando em direção ao centro da cidade, uma explosão de cada vez, destruindo tudo em seu caminho que permanece após intenso bombardeio que, segundo autoridades ucranianas, levou a condições no terreno que lembram Mariupol.
As autoridades locais estimam que 1.500 civis já morreram em ataques russos a Sievierodonetsk, inclusive por falta de medicamentos, mas devido ao constante bombardeio, os mortos não podem ser contados.
“Eles [o exército russo] usam as mesmas táticas repetidamente”, disse Gaidai. “Eles bombardeiam por várias horas – por três, quatro, cinco horas – seguidas e depois atacam. Aqueles que resistem morrem. Em seguida, o bombardeio e o ataque seguem novamente, e assim até eles romperem em algum lugar.”
Testemunhas disseram que a cidade estava sendo bombardeada “200 vezes por hora” enquanto as forças russas tentavam cortar as linhas de reforço e cercar seus defensores restantes.
A batalha por Sievierodonetsk, que fica na margem leste do rio Siverskyi Donets, cerca de 145 km (90 milhas) ao sul da fronteira russa, está no centro das atenções enquanto a Rússia obtém ganhos lentos, mas sólidos, em Donbas industrial, que compreende o Luhansk e regiões de Donetsk.
Tendo falhado em tomar a capital nacional, Kyiv, na fase inicial da guerra, a Rússia está tentando consolidar seu domínio sobre o Donbas, grande parte do qual já é controlado por separatistas apoiados por Moscou. Ele concentrou um enorme poder de fogo em uma pequena área – em contraste com a fase anterior do conflito, quando suas forças eram muitas vezes dispersas – espancando vilas e cidades com artilharia e ataques aéreos.
“Eles não se importam com quantas vidas terão que pagar por isso”, disse o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, em seu último discurso nacional, referindo-se às forças russas na região.
A Rússia também intensificou seus esforços para tomar a cidade vizinha de Lysychansk, onde, segundo Gaidai, uma bomba russa caiu em um prédio residencial no fim de semana, matando uma criança.
De acordo com autoridades ucranianas, Lysychansk ainda está sob controle ucraniano, enquanto a estrada principal para as duas cidades foi bombardeada, mas não bloqueada.
“A libertação das regiões de Donetsk e Luhansk, reconhecidas pela Federação Russa como estados independentes, é uma prioridade incondicional”, disse Sergei Lavrov, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, à TV francesa no domingo, acrescentando que outros territórios ucranianos devem decidir seu futuro em seu próprio país.
Internacional
Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai
Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças.
Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015.
Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil.
Internacional
Leão XIV é o novo papa
O novo pontífice iniciou seu primeiro discurso, na janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano

“A paz esteja convosco”. Foi com essas palavras que o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, recém-eleito papa, iniciou seu primeiro discurso, na janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano. O novo pontífice, que escolheu usar o nome Leão XIV, ainda homenageou seu antecessor, Francisco.
“Nos ajudem a construir pontes vocês também, com diálogos, com encontro, para sermos um único povo, sempre em paz. Obrigado, papa Francisco”, disse Leão XIV.
“Ainda mantemos, nos nossos ouvidos, aquela voz fraca, mas sempre corajosa, do papa Francisco, que abençoava Roma”, disse.
“Permitam-me dar seguimento àquela mesma benção. Deus nos ama, Deus ama a todos e o mal não vai prevalecer. Estamos todos nas mãos de Deus. Juntos, sem medo, de mãos dadas com Deus, que está entre nós, vamos seguir”, completou.
Em seguida, Leão XIV fez um agradecimento a todos os cardeais que participaram do conclave que o elegeu “para ser o sucessor de Pedro e caminhar com vocês, como Igreja unida, sempre em busca da paz e da justiça, buscando trabalhar como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo, sem medo, para proclamar o Evangelho e sermos missionários”.
“Sou um filho de Santo Agostinho. Sou agostiniano. Santo Agostinho disse: ‘Para vós, sou bispo; convosco, sou cristão’. Neste sentido, podemos todos caminhar juntos, na direção da pátria que Deus nos preparou”, disse. “Necessitamos ser, juntos, uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes e diálogos. Que mantém o diálogo sempre aberto, pronta para receber todos que precisam.”
Em meio ao discurso, Leão XIV deixou de falar italiano e falou à multidão reunida na Praça São Pedro em espanhol, para agradecer à diocese peruana de Chiclayo, onde foi administrador apostólico. “Povo leal e fiel, que acompanha o bispo e o ajuda”, destacou.
Ao final, o novo pontífice lembrou que a data de hoje marca a prática devocional de súplica à Nossa Senhora de Pompeia.
“Nossa bendita Mãe Maria quer sempre caminhar conosco, estar perto de nós. Quer nos ajudar com sua intercessão e seu amor. Rezemos juntos por esta missão, por toda a Igreja e pela paz no mundo”, disse, encerrando seu discurso com a oração da Ave Maria.
Internacional
Cardeais escolhem o 267° Papa
A fumaça branca começou a sair da chaminé no telhado da Capela Sistina pouco depois das 18 horas (hora local) desta quinta (8)

Na votação na tarde desta quinta-feira, 8 de maio de 2025, os cardeais reunidos em Conclave chegaram a um consenso sobre o nome do 267º Sucessor de Pedro. Eram 18 horas e 07 minutos (hora local) quando a fumaça branca começou a sair da chaminé instalada no telhado da Capela Sistina, provocando uma verdadeira comoção e gritos de júbilo entre os milhares de presentes na Praça São Pedro e Via da Conciliação, testemunhas oculares de um dia histórico para a Igreja e para o mundo. O badalar dos sinos da Basílica de São Pedro que se seguiu foi uma confirmação de que “Habemus Papam”.
Tendo aceito sua eleição à Cátedra de Pedro, o novo Pontífice deixa a Capela Sistina e dirige-se à chamada “Sala das Lágrimas”. Ali, com a ajuda do Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dom Diego Giovanni Ravelli, ele veste uma das três roupas papais preparadas, para então se dirigir até a Sacada Central da Basílica, de onde o protodiácono, cardeal Dominique Mamberti, anunciará ao mundo o nome do novo Papa com a fórmula do Habemus Papam em latim.
A eleição do novo Pontífice ocorreu no dia da Súplica de Nossa Senhora de Pompéia.
João Paulo I, em 1978, e Bento XVI, em 2005, também foram eleitos no quarto escrutínio.
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