Internacional
Plataformas são essenciais para divulgar notícias da Ucrânia
A mídia social tem sido fundamental na distribuição de imagens da linha de frente na Ucrânia

Milhões de pessoas estão migrando para plataformas como Facebook, TikTok e Twitter para atualizações 24 horas por dia sobre a invasão russa da Ucrânia – renovando o escrutínio do papel desproporcional que as empresas de tecnologia desempenham na divulgação de notícias de guerra.
A mídia social tem sido fundamental na distribuição de imagens da linha de frente, mas a Ucrânia apresenta uma nova escala de conflito global para plataformas privadas navegarem.
#Ucrânia, 1 de março de 2022.
??❌?? #Kharkiv #Kiev #Rússia pic.twitter.com/RyJv67nEGg
— Giann Augusto (@Giannvsk) March 1, 2022
As empresas de tecnologia estão enfrentando um fluxo constante de desinformação, propaganda de veículos apoiados pela Rússia, conteúdo violento e imagens de refugiados em fuga, fazendo com que líderes mundiais e observadores de tecnologia exijam maior responsabilidade e transparência na forma como as empresas mantêm suas poderosas plataformas.
Na semana passada, autoridades ucranianas imploraram aos gigantes de tecnologia dos EUA que tomassem medidas contra a Rússia, instando-os a restringir o acesso a seus serviços dentro da Rússia, reduzir com mais força a disseminação de desinformação e reprimir os meios de comunicação apoiados pelo Estado russo.
“Em 2022, a tecnologia moderna talvez seja a melhor resposta para os tanques, vários lançadores de foguetes e mísseis”, disse o ministro da transformação digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, em carta a Tim Cook pedindo ao CEO da Apple que corte o acesso da Rússia ao aplicativo.
No fim de semana, os primeiros-ministros da Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia enviaram uma carta conjunta aos executivos-chefes do Google, Facebook e Twitter, instando-os a suspender proativamente contas que neguem, glorifiquem ou justifiquem guerras de agressão, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
“Embora as plataformas online tenham realizado esforços significativos para enfrentar o ataque sem precedentes do governo russo à verdade, eles não fizeram o suficiente”, disseram eles na carta.
Eles também solicitaram às empresas a suspensão das contas oficiais de instituições governamentais russas e bielorrussas, mídia controlada pelo Estado e contas pessoais da liderança dos países e seus associados que rotineiramente divulgam informações falsas sobre a invasão.
Algumas plataformas prestaram atenção. O Twitter disse que em 27 de fevereiro suspendeu permanentemente mais de uma dúzia de contas e bloqueou alguns conteúdos que violavam sua política de “manipulação e spam”. Sundar Pichai, CEO do Google, e Susan Wojcicki, CEO do YouTube, conversaram com autoridades da UE no domingo para discutir como combater melhor a desinformação.
A Meta, dona do Facebook, proibiu a mídia estatal russa de vender anúncios em suas plataformas e removeu redes de contas que espalham desinformação. Seu vice-presidente Nick Clegg twittou na segunda-feira que restringiu o acesso aos meios de comunicação apoiados pelo Kremlin RT e Sputnik em toda a UE, após pedidos de vários governos e da UE.
Clegg também disse que a Meta continuaria a rotular e checar esses meios, além de proibir anúncios e desmonetizar suas contas globalmente.
Internacional
Brics cobra US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até a COP30
O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento

Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a participação nas metas de financiamento climático. A iniciativa de captação de recursos, chamada Mapa do Caminho de Baku a Belém US$ 1,3 trilhão, destaca a importância de se chegar a esse valor até a COP30, em novembro.
“Expressamos séria preocupação com as lacunas de ambição e implementação nos esforços de mitigação dos países desenvolvidos no período anterior a 2020. Instamos esses países a suprir com urgência tais lacunas, a revisar e fortalecer as metas para 2030 em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a alcançar emissões líquidas zero de GEE [gases do efeito estufa] significativamente antes de 2050, preferencialmente até 2030, e emissões líquidas negativas imediatamente após”, diz um dos trechos do documento.
A defesa do multilateralismo foi uma das principais bandeiras do grupo, reunido na Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro. Nesse sentido, o Brics reforça o papel da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o Acordo de Paris como principal canal de cooperação internacional para enfrentar a mudança do clima.
O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento. O grupo reconhece que há interesses comuns globais, mas capacidades e responsabilidades diferenciadas entre os países.
O texto aponta a existência de capital global suficiente para lidar com os desafios climáticos, mas que estão alocados de maneira desigual. Além disso, enfatiza que o financiamento dos países mais ricos deve se basear na transferência direta e não em contrapartidas que piorem a situação econômica dos beneficiados.
“Enfatizamos que o financiamento para adaptação deve ser primariamente concessional, baseado em doações e acessível às comunidades locais, não devendo aumentar substancialmente o endividamento das economias em desenvolvimento”, ressalta o documento.
Os recursos públicos providos por países desenvolvidos teriam como destino as entidades operacionais do Mecanismo Financeiro da UNFCCC, incluindo o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Fundo de Adaptação, o Fundo de Resposta a Perdas e Danos (FRLD), o Fundo para Países Menos Desenvolvidos e o Fundo Especial para Mudança do Clima.
Além do envolvimento de capital público, são defendidos investimentos privados no financiamento climático, de forma a proporcionar também o uso de financiamento misto.
“Destacamos que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta para lançamento na COP30, tem potencial de ser um instrumento promissor de finanças mistas, capaz de gerar fluxos de financiamento previsíveis e de longo prazo para a conservação de florestas em pé”, diz a declaração.
Mercado de carbono
Outros destaques da declaração foram a defesa dos dispositivos sobre mercado de carbono, vistos como forma de catalisar o engajamento do setor privado. O Brics se compromete a trocar experiências e atuar em cooperação para promover iniciativas na área.
Em outro trecho do documento, é mencionado o apoio ao planejamento nacional que fundamenta as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), vistas como “principal veículo para comunicar os esforços de nossos países no enfrentamento à mudança do clima”.
Há ainda espaço para condenação e rejeição às medidas protecionistas unilaterais, tidas como punitivas e discriminatórias, que usam como pretexto as preocupações ambientais. São citados como exemplo, mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs), requisitos de diligência prévia com efeitos negativos sobre os esforços globais para deter e reverter o desmatamento, impostos e outras medidas.
Internacional
Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics
A 17ª reunião de cúpula do grupo acontece neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), para a 17ª reunião de cúpula do grupo. Depois do anfitrião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro líder a chegar foi o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi.
Até as 10h10, já haviam chegado também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly; o príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Bin Mohamed Bin Zayed Al-Nahyan; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
O Brics tem, como membros permanentes, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes. Além disso, há dez nações parceiras: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
Neste domingo e na segunda-feira (7), os líderes conversarão e farão discursos em sessões especiais. A primeira sessão, pela manhã, tratará de paz, segurança e reforma da governança global.
Estão previstas uma declaração conjunta dos líderes da cúpula e outras três declarações temáticas: sobre inteligência artificial, financiamento climático e doenças socialmente determinadas.
Internacional
Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai
Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças.
Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015.
Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil.
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