Agricultura
Pelourinho abriga a 1ª Feira Agroecológica do Raízes do Brasil
O evento marcou um importante passo na valorização da agricultura familiar e a difusão da agroecologia como prática de vida e transformação social
A Bahia deu largada na 1ª Feira Agroecológica do Raízes do Brasil, nesta quarta-feira (9), no Pelourinho, que reuniu famílias agricultoras apoiadas pelo Programa Viva Horta para comercializar produtos agroecológicos e promover debates sobre soberania alimentar e o enfrentamento às mudanças climáticas. O evento marcou um importante passo na valorização da agricultura familiar e a difusão da agroecologia como prática de vida e transformação social.
Com recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (FUNCEP), a feira é apoiada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), através da Superintendência de Agricultura Familiar (SUAF), em parceria com o Bahia Sem Fome. A ação integra o projeto Agroecologia Contra a Fome, desenvolvido na Região Metropolitana de Salvador, desenvolvido pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e pelo Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais (SASOP).
Para a diretora estadual do MPA, Saiane Santos, a feira representa o fortalecimento da produção local e o compromisso com uma alimentação saudável. “Começamos esta feira aqui no Pelourinho, na perspectiva de escoar a produção das hortas em quatro municípios onde o Agroecologia Contra a Fome atua, que são Mata de São João, Camaçari, Lauro de Freitas e Salvador. Eu sou diabética, então pra mim é essencial ter um alimento saudável, natural e que isso vai servir para nossas crianças”, destacou.
Já Ana Maria, do Movimento Sem Teto da Bahia (MSTB), ressaltou o caráter educativo e coletivo da ação, trazendo “a juventude e as crianças para esse grupo. A feira, junto com o Viva Horta, tem esse desafio de produzir alimento saudável e garantir que a população baiana tenha acesso a produtos de qualidade. Essas ações mostram o valor do nosso serviço e do nosso trabalho”, afirmou.
O diretor de Apoio e Fomento à Produção (DAFP), Maicon Miguel Vieira, destacou a importância da iniciativa como exemplo de política pública que une produção de alimentos, inclusão social e fortalecimento da agricultura familiar:
“A inauguração da Feira Agroecológica do Raízes do Brasil é um grande marco para nós da SUAF/SDR. Essa parceria com o MPA, SASOP e o Bahia Sem Fome, além de outros coletivos e organizações, possibilitada pelo Projeto Viva Horta, forma uma grande aliança no combate à fome e à pobreza no nosso estado. Ficamos muito felizes em saber que o investimento do Governo do Estado retorna para a sociedade a partir da produção de alimento saudável e de base agroecológica.”
A feira reuniu produção, cultura e participação popular em um mesmo espaço, reafirmando a agroecologia como caminho de geração de renda, inclusão social e sustentabilidade no campo e na cidade.
Agricultura
Agricultura Familiar da Bahia leva 15 toneladas de produtos para a COP30
Cooperativas baianas marcam presença no maior palco global sobre clima, com alimentos sustentáveis e inovadores
A Agricultura Familiar da Bahia segue rumo à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), que acontece entre 10 e 21 de novembro, em Belém do Pará. Um caminhão carregado com cerca de 15 toneladas de produtos de 27 cooperativas deixou Salvador nesta segunda-feira (3), levando sabores e práticas sustentáveis para o maior evento mundial sobre o futuro do planeta.
Os produtos baianos estarão em dois estandes e dois quiosques, ganhando visibilidade diante de mais de 40 mil visitantes, incluindo líderes globais, cientistas e representantes da sociedade civil. Entre os destaques estão o flocão e macarrão de milho não transgênico da Copirecê, frutas desidratadas da Coopaita, chocolates da Natucoa e Bahia Cacau, suco de uva da Cooperparaíso, chips de banana da Coomafes, além de cachaças de Abaíra, mel, castanhas e produtos de licuri.
Além da exposição, itens como flocão, feijão e suco de uva farão parte da alimentação dos participantes da COP30, reforçando o papel da agricultura familiar na promoção de uma dieta saudável e sustentável.
A iniciativa conta com apoio do Governo da Bahia, por meio da CAR, e articulação da Unicafes Bahia, Unisol Brasil e Conab. Para Jeandro Ribeiro, diretor-presidente da CAR, a presença na COP30 é um marco:
“Vamos levar o sabor e a força do rural baiano para o mundo. Viva a Bahia, viva a agricultura familiar!”, afirmou.
Agricultura
Agricultura familiar chega ao prato dos trabalhadores do VLT em Salvador
Parceria entre SDR e CTB garante alimentos frescos saudáveis, além de fortalecer cooperativas rurais baianas
A partir desta segunda-feira (3), mais de 3 mil trabalhadores das obras do Veículo Leve de Transporte (VLT) em Salvador passam a receber refeições preparadas com produtos da agricultura familiar baiana, em uma iniciativa que une qualidade alimentar e desenvolvimento regional.
Os trabalhadores das obras do VLT já começam a sentir os efeitos de uma política que aproxima o campo das estruturas do Estado. A partir desta segunda-feira (3), as refeições servidas no refeitório da obra passam a contar com produtos frescos e naturais adquiridos diretamente da agricultura familiar baiana, garantindo alimentação de qualidade e fortalecendo cooperativas e associações rurais da região.
A ação é fruto da parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e a Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), beneficiando mais de 3 mil trabalhadores e assegurando o fornecimento mensal de cerca de 600 kg de alimentos cultivados sem agrotóxicos e entregues semanalmente. A primeira remessa inclui verduras, legumes, polpas de frutas, temperos e proteína animal, fornecidos por cooperativas e associações como a COOPERAGRO, a Associação dos Trabalhadores Rurais de Candeias e a Associação Sol Nascente, de Vera Cruz. Em breve, também serão incluídos ovos e manteiga.
“É como soro na veia do agricultor. Ela beneficia diretamente as comunidades, fortalece a inclusão social e transforma a vida do produtor rural, que deixa a condição de subsistência e se torna um empreendedor rural”, afirmou Paulo Roberto, presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais de Candeias.
Além de garantir refeições saudáveis para os trabalhadores, a parceria fortalece um modelo de desenvolvimento regional que valoriza a produção local e fomenta renda no campo. Para o secretário Osni Cardoso, a iniciativa traduz a missão da política pública rural da Bahia: “Estamos unindo quem produz e quem precisa. A agricultura familiar alimenta a cidade com qualidade e, quando o Estado abre esse caminho, quem ganha é o trabalhador, o produtor rural e a economia local.”
Segundo o presidente da CTB, Eracy Lafuente, “o VLT está proporcionando aos seus trabalhadores comida saudável, produzida pela agricultura familiar. É um marco importante para a construção civil.”
Em outubro, uma reunião entre SDR, CTB e entidades parceiras definiu a integração de produtos da agricultura familiar nas compras institucionais da Companhia. Além da ação nas obras do VLT, no último dia 20 a CTB recebeu os primeiros pacotes de café da agricultura familiar para consumo interno dos funcionários.
Agricultura
Chapada Diamantina mira liderança nacional na produção de frutas vermelhas
Visita técnica da Seagri reforça articulação entre empresas e cooperativas para consolidar polo produtivo na Bahia
Com clima favorável, tecnologia em expansão e apoio institucional, a Chapada Diamantina se prepara para dar um salto na produção de frutas vermelhas e se consolidar como um dos principais polos do Brasil. Em uma agenda estratégica realizada na sexta-feira (31), a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) visitou unidades de agroindústria em Barra da Estiva e Mucugê, com o objetivo de articular parcerias entre empresas e cooperativas e fortalecer a inclusão de pequenos agricultores.
Durante a visita, o secretário Pablo Barrozo destacou o potencial extraordinário do mercado de frutas vermelhas na Bahia, tanto em volume de produção quanto na geração de empregos. “Esse avanço só é possível fortalecendo o diálogo, articulando parcerias e projetos que reforçam o trabalho dos produtores da região, sejam pequenos, médios ou grandes”, afirmou.
A primeira parada foi em Barra da Estiva, onde a equipe conheceu a estrutura da Peterfrut, empresa com mais de 30 anos de atuação e referência nacional no cultivo de morango. A companhia adotou o modelo de produção suspensa, que garante maior produtividade, menor consumo de água e energia, além de reduzir o custo por quilo produzido.
Em seguida, a comitiva seguiu para Mucugê, onde visitou a Coopchapada. Com apoio do programa Bahia Produtiva, a cooperativa reúne 80 associados e se destaca no processamento de frutas congeladas e polpas, como framboesa e morango. A unidade tem capacidade para processar até 500 quilos por hora e representa um marco na articulação público-privada, com potencial para multiplicar em até dez vezes a capacidade atual de beneficiamento. “A Coopchapada é um exemplo de como o investimento público pode alavancar a produção local, agregando valor e criando oportunidades para os agricultores familiares”, ressaltou o presidente da cooperativa, Cristiano Rocha.
Modernização e tecnologia
A modernização no cultivo de morangos tem transformado a dinâmica produtiva na Chapada Diamantina. “A transição da produção de morango no solo para o modelo suspenso é um caminho inevitável, impulsionado por fatores técnicos, econômicos e pelas exigências do mercado”, afirmou Aguilar Peterle, fundador da Peterfrut.
Segundo o agrônomo da Seagri, Paulo Sérgio Ramos, uma das estratégias discutidas é a criação de estruturas coletivas e unidades-piloto para permitir que pequenos produtores tenham acesso a tecnologias como o cultivo suspenso. “A ideia é encurtar o tempo de transição e mostrar ao agricultor familiar que o modelo suspenso é uma possibilidade mais rentável”, explicou.
Embora sistemas como fertirrigação e estufas exijam investimentos altos, sua adoção pode ser viabilizada por consórcios entre produtores, prefeituras e associações. “Esses arranjos têm potencial para fortalecer a cadeia produtiva, ampliar a competitividade no mercado e gerar impactos sociais positivos”, acrescentou Ramos.
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