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Internacional

OMS vai avaliar nova variante detectada na África do Sul

Alguns líderes mundiais responderam rapidamente emitindo novas precauções e restrições de viagens

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Mundial da Saúde (OMS) se reunirá nesta sexta-feira (26) para avaliar uma nova variante detectada na África do Sul que teme ser a pior variante
Foto: Pixabay

A Organização Mundial da Saúde (OMS) se reunirá nesta sexta-feira (26) para avaliar uma nova variante detectada na África do Sul que teme ser a pior variante do Covid-19 já identificada.

A reunião determinará se a variante B.1.1.529 deve ser designada uma variante de “interesse” ou de “preocupação”. A variante, identificada na terça-feira, inicialmente chamou a atenção por conter um “número extremamente alto” de mutações.

Alguns líderes mundiais responderam rapidamente emitindo novas precauções e restrições de viagens, enquanto os mercados ao redor do mundo viram quedas provocadas pela incerteza.

As autoridades de saúde indianas colocaram os estados em alerta na sexta-feira, pedindo-lhes que realizassem “exames e testes rigorosos” de viajantes que haviam chegado da África do Sul, Botswana e Hong Kong, e que rastreassem e testassem seus contatos.

O secretário de saúde, Rajesh Bhushan, exortou todos os estados a garantir que as amostras de viajantes positivos para Covid fossem enviadas rapidamente aos laboratórios de sequenciamento do genoma para teste.

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Cingapura, um importante centro de trânsito, disse na sexta-feira que restringirá as chegadas da África do Sul e países vizinhos. Todos os residentes não permanentes ou não cingapurianos com histórico recente de viagens ao Botswana, Eswatini, Lesoto, Moçambique, Namíbia, África do Sul e Zimbábue terão sua entrada ou trânsito impedidos de Cingapura, disse seu ministério da saúde.

A Itália anunciou uma proibição de entrada semelhante na sexta-feira. “Nossos cientistas estão estudando a nova variante B.1.1.529. Nesse ínterim, adotaremos a maior cautela possível”, disse o ministro da Saúde, Roberto Speranza.

O Japão também vai restringir os controles de fronteira para visitantes da África do Sul e de cinco outros países africanos, informou o serviço de notícias Jiji.

A Nova Zelândia também está monitorando de perto os conselhos globais sobre a nova variante, disse o ministério da saúde. O vice-primeiro-ministro, Grant Robertson, disse que a nova variante foi “um verdadeiro alerta para todos nós, que esta pandemia ainda está acontecendo” e reiterou a necessidade de continuar com cautela.

A Dra. Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS na Covid-19, disse em uma coletiva de imprensa na quinta-feira: “Ainda não sabemos muito sobre esta [variante]. O que sabemos é que essa variante tem um grande número de mutações. E a preocupação é que quando você tem tantas mutações, isso pode ter um impacto sobre como o vírus se comporta”.

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O epidemiologista de doenças infecciosas disse que os pesquisadores se reunirão para “entender onde estão essas mutações e o que isso potencialmente pode significar” em termos de se é mais transmissível ou tem potencial para escapar da imunidade.

Um grande número de mutações não torna necessariamente uma variante mais transmissível. Em agosto, surgiram preocupações semelhantes sobre uma variante na África do Sul, conhecida como C.1.2, mas nunca foi listada como uma variante de interesse ou preocupação. No Japão, alguns especialistas acreditam que a queda pronunciada do país nos casos foi devido a mutações que o levaram à “extinção natural”.

Na reunião, a OMS pode decidir se dá ou não à variante B.1.1.529 um nome do alfabeto grego. Em caso afirmativo, é provável que se chame Nu, a próxima letra disponível.

Internacional

Brics cobra US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até a COP30

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento

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Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a
Foto: Reprodução Instagram/ 📸 @ricardostuckert

Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a participação nas metas de financiamento climático. A iniciativa de captação de recursos, chamada Mapa do Caminho de Baku a Belém US$ 1,3 trilhão, destaca a importância de se chegar a esse valor até a COP30, em novembro. 

“Expressamos séria preocupação com as lacunas de ambição e implementação nos esforços de mitigação dos países desenvolvidos no período anterior a 2020. Instamos esses países a suprir com urgência tais lacunas, a revisar e fortalecer as metas para 2030 em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a alcançar emissões líquidas zero de GEE [gases do efeito estufa] significativamente antes de 2050, preferencialmente até 2030, e emissões líquidas negativas imediatamente após”, diz um dos trechos do documento. 

A defesa do multilateralismo foi uma das principais bandeiras do grupo, reunido na Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro. Nesse sentido, o Brics reforça o papel da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o Acordo de Paris como principal canal de cooperação internacional para enfrentar a mudança do clima. 

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento. O grupo reconhece que há interesses comuns globais, mas capacidades e responsabilidades diferenciadas entre os países. 

O texto aponta a existência de capital global suficiente para lidar com os desafios climáticos, mas que estão alocados de maneira desigual. Além disso, enfatiza que o financiamento dos países mais ricos deve se basear na transferência direta e não em contrapartidas que piorem a situação econômica dos beneficiados. 

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“Enfatizamos que o financiamento para adaptação deve ser primariamente concessional, baseado em doações e acessível às comunidades locais, não devendo aumentar substancialmente o endividamento das economias em desenvolvimento”, ressalta o documento. 

Os recursos públicos providos por países desenvolvidos teriam como destino as entidades operacionais do Mecanismo Financeiro da UNFCCC, incluindo o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Fundo de Adaptação, o Fundo de Resposta a Perdas e Danos (FRLD), o Fundo para Países Menos Desenvolvidos e o Fundo Especial para Mudança do Clima. 

Além do envolvimento de capital público, são defendidos investimentos privados no financiamento climático, de forma a proporcionar também o uso de financiamento misto. 

“Destacamos que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta para lançamento na COP30, tem potencial de ser um instrumento promissor de finanças mistas, capaz de gerar fluxos de financiamento previsíveis e de longo prazo para a conservação de florestas em pé”, diz a declaração. 

Mercado de carbono 

Outros destaques da declaração foram a defesa dos dispositivos sobre mercado de carbono, vistos como forma de catalisar o engajamento do setor privado. O Brics se compromete a trocar experiências e atuar em cooperação para promover iniciativas na área. 

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Em outro trecho do documento, é mencionado o apoio ao planejamento nacional que fundamenta as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), vistas como “principal veículo para comunicar os esforços de nossos países no enfrentamento à mudança do clima”. 

Há ainda espaço para condenação e rejeição às medidas protecionistas unilaterais, tidas como punitivas e discriminatórias, que usam como pretexto as preocupações ambientais. São citados como exemplo, mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs), requisitos de diligência prévia com efeitos negativos sobre os esforços globais para deter e reverter o desmatamento, impostos e outras medidas. 

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Internacional

Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics

A 17ª reunião de cúpula do grupo acontece neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

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Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), para a 17ª reunião de cúpula do grupo. Depois do anfitrião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro líder a chegar foi o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi.

Até as 10h10, já haviam chegado também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly; o príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Bin Mohamed Bin Zayed Al-Nahyan; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

O Brics tem, como membros permanentes, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes. Além disso, há dez nações parceiras: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

Neste domingo e na segunda-feira (7), os líderes conversarão e farão discursos em sessões especiais. A primeira sessão, pela manhã, tratará de paz, segurança e reforma da governança global.

Estão previstas uma declaração conjunta dos líderes da cúpula e outras três declarações temáticas: sobre inteligência artificial, financiamento climático e doenças socialmente determinadas.

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Internacional

Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai

Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

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Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica
Foto: Secretaria de Comunicação do Uruguai

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças. 

Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015. 

Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil. 

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