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Internacional

OMS declara emergência de saúde global por Monkeypox

É a sétima vez que tal declaração é feita desde 2009, sendo a mais recente para o Covid-19

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varíola dos macacos foi declarado uma emergência de saúde pública de interesse internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, disse que o comitê se reuniu na quinta (21) para revisar os dados mais recentes

O surto global de varíola dos macacos foi declarado uma emergência de saúde pública de interesse internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – o mais forte apelo à ação que a agência pode fazer.

É a sétima vez que tal declaração é feita desde 2009, sendo a mais recente para o Covid-19, que recebeu o mesmo rótulo pela OMS em 2020, e segue uma reunião de um comitê de especialistas na quinta-feira.

Uma emergência de saúde pública de interesse internacional – ou PHEIC – é definida pelos regulamentos internacionais de saúde da OMS como “um evento extraordinário que é determinado a constituir um risco de saúde pública para outros estados através da disseminação internacional de doenças e potencialmente exigir uma resposta internacional coordenada”.

A agência de saúde da ONU disse que o termo implica que a situação é séria, repentina, incomum ou inesperada; traz implicações para a saúde pública além das fronteiras nacionais; e pode exigir atenção internacional imediata.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, disse em entrevista coletiva que o comitê se reuniu na quinta-feira para revisar os dados mais recentes, mas não conseguiu chegar a um consenso. No entanto, ele decidiu romper o impasse declarando um PHEIC.

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“Em suma, temos um surto que se espalhou rapidamente pelo mundo por meio de novos modos de transmissão sobre os quais entendemos muito pouco e que atendem aos critérios das regulamentações internacionais de saúde”, disse ele. “Por todas essas razões, decidi que o surto global de varíola dos macacos representa uma emergência de saúde global de interesse internacional”.

Embora ele tenha dito que o risco de varíola é “moderado” globalmente, é “alto” na Europa e há “um risco claro de maior disseminação internacional”.

Globalmente, até agora houve 16.016 casos de varíola dos macacos – 4.132 dos quais na semana passada, segundo dados da OMS. Está agora em 75 países e territórios e houve cinco mortes.

A região europeia tem o maior número de casos totais, com 11.865, e o maior aumento nos últimos sete dias, com 2.705.

A Dra. Rosamund Lewis, líder técnica para a varíola no programa de emergências de saúde da OMS, disse que “há muito trabalho a ser feito”.

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Ela disse que ações devem ser tomadas para estabelecer o que causa risco e reduzir situações que possam colocar as pessoas em risco para que elas possam se proteger. “É assim que chegaremos ao fim desse surto”, disse ela.

Monkeypox é uma infecção viral normalmente encontrada em animais na África central e ocidental, embora possa causar surtos em humanos. Embora casos sejam ocasionalmente identificados em países onde o vírus não é endêmico, o surto mais recente não tem precedentes.

Embora os países da Europa tenham sido os mais atingidos, casos também foram relatados nos EUA, Canadá, Austrália, Nigéria, Israel, Brasil e México, entre outros.

A OMS disse que o surto ocorreu principalmente entre homens que fazem sexo com homens que relataram ter feito sexo recentemente com novos ou múltiplos parceiros. No entanto, especialistas enfatizaram que qualquer pessoa pode pegar varíola, pois é transmitida por contato próximo ou íntimo, com a ONU alertando que alguns retratos da mídia de africanos e pessoas LGBTQIA+ “reforçam estereótipos homofóbicos e racistas e exacerbam o estigma”.

Michael Ryan, diretor-executivo do programa de emergências da OMS, disse: “Todos nós sabemos o quão difícil tem sido historicamente lidar com questões como essa por causa do estigma”.

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“No mínimo, trata-se de interesse próprio esclarecido”, acrescentou, além de “solidariedade” com os afetados.

Internacional

Brics cobra US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até a COP30

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento

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Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a
Foto: Reprodução Instagram/ 📸 @ricardostuckert

Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a participação nas metas de financiamento climático. A iniciativa de captação de recursos, chamada Mapa do Caminho de Baku a Belém US$ 1,3 trilhão, destaca a importância de se chegar a esse valor até a COP30, em novembro. 

“Expressamos séria preocupação com as lacunas de ambição e implementação nos esforços de mitigação dos países desenvolvidos no período anterior a 2020. Instamos esses países a suprir com urgência tais lacunas, a revisar e fortalecer as metas para 2030 em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a alcançar emissões líquidas zero de GEE [gases do efeito estufa] significativamente antes de 2050, preferencialmente até 2030, e emissões líquidas negativas imediatamente após”, diz um dos trechos do documento. 

A defesa do multilateralismo foi uma das principais bandeiras do grupo, reunido na Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro. Nesse sentido, o Brics reforça o papel da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o Acordo de Paris como principal canal de cooperação internacional para enfrentar a mudança do clima. 

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento. O grupo reconhece que há interesses comuns globais, mas capacidades e responsabilidades diferenciadas entre os países. 

O texto aponta a existência de capital global suficiente para lidar com os desafios climáticos, mas que estão alocados de maneira desigual. Além disso, enfatiza que o financiamento dos países mais ricos deve se basear na transferência direta e não em contrapartidas que piorem a situação econômica dos beneficiados. 

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“Enfatizamos que o financiamento para adaptação deve ser primariamente concessional, baseado em doações e acessível às comunidades locais, não devendo aumentar substancialmente o endividamento das economias em desenvolvimento”, ressalta o documento. 

Os recursos públicos providos por países desenvolvidos teriam como destino as entidades operacionais do Mecanismo Financeiro da UNFCCC, incluindo o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Fundo de Adaptação, o Fundo de Resposta a Perdas e Danos (FRLD), o Fundo para Países Menos Desenvolvidos e o Fundo Especial para Mudança do Clima. 

Além do envolvimento de capital público, são defendidos investimentos privados no financiamento climático, de forma a proporcionar também o uso de financiamento misto. 

“Destacamos que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta para lançamento na COP30, tem potencial de ser um instrumento promissor de finanças mistas, capaz de gerar fluxos de financiamento previsíveis e de longo prazo para a conservação de florestas em pé”, diz a declaração. 

Mercado de carbono 

Outros destaques da declaração foram a defesa dos dispositivos sobre mercado de carbono, vistos como forma de catalisar o engajamento do setor privado. O Brics se compromete a trocar experiências e atuar em cooperação para promover iniciativas na área. 

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Em outro trecho do documento, é mencionado o apoio ao planejamento nacional que fundamenta as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), vistas como “principal veículo para comunicar os esforços de nossos países no enfrentamento à mudança do clima”. 

Há ainda espaço para condenação e rejeição às medidas protecionistas unilaterais, tidas como punitivas e discriminatórias, que usam como pretexto as preocupações ambientais. São citados como exemplo, mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs), requisitos de diligência prévia com efeitos negativos sobre os esforços globais para deter e reverter o desmatamento, impostos e outras medidas. 

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Internacional

Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics

A 17ª reunião de cúpula do grupo acontece neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

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Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), para a 17ª reunião de cúpula do grupo. Depois do anfitrião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro líder a chegar foi o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi.

Até as 10h10, já haviam chegado também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly; o príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Bin Mohamed Bin Zayed Al-Nahyan; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

O Brics tem, como membros permanentes, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes. Além disso, há dez nações parceiras: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

Neste domingo e na segunda-feira (7), os líderes conversarão e farão discursos em sessões especiais. A primeira sessão, pela manhã, tratará de paz, segurança e reforma da governança global.

Estão previstas uma declaração conjunta dos líderes da cúpula e outras três declarações temáticas: sobre inteligência artificial, financiamento climático e doenças socialmente determinadas.

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Internacional

Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai

Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

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Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica
Foto: Secretaria de Comunicação do Uruguai

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças. 

Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015. 

Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil. 

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