By Iza
O esgotamento da autenticidade
A sinceridade virou estratégia, o “ser de verdade” virou filtro — e até o desabafo vem roteirizado para caber nos stories

Por: Iza França @sou_izafranca
Estamos vivendo a era da autenticidade performática. Todo mundo quer parecer verdadeiro, mas poucos estão dispostos a sustentar o preço da verdade.
A sinceridade virou estratégia, o “ser de verdade” virou filtro — e até o desabafo vem roteirizado para caber nos stories.
Falar de vulnerabilidade dá engajamento, mas vivê-la exige coragem. Mostrar bastidores emociona, mas lidar com as próprias sombras é o que realmente transforma.
E, nesse paradoxo entre o que mostramos e o que somos, nasce um novo tipo de cansaço: o esgotamento da autenticidade.
Porque manter uma imagem espontânea todos os dias dá trabalho.
Precisar provar que é real é o sintoma de uma geração que desaprendeu a ser sem se mostrar.
Nas empresas, a coerência também virou espetáculo.
Fala-se de cultura, propósito e diversidade em posts que soam inspiradores, mas, quando as câmeras se apagam, voltamos aos velhos comportamentos.
E talvez seja aí que a confiança se perca — não na ausência de discurso, mas no excesso de discurso sem prática.
Autenticidade não é sobre transparência absoluta, mas sobre consistência.
É sobre alinhar o que se diz com o que se faz. Sobre não precisar de aplauso para ser quem se é.
Enquanto a imagem continuar mais importante que a essência, a autenticidade continuará sendo apenas mais um personagem da era digital.
E personagem, por definição, cansa — porque não vive, apenas atua.
Iza França é jornalista, relações públicas e gestora de comunicação com mais de 20 anos de experiência em comunicação corporativa. Atuou em grandes empresas e liderou agências que atendem marcas de diferentes setores. Hoje, compartilha reflexões sobre reputação, liderança feminina, carreira e gestão, além do propósito e do papel humano da comunicação no mundo digital. @sou_izafranca
By Iza
O que ficou de pé
Entre conquistas e perdas, o que permanece verdadeiro é o que sustenta a vida

Por: Iza França @sou_izafranca
Chega o fim do ano e, entre tantas metas, balanços e recomeços, há algo que vale mais do que tudo que se conquistou: o que resistiu.
Nem tudo deu certo, nem tudo era para dar. Mas o que ficou de pé — as pessoas, os princípios, a fé, o amor-próprio é o que realmente sustenta a jornada.
Há beleza em sobreviver com dignidade. Em atravessar tempestades sem perder a doçura. Em não desistir de si.
O mundo anda barulhento, mas a resistência silenciosa é a que mais transforma. O que ficou de pé não é o que venceu é o que permaneceu verdadeiro.
Iza França é jornalista, relações públicas e gestora de comunicação com mais de 20 anos de experiência em comunicação corporativa, atuou em grandes empresas e liderou agências que atendem marcas de diferentes setores. Hoje, compartilha reflexões sobre reputação, liderança feminina, carreira e gestão e o propósito e o papel humano da comunicação no mundo digital. @sou_izafranca
By Iza
Estratégia não é agenda
A diferença entre gestão e liderança está justamente aí: o gestor administra o tempo, o líder define o rumo

Por: Iza França @sou_izafranca
Empresas confundem estratégia com agenda. Líderes confundem movimento com resultado. E, assim, passamos dias inteiros cumprindo tarefas que nos afastam do que realmente importa: pensar o futuro.
Fazemos reuniões para planejar reuniões. Entregamos relatórios que ninguém lê. Corremos atrás de métricas que não mudam a vida de ninguém. A rotina devora o propósito.
Mas estratégia é sobre direção, não sobre ocupação. É sobre clareza, não velocidade. Quem passa o dia inteiro “resolvendo” dificilmente tem tempo para construir.
A diferença entre gestão e liderança está justamente aí: o gestor administra o tempo, o líder define o rumo.
Talvez seja hora de limpar as agendas e voltar a pensar. De trocar a urgência pela intenção. Porque planejar não é preencher espaço — é abrir caminho.
Iza França é jornalista, relações públicas e gestora de comunicação com mais de 20 anos de experiência em comunicação corporativa. Atuou em grandes empresas e liderou agências que atendem marcas de diferentes setores. Hoje, compartilha reflexões sobre reputação, liderança feminina, carreira e gestão, além do propósito e do papel humano da comunicação no mundo digital. @sou_izafranca
By Iza
O gestor cansado de motivar
O problema é que esquecemos que motivação não se terceiriza — ela nasce do propósito, não da cobrança

Por: Iza França @sou_izafranca
Durante anos, o discurso corporativo repetiu que líderes devem inspirar, engajar, acolher, desenvolver, resolver e ainda performar. Mas, em silêncio, muitos deles adoeceram tentando ser tudo isso ao mesmo tempo.
Há uma epidemia de gestores exaustos, esgotados por tentar motivar equipes que perderam o brilho em meio à pressão e à sobrecarga. O problema é que esquecemos que motivação não se terceiriza — ela nasce do propósito, não da cobrança.
O líder não é um curador de ânimos nem o animador de uma empresa cansada. Ele é, antes de tudo, um ser humano com suas próprias vulnerabilidades, que também precisa ser ouvido, apoiado e reconhecido.
Chegou a hora de reumanizar a liderança. De lembrar que quem inspira também precisa respirar.
Porque não há cultura saudável em empresas que exaurem seus líderes enquanto cobram deles inspiração.
Iza França é jornalista, relações públicas e gestora de comunicação com mais de 20 anos de experiência em comunicação corporativa. Atuou em grandes empresas e liderou agências que atendem marcas de diferentes setores. Hoje, compartilha reflexões sobre reputação, liderança feminina, carreira e gestão, além do propósito e do papel humano da comunicação no mundo digital. @sou_izafranca
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