Cultura
Museus baianos celebram Semana Nacional com programação diversa e interativa
Organizada pelo IPAC, a iniciativa busca aproximar os museus do público e reforçar a importância desses espaços para a preservação da memória coletiva
Começou nesta terça-feira (13) a 23ª Semana Nacional de Museus, com atividades que seguem até domingo (18), em várias instituições culturais da Bahia. Organizada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), a iniciativa busca aproximar os museus do público e reforçar a importância desses espaços para a preservação da memória coletiva. Mais do que um evento anual, é um convite para refletir sobre os museus como lugares vivos, onde tradição e inovação se encontram para construir novos futuros.
Com o tema ‘O futuro dos museus em comunidades em rápida transformação’, a programação acontece no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC-Bahia), no Museu de Arte da Bahia (MAB), no Museu de Arte Moderna (MAM), em Salvador; e no Parque Histórico Castro Alves (PHCA), na cidade de Cabaceiras do Paraguaçu. A agenda traz oficinas, instalações interativas, exibições de filmes e experiências com tecnologias digitais, com foco na democratização do acesso à cultura e no fortalecimento do vínculo entre os museus e a sociedade.
“A Semana de Museus é um convite para a sociedade ocupar esses espaços, tornando-os locais de troca, reflexão e construção de um futuro mais inclusivo”, afirma Adriana Cravo, diretora de Museus do IPAC.
Entre os destaques está a oficina Olhares da Quebrada: Fotografia e Edição com Smartphone, ministrada por Jonathan de Melo, no MAB, que atraiu jovens interessados em explorar a criatividade com o celular. “Foi legal ver que o museu também é um lugar pra gente criar coisas novas e usar a nossa imaginação, não só pra aprender sobre o passado”, disse Nicolas Apolo, de 11 anos, depois de participar da atividade.
No MAC-Bahia, a instalação Aquário combina arte e tecnologia em um ambiente sensorial que impressionou a professora aposentada Maria do Carmo, 68 anos. “As exposições são uma janela para a nossa cultura e mostram que o museu é, de fato, um lugar para todos”, disse.
A Semana Nacional de Museus é promovida anualmente pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em comemoração ao Dia Internacional dos Museus. Em 2025, o foco está na valorização do patrimônio imaterial, na inclusão da juventude e no uso de novas tecnologias como ferramentas de democratização e inovação.
Programação
Até domingo (18), o público poderá participar de atividades que integram arte, tecnologia, bem-estar e memória. No MAC-Bahia, a instalação Aquário está aberta todos os dias, das 15h às 18h. Também estão previstas oficinas de criação de hologramas com garrafa PET, introdução à programação criativa com p5.js — uma ferramenta que ensina lógica de programação por meio de experimentos visuais —, além da imersiva Corpo Indumentária/Transe, voltada a artistas afrodescendentes. Nas noites de sexta-feira (16) e sábado (17) estão programadas ainda visitas guiadas com lanternas, que prometem uma experiência lúdica e sensorial para todas as idades.
Além das oficinas de fotografia e atividades para crianças, no MAB, o público poderá participar de rodas de conversa sobre a obra de Carybé e assistir ao recital Carybé e a Bahia, na sexta-feira (16).
No MAM, o sábado (17) será de arte e contação de histórias com Goya Lopes, enquanto o PHCA, no Recôncavo, oferece oficinas de pulseiras artesanais, contação de histórias e o Festival Comida do Lugar, que celebra a cultura local por meio da gastronomia e do saber popular.
Agricultura
Feira Baiana destaca protagonismo indígena e quilombola na economia solidária
Evento reforça políticas públicas, amplia diversidade territorial e dá visibilidade a histórias de transformação social
A 16ª edição da Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária reafirmou o compromisso do Governo da Bahia com a valorização das comunidades indígenas e quilombolas. Com mais estandes e maior diversidade territorial, o evento também destacou histórias de transformação social, especialmente protagonizadas por mulheres artesãs.
Tenda Quilombola
Claudineia Conceição dos Santos, da Comunidade Quilombola Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, celebra mais um ano de boas vendas. Integrante da Associação Raízes do Quilombo, formada por 34 artesãs e um artesão, ela explica: “Participamos desde o início, quando a feira era no Parque de Exposições. Hoje, nossos produtos usam piaçava, palha da costa, coco, osso, miçanga e chifre”.
O artesanato ganhou força em 2000, quando Mãe Bernadete articulou um curso de capacitação. “Ela trouxe esse conhecimento para garantir independência às mulheres. Hoje exportamos para França e Bogotá”, conta Claudineia. Entre os produtos estão mandalas, biojoias, bolsas e cerâmicas, com preços entre R$5 e R$450.
Nesta edição, foram 12 estandes quilombolas e 24 representantes de comunidades de sete municípios, abrangendo cinco Territórios de Identidade.
Tenda Indígena
Ana Melo, do povo Kaimbé, de Euclides da Cunha, participa pela primeira vez. “Trazer meu artesanato para ser reconhecido é muito bom. Quero participar sempre”, afirma. Suas peças incluem colares, pulseiras e cestas feitas com materiais do território, como palha da licurizeira e sementes de Lágrima de Nossa Senhora.
Este ano, representantes indígenas vieram de 10 municípios, alcançando oito Territórios de Identidade, incluindo Semiárido Nordeste II, Recôncavo e Chapada Diamantina.
Valorização cultural e econômica
Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, a participação crescente dessas comunidades demonstra o avanço das políticas públicas. “Essas comunidades têm papel fundamental na economia da Bahia, e nossa missão é garantir oportunidades, apoio e visibilidade”, afirmou.
Realização
A feira é promovida pelo Governo do Estado, por meio da SDR e CAR, em parceria com o MDA e UNICAFES Bahia, com apoio da Apex Brasil, Bahia Turismo, Bahia Sem Fome, FLEM e Conder.
Cultura
Governo da Bahia confirma apoio ao Pôr do Som com Daniela Mercury
Tradicional projeto retorna com força total para marcar o início do ano em Salvador
O Governo da Bahia confirmou, nesta sexta-feira (12), o apoio à realização do Pôr do Som, projeto idealizado por Daniela Mercury e que terá sua 26ª edição. O convite foi feito por meio de uma ligação entre o governador Jerônimo Rodrigues, o secretário de cultura da Bahia, Bruno Monteiro, e a cantora e ativista. O vídeo com a conversa foi compartilhado nas redes sociais.
“Queremos que o projeto do Pôr do Som saia do papel e se torne realidade de novo. É apoio garantido”, disse o governador. O evento será realizado no dia 1º de janeiro de 2026, no Farol da Barra, em Salvador, marcando a abertura oficial do ano com um espetáculo que se tornou tradição na agenda cultural baiana. Comandado por Daniela Mercury, o show conta com diversos convidados e intervenções culturais.
“Fico emocionada. É um show aberto, de graça e que dá acesso à população inteira para celebrar a MPB. Trago convidados que vêm sempre com um amor imenso. Ter o apoio de vocês é uma luz gigantesca. Vamos começar o ano fortalecidos”, disse Daniela.
Durante a ligação, o secretário Bruno Monteiro reforçou a importância do evento acontecer no Farol da Barra. “Iniciar o ano com seu astral, com essa cultura e sua força, está tudo garantido”, celebrou.
Confira o momento do convite do governador para a realização do show.
25ª edição – Em 2025, a realização do Pôr do Som reuniu milhares de pessoas na Barra e celebrou os 40 anos do axé music, os 75 anos do trio elétrico e os 40 anos de carreira de Daniela Mercury, reforçando a força simbólica e afetiva do projeto para a Bahia.
Agricultura
Feira Baiana de Agricultura Familiar movimenta Salvador com 700 expositores e sabores regionais
Evento reúne empreendimentos de 27 territórios da Bahia, promove troca de experiências e fortalece a economia rural
A troca de experiências entre pequenos produtores rurais da Bahia é o que mobiliza a Associação de Agricultores da Comunidade da Sapucaia, de Santo Antônio de Jesus, a participar todos os anos da Feira Baiana de Agricultura Familiar, no Parque Costa Azul, em Salvador. Na 16ª edição, Maiana Peixoto, 40 anos, agricultora associada, compartilhou sua vivência:
“Participamos da Feira há 12 anos, e, para gente, é uma vitrine! Depois do evento, a gente acaba produzindo mais, beneficiando mais, criando novos produtos. Saímos daqui com o coração cheio de esperança”, relatou.
A feira segue até domingo (14), com 700 expositores ligados a mais de 650 empreendimentos. Espaços dedicados ao artesanato baiano concentram estandes de flores, moda em crochê, produtos artesanais e peças indígenas e quilombolas. Segundo Jeandro Ribeiro, diretor da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (Car), o evento é fruto de investimentos estaduais em agroindustrialização, assistência técnica e ampliação do acesso a mercados.
“A 16ª edição traz um conceito muito forte do que vem sendo feito na Bahia ao longo dos anos. São políticas públicas que resultam nesse espaço fantástico, com quase seis mil produtos baianos. A partir da economia familiar, a política pública possibilita mais geração de renda para a população rural”, destacou. Ele frisou que, além do investimento estadual, esta edição conta com apoio do Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).
Sabores e novidades
Dois espaços gastronômicos dão o tom regional à feira, que reúne empreendimentos dos 27 territórios de identidade da Bahia. Moquecas, feijoada, pratos com carne de fumeiro e outras iguarias compõem o menu tradicional. O público também encontra hambúrgueres artesanais de bode, pastéis de jaca e cervejas artesanais com frutas tropicais.
Na gestão comercial da cerveja DaCaatinga, Natan Costa comemora os resultados:
“Participamos há três anos e esse é um evento que dá uma visibilidade muito grande. Depois que acaba, o pessoal começa a entrar em contato, procurando nossas cervejas em lata e garrafa. Agora já pensamos em lançar a longneck. A cerveja de cajá é muito refrescante”, disse.
Caminho da Roça e música ao vivo
Uma das novidades desta edição é o Caminho da Roça, com seis áreas temáticas dedicadas a sistemas produtivos da Bahia: mel, café, mandioca, cacau, queijo e caprinos e ovinos. O espaço aproxima o público da rotina no campo, mostrando processos de beneficiamento e comercialização.
A expectativa é de cerca de 80 mil visitantes ao longo dos cinco dias. No palco, artistas como Jau, Adelmário Coelho, Márcia Short e Pedro Pondé se apresentam até domingo. A programação completa está disponível em https://ba.gov.br/car.
-
Economiahá 3 diasSinduscon-BA empossa Eduardo Bastos como novo presidente para o biênio 2025-2027
-
Serviçoshá 2 diasVagas de emprego na Bahia para esta sexta-feira (12)
-
Agriculturahá 3 diasEstado lança cinco editais de apoio aos pequenos produtores da Bahia
-
Turismohá 3 diasWyndham São Paulo Ibirapuera lança parceria inédita com Snoopy™ para celebrar 75 anos dos Peanuts
