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By Iza

Mulheres que não cabem mais no molde 

Hoje, há um novo tipo de mulher surgindo e ela não pede mais desculpas por existir

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Durante muito tempo, ensinaram às mulheres a se encaixar. No tom de voz, na roupa adequada, no sorriso contido, na cadeira que lhes
Foto: Pixabay

Por: Iza França @sou_izafranca

Durante muito tempo, ensinaram às mulheres a se encaixar. No tom de voz, na roupa adequada, no sorriso contido, na cadeira que lhes era permitida ocupar. Crescemos acreditando que precisávamos ser leves, agradáveis, equilibradas e, de preferência, discretas. O mundo corporativo aplaudia quem soubesse “se colocar”. As relações valorizavam quem “não complicasse”. Mas o preço da adequação foi alto: muitas deixaram de ser inteiras para caber no que esperavam delas. 

Hoje, há um novo tipo de mulher surgindo e ela não pede mais desculpas por existir. Não é sobre ser rebelde, é sobre ser inteira. Essa mulher fala quando precisa, recua quando quer, não quando mandam. Ela aprendeu que vulnerabilidade não é fraqueza, que ambição não é pecado e que o silêncio, quando bem usado, é poder. 

No trabalho, lidera sem precisar endurecer. Em casa, ama sem se anular. Nas escolhas, ousa priorizar o que antes seria impensável: ela mesma. 

É uma mulher que entendeu que gentileza não é submissão, e que firmeza não precisa vir embalada em culpa. 

Há quem ainda a chame de difícil, intensa ou insuportável — e tudo bem. Porque talvez o incômodo seja o som de velhos padrões ruindo. A mulher que não cabe mais no molde está abrindo espaço para uma nova forma de ser e estar no mundo: autêntica, complexa e inteira. 

Ela não quer ser admirada pela resiliência com que suportou, mas pela coragem com que escolheu não suportar mais. 

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Iza França é jornalista, relações públicas e gestora de comunicação com mais de 20 anos de experiência em comunicação corporativa, atuou em grandes empresas e liderou agências que atendem marcas de diferentes setores. Hoje, compartilha reflexões sobre reputação, liderança feminina, carreira e gestão e o propósito e o papel humano da comunicação no mundo digital. @sou_izafranca
 
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Quem matou a ética? 

O país se pergunta há décadas quem matou Odete Roitman. Talvez seja hora de nos perguntarmos se ainda dá tempo de reescrever um novo final

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Odete Roitman volta a prender o país diante da tela. Mas a pergunta que ecoa fora da ficção talvez seja outra: quem matou a ética? 
Foto: Pixabay

Por: Iza França @sou_izafranca

No remake de Vale Tudo, o mistério sobre quem matou Odete Roitman volta a prender o país diante da tela. Mas a pergunta que ecoa fora da ficção talvez seja outra: quem matou a ética? 

A novela é um retrato atemporal de uma sociedade disposta a negociar valores em nome do sucesso e o que mudou desde 1988? Mudamos o cenário, o figurino, as hashtags. Mas a trama permanece, ainda confundimos esperteza com inteligência, influência com credibilidade e imagem com essência. 

Nas empresas, o roteiro se repete. Há quem vista o discurso da integridade como um personagem, enquanto, nos bastidores, age conforme a conveniência. Há quem terceirize a moral, quem silencie diante de erros, quem normalize pequenas corrupções e condutas disfarçadas de “jeitinho” brasileiro que vez e outra mostra sua cara. 

O assassinato simbólico da ética acontece todos os dias, discretamente, nas escolhas que fazemos e nas omissões que sustentamos. A diferença é que, na vida real, não há vilão isolado. O crime é coletivo. 

Quando uma marca mente, alguém escreveu o texto. Quando uma liderança disfarça o abuso de “estilo”, alguém aceitou o enredo. Quando o propósito é só campanha, alguém apertou o play. 

O país se pergunta há décadas quem matou Odete Roitman. Talvez seja hora de nos perguntarmos quem matou a ética e se ainda dá tempo de reescrever um novo final. 

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Iza França é jornalista, relações públicas e gestora de comunicação com mais de 20 anos de experiência em comunicação corporativa, atuou em grandes empresas e liderou agências que atendem marcas de diferentes setores. Hoje, compartilha reflexões sobre reputação, liderança feminina, carreira e gestão e o propósito e o papel humano da comunicação no mundo digital. @sou_izafranca
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Bali, Bahia ou dentro de si? 

O que você procura em Bali pode estar em Itacaré. O que espera encontrar em templos sagrados talvez more num pôr do sol em Salvador

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A Bahia, com sua mistura de fé, mar e música, tem algo de místico que se parece com Bali. Ambas têm o poder de curar sem
Fotos: Pixabay e João Ramos/Bahiatursa

Iza França

Há quem viaje para longe para se encontrar, e há quem só precise olhar com calma para o próprio reflexo no espelho.

Nos últimos anos, falar de autoconhecimento virou tendência, mas na essência continua sendo o mesmo convite antigo: silenciar o barulho de fora para escutar o som de dentro. O curioso é que muitos de nós embarcam rumo a lugares exóticos tentando decifrar o que sempre esteve em casa – o que nos move, o que nos falta, o que ainda somos. 

A Bahia, com sua mistura de fé, mar e música, tem algo de místico que se parece com Bali. Ambas têm o poder de curar sem prometer, de acolher sem exigir, de inspirar sem esforço. Em uma, o cheiro do dendê; na outra, o perfume do incenso. E em ambas, um mesmo pedido: desacelere. 

Talvez por isso, tantas pessoas busquem destinos paradisíacos quando o que realmente precisam é reaprender a respirar. Em tempos de urgência e performance, viajar virou também um jeito de adiar pausas. Só que, mais cedo ou mais tarde, o corpo e a alma pedem passagem – e o bilhete é interno. 

O que você procura em Bali pode estar em Itacaré. O que espera encontrar em templos sagrados talvez more num pôr do sol em Salvador. A diferença é que, quando a gente muda o olhar, o destino muda de cor – mesmo que o CEP continue o mesmo. 

Descobri que o recomeço não exige passaporte. Ele acontece quando a gente aceita que não vai mais caber em algumas rotas antigas. E que está tudo bem. Às vezes, o verdadeiro voo é aquele que não tem foto, carimbo nem bagagem – apenas uma alma decidida a voltar para casa, mesmo que essa casa seja dentro de si. 

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Entre o azul da Bahia e o pôr do sol de Bali, existe uma linha que atravessa a alma de quem aprende que paz não é um lugar – é uma escolha diária. 

E, se for pra recomeçar, que seja onde o coração respira em paz.

Seja Bali. Seja Bahia. Sempre Dentro de si. 

IZA FRANÇA é jornalista, relações públicas e gestora de comunicação com mais de 20 anos de experiência em comunicação corporativa, atuou em grandes empresas e liderou agências que atendem marcas de diferentes setores. Hoje, compartilha reflexões sobre reputação, liderança feminina, Carreira e Gestão e o propósito e o papel humano da comunicação no mundo digital. 
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