Internacional
Israel bombardeia Faixa de Gaza em ‘operação preventiva’
O ataque contra um grupo militante palestino é considerado o mais intenso desde a guerra de 11 dias do ano passado

Israel bombardeou a Faixa de Gaza pelo segundo dia no que descreveu como uma “operação preventiva” contra um grupo militante palestino, na pior escalada de violência desde a guerra de 11 dias do ano passado.
Aviões de guerra israelenses atingiram vários locais no território bloqueado na sexta-feira, parte de uma operação surpresa chamada “Amanhecer”, que as Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram ter frustrado supostos ataques planejados com foguetes pela Jihad Islâmica Palestina. Embora às vezes atue de forma independente, a Jihad Islâmica está alinhada com o Hamas, o grupo islâmico que governa a faixa.
À medida que as trocas de tiros continuavam e Israel parecia ampliar a operação na manhã de sábado, autoridades de saúde no enclave costeiro palestino disseram que 12 pessoas foram mortas por ataques aéreos israelenses, incluindo um comandante da Jihad Islâmica, Tayseer Jabari, e civis, incluindo um soldado, jovem e estudante de arte de 22 anos. Cerca de 80 pessoas ficaram feridas.
A Jihad Islâmica chamou o bombardeio israelense inicial de “declaração de guerra”, disparando uma barragem de pelo menos 100 foguetes no sul de Israel na noite de sexta-feira. Não houve relatos imediatos de vítimas ou grandes danos, com muitos foguetes interceptados pelo sistema de defesa aérea Iron Dome, mas 13 pessoas foram levadas ao hospital com ferimentos leves.
As hostilidades deixaram as pessoas em Gaza com medo de outra rodada de guerra, que seria o quarto conflito sério em Gaza desde que o Hamas assumiu o controle da faixa em 2007. Israel e Egito fecharam as fronteiras da faixa um ano depois, deixando os 2 milhões de habitantes da área lutando contra o desemprego, infra-estrutura médica em ruínas e pouca eletricidade e água potável.
O Hamas anunciou seu apoio à Jihad Islâmica e disse que também responderia aos ataques. “A resistência, com todas as suas armas e facções militares, está unida nesta campanha e terá a última palavra”, disse o grupo em comunicado.
O Egito, historicamente um mediador entre Israel e grupos armados em Gaza, disse ter sido informado por Israel que Breaking Dawn seria um ataque em menor escala, mas nenhuma negociação foi aberta ainda.
A violência deste fim de semana ocorre após dias de tensão provocada pela prisão de Bassem al-Saadi, principal comandante da Jihad Islâmica na Cisjordânia ocupada. A IDF realizou ataques quase noturnos em toda a Cisjordânia desde meados de março, em resposta a uma onda de ataques terroristas palestinos a cidadãos israelenses.
Embora a Jihad Islâmica não tenha lançado foguetes após a prisão de Saadi, Israel insistiu durante a semana que o grupo está buscando vingança, fechando a passagem de Erez usada pelos palestinos em Gaza para entrar em Israel, fechando estradas e restringindo o movimento de civis no sul de Israel como uma precaução.
Tanques e blindados israelenses foram alinhados ao longo da fronteira na sexta-feira, depois que os militares disseram na quinta-feira que estavam reforçando suas tropas.
“Israel não está interessado em um conflito mais amplo em Gaza, mas também não se esquivará de um”, disse o primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, em um discurso televisionado na sexta-feira.
A Faixa de Gaza permaneceu relativamente quieta desde a guerra em maio do ano passado, que matou 256 pessoas em Gaza e 14 pessoas em Israel.
Israel elegeu um governo de coalizão um mês depois que pela primeira vez incluiu membros de um partido árabe-israelense independente, contrário à escalada com os palestinos. Também aumentou o número de autorizações de trabalho para palestinos em Gaza entrarem em Israel na tentativa de aliviar a pobreza esmagadora da faixa.
A coalizão de curta duração entrou em colapso em junho. Lapid, o primeiro-ministro interino, está se preparando para as eleições de 1º de novembro, nas quais enfrenta pressão da ala direita de Israel para parecer duro com o terrorismo.
Internacional
Brics cobra US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até a COP30
O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento

Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a participação nas metas de financiamento climático. A iniciativa de captação de recursos, chamada Mapa do Caminho de Baku a Belém US$ 1,3 trilhão, destaca a importância de se chegar a esse valor até a COP30, em novembro.
“Expressamos séria preocupação com as lacunas de ambição e implementação nos esforços de mitigação dos países desenvolvidos no período anterior a 2020. Instamos esses países a suprir com urgência tais lacunas, a revisar e fortalecer as metas para 2030 em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a alcançar emissões líquidas zero de GEE [gases do efeito estufa] significativamente antes de 2050, preferencialmente até 2030, e emissões líquidas negativas imediatamente após”, diz um dos trechos do documento.
A defesa do multilateralismo foi uma das principais bandeiras do grupo, reunido na Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro. Nesse sentido, o Brics reforça o papel da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o Acordo de Paris como principal canal de cooperação internacional para enfrentar a mudança do clima.
O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento. O grupo reconhece que há interesses comuns globais, mas capacidades e responsabilidades diferenciadas entre os países.
O texto aponta a existência de capital global suficiente para lidar com os desafios climáticos, mas que estão alocados de maneira desigual. Além disso, enfatiza que o financiamento dos países mais ricos deve se basear na transferência direta e não em contrapartidas que piorem a situação econômica dos beneficiados.
“Enfatizamos que o financiamento para adaptação deve ser primariamente concessional, baseado em doações e acessível às comunidades locais, não devendo aumentar substancialmente o endividamento das economias em desenvolvimento”, ressalta o documento.
Os recursos públicos providos por países desenvolvidos teriam como destino as entidades operacionais do Mecanismo Financeiro da UNFCCC, incluindo o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Fundo de Adaptação, o Fundo de Resposta a Perdas e Danos (FRLD), o Fundo para Países Menos Desenvolvidos e o Fundo Especial para Mudança do Clima.
Além do envolvimento de capital público, são defendidos investimentos privados no financiamento climático, de forma a proporcionar também o uso de financiamento misto.
“Destacamos que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta para lançamento na COP30, tem potencial de ser um instrumento promissor de finanças mistas, capaz de gerar fluxos de financiamento previsíveis e de longo prazo para a conservação de florestas em pé”, diz a declaração.
Mercado de carbono
Outros destaques da declaração foram a defesa dos dispositivos sobre mercado de carbono, vistos como forma de catalisar o engajamento do setor privado. O Brics se compromete a trocar experiências e atuar em cooperação para promover iniciativas na área.
Em outro trecho do documento, é mencionado o apoio ao planejamento nacional que fundamenta as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), vistas como “principal veículo para comunicar os esforços de nossos países no enfrentamento à mudança do clima”.
Há ainda espaço para condenação e rejeição às medidas protecionistas unilaterais, tidas como punitivas e discriminatórias, que usam como pretexto as preocupações ambientais. São citados como exemplo, mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs), requisitos de diligência prévia com efeitos negativos sobre os esforços globais para deter e reverter o desmatamento, impostos e outras medidas.
Internacional
Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics
A 17ª reunião de cúpula do grupo acontece neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), para a 17ª reunião de cúpula do grupo. Depois do anfitrião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro líder a chegar foi o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi.
Até as 10h10, já haviam chegado também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly; o príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Bin Mohamed Bin Zayed Al-Nahyan; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
O Brics tem, como membros permanentes, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes. Além disso, há dez nações parceiras: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
Neste domingo e na segunda-feira (7), os líderes conversarão e farão discursos em sessões especiais. A primeira sessão, pela manhã, tratará de paz, segurança e reforma da governança global.
Estão previstas uma declaração conjunta dos líderes da cúpula e outras três declarações temáticas: sobre inteligência artificial, financiamento climático e doenças socialmente determinadas.
Internacional
Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai
Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças.
Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015.
Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil.
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