Internacional
Explosão atinge o portão de entrada do aeroporto de Cabul
Autoridades americanas disseram que o relatório inicial foi que a explosão teria sido um atentado suicida

Um dos portões de entrada do aeroporto de Cabul foi atingido por uma grande explosão horas depois que agências de inteligência ocidentais alertaram sobre uma ameaça terrorista iminente.
A explosão, que foi confirmada no Twitter pelo secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, parece ter ocorrido no portão da Abadia para o aeroporto internacional e foi seguida por tiros. Ele veio quando vários países ocidentais anunciaram o fim de seus voos de evacuação, citando uma ameaça aguda de um ataque, possivelmente dentro de algumas horas.
Autoridades americanas disseram que o relatório inicial foi que a explosão teria sido um atentado suicida. Imagens postadas nas redes sociais imediatamente após o desastre pareciam mostrar vítimas feridas da explosão sendo retiradas do local, algumas delas em carrinhos de mão.
O alerta de um ataque foi dado por vários países, incluindo o Reino Unido. Os afegãos que se reuniam para tentar obter acesso ao aeroporto internacional Hamid Karzai de Cabul foram instruídos a partir imediatamente e se mudar para um lugar seguro, mesmo quando a evacuação parecia estar terminando rapidamente.
De acordo com os relatórios iniciais, parecia haver vítimas afegãs da explosão perto de onde as pessoas que esperavam fugir estavam na fila para o processamento do visto, mas nenhuma entre as forças ocidentais.
Fontes da defesa britânica no Reino Unido disseram estar cientes do incidente. Não parecia haver nenhuma baixa militar nos relatórios iniciais, mas o impacto sobre os civis não foi conhecido imediatamente.
James Heappey, o ministro das Forças Armadas do Reino Unido, havia dito anteriormente que os afegãos que tentam fugir para o Reino Unido não deveriam ir para o aeroporto devido ao “relato muito, muito confiável de um ataque iminente”.
Os avisos eram específicos. “Aqueles no portão Abbey, porta oriental ou porta norte agora deve sair imediatamente”, o Departamento de Estado americano disse, citando não especificadas “ameaças à segurança”. Ele aconselhou as pessoas a abordarem somente se “você receber instruções individuais de um representante do governo dos EUA para fazê-lo”.
As últimas tropas dos EUA partirão na próxima terça-feira, 31 de agosto, e as tropas do Reino Unido deverão fazê-lo um pouco mais cedo.
Vários países emitiram declarações dizendo que encerrariam seu envolvimento no transporte aéreo na quinta-feira, incluindo Canadá, Alemanha, Holanda, Bélgica e Hungria.
Confirmando que o Canadá havia encerrado seus voos de evacuação, o general Wayne Eyre, chefe interino do Estado-Maior de Defesa do país, disse que o último avião de evacuação partiu e a grande maioria do pessoal canadense se foi.
“Ficamos no Afeganistão o máximo que pudemos. Fomos os últimos a cessar as operações de evacuação. Gostaríamos de poder ter ficado mais tempo e resgatado todos que estavam tão desesperados para partir. O fato de não termos podido é de partir o coração, mas as circunstâncias no terreno se deterioraram rapidamente”, disse Eyre.
A França disse que seus voos terminariam na sexta-feira. O primeiro-ministro, Jean Castex, disse à emissora francesa RTL: “A partir de amanhã à noite, não poderemos evacuar as pessoas do aeroporto de Cabul”.
Um comunicado do governo holandês disse: “A Holanda foi informada pelos Estados Unidos que tem que partir hoje e provavelmente fará os últimos voos ainda hoje. Este é um momento doloroso porque significa que, apesar de todos os grandes esforços do período passado, as pessoas que são elegíveis para evacuação para a Holanda serão abandonadas”.
A Polónia anunciou o fim do seu envolvimento na maior evacuação aérea de sempre. “A ação de evacuação do Afeganistão termina hoje”, disse o primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, em entrevista coletiva em Varsóvia.
No entanto, multidões de pessoas ainda faziam fila no aeroporto, na esperança de embarcar em um dos últimos voos de evacuação restantes do Reino Unido e de outros países da Otan. De acordo com estimativas da mídia dos EUA na quinta-feira, cerca de 250 mil afegãos com ligações com os EUA corriam o risco de serem deixados sob o domínio do Taleban.
Ele disse que havia 11 voos de evacuação planejados para as próximas 24 horas e que o governo teve que dizer às pessoas que não se dirigissem mais ao aeroporto.
Internacional
Brics cobra US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até a COP30
O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento

Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a participação nas metas de financiamento climático. A iniciativa de captação de recursos, chamada Mapa do Caminho de Baku a Belém US$ 1,3 trilhão, destaca a importância de se chegar a esse valor até a COP30, em novembro.
“Expressamos séria preocupação com as lacunas de ambição e implementação nos esforços de mitigação dos países desenvolvidos no período anterior a 2020. Instamos esses países a suprir com urgência tais lacunas, a revisar e fortalecer as metas para 2030 em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a alcançar emissões líquidas zero de GEE [gases do efeito estufa] significativamente antes de 2050, preferencialmente até 2030, e emissões líquidas negativas imediatamente após”, diz um dos trechos do documento.
A defesa do multilateralismo foi uma das principais bandeiras do grupo, reunido na Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro. Nesse sentido, o Brics reforça o papel da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o Acordo de Paris como principal canal de cooperação internacional para enfrentar a mudança do clima.
O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento. O grupo reconhece que há interesses comuns globais, mas capacidades e responsabilidades diferenciadas entre os países.
O texto aponta a existência de capital global suficiente para lidar com os desafios climáticos, mas que estão alocados de maneira desigual. Além disso, enfatiza que o financiamento dos países mais ricos deve se basear na transferência direta e não em contrapartidas que piorem a situação econômica dos beneficiados.
“Enfatizamos que o financiamento para adaptação deve ser primariamente concessional, baseado em doações e acessível às comunidades locais, não devendo aumentar substancialmente o endividamento das economias em desenvolvimento”, ressalta o documento.
Os recursos públicos providos por países desenvolvidos teriam como destino as entidades operacionais do Mecanismo Financeiro da UNFCCC, incluindo o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Fundo de Adaptação, o Fundo de Resposta a Perdas e Danos (FRLD), o Fundo para Países Menos Desenvolvidos e o Fundo Especial para Mudança do Clima.
Além do envolvimento de capital público, são defendidos investimentos privados no financiamento climático, de forma a proporcionar também o uso de financiamento misto.
“Destacamos que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta para lançamento na COP30, tem potencial de ser um instrumento promissor de finanças mistas, capaz de gerar fluxos de financiamento previsíveis e de longo prazo para a conservação de florestas em pé”, diz a declaração.
Mercado de carbono
Outros destaques da declaração foram a defesa dos dispositivos sobre mercado de carbono, vistos como forma de catalisar o engajamento do setor privado. O Brics se compromete a trocar experiências e atuar em cooperação para promover iniciativas na área.
Em outro trecho do documento, é mencionado o apoio ao planejamento nacional que fundamenta as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), vistas como “principal veículo para comunicar os esforços de nossos países no enfrentamento à mudança do clima”.
Há ainda espaço para condenação e rejeição às medidas protecionistas unilaterais, tidas como punitivas e discriminatórias, que usam como pretexto as preocupações ambientais. São citados como exemplo, mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs), requisitos de diligência prévia com efeitos negativos sobre os esforços globais para deter e reverter o desmatamento, impostos e outras medidas.
Internacional
Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics
A 17ª reunião de cúpula do grupo acontece neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), para a 17ª reunião de cúpula do grupo. Depois do anfitrião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro líder a chegar foi o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi.
Até as 10h10, já haviam chegado também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly; o príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Bin Mohamed Bin Zayed Al-Nahyan; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
O Brics tem, como membros permanentes, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes. Além disso, há dez nações parceiras: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
Neste domingo e na segunda-feira (7), os líderes conversarão e farão discursos em sessões especiais. A primeira sessão, pela manhã, tratará de paz, segurança e reforma da governança global.
Estão previstas uma declaração conjunta dos líderes da cúpula e outras três declarações temáticas: sobre inteligência artificial, financiamento climático e doenças socialmente determinadas.
Internacional
Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai
Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças.
Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015.
Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil.
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