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Opinião

Escolas estaduais abertas nas férias: espaços permanentes de cidadania

Uma das coisas que mais gosto no programa é otimização de recursos já existentes na máquina pública em benefício da comunidade

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Foto: Rafael Martins/GOVBA

Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia

As férias escolares na Bahia estão ganhando um novo significado com o lançamento do projeto “Férias na Escola com mais Sabor e Saber”, uma iniciativa do Governo do Estado, realizada pela Secretaria de Educação (SEC). 

Famílias, comunidades do entorno escolar, voluntários e equipes técnicas envolvidas com o propósito de enriquecer o dia a dia dos estudantes da rede pública durante esse período. Entre os dias 10 e 31 de janeiro, será oferecida a milhares de jovens uma combinação de diversão, aprendizado e descontração, além de um mergulho nas manifestações culturais tradicionais de cada região da Bahia. As atividades ocorrerão nas unidades da rede estadual de educação. 

Todos os inscritos poderão fazer duas refeições diárias na escola. Para que a participação dos alunos seja ampla, garantindo inclusão e acessibilidade ao programa, serão disponibilizados também ônibus de transporte escolar. A expectativa é que mais de 120 mil estudantes de 27 Núcleos Territoriais de Educação (NTEs) sejam beneficiados com esta iniciativa. É um programa que não parte do zero. Na realidade, é uma expansão do bem-sucedido “Educa Mais Bahia”, que realiza oficinas educativas durante o ano letivo. 

O “Férias na Escola com mais Sabor e Saber” oferece oficinas em cinco eixos principais: Cultura Corporal, Arte e Cultura, Saúde e Bem-Estar, Esporte e Lazer e Recomposição de Aprendizagem. Cada uma dessas áreas é projetada para não só entreter, mas também educar e inspirar. Os estudantes terão a oportunidade de participar de uma variedade de atividades, desde esportes e jogos até formas de arte como dança, teatro, artesanato e cinema, refletindo as ricas tradições culturais da Bahia. 

O programa tem a intenção de ocupar o tempo ocioso dos jovens com atividades artísticas, esportivas e científicas. Esse acolhimento do estado contribui para o fortalecimento de uma cultura de paz, favorecida pelo envolvimento das famílias, da comunidade e dos mais de quatro mil voluntários participantes. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) também se integrará com atenção especial no entorno das cerca de 500 unidades escolares que farão parte do projeto.  

É importante ressaltar que este modelo de projeto só é possível, hoje, devido à requalificação da estrutura física das escolas públicas baianas, na qual o governo vem fazendo um dos seus maiores investimentos. Os novos colégios são espaços muito mais atrativos para os estudantes com seus teatros, bibliotecas, laboratórios, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros equipamentos. 

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A importância desse projeto vai além da simples oferta de atividades de férias. Representa um investimento na formação integral dos jovens, oferecendo-lhes oportunidades de aprender e crescer de maneira divertida e intensa. Ao promover a recuperação de aprendizados em áreas acadêmicas essenciais e ao mesmo tempo enfatizar o bem-estar físico e emocional, o “Férias na Escola com mais Sabor e Saber” surge como uma medida educacional inovadora e útil na vida escolar dos jovens. 

Ao fazer a inscrição, os estudantes têm a liberdade de escolher as atividades que mais lhes interessam, garantindo que cada participante tenha uma experiência única e enriquecedora. A iniciativa não só mantém os jovens engajados e ativos durante as férias, mas também os conecta com sua comunidade e herança cultural de maneira profunda e duradoura. 

Uma das coisas que mais gosto no programa é sua capacidade de otimizar recursos já existentes na máquina pública em benefício da comunidade. 

É assim, priorizando o bem-estar das pessoas, que estamos construindo a nova Bahia do presente e também para o futuro. 

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Opinião

Segurança pública: há a necessidade de um grande debate

Não há fórmula mágica. As soluções virão com participação social, muito trabalho, coragem e sensibilidade

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Seria natural que temas como segurança pública, que mexem diretamente com a vida das pessoas, fossem debatidos incansavelmente
Entrega de viaturas no município de Feira de Santana. Foto: Joá Souza/GOVBA

André Curvello é jornalista e Secretário de Comunicação do Estado da Bahia,

Seria natural que temas como segurança pública, que mexem diretamente com a vida das pessoas, fossem debatidos incansavelmente na imprensa e em outros fóruns. É uma das características mais salutares da democracia e deveríamos celebrá-la. 

A arena das opiniões diversas tem vários efeitos positivos e pode, até mesmo, ajudar o poder público a tomar decisões mais acertadas. Nem mesmo as vozes precipitadas, menos informadas, ou que secundarizam a razão e se agarram quase que exclusivamente à emoção, devem ser descartadas em sua totalidade, uma vez que em algumas delas também é possível reconhecer o intuito de contribuir para a construção de novas realidades. 

Não há fórmula mágica para combater o tráfico de drogas, o crime organizado e todas as formas de violência que atuam contra a sociedade moderna. As soluções virão com participação social, muito trabalho, coragem e sensibilidade.  

Na Bahia, o Governo do Estado promove a maior reestruturação das forças de segurança da nossa história, com a criação de novos batalhões e delegacias especializadas, juntamente com a aquisição de equipamentos de ponta, concentrando esforços significativos no aprimoramento da tecnologia, inteligência, renovação de equipamentos, e requalificação das unidades. 

Há poucos dias, foram entregues 130 novas viaturas que atuarão nos municípios da Região Metropolitana de Salvador. Cidades do interior do estado serão contempladas em breve. 

Mais de 80 cidades contam com o sistema de reconhecimento facial. Sucesso absoluto, esse programa ajudou a retirar das ruas mais de 1.000 pessoas foragidas da justiça. O vídeomonitoramento auxilia na solução de crimes, na busca por veículos roubados, e na procura por desaparecidos, entre eles idosos, crianças e pessoas com necessidades especiais.    

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Os R$ 3 bilhões destinados, em 2023 e 2024, para reajustes e promoções do funcionalismo estadual como um todo beneficiam também os profissionais de segurança pública. Destaque para o aumento de 35% no Prêmio por Desempenho Policial e a contratação de 13 mil policiais militares, civis, técnicos e bombeiros nos últimos anos. 

Paralelamente, o Governo prioriza as políticas públicas nas áreas sociais, culturais, educacionais e esportivas, reconhecendo que a promoção da cidadania é essencial para combater a violência. 

Um exemplo desse compromisso é o investimento de R$ 6 bilhões na reestruturação da rede pública em ensino. A transformação educacional em andamento prioriza a expansão das escolas de tempo integral. São instituições com infraestrutura inovadora no setor público, incluindo salas de aula climatizadas, laboratórios, bibliotecas, teatros, restaurantes estudantis e campos esportivos. Cuidar de gente é reduzir o espaço da violência. 

A política de universalização da educação em tempo integral é uma marca do projeto político iniciado em 2007. Hoje, das 1.058 unidades de ensino mantidas pelo Governo, em toda a Bahia, 357 delas atuam dessa forma, beneficiando mais de 60 mil estudantes. Em 2023, foram inauguradas 24 novas unidades de ensino em tempo integral e outras 10 passaram por reformas. 

O Governo tem implementado programas de apoio financeiro para estudantes, como o Bolsa Presença, com um orçamento de R$ 700 milhões em 2023, beneficiando aproximadamente 372 mil famílias e 422 mil estudantes. Outras iniciativas, como o Mais Futuro, Mais Estudo, e Partiu Estágio, oferecem assistência estudantil, bolsas de estudo e oportunidades de estágio em órgãos públicos estaduais para jovens universitários. 

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Na área esportiva, foram investidos R$ 28 milhões no FazAtleta, um programa de incentivo fiscal que apoia jovens em suas carreiras esportivas. O estado destinou quase R$ 200 milhões para a construção e modernização de equipamentos para a prática de esportes, incluindo mais de 100 areninhas esportivas em diversas regiões da Bahia. 

A cultura passa por um processo de valorização com a requalificação de teatros e centros culturais em todo o estado, como o Adonias Filho, em Itabuna, o Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro, e o Camilo de Jesus Silva, em Vitória da Conquista. Não podemos esquecer da reforma da Concha Acústica, da Sala do Coro, e da futura modernização do Teatro Castro Alves, em Salvador, que estão contribuindo para fortalecer o cenário cultural na Bahia. Apenas por intermédio da Lei Paulo Gustavo, o Governo investe R$ 148 milhões no setor, movimentando o mercado das produções artísticas e culturais.  

É preciso falar de toda a estrutura estatal de proteção, inclusão e reparação, de defesa dos direitos humanos e de promoção social criada ou fortalecida a partir de 2007. Hoje, como resultado dessa política, a população conta com a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM).  

O artigo 144 da Constituição brasileira afirma que a segurança pública é dever do Estado, e direito e responsabilidade de todos. Nosso governo trata a segurança pública como uma questão fundamental e faz tudo o que está ao seu alcance para dar mais tranquilidade às cidadãs e aos cidadãos. 

Mas também é essencial que haja um grande pacto envolvendo os segmentos da sociedade. Todos precisam se perguntar: o que posso fazer para ajudar a resolver esse problema agravado com a ação das facções criminosas?  

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Ninguém pode ser omisso neste momento. Há muito mais a ser feito, a começar por um amplo debate isento de sensa

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Opinião

André Curvello: “Ataques pessoais não condizem com o momento de luto vivido pela Bahia”

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Secretário de Comunicação, André Curvello

“A morte brutal da líder quilombola Bernadete Pacífico deixou a Bahia e o Brasil de luto. É preciso respeitar o momento de comoção nacional e ser responsável com palavras que podem ser usadas como instrumento para a criação de um falso clima de acirramento ideológico, inclusive com utilização de adjetivos desrespeitosos”, disse hoje o secretário de Comunicação do Governo da Bahia, André Curvello, se referindo a declarações direcionadas contra o governador baiano, Jerônimo Rodrigues.

O governador, explicou o secretário, tem uma longa história de militância em várias causas, incluindo a defesa de uma agenda de desenvolvimento rural integrado e sustentável, e mantinha uma relação de amizade e respeito com mãe Bernadete. “Manifestações e críticas da sociedade são parte do jogo democrático, porém ataques pessoais e interpretações maldosas não contribuem para construção de saídas e nem condizem com o momento de luto vivido pela Bahia e por todo o país”.

Ele garante que em nenhum momento o governador Jerônimo simplificou o problema ou fugiu as suas responsabilidades: “Pelo contrário, determinou o imediato empenho das forças policiais na investigação, manifestou solidariedade e seu compromisso com o apoio à família e está cobrando atenção máxima ao caso por parte de toda sua equipe. Ele jamais faria qualquer afirmação que desabonasse a conduta de Bernadete Pacífico, que teve uma existência marcada pelo compromisso com as lutas por direito e por dignidade para o seu povo”.

Para o secretário, o tema da regularização fundiária de comunidades quilombolas é urgente e precisa ser enfrentado. A adoção de políticas territoriais eficazes e a solução jurídica definitiva sobre a posse dos territórios tradicionais é o único meio para proteger definitivamente os defensores de direitos humanos, explicou.

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Opinião

O papel da mídia no estímulo à violência

É importante lembrar que os crimes cometidos nas escolas geralmente têm o ódio como motivação

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Foto: Pixabay

André Curvello é jornalista e secretário de Comunicação do Governo do Estado da Bahia

Os ataques a escolas no Brasil são uma triste realidade. Desde o ano 2000, quase 40 estudantes e professores foram mortos e mais de 70 ficaram feridos em ataques ocorridos em estabelecimentos de ensino em todo o país. 

Esse fenômeno, que antes era visto principalmente em outros países, como nos Estados Unidos, agora se multiplica por aqui. 

A imprensa tem dado grande espaço para a questão, abordando vários aspectos, como as motivações dos perpetrantes, seu perfil psicológico e social, e a segurança nos estabelecimentos de ensino. 

No entanto, muitas vezes a mídia negligencia o debate sobre sua própria responsabilidade e, porque não dizer, sobre sua participação no incentivo aos ataques. Estudos mostram que a repetição constante de notícias sobre violência fomenta a própria violência, mas a imprensa parece relutante em lidar com esse tema. 

Após o ataque ocorrido recentemente em São Paulo, quando uma professora foi morta por um aluno, escolas de todo o Brasil receberam milhares de ameaças de ataques ou suspeitas de possíveis planos de novos atentados. Obviamente, a exposição midiática exaustiva desses episódios fomenta na cabeça dos alucinados novos planos diabólicos. 

É importante lembrar que os crimes cometidos nas escolas geralmente têm o ódio como motivação. Parte da nossa sociedade, graças ao legado sombrio da administração federal que foi derrotada no ano passado, cultua a violência e o armamentismo como instrumentos para impor suas ideologias retrógradas.  

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Nesse ambiente doentio, grupos se organizam sub-repticiamente para praticar massacres no ambiente escolar. Na lógica dessas mentes distorcidas, o assassino ganha destaque entre seus pares, mesmo que seja abatido pela polícia ou vá para a prisão. Ao divulgar dados que identifiquem os assassinos, a imprensa contribui para que essas pessoas conquistem reconhecimento no seio do seu bando, o que pode estimular novos ataques. 

Mas há avanços em curso. Recentemente, o Grupo Globo anunciou uma mudança em seu protocolo de cobertura da violência, não mais revelando a identidade dos responsáveis pelos ataques. E, ouvido pelo portal UOL sobre a ação contra crianças, em uma creche em Blumenau (SC), o psicanalista Christian Dunker disse: “Vejo uma coisa diferente nesse caso no que diz respeito à imprensa. Houve baixa exposição da imagem do sujeito e não se revelou o nome exato dele. Isso já é efeito de uma tomada de consciência de que muitos desses agressores entram em um ato violento esperando o reconhecimento dos seus pares. Lá dentro da internet serão chamados de ‘santos’, ‘heróis’, e serão glorificados”. 

Na Bahia, a situação alarmante não é diferente da de outros estados, com a espetacularização da violência sendo repetida exaustivamente nos jornais, blogs e emissoras de rádio e televisão. O medo é entregue diariamente em nossas casas, fruto da busca insana pelo crescimento da audiência e do número de cliques. 

O jornalismo deve ser feito com responsabilidade social, e insistir na fórmula folhetinesca que favorece a perpetuação do pânico entre a população não deveria ser o papel da mídia. 

O momento é propício a uma reavaliação da contribuição que a imprensa quer de fato dar à sociedade. Ela não pode ser um balcão em que a vida humana é negociada. 

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