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Internacional

Documentos levados para casa por Trump comprometiam agentes secretos

Em janeiro, após meses de negociações, o ex-presidente havia entregado 15 caixas com materiais que, pela lei americana, devia ter encaminhado ao Arquivo Nacional

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou nesta sexta-feira (26) uma versão bastante editada dos argumentos usados para pedir a operação de busca e apreensão na casa do ex-presidente Donald Trump na Flórida, no dia 8 deste mês.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou nesta sexta-feira (26) uma versão bastante editada dos argumentos usados para pedir a operação de busca e apreensão na casa do ex-presidente Donald Trump na Flórida, no dia 8 deste mês.

Eles mostram que a varredura foi motivada pela suspeita de que os documentos que o republicano levou ilegalmente consigo ao deixar a Casa Branca tivessem informações que comprometessem agentes secretos da Inteligência americana. As informações foram divulgadas pelo O Globo.

Os argumentos indicam que a investigação movida pelo Departamento de Justiça começou em 9 de fevereiro, motivada por documentos altamente sigilosos que já tinham sido recolhidos da casa do ex-presidente. Em janeiro, após meses de negociações, o ex-presidente havia entregado 15 caixas com materiais que, pela lei americana, devia ter encaminhado ao Arquivo Nacional quando deixou a Presidência.

Nas caixas iniciais, dizem os argumentos recém-divulgados, havia 184 documentos classificados, entre eles 25 considerados “ultrassecretos”, armazenados inadequadamente e misturados com outros arquivos. Muitos deles só poderiam ser vistos em instalações governamentais seguras, sob uma norma chamada de Programa de Acesso Especial para que nunca corressem o risco de serem vistos por governos estrangeiros — protegendo assim agentes secretos da Inteligência que coletam informações mundo afora.

“Uma análise preliminar das 15 caixas indicou que elas contêm jornais, revistas, notícias impressas, fotos, impressões miscelâneas, anotações, correspondências presidenciais, pessoais, registros pós-presidenciais e ‘muitos arquivos sigilosos’”, disseram os promotores ao solicitarem a busca do dia 8, pedido que o secretário de Justiça, Merrick Garland, disse ter sido realizado com sua autorização expressa.

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O argumento diz ainda haver “causa provável para acreditar que serão encontradas evidências de obstrução de Justiça”, citando pela primeira vez “um número significativo de testemunhas civis” com conhecimento da rotina pós-presidencial de Trump.

Quase metade das 38 páginas de argumentos foram editadas para proteger testemunhas de intimidação e retribuição, além da integridade da investigação em curso. Se a identidade das testemunhas vier à tona, escreveram os promotores, elas podem ficar sujeitas a “retaliação, intimidação ou assédio — e até ameaças à sua segurança física”, disseram os promotores em um documento separado para justificar seus pedidos de edição.

De acordo com informações do mandado de busca divulgado no dia 12, Trump é investigado por possíveis violações de três leis americanas. A primeira é a Lei de Espionagem, que torna ilegal reter sem autorização informação de segurança nacional que poderia prejudicar os EUA ou auxiliar um adversário estrangeiro. A segunda é um estatuto associado à remoção ilegal de materiais governamentais. Já a terceira é uma lei federal que torna crime destruir ou esconder um documento para obstruir uma investigação do governo.

Nos EUA, todos os documentos oficiais de um presidente, por mais triviais que sejam, são considerados propriedade pública. Quando o presidente deixa o cargo, esses papéis vão para o Arquivo Nacional e, mais tarde, são encaminhados para a biblioteca presidencial. É tradição nos EUA que cada ex-mandatário ganhe um prédio próprio.

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Internacional

Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai

Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

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Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica
Foto: Secretaria de Comunicação do Uruguai

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças. 

Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015. 

Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil. 

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Leão XIV é o novo papa

O novo pontífice iniciou seu primeiro discurso, na janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano

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janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano. O novo pontífice, que escolheu usar o nome Leão XIV, ainda homenageou seu
Foto: Reprodução Youtube

“A paz esteja convosco”. Foi com essas palavras que o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, recém-eleito papa, iniciou seu primeiro discurso, na janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano. O novo pontífice, que escolheu usar o nome Leão XIV, ainda homenageou seu antecessor, Francisco. 

“Nos ajudem a construir pontes vocês também, com diálogos, com encontro, para sermos um único povo, sempre em paz. Obrigado, papa Francisco”, disse Leão XIV. 

“Ainda mantemos, nos nossos ouvidos, aquela voz fraca, mas sempre corajosa, do papa Francisco, que abençoava Roma”, disse.  

“Permitam-me dar seguimento àquela mesma benção. Deus nos ama, Deus ama a todos e o mal não vai prevalecer. Estamos todos nas mãos de Deus. Juntos, sem medo, de mãos dadas com Deus, que está entre nós, vamos seguir”, completou. 

Em seguida, Leão XIV fez um agradecimento a todos os cardeais que participaram do conclave que o elegeu “para ser o sucessor de Pedro e caminhar com vocês, como Igreja unida, sempre em busca da paz e da justiça, buscando trabalhar como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo, sem medo, para proclamar o Evangelho e sermos missionários”. 

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“Sou um filho de Santo Agostinho. Sou agostiniano. Santo Agostinho disse: ‘Para vós, sou bispo; convosco, sou cristão’. Neste sentido, podemos todos caminhar juntos, na direção da pátria que Deus nos preparou”, disse. “Necessitamos ser, juntos, uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes e diálogos. Que mantém o diálogo sempre aberto, pronta para receber todos que precisam.” 

Em meio ao discurso, Leão XIV deixou de falar italiano e falou à multidão reunida na Praça São Pedro em espanhol, para agradecer à diocese peruana de Chiclayo, onde foi administrador apostólico. “Povo leal e fiel, que acompanha o bispo e o ajuda”, destacou. 

Ao final, o novo pontífice lembrou que a data de hoje marca a prática devocional de súplica à Nossa Senhora de Pompeia.  

“Nossa bendita Mãe Maria quer sempre caminhar conosco, estar perto de nós. Quer nos ajudar com sua intercessão e seu amor. Rezemos juntos por esta missão, por toda a Igreja e pela paz no mundo”, disse, encerrando seu discurso com a oração da Ave Maria. 

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Internacional

Cardeais escolhem o 267° Papa

A fumaça branca começou a sair da chaminé no telhado da Capela Sistina pouco depois das 18 horas (hora local) desta quinta (8)

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Na votação na tarde desta quinta-feira, 8 de maio de 2025, os cardeais reunidos em Conclave chegaram a um consenso sobre o
Foto: Reprodução Youtube

Na votação na tarde desta quinta-feira, 8 de maio de 2025, os cardeais reunidos em Conclave chegaram a um consenso sobre o nome do 267º Sucessor de Pedro. Eram 18 horas e 07 minutos (hora local) quando a fumaça branca começou a sair da chaminé instalada no telhado da Capela Sistina, provocando uma verdadeira comoção e gritos de júbilo entre os milhares de presentes na Praça São Pedro e Via da Conciliação, testemunhas oculares de um dia histórico para a Igreja e para o mundo. O badalar dos sinos da Basílica de São Pedro que se seguiu foi uma confirmação de que “Habemus Papam”.

Tendo aceito sua eleição à Cátedra de Pedro, o novo Pontífice deixa a Capela Sistina e dirige-se à chamada “Sala das Lágrimas”. Ali, com a ajuda do Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dom Diego Giovanni Ravelli, ele veste uma das três roupas papais preparadas, para então se dirigir até a Sacada Central da Basílica, de onde o protodiácono, cardeal Dominique Mamberti, anunciará ao mundo o nome do novo Papa com a fórmula do Habemus Papam em latim.

A eleição do novo Pontífice ocorreu no dia da Súplica de Nossa Senhora de Pompéia.

João Paulo I, em 1978, e Bento XVI, em 2005, também foram eleitos no quarto escrutínio.

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